A nação suspeita, há muito tempo, que vários ministros do Supremo usam a estrela do PT por baixo da toga. E, de vez em quando, essas suspeitas são corroboradas por atitudes, no mínimo, duvidosas desses ministros.
O ministro Lewandowski, não bastasse sua atuação francamente pró PT no julgamento do mensalão, ainda se prestou a manter encontro secreto com Dilma em Portugal, um despropósito total, para dizer pouco. O ministro Marco Aurélio, que até então só era um chato de galocha, depois que sua filha foi nomeada pela ex-presidente para um cargo vitalício com salário monumental, virou petista de carteirinha desde a infância. Foi ele quem inventou a figura do impeachment de vice.
O ministro Barroso não procura nem tentar disfarçar. Sua atuação no episódio da eleição da comissão do impeachment, que foi anulada, deixou de modo cabal e explicíto o viés ideológico, quando omitiu dolosamente a parte do texto que não lhe interessava, ao ler um trecho do Regimento Interno da Câmara. E o ministro Dias Tóffoli, ex-advogado do PT, continua a exercer essa função sob a toga negra, sempre que precisam dele.
Sua decisão de mandar soltar um sujeito que desviou e roubou dinheiro de aposentados, dando a esse bandido a possibilidade de atuar na ocultação dos valores roubados, foi uma decisão que ainda pertence ao país que está acabando e que queremos ver morto e enterrado.
É preciso repudiar com veemência atitudes como essa que não cabem mais no Brasil de hoje. Ainda somos um país atrasado, ainda temos muito a fazer para merecermos o título de país civilizado, mas um passo importante foi dado nessa direção desde 2013. Não há como retroceder.
quinta-feira, 30 de junho de 2016
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