quinta-feira, 9 de junho de 2016

Se é público é de ninguém

Lula, por incrível que pareça, ainda em liberdade, esteve ontem à frente do lançamento da campanha "Se é público, é de todos". Essa campanha visa resgatar o moral dos funcionários das estatais.

Nada mais falso e mais fora de hora. Aqui cabem algumas afirmações e perguntas, que, por óbvio, ficarão sem resposta.
Primeiro: Dane-se o moral dos funcionários! O que precisa ser resgatado é a moralidade no trato com a coisa pública.
Segundo: Quem é que está pagando essa campanha? São as próprias estatais? Com o meu, o seu, o nosso dinheiro?
Terceiro: Lula foi o mentor e o beneficiário de todo esse processo que culminou com a degradação as empresas públicas. Ele, portanto, deveria ser a última pessoa a tocar nesse assunto.
Quarto: No Brasil, todos sabem, o que é público não tem dono. Basta lembrar o vandalismo com os antigos orelhões, ou olhar para as latas de lixo amassadas, pichadas, despedaçadas, nas calçadas dos bairros mais nobres. É só ver a quantidade de veículos estacionados nas calçadas de Copacabana. Os bares que avançam pelo passeio como uma extensão da propriedade privada.

Só uma profunda mudança cultural, que levará gerações para ocorrer, pode alterar esse comportamento. Essa campanha, portanto, é apenas mais um factóide, já que não restam muitos outros à figura sorumbática do Exu de Garanhuns. E ele precisa, desesperadamente, de ter alguma "causa" nesse momento, para usar como escudo contra sua provável próxima prisão.

Para ele, é tudo uma questão de tempo: basta o ministro Teori devolver os autos de seu processo para Curitiba. Aliás, qual é o motivo desses autos ainda estarem no Supremo, na gaveta do ministro Zavaski, se o Lula não tem foro privilegiado? Essa é a pergunta que não quer calar nesse momento.

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