segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Era da Insegurança

A era da insegurança! Esse poderia ser o nome da era em que vivemos. Estamos em permanente sobressalto, sem saber o que vai acontecer nos próximos 20 minutos. E, nos próximos 20 minutos tudo pode mudar.
No Brasil, cada semana é uma maratona. O ano de 2017 já começou com a crise dos presídios, as lutas de facções, logo depois vem a bomba da morte de Teori Zavascki, desmanchando todas as certezas que tínhamos sobre o andamento da Lava Jato.

Nos Estados Unidos, a posse do pato Donald, oops, Donald Trump, traz um grande imponderável para o centro das grandes questões mundiais. O que vai acontecer ninguém sabe e nem se arrisca a especular. Uns pensam que Trump desencadeará a 3ª Guerra Mundial, o Apocalipse nuclear. Outros, que as atitudes dele são inconsequentes e que acabará para fazer um papel apenas ridículo no comando da nação mais poderosa do planeta. Talvez não seja nem uma coisa, nem outra, mas o certo é que sua assunção ao cargo de presidente dos Estados Unidos acaba por trazer mais incerteza e insegurança ao mundo.

Uma grande questão é: por que o Putin teria interesse na eleição de Trump? Por conhecê-lo bem e saber que não passa de um fanfarrão que pode ser manipulado? Talvez! O certo é que, se Putin, mexeu os pauzinhos para influenciar o resultado da eleição americana a favor de Trump, boa coisa não deve surgir daí.

Outro ponto: Trump quer enfraquecer a China, mas ao se retirar do cenário mundial e, especialmente, ao retirar seu país do Tratado de Comércio Transpacífico, o que ele faz é fortalecer a China, que não faz parte desse tratado e agora passa a ter domínio sobre o comércio na Ásia.

Talvez a insegurança que se espalha pelo globo seja apenas uma decorrência do fato de não termos mais as certezas do passado. O homem acha que pode prever o futuro, deduzindo-o das condições presentes. É um engano, mas esse engano nos dá uma sensação de segurança. Quando nos vemos na situação de imprevisibilidade, como agora, a insegurança fatalmente se instala, mas não há, objetivamente, nenhuma piora na nossa capacidade de prever o que vai acontecer. O futuro sempre foi e será uma incógnita. Nesse aspecto, nada mudou.

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