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terça-feira, 25 de junho de 2013

Doutor honoris causa

Com Dilma, quase-doutora na área, a economia brasileira vai de mal a pior, Os resultados ainda não apareceram de todo, no dia a dia do povo, mas daqui a 6/8 meses todos vão sentir na pele o estrago. 
O governo Lula, como não havia mexido no arcabouço deixado por FHC, tocou bem o barco e manteve a situação econômica do país até em bom estado, ajudada pelos bons ventos que vinham do exterior. Só  começou abandoná-lo à deriva quando iniciou a gastança dos 2 últimos anos de seu governo, para eleger justamente a quase-doutora Dilma.
Sem saber nada de navegação, improvisada como "comandanta", ela vai virando o leme a cada hora em uma direção diferente, com medidas erráticas e pontuais e de resultados pífios ou até contrários ao pretendido. E, nós, passageiros desse navio fantasma, ficamos sujeitos aos saculejos violentos do barco mesmo nas menores marolinhas que nos atingem de cheio.
Agora, que os passageiros se amotinaram, a "comandanta" diz quer dialogar com a sociedade e que vai ouvir a voz das ruas. Mas de imediato, convida para o "diálogo" um grupelho minoritário, que não representa a sociedade e que se identifica com o partido que está no poder! Sim, o Movimento Passe Livre está ideologicamente afinado com uma ala do PT e é financeiramente suportado pelo governo. Que diálogo é esse? Diálogo seria convocar o Conselho Federal de Medicina para discutir de imediato saídas emergenciais e depois as definitivas para a questão da Saúde. Diálogo seria convocar as lideranças do Congresso, inclusive as da oposição, junto com OAB e outras organizações da sociedade, para discutir soluções para o impasse político. Ouvir a voz das ruas seria extinguir dois terços desse ministério inútil e substituir os demais ministros por gente competente não importando a qual partido pertençam. Ouvir a voz das ruas seria apoiar veementemente a prisão sem delongas dos mensaleiros condenados. Ouvir a voz das ruas seria mandar apurar até o final o caso Rosemary, mesmo que isso envolva o seu chefe e patrão. Aliás, cadê ele? Doutor honoris causa em protestos e manifestações populares, nessa hora, ao invés de ajudar o governo na saída da crise, ele se esconde.
Fazer mais uma pirotecnia, anunciando planos mirabolantes que não vão sair do papel, não resolverá nada, ao contrário, aprofundará ainda mais a indignação, a raiva e a frustração das pessoas. As consequências, cedo ou tarde, virão. 



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Feliz Ano Velho?

Todo mundo começou o ano com um pé atrás. Ressabiados, não projetamos para 2012 as esperanças radiosas com que costumamos saudar a passagem de ano. Ainda nos desejamos "Feliz Ano Novo", mas sem aquele ímpeto, aquela vibração que se originava da quase certeza que tudo iria melhorar. Não bastassem as ameaças esotéricas, a situação da economia europeia e americana se projeta sobre 2012 como uma sombra ainda mais forte e mais ameaçadora do que o calendário maia.
Alguns economistas simplesmente estão "pirando" e prevendo realmente o caos, o fim do mundo. Será que sempre foi assim na história de humanidade? Sabemos que crises sempre existiram e elas coincidem com o esgotamento de um ciclo econômico e, antes que um novo modelo seja implantado, vive-se uma espécie de caos, de vale-tudo. Portanto em alguns micro-universos o fim de um ciclo pode representar realmente o fim de um mundo particular.
O que está sendo novidade agora talvez, o que ainda não tínhamos visto, é esse caos generalizado, globalizado, afetando a economia mundial como um todo e em velocidade muito maior do que os acontecimentos anteriores. O fim da hegemonia européia, da qual a americana era apenas uma continuação deslocada geograficamente, é o fim de um mundo particular. Um mundo cheio de defeitos como qualquer outro, mas que trouxe pela primeira vez na história da humanidade, para o palco central, valores como a democracia, direitos humanos, respeito ao indivíduo, limitação ao poder do Estado, e, como cereja do bolo, o conceito de bem-estar social. Não se pode negar que nesse mesmo caldo de cultura proliferaram cânceres como o nazismo, o racismo, a intolerância e a xenofobia, mas pode-se dizer que tudo isso foram desvios e o que prevaleceu foram valores humanistas acima de tudo.
O eixo econômico se desloca agora para a Ásia, onde a tradição democrática é restrita, circunscrevendo-se ao Japão e à Índia, mas todos os dois com democracias recentes, de pouco mais de 50 anos, o que em termos históricos é muito pouco.
Os demais países da Ásia, destaque principalmente para a China, nunca tiveram tradição de democracia, participação popular, oposição política e liberdade de opinião. Sem esses valores a questão do desenvolvimento econômico fica também comprometida, pois sem a liberdade criativa e sem a liberdade de empreender, a economia vai girar apenas do modo que os governos autocráticos decidirem, o que não significa que irão escolher o melhor, o mais eficaz, ou o mais produtivo.
Se o capitalismo ocidental que era visto como um sistema selvagem e desumano que só obedecia às leis de mercado e procurava o lucro acima de tudo, conseguiu produzir esse valores que tanto prezamos, o que devemos esperar desse novo "capitalismo" oriental, estatal, dirigido, autocrático, fechado e antilibertário? Teremos saudade da prepotência americana? Tomara que não, mas só o saberemos em futuro breve. Enquanto isso: Feliz Ano Novo pra todos.

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