terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O agronegócio é o vilão?

O governo petista tem se esmerado em beneficiar algumas áreas, representantes daquilo que um sindicalista do ABC nos anos 70 chamaria de capitalismo selvagem! Exemplo: a indústria automobilística e os bancos.
Na verdade, a atuação da grande indústria e dos bancos no Brasil está longe de se caracterizar como atividade capitalista, uma vez que são absolutamente avessos ao risco e adoram um financiamento com dinheiro público.
Os bancos vivem e sobrevivem, desde sempre, com recordes atrás de recordes nos lucros, porque seu maior cliente é o governo. Quando esse governo, então, gasta mais do que arrecada, é uma delícia! Já sabem o que vão poder cobrar nas próximas rolagens das dívidas.
A grande indústria também tem grande afinidade com o governo, uma vez que só investe com dinheiro do BNDES - a juros subsidiados, claro - e ainda consegue, de tempos em tempos, uma renúncia fiscal (redução de impostos) que as beneficia.
O governo ainda trata de protegê-los contra ameaças externas e qualquer tipo de concorrência. Senão, vejamos: 
1) No transporte aéreo só existem três empresas no país e a entrada de empresas estrangeiras é proibida. Será por isso que as tarifas aéreas no Brasil são as mais caras do mundo? 
2) A indústria automobilística tem sido amplamente favorecida pelas isenções e reduções de impostos, enquanto investimentos no transporte público continuam "coincidentemente" no nível da indigência.
3) E as construtoras e seus cartéis, digo consórcios? Esse "affair" já é uma história de décadas, que não foi o governo petista que inventou, mas adotou com gosto, disposição e vontade, quando chegou ao poder.
4) As empresas de publicidade e marketing também são casos antigos, revigorados pelo exercício petista do poder. Marcos Valério está aí na cadeia para não deixar mentir.
5) Ainda existem vários outros exemplos, mas, para não alongar muito, basta mencionar as empresas do Eike Batista, cujas dívidas com o BNDES ainda são um ponto de interrogação.
Agora, analisando os números, fica-se sabendo que em 2013 o setor industrial foi responsável por um déficit comercial de mais de 100 bilhões. Enquanto isso, o agronegócio, coitadinho, atacado por todos os lados como responsável pela destruição do meio ambiente e pelas emissões de carbono, foi o responsável sózinho por um superávit de 83 bilhões!
Quais foram as isenções fiscais que beneficiaram esse negócio que alimenta as bocas brasileiras? Qual foi a proteção contra a concorrência estrangeira que o agronegócio teve? E olhe que o agronegócio importa fertilizantes como um dos principais insumos e cujo custo, pela desvalorização da nossa moeda, aumentou em 30% no ano passado!
O agronegócio também, na hora H, é o parceiro mais importante para ajudar a manter a inflação sob controle, pois se a cesta básica subir, adeus reeleição da Dilma.
Como o agronegócio está pulverizado pelo país e não tem a capacidade de cooptação e -por quê não dizer? - suborno, da grande indústria, apesar dos números positivos, apesar de estar segurando a economia do país, impedindo-a de rolar ladeira abaixo, é sempre apontado como o vilão da vez. É de bom tom, é chique, ser contra a agricultura e a pecuária.  Seus inimigos vão desde a Rede da Marina, passando pelos eco-terroristas e ONG's ambientalistas, aos índios, quilombolas e sem-terra. Quase todos subvencionados pelo governo Lula-Dilma.

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