domingo, 18 de janeiro de 2015

Passou da conta

Em economia não dá para enganar por muito tempo. É uma questão matemática. A equação tem que fechar. Mas dona Dilma parece acreditar em suas próprias fantasias. Ou ela pensa que a realidade obedecerá à sua vontade. Simples assim. Só que que a realidade não está nem aí para o pensamento capenga dessa senhora. Por isso quem votou nela estranhou a guinada "neoliberal". Mas não é nada disso. Não há guinada alguma. Dilma busca apenas algum fôlego e ainda não compreendeu que o buraco em que elas nos colocou não se resolverá só restabelecendo a "credibilidade" do mercado. Maquiagens e contabilidades criativas não serão mais suficientes para esconder que a bomba está armada e pronta para estourar ainda em 2015, com consequências que se estenderão por muitos anos.
Senão, vejamos: um ministro do Tribunal de Contas, relator das contas da Dilma de 2013, informa que as contas são um descalabro total. As contas públicas escondem um rombo de 2,3 trilhões de reais!!! Vou repetir: 2,3 TRILHÕES!!!
Sabem o que é esse valor? Representa a metade do PIB brasileiro! Ou seja, o governo está tentando esconder da nação que operou com um deficit equivalente à metade do PIB do país em 2013! Que gastou tudo o que se produziu de riqueza no país em um ano e ainda ficou devendo a metade do ano seguinte. E por enquanto não se fala de 2014, ano em que se gastou muito mais, com a Copa e com as eleições.
O TCU, cumprindo a sua função, enviou as contas ao Congresso propondo a sua rejeição, mas o Congresso simplesmente não as examinou até agora. O Sr. Renan Calheiros está sentado em cima da papelada e não as leva à apreciação das casas legislativas. Com isso as contas não são rejeitadas (por que não tem mesmo como ser aprovadas!)  e dona Dilma não sofre um processo de impeachment for irresponsabilidade fiscal. Simples assim. Basta não examinar, não ver.
Aliás, o mesmo ministro informa que nenhuma das contas dos governos Lula e Dilma foram até hoje examinadas e votadas pelo Congresso! Ou seja, para quê serve um Congresso que não cumpre sua principal função, que é a de fiscalizar o governo? Pois agora não dá mais. O rombo foi grande demais para continuar escondido ou maquiado. Vamos ter que enfrentar essa realidade, gostemos ou não, queiramos ou não, tenhamos votado na Anta ou não. E já sabemos quem será o alvo preferencial no qual vai cair o encargo de pagar essa conta. Não serão os bancos, nem as empreiteiras.

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