quinta-feira, 25 de julho de 2013

A seita de Dilma

Dilma não entende nada de religião. Apesar de ter estudado no Colégio Sion, deve ter cabulado as aulas para ficar arrumando o seu álbum de figurinhas de Karl Marx e Engels. Não entende nada de religião nenhuma.
OK, isso nada tem a ver com a sua atuação política, ou tem? É obvio que não tem nada a ver; ela pode crer em qualquer religião ou em nenhuma. O que não precisava era fingir, não deveria fingir. 
Isso pega mal. Isso reforça a imagem de que os políticos mentem o tempo todo. Jamais sabemos o que eles verdadeiramente pensam, ou querem, ou são.
Vivemos uma crise de representatividade. O povo se ressente de que aqueles que são eleitos para as funções públicas não os representam. Uma das principais causas dessa falta de representatividade deriva exatamente dessa questão. Quem é essa pessoa que foi conduzida a um cargo público? Que interesses, ou vontades, ela representa?
Por exemplo, suponhamos que Dilma fosse católica apostólica romana praticante. Poderia ela ser favorável ao aborto sem entrar em flagrante contradição com a sua fé? Quem votou nela, sabendo de sua opção religiosa, contaria com a hipótese de ela defender ou atacar a legislação referente a essa matéria?
Mas, não. Dilma não nos diz nada sobre sua fé ou a falta dela (ambos perfeitamente legítimos, repita-se) e, pior, só manda sinais contraditórios. Vai a Aparecida e se persigna do lado contrário. Consultada sobre sua devoção, diz que é  fã (leia-se, devota) de Nossa Senhora, "essa deusa" que simboliza a mulher! 
Tendo a resposta esmiuçada (por pura "sacanagem" da repórter, é claro!),  ainda esclarece que " não é devota de N.S.de Lourdes, ou de Fátima, ou Aparecida. Ela é devota de N.Senhora de Forma Geral".
Agora diante do Papa, volta a nos brindar com um show de malabarismo esotérico mentiroso. Como disse Reynaldo Rocha em excelente artigo publicado por Augusto Nunes(versão integral aqui) : Senti vergonha. Sempre sinto. Dilma confundiu fé com seita, e recepção a um líder religioso com palanque. Ela continua a ver-nos  como uma imensa massa que deve, antes de qualquer outro valor, venerar os bezerros (e novilhas) de ouro. Fez da doce figura de Francisco uma plataforma de ódio. De pedidos de votos. De vergonha."
Como presidente de uma nação plural, Dilma não tinha que se posicionar religiosamente naquele momento. Deveria apenas ter mantido o devido decoro com o cargo que ocupa e respeito à figura do Papa, sem pender para nenhum viés religioso. E muito menos fazer proselitismo para a sua seita política particular.
É isso que dá ter como consultor religioso o Sr. Gilberto de Carvalho.


Um comentário:

  1. Sensacional o seu texto! Você conseguiu traduzir todo o sentimento do povo brasileiro que ouviu e se envergonhou com o dircurso da Presidente.

    ResponderExcluir

Seja bem vindo! Deixe aqui seu comentário:

Seguidores do Blog

No Twitter:

Wikipedia

Resultados da pesquisa