domingo, 28 de julho de 2013

Dilma, a que foi presidenta, sem nunca ter sido

A presidenta Dilma acabou de renunciar. Ao admitir que Lula jamais deixou de ser o presidente a cumprir agora um ilegal e ilegítimo terceiro mandato, Dilma escancarou ao país a verdade nua e crua: ela cumpre apenas o papel que lhe foi designado, é uma testa-de-ferro e pronto. E está entronizada no Planalto apenas para ajudar Lula a "contornar" a lei.

Portanto, toda aquela balela de primeira mulher na presidência, etc., foi apenas uma brincadeira - de mal gosto, diga-se -  pois Lula jamais deixou o cargo. Aliás, para ele essa situação ficou até melhor, pois, livre da maçada do dia-a-dia da administração, pode dirigir como quis os cordões de sua marionete por trás dos bastidores, expondo-a a todos os riscos e evitando as críticas diretamente a si e, ao mesmo tempo, preservando-se para dar o bote posteriormente em 2014.

Plano bem articulado, que não contava porém com o imponderável da silva, como dizia Nelson Rodrigues. E o imponderável surgiu sob a forma da doença, da qual Lula diz que já se livrou, mas que os boatos insistem em dizer que não. Pouco importa porém. O fato é que agora ninguém pode negar que Dilma Vana Roussef jamais foi a presidente, ou presidenta como queira. É por isso que ela corre para o regaço de seu chefe e mentor todas as vezes que tem que enfrentar uma crise ou uma situação mais difícil. Dilma não tem autonomia para tomar decisões.
Vive-se no país uma situação esdrúxula. A presidência da República é ocupada por um fantoche (ou fantocha) e quem realmente  manda fica inimputável, uma vez que não tem a responsabilidade legal sobre suas próprias decisões.
Se fossemos um país sério, uma declaração como esta daria início imediatamente a um processo de impeachment. 
Imaginem, nos Estados Unidos, a Hillary sendo eleita presidente, depois de 2 anos, vir a público declarar que quem continua a exercer a presidência é o Barack Obama. Imaginaram?
Dá para pensar que no dia seguinte tanto a mídia quanto o Congresso e os cidadãos seguissem em frente como se nada tivesse acontecido?
Ainda falta muita caminhada para que possamos vir a ser uma República e para que a noção de cidadania seja parte integrante da nossa identidade.
Enquanto isso, ficam as figuras públicas fazendo esse triste papel, do qual só não se envergonham porque não tem vergonha na cara mesmo e porque não conseguem nem avaliar o ridículo a que se expõem.

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