quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Dois (bilhões) pra lá, dois pra cá.

São tantos bilhões pra lá, bilhões pra cá, que fica até difícil concluir: afinal há ou não há dinheiro? 
Num dia, Dilma libera 2 bilhões para os gastos eleitoreiros das emendas parlamentares, prometendo liberar mais 4 em setembro, mas há poucos dias tinha mandado cortar 10 bilhões no orçamento da União. Uma hora diz que a eliminação dos ministérios inúteis não vai trazer nenhuma economia, na outra obriga as forças armadas a reduzir um dia de trabalho por semana nas suas atividades, para economizar no café, no transporte e em outras miudezas. Será que as forças armadas gastam, só nesses itens, mais que os 25 ministérios inúteis gastam com pessoal e instalações, além, claro, do café, do transporte e outras miudezas? É uma pergunta que Eliane Cantanhêde faz hoje, na Folha e que fica no ar. 
Afinal, existe algum órgão na administração pública capaz de fazer essas contas e responder a essa pergunta? Se fosse em uma empresa privada, obviamente, as contas já teriam sido feitas. Mas, como se trata da coisa pública e, no Brasil, coisa pública significa coisa sem dono, a pergunta continuará sem resposta, como tantas outras.
É assim que o país vem sendo administrado. Sem método, sem avaliações, sem prestação de contas, sem critérios, aliás, o critério é um só, a lógica da reeleição. 
Tudo, absolutamente tudo, inclusive, o futuro da nação é sacrificado em nome da manutenção de um partido, uma facção, no poder.

Torra-se o nosso dinheiro em projetos mirabolantes que acabam em nada, como a transposição do S. Francisco, a ferrovia de integração oeste-leste (FIOL), do centro-oeste ao litoral da Bahia, que não avança porque uma estatal não consegue assentar os trilhos, parques eólicos no Nordeste, que não funcionam por falta de linhas de transmissão! E o governo ainda insiste em querer implantar o trem-bala (*), que melhor seria chamado de trem-"bola", pois é isso o que se procura: uma "bola", ou "bolada", para os políticos, especialmente em ano eleitoral.


(*) O trem-bala terá um custo de 33 bilhões, estimado pelo governo; ou 55 bilhões estimado pelos interessados)

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