quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Força de trabalho desperdiçada

Acho que nunca-antes-neste-país se viu tanta incompetência aliada a tanta má-fé. É o pior dos mundos possíveis. Esses anos Dilma (pior ainda que os anos Lula) estão jogando fora uma oportunidade única de um salto de desenvolvimento do país, a oportunidade de usar o bônus demográfico, que dentro de 10/15 anos terá passado. É uma pena!
O que é o bonus demográfico? É aquela situação em que a maior parte da população não está nos extremos, mas no meio. Ou seja, a quantidade de jovens ainda improdutivos e a quantidade de velhos é menor que a quantidade de gente na idade produtiva, com plena capacidade. Isso não ocorre sempre, nem muito facilmente. Na Europa, assim como no Japão, a preponderância é de uma população idosa, que tem que ser mantida e que produz muito pouco ou nada. Isso é uma consequência do próprio desenvolvimento desses países. A longevidade aumentou e a taxa de natalidade caiu. Questão puramente matemática.
Em países não desenvolvidos o que se vê é o contrário: um grande contingente de crianças e jovens e um baixo contingente de velhos, devido à expectativa de vida mais baixa e grandes taxas de natalidade. Nesse caso a capacidade de produção é também baixa devido à preponderância de pessoas em fase de aprendizado e treinamento.
O Brasil está agora, no meio termo. A taxa de natalidade caiu bastante nas últimas décadas e a longevidade aumentou. Isso é bom. Na verdade isso é ótimo, se realmente aproveitarmos o momento, porque vai passar. O bônus demográfico não dura para sempre. Estamos caminhando para uma situação semelhante à da Europa. A diferença é que a Europa já construiu as bases de sua riqueza, a população é instruída, a produtividade é alta.
Aqui, infelizmente, temos um enorme deficit de educação e a nossa produtividade é baixa.Temos ainda que construir a nossa riqueza para o futuro e estamos perdendo tempo, com a economia patinando e a população envelhecendo sem melhorar o nível educacional. Portanto, ao caminharmos para o envelhecimento da população, estamos condenando a nós mesmos à velhice pobre e desassistida, como já podemos ver por aí em vários exemplos.

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