quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O crime compensa? Depende...

O ministro Lewandowski não se envergonha de defender os réus com veemência como se fosse um advogado deles. Ele poderia até achar isso ou aquilo, poderia rever seu próprio voto, poderia querer absolver todos os réus, mas, como juiz da Suprema Corte deveria, a meu ver, fazê-lo de modo sereno e não com indignação, como se o Tribunal estivesse a cometer as maiores injustiças ou fosse uma corte de exceção. "Isso aqui é uma casa de justiça" - diz ele, descobrindo a pólvora.
Sim, o Supremo deve ser uma casa de justiça e não de perdão ou de misericórdia. Os que ali estão sendo julgados perpetraram crimes continuados contra a nação. Isso foi mais que provado e comprovado. Esse julgamento demorou sete anos. Há mais de três anos está na Suprema Corte. Todos tiveram tempo suficiente para ler e reler todas as provas dos autos. 
É inacreditável que a essa hora, o ministro-revisor venha descobrir novidades que alterem as decisões já tão arduamente tomadas. O ministro Dias Tófoli também achou uma brecha para mudar sua posição. O réu, no caso, é o Sr. Carlos Alberto Rodrigues Pinto, peixe pequeno nesse aquário. Mas o que interessa é que ambos, agora com a ajuda do min. Marco Aurélio, estão preparando terreno para outras batalhas, em favor de peixes muito mais graúdos, como Dirceu e Genoíno. Esse é o ponto principal dessa questão. Quais serão os malabarismos que se farão para diminuir as penas desses "próceres da República"? Se conseguirem escapar do regime fechado será para eles uma grande vitória.
E ao país será dada uma mensagem que, dependendo de quem o comete, no Brasil o crime compensa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem vindo! Deixe aqui seu comentário:

Seguidores do Blog

No Twitter:

Wikipedia

Resultados da pesquisa