sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Capitalismo sem risco

A Dilma lhe perguntou se você quer o trem-bala? Nem a mim. Imagino que nem a ninguém. Esse projeto megalomaníaco, que vai consumir 60 bilhões de reais, foi decidido por quem? Houve alguma discussão com a sociedade em algum dos foruns adequados para isso? Se houve, eu não vi.
Ao invés de torrar 60 bilhões em um transporte caro, elitista e que vai no máximo atender a 100 mil pessoas por dia, com 25 bilhões se resolveria a questão da mobilidade  urbana de 3 milhões de pessoas por dia  na região de Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo, Rio, Goiânia, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, tudo junto.
Ainda sobrariam 35 bilhões para serem investidos em outra obras de infra-estrutura absolutamente necessárias, como os transportes ferroviários de carga e os terminais portuários.
O governo ainda quer "vender" a ilusão que esse investimento no trem-bala é privado. Sim, é privado como tantos outros que se fazem nesse país. É privado como os do Eike Batista, ou seja, 70% do investimento vai sair do BNDES e o governo vai entrar diretamente com mais 10%.
Se você quiser ficar sócio terá que investir só 20% do volume do negócio. É muito bom ser sócio do governo porque além de todos os benefícios diretos e indiretos ainda não se corre risco algum. Ou alguém imagina que quando a realidade prevalecer, quando os prazos estourarem, o orçamento idem e o trem-bala começar a rodar já fazendo prejuízo atrás de prejuízo quem vai pagar a conta será o investidor privado alemão ou francês!
Quem acredita nisso acredita também nos contos da carochinha. Sabemos muito bem onde vai estourar essa conta, nos bolsos de uma população que já tem que trabalhar 4 meses por ano só para pagar os impostos.


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