quinta-feira, 11 de julho de 2013

Vamos brincar de cabra-cega

Que vergonha de governicho! O que torna o governo da Dilma o pior de todos da República é que ela sequer se dá conta da péssima qualidade de sua gestão. Toda crítíca que recebe, credita à oposição que "quer derrubá-la". Assumiu a tese do golpismo. A diferença entre ela e seu mentor é que ele, ao menos, quando fala em golpismo, sabe que isso é uma balela, mas ela a usa para tergiversar.
Dilma, quando diz que as críticas são criações da oposição "anti-democrática que quer derrubá-la", parece acreditar nisso. Consequentemente não é capaz de analisá-las, ver qual é o fundo de verdade embutido nelas e procurar uma correção de rumo. Não. Escolhe um ou dois seguidores "leais" (nos quais acredita cegamente) para lhe dar conselhos, abaixa a cabeça e segue desembestada, fazendo aqui, desfazendo ali, sem qualquer preocupação com uma linha diretriz, um plano, um raciocínio de causa e efeito. O objetivo é um e um só, reeleger-se em 2014. Nada mais importa.
Eu estaria pouco me lixando para esses erros políticos se esses mesmos erros não estivessem compromentendo o nosso presente e o nosso futuro. Aí não dá! Como consequência desse destrambelhamento teremos mais uma década perdida. Perdemos a década de 80 por causa da hiperinflação, agora vamos perder mais uma, por causa do autoritarismo burro da presidenta.
Ela adora tirar soluções mágicas da cartola, sem consultar ninguém, nem mesmo os seus aliados mais próximos. E quer, porque quer, impô-las ao Congresso e à sociedade.
Custava ter chamado as associações de classe, as entidades que representam os setores da Saúde, para propor-lhes a confecção de um plano de recuperação da saúde pública no Brasil? Preferiu editar uma medida provisória (como isso fosse necessário) para não discutir nada com ninguém. É aceitar ou largar! Isso é tudo que ela conhece de negociação? Um problema complexo dessa natureza, envolvendo várias camadas profissionais, inclusive da Educação pois mexe no currículo escolar, envolvendo a definição de políticas públicas de longo prazo, dinheiro público em investimentos a fundo perdido, logística, equipamentos, o posicionamento da indústria farmacêutica, etc., ela quer resolvido com um decreto, de cima para baixo. 
Assim também foi com sua proposta de reforma política por meio de uma Constituinte, que virou plebiscito, que virou poeira. Deu com os burros n'água porque não conversou com mais ninguém a não ser com o seu marqueteiro João Santana, o ministro-que-se-esconde-debaixo-de-sua-saia-para-não-ser-indiciado, Fernando Pimentel e o queridinho do momento, Aloísio Mercadante. Se o objetivo é não fazer nada mesmo e jogar o problema no colo do Congresso, até que ela está agindo certo. O mal disso tudo é que o custo das brincadeiras inconsequentes, como sempre, cairá nas nossas costas.

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