quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Lorotas

Dirceu é um grande contador de lorotas. Provavelmente foi treinado na clandestinidade quando até se casou com uma identidade fictícia. Quando Dirceu diz alguma coisa, ou dá uma informação, tem-se que averiguar qual interesse está por trás, que verdade aquela informação, ou melhor, desinformação, esconde.
Agora brinda-nos com mais uma lorota das boas. A do trabalho que teria conseguido como gerente administrativo de um hotel em Brasília uma semana depois de ter sido preso e com o invejável salário de vinte mil reais! 

Sinceramente, isso é chamar a todos de tolos, idiotas, crédulos, lesados. Esse hotel deve andar bastante ruim das pernas para ter que contratar um presidiário, sem experiência em hotelaria, por esse salário. Garanto que haveriam muitos candidatos com experiência na área, formados em curso superior e com disponibilidade de trabalho sem empecilhos legais, que aceitariam essa função até por um salário menor.
Que habilidades especiais terá José Dirceu para o ramo hoteleiro? Vai atrair mais clientes? Será então uma espécie de curiosidade enjaulada a  atrair visitantes? "Venham! Hospedem-se no hotel X, lá tem Dirceu trabalhando como gerente! Vejam um presidiário de perto!" esse seria um tipo de anúncio possível.
Ou então: "Eis a oportunidade que você tanto esperava: ver de perto um ex-político que agora está preso! Isso é uma chance rara. Acontece muito pouco nesse país. Não percam!"

E, agora, o que fará o Supremo? Está diante de uma desfaçatez, mas como país burocrático que somos, mais valem o papel e os carimbos do que a realidade em si. São os tais atos de ofício. Ou então, como dizem os próprios juízes: "o que não está nos autos, não está no mundo". Supõe-se que basta então estar nos autos para entrar no mundo objetivo da existência. Quero ver como o ministro Joaquim Barbosa vai se livrar dessa armadilha.


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