segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O plano "secreto"

Era uma vez um país não muito distante onde um partido se aboletou no poder. Esse partido enganou muita gente. Dizia ser contra a corrupção, o coronelismo, o nepotismo, a política de compadrio, o fisiologismo, os conchavos, a privatização do Estado, etc. 
Mal acabou de chegar lá esse partido começou a operar o seu plano secreto. E qual era esse plano? Nunca mais devolver o poder, ficar nele para sempre ou pelo menos o maior tempo possível. Décadas, se não puder ser séculos. Para isso foi necessário fingir aceitar a via democrática, como um meio de conquistar essa posição e depois começar o trabalho de destruição dessa mesma democracia. Afinal, democracia implica em alternância, o que não interessa a esse projeto.
Esse partido, dominando as instituições, começou por aliciar aqueles que antes eram apresentados como inimigos, porque sabia como aliciá-los. Todos eram venais e o partido passou então a comprá-los, um a um, para formar a tal base aliada, que nada mais é que o controle do parlamento, do poder legislativo. Claro que nesse processo muita ilegalidade teve que ser cometida, portanto era necessário ter contatos no submundo empresarial. Um publicitário e um banco voraz foram os mecanismos encontrados para criar um sistema de desvio de dinheiro público sob a aparência de contratos legais. O publicitário simulava negócios com empresas públicas, como a Petrobrás e o Bnaco do Brasil, e o dinheiro ia parar em vários bolsos, entre eles o de vários membros do partido vermelho, porque afinal ninguém é de ferro.
Comprada a base aliada, com dinheiro ou com cargos (que significam dinheiro) ficava fácil mudar as leis de modo tal que aos poucos fosse sendo garantido ao partido a sua permanência no poder. Em paralelo, o Judiciário foi também sendo colocado sob o mesmo jugo. Em 10 anos de governo, nomearam 8 juízes do Supremo em um total de 11. Mesmo que alguns, como o ministro Joaquim Barbosa e o ministro Fux, demonstrem total independência em suas decisões, há exemplos de outros que se revelam submissos aos desejos do chefe do Executivo! 
Dominados os 3 poderes o que resta fazer para se implantar uma ditadura no Brasil? Resta submeter o quarto poder, os militares! Digam o que disserem, a Comissão da Verdade não deixa de ser uma tentativa de intimidação aos quartéis. A imprensa, quando não puder ser dominada pelo aliciamento (rede Globo por exemplo) e pela simples compra via publicidade oficial, será eventualmente silenciada pelo "controle" social da mídia, um eufemismo ao estilo marxista chinês para censura pura e simples. Já tentaram também amordaçar o Ministério Público.
Luiz Felipe Pondé publica hoje  uma crônica  muito boa mostrando as garras e dentes desse projeto totalitário dentro das universidades brasileiras, especialmente na área de ciências sociais. Vejam aqui.

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