quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sem futuro

Não sei se é verdade. Circula na internet, nas redes sociais, um texto atribuído ao desembargador Rogério Medeiros. Nele, o desembargador contaria que como juiz da infância e da juventude em Montes Claros, ao prender pela enésima vez três jovens menores delinquentes reincidentes, foi procurado por "defensores" dos direitos humanos que ameaçaram denunciar o juiz à Corregedoria se não mandasse soltar os jovens. O juiz então lhes teria proposto uma solução: mandaria soltar os jovens com a condição que eles, os defensores dos direitos humanos, os levassem para casa e se responsabilizassem pelos menores judicialmente. Advinhem o que aconteceu?...
Essa é a grande questão. Seja verdadeiro ou apócrifo, o texto citado nos leva a refletir: essas ONG's e esses auto-intitulados defensores dos direitos humanos estão realmente interessados na defesa desses direitos e em melhorar as condições de vida sub-humanas em que padecem milhares de jovens pelas ruas das nossas cidades, ou seu interesse é apenas fazer politicagem? 
Esses "defensores" dos direitos humanos chegam a propor alguma coisa de concreto que possa ajudar a solucionar o problema? Será que os direitos humanos desses menores infratores terminam quando eles deixam a porta da cadeia? São muitas as perguntas sem resposta.
A solução, evidentemente, não é simplesmente pô-los na cadeia. Será que é tão difícil para as instituições do Estado, recolher esses jovens, assumir o pátrio-poder, dar-lhes um mínimo de dignidade, escola, higiene, socialização, profissionalização, enfim, dar-lhes um futuro?
Omitindo-se o Estado em cumprir suas obrigações, não é também simplesmente ficando "livres" desses menores que a solução será encontrada, porque, depois de soltos, daí em diante quem "cuida" deles é o traficante, o crime organizado, a quem eles são obrigados a servir. 
Portanto ao lutarem para que o Estado "liberte" esses jovens, o que esses "defensores" dos direitos humanos estão fazendo, conscientemente ou não, é aumentar a oferta de mão de obra escrava ao crime organizado. Ao deixá-los à solta e sob o domínio do crime organizado o Estado também comete por sua vez outro crime, o da negligência.
No texto em questão, o desembargador estaria fazendo uma sugestão. A de se criar o programa "Adote um preso". Assim os defensores dos direitos humanos, poderiam por em prática aquilo que defendem e ajudariam a solucionar dois problemas de uma só vez: o da superlotação carcerária e o do amparo a esses cidadãos carentes.
Não chego a esse ponto, mas eu gostaria realmente que tivéssemos gente que diz defender os direitos humanos, menos interessada na propaganda política e ideológica e mais interessada em promover e transformar essas crianças e adolescentes carentes em cidadãos plenos e com um futuro possível pela frente.

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