segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Ideologia e pedagogia

É claro que não há processo pedagógico totalmente infenso à ideologia. A cultura dominante está inevitavelmente presente no processo com a carga ideológica que a define e não há como ser diferente. O problema de misturar ideologia com pedagogia começa quando se quer impor a um processo pedagógico, não a ideologia da cultura dominante, mas a de uma facção, de uma parcela, de um partido, de um grupo, que momentaneamente esteja no comando político.
O processo pedagógico visa moldar uma geração inteira e, ao se introduzir nele um viés ideológico (e pior ainda, partidário), o que se está tentando fazer é o que as ditaduras todas almejam: ter sob seu controle os corações e as mentes das pessoas.
A democracia não pode permitir tal coisa. O processo educativo tem que ser neutro. Na hipótese mais extrema, os dois (ou vários) lados de uma questão ou pontos de vista tem que ser mostrados e debatidos.
O que se vê no Brasil entretanto, nesses tempos de sombra, é a partidarização ideológica dos livros didáticos. É o aparelhamento da educação!
A história factual chega a ser adulterada, fatos são omitidos, outros são distorcidos, para apresentar à mente infantil e adolescente uma versão, aquela versão benévola para com quem está no exercício temporário do poder político. A sociedade não pode aceitar isso passivamente. Não podemos permitir que imponham às nossas crianças uma visão de mundo unilateral (no caso, marxista) como se fosse a verdade indiscutível.
Além disso, está cada vez mais presente nos livros escolares, um certo messianismo anti-progresso. Com disse muito bem, Vinícius Mota, em sua coluna na Folha:
"Mas é curioso notar como um pacote dito progressista vai sendo entregue a nossos alunos sem grande questionamento. Mistura elementos clássicos da esquerda, como o ódio à competição, ao lucro, ao capital e ao êxito individual. Agrega também itens de crenças recentes, absorvidos após a ruína do socialismo soviético. Destaca-se o comunitarismo ambiental, neopagão, que mitifica a natureza, as árvores e os bichos, elegendo a agricultura comercial, a indústria e o consumo de massas como inimigos. O padrão de ensino no Brasil tem interpretação em excesso e falta de ênfase no conhecimento básico. Enquanto isso, a China 'socialista" investe na matemática."
Não é preciso acrescentar mais nada.

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