domingo, 3 de fevereiro de 2013

Quanto custa o silêncio

Há 80 anos (mais exatamente em 30/01/33) Adolf Hitler chegava ao poder. E, chegava, pela via democrática, ou seja, pelo voto. Em pouco mais de um ano, já tinha criado todas as condições para transfomar aquela democracia em um regime totalitário dos mais horrorosos que já houveram na face da terra. Hitler conseguiu a maioria no Parlamento alemão, fazendo acordos com outros partidos, ditos democráticos, depois os enguliu a todos, eliminou, um a um, dos seus opositores e instituiu o partido único, o Partido dos Trabalhadores Alemães (Deutche Arbeitepartei - que coincidência!), que tinha sido renomeado Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
Foi com a conivência ou indiferença da sociedade alemã que o totalitarismo se implantou ali. Quem não era nazista, nem simpatizante do nazismo, porque não tinha gritado antes, foi obrigado a se calar depois.
Os tempos mudam, mas os métodos insistem em ser os mesmos: calar a imprensa, cooptar os outros partidos, reduzir ou silenciar a oposição, arrebanhar militantes aguerridos, pregar o ódio racial, dividir a sociedade entre os que apoiam e os "inimigos", confundir o partido com o Estado. Tudo isso vem se repetindo sob nossos olhos complacentes.
Estamos aceitando tudo, como se aceita um desígnio da natureza. Depois vai ser tarde para chorar. O custo do nosso silêncio de agora pode ser duro e difícil de ser pago mais tarde.
Uma grande culpa dessa situação pode ser atribuida à anemia da oposição. A tarefa de se opor politicamente não é das redes sociais, a tarefa é dos partidos constituidos que estão fora do governo. Esses partidos, em especial, o PSDB e seus líderes, são os que têm a  obrigação moral, política e institucional de fazer uma oposição digna do nome, para a preservação do jogo democrático. As redes sociais podem e devem gritar, mas é dever cívico do PSDB assumir uma oposição política de fato. Com a palavra o Senador Aécio Neves.

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