sábado, 16 de fevereiro de 2013

O grito do povo

Reproduzo aqui o texto melancólico e indignado de um cidadão, eleitor como nós, desanimado diante do haraquiri cometido pela Oposição no Brasil.

(Texto de autoria de Reynaldo-BH (Reynaldo Rocha). Reproduzido no blog Coluna do Augusto Nunes.)

O autor, depois de informar ter telefonado para os gabinetes dos principais Senadores da oposição por ocasião do manifesto contra Renan Calheiros, prossegue...
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Porque resolvi agir assim?
Não creio que argumentos éticos, morais e de decência política façam alguma diferença quando exigidos dos petistas e da base alugada. Eles se sabem podres. E estão confortáveis na pocilga moral em que se escondem, com os focinhos de fora, entre montes de fezes e lama. Seria pregar no deserto. Eu não sou personagem bíblico…
O que nos resta é tentar fazer com que a oposição (mesmo que adormecida e anestesiada) entenda que existe uma parcela cada vez maior dos eleitores que não concordando com a dita situação, não se sentem infimamente representada pelas tais oposições. As oposições consentidas. Por eles, os outros. Os donos das coleiras de dóceis amestrados.
Grande parte da responsabilidade pelo estado de decomposição moral, ética e política que vivemos está com a oposição.
O estado de direito só é preocupação de quem não está nos parlamentos. Nós.
O aparelhamento estatal só é uma vergonha para alguns. Nós.
A corrupção só é ofensiva para nós. Eles fazem acordos para que CPI´s poupem os seus (deles).
Os senadores deveriam ter um ombudsman. Ao menos um poderia fazer a experiência! Algum teria coragem?
Um assessor em linha direta com os eleitores. Que pudesse aferir como o trabalho de cada um é visto e avaliado. Quem tiver interesse em conhecer esta experiência na mídia (na Folha de São Paulo), leia “O Relógio de Pascal” de Caio Túlio Costa.
Foi uma experiência assustadora. E deprimente. Em que pese a atenção e até revolta demonstrada por alguns assessores.
Dias antes do Carnaval, nenhum dos senadores em Brasília. Com um PIB em queda, uma inflação disparada, Renan em um Spa, co-presidentes em articulações para a continuidade do pesadelo e um Brasil sem esperanças. Em quem deveríamos ter.
Uma oposição inerte. Domesticada de tal forma que dá a impressão de ser concordante com os ladrões e usurpadores do poder, que dominaram o Executivo, tentaram intimidar o Judiciário e certamente, compraram o Legislativo.
O preço? Depende do que se entenda por preço e pelo valor que cada um acha que vale. Certamente bem menos do que nós avaliamos. Para uns, cargos. Para outros, apoio político em projetos futuros. Alguns mais pela promessa de não ser alvo como foi Artur Virgílio. E por fim, outros por dinheiro na boca do caixa. Tanto faz. O preço é detalhe. A venda é o crime.
O distanciamento destes senadores da WEB (blogs, opiniões de comentaristas-eleitores que se expõem diariamente em espaços como este aqui, redes sociais e comunicação intergrupos), é quase didático.Demonstram não terem consciência da Primavera Árabe, da primeira eleição de Obama, dos indignados da Espanha, da geração à rasca de Portugal, da indignação contra os estupros consentidos na Índia entre tantos exemplos.Ignorada e desprezada por quem deveria, pela sobrevivência, estar permanentemente atento às mesmas.Parecem ser os senhores do castelo dos horrores. Na Casa do Espanto, já não se espantam com nada. De costas para o país – tal qual um padre pré-concilio Vaticano II, de 1963, que rezava missas em latim! – continuam no dialeto estéril e bolorento: eles entendem tudo. Mas só eles entendem.Não se trata de ameaça, mas constatação.Esperam estes senadores de oposição em próximas eleições ter a recondução garantida? Ou a velocidade da Internet (na alteração de usos, costumes e visões) ainda não foi percebida por Vossas Excelências?Pergunta desnecessária, eu sei. Quem sequer ouve 1.500.000 brasileiros exigindo que se reveja o tapa que nos foi dado na cara, certamente é surdo para qualquer alerta do que acontecerá a cada ano.Um dia, um enlouquecido e desequilibrado desconhecido – ao qual a pústula Renan era assecla! – conseguiu ser presidente do Brasil com um discurso da “não-política” e do desprezo ao Legislativo. Suplantou Ulisses, Brizola e até o Imperador de Garanhuns. E ninguém parece ter aprendido nada.Não existe vácuo. Muito menos em política.Temo pelo ovo de serpente que possa estar sendo gestado em algum canto deste país. Que não se culpe os eleitores por outra escolha equivocada.A culpa será exclusiva de quem, devendo ser oposição, se contenta em ser cronista de vulgaridades falando para um plenário vazio. Como são quase todos os nobres senadores que se opõem ao projeto hegemônico do PT e da base alugada que se vende a qualquer poderoso.A oposição somos nós. Que não queremos mandatos nem cargos públicos.Exigimos somente um pouco de vergonha na cara!





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