Como é que uma pessoa eleita para representar uma parcela do povo no Congresso Nacional pode se dar o direito de votar em segredo?
Talvez seja essa a maior excrescência entre tantas que somos obrigados a suportar em nosso sistema político. O voto não pertence a esse(a) senhor/senhora. O voto pertence a quem o elegeu, ou então não somoos uma democracia representativa! E quem o elegeu tem o direito de saber como é que seu representante está votando. Simples assim.
Qualquer coisa diferente disso, não importam os argumentos, é enganação. E é uma das razões pelas quais a política está tão divorciada da população e vice-versa. De que adianta votar em A ou B se nenhum deles depois mantém o compromisso com o seu eleitor?
A manutenção da permissão para o voto secreto para deputados e senadores configura uma violação do principio da representatividade. Não há razão para isso. O voto dos parlamentares, em qualquer situação, deve ser claro, para que os representados possam avaliar se o seu representante votou conforme o programa do partido e suas próprias promessas e posições. O voto secreto é um direito do eleitor, mas jamais dos eleitos no exercício de seu mandato.
Por isso foi duplamente vergonhosa a votação que elegeu Renan Calheiros, presidente do Senado.
Depois nao adianta falar que setores da sociedade estão depreciando a política. Quando um representante do povo deixa de fazê-lo para atuar em seu beneficio pessoal, nesse momento a política deixa de cumprir sua função para se transformar em farsa.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
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O simples fato da casa permitir voto secreto,já declara má intenção dos representantes do povo. E o carnaval está correndo solto pelo Brasil à fora.
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