quinta-feira, 14 de julho de 2011

País dinâmico!

Fiquei quinze dias fora do Brasil e quando voltei o novo caso de roubalheira (o do Ministério dos Transportes) já tinha sido publicado, as desculpas esfarrapadas habituais já tinham sido feitas e o ministro já estava defenestrado. Isso mostra como o governo Dilma é "rápido e eficiente". Há uma confusão no Min. da Educação? Dilma entra de sola e manda recolher o kit homofobia. Palocci é descoberto por ter dado consultorias mais que suspeitas? Dilma fica de butuca, chama o Lula, deschama o Lula e quando vê que o caldo vai entornar, manda o ministro para casa (dele). O BNDES vai dar uma mãozinha financeira ao Sr. Abílio Diniz numa fusão nebulosa com o Carrefour e a malta grita? Dilma empunha o tacape e manda o Luciano Coutinho sair de fininho do caso. E assim vai, de "eficiência" em "eficiência" fazendo um governo casuístico, um governo movido a balão de ensaios: joga pra ver se "pega", se não "pegar" pula-se fora e culpa-se alguém. Afinal são mais de 40 ministérios. Há muita gente disposta ao "sacrifício".
Ou há alguém ingênuo o bastante para pensar que o Haddad criou o kit por sua conta sem que a presidenta soubesse de nada; ou o Luciano Coutinho foi à casa do Abílio Diniz oferecer dinheiro do BNDES sem falar com sua chefa; ou ainda que o Palocci tivesse ficado subitamente rico na campanha eleitoral e a cândida candidata nada conseguiu perceber.
O problema da Dilma é que ela quer manipular a patuléia, criar factóides a seu favor, mas não tem o traquejo, nem os anos em cima de caminhão na porta de fábrica que o seu mentor e criador. Aí fica evidente a manipulação. É como assitir a teatro mambembe de marionetes depois de adulto.
Pois bem, o dinamismo do govreno Dilma termina por aí. Temos obras de infraestrutura para a Copa e para as Olimpíadas esperando. Temos urgência em reformar aeroportos, recuperar estradas, modernizar portos. Não se trata de fazer demagogia com uma centena de casinhas populares, não. Trata-se de coisa séria que pode definir o futuro imediato do nosso país. Se perdermos essa janela de oportunidades, quando será que teremos outra?
O governo Dilma não tem o direito de brincar com o Brasil, nem de jogar fora o nosso futuro. Já chegam os 8 anos de lulismo inconsequente e corrupto. Temos que andar pra frente e rápido, sem esse "dinamismo" de teatrinho de fantoches.

domingo, 5 de junho de 2011

A República assaltada (2)

O caso Palocci parece não ter fim. Ele mesmo se encarrega disso. Se era para fazer aquele tipo de declarações que fez na sexta-feira, não precisava ter nos incomodado, nem à rede Globo, bastaria continuar calado como já estava. O raciocínio de Palocci inclui supostamente uma audiência acima de tudo burra. Ele diz que não fez nada ilícito e ponto final, nós temos que acreditar em sua palavra porque, segundo ele, não há indícios de ilegalidade. Como não, cara pálida? Multiplicar o patrimônio por 20 em período de eleições e receber mais de 10 milhões após ter sido nomeado ministro da Casa Civil não é indício de nada ilegal? O que seria então? Precisava ter as cuecas revistadas para obtermos indício de alguma coisa? Quer dizer que a República tem que aceitar que a palavra do suspeito (cercada de sigilo sobre as atividades inconfessas) é bastante para eliminar a suspeita?
Meu caro, Palocci, nos poupe. Não nos chame de idiotas, porque, se uma parcela até majoritária da população preferiu fechar o olhos aos desmandos do governo anterior, isso não significa que os outros 44 milhões, que votaram contra, vão ficar de olhos fechados também.
Estamos atravessando tempos tristes e dolorosos. A ética nem sequer é considerada como uma possibilidade no mundo político. A Justiça é cega, surda, muda e paralítica. Mesmo assim há uma centelha de luz, mesmo assim há uma parte do povo que não se conforma com a desfaçatez, a cara de pau, a falta de vergonha. Mesmo assim há gente que ama seu país e o quer de volta. Quer vê-lo livre desses assaltantes que fizeram o Estado brasileiro refém de sua volúpia inesgotável de sanguessugas.
Não vamos nos conformar com essas pífias explicações, senhor Palocci e a senhora, presidenta, peça ajuda mesmo ao seu mentor e criador, já que não tem condições mesmo de governar com sua própria cabeça, mas faça logo o que tem que fazer antes que tudo desande. Ou antes que o PMDB engula o seu governo.
A nação não pode ficar paralisada à espera do desfecho desse caso, que é simplesmente um caso de polícia e deveria ser resolvido (não fosse o Palocci quem é e não fosse o Brasil o que é) em uma simples delegacia. A prepotência desse senhor, na entrevista, nos remete ao velho chavão: "Você sabe com quem está falando?" Foi isso o que ele deixou nas entrelinhas: "Eu sou o Palocci, como ousam suspeitar de mim?" "Eu quebro sigilos (dos outros), eu ganho dinheiro usando cargos públicos para me valorizar no mercado e vocês não tem nada com isso. Nada fiz de ilegal e vocês tem que simplesmente acreditar em mim e ponto final".
Será um grande teste para o Brasil o desenrolar dessa história. Se as instituições da República não se levarem a sério e começarem de imediato as investigações, podemos dizer que o petismo terá conseguido seu objetivo: acabou -se a República brasileira.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A República assaltada.

O novo caso Palocci merece uma atenção detalhada. A degradação da função pública chegou a tal ponto que nem sequer causa espanto saber que o ministro-chefe da Casa Civil e ex-ministro da Fazenda, defenestrado por outro escândalo e acusado de violação de sigilo bancário, agora apresenta-se à nação como proprietário de um patrimônio que simplesmente cresceu 20 vezes no interregno entre um ministério e outro. Nada contra o enriquecimento. O problema, nesse caso é que é difícil explicar como esse surto de capacidade financeira acometeu Palocci só nos últimos 4 anos e, ainda mais, porque então ele deixou essa consultoria tão fantástica para voltar ao ministério e ganhar um salário de 11 mil reais por mês? Haja vontade de "servir" à nação.
O pior é que as instituições sequer fingem que estão cumprindo seu papel. Não se pode esperar nada do Congresso, mas uma Comissão de Ética Pública da Presidência da República dar o seu aval à varrição para baixo do tapete é demais. O presidente dessa comissão, Sepúlveda Pertence, simplesmente declarou: " Não nos cabe indagar a origem das fortunas dos pobres (?) e dos ricos que chegam a ministro de estado". É patético. Cabe então a nós, povo, indagar: Para quê serve então essa comissão de ética?
Apesar de, para o governo, tudo parecer "normal" e as instituições da República simplesmente ignorarem o assunto, Palocci deve-nos uma explicação. Não adianta desviar a atenção para a legalidade ou ilegalidade de manter uma empresa de consultoria enquanto atuava na campanha da Dilma. Isso é só uma cortina de fumaça. O que se deveria dizer ao povo brasileiro é como ganhou essa dinheirama em apenas quatro anos, que tipo de consultoria prestou e a quem.
Se não, cada vez mais fica exposta a fragilidade das nossas instituições. De quê adianta só cumprir esses rituais hipócritas de declarar patrimônio à Justiça Eleitoral, etc.? De quê adiantam leis e dispositivos constitucionais como o artigo 54 que veda aos deputados a prestação de serviços às empresas públicas e concessionárias? Sempre há uma brecha legal e, para orientar quanto a isso, estão ganhando rios de dinheiro os escritórios de advocacia, com nomes muitas vezes também egressos de funções públicas. Ou seja, é uma suruba total.
Enquanto isso a população ignara segue indiferente sem saber que o pão que lhes falta à mesa, a escola e o hospital que não têm para os filhos, a droga (em todos os sentidos) que lhes é oferecida, tudo isso é consequência desse assalto que algumas classes fizeram do estado brasileiro.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A função pública degradada

Exercer uma função pública deveria causar nas pessoas um certo temor, uma certa apreensão, de não estar à altura, de não ser capaz de exercê-la com a proficiência necessária, de não ter a coragem cívica suficiente para afrontar os inimigos da coletividade. Candidatar-se a uma função pública deveria exigir do cidadão, mais que uma ficha limpa, um exame de consciência, uma avaliação sincera de suas potencialidades e das exigências do cargo, uma auto-análise que revelasse as verdadeiras intenções por trás de tal objetivo. Deveriam os candidatos despir-se primeiro de sua mesquinhez, de seus interesses pessoais, mesmo que legítimos, para dedicar-se de corpo e alma aos interesses da comunidade que os elegeria. Ou seja, é um sacerdócio. A função pública deveria revestir-se do caráter de um dever sagrado e com tal circunspecção deveria ser exercida. 
Não é à toa que os romanos vestiam-se de branco como sinal de pureza quando candidatos a uma função pública. Decorre daí a palavra "candidatus" derivada de "candidus" (branco, limpo). Hoje em dia ninguém é mais cândido. O que vemos é uma profusão de velhacos, espertos, safados, canalhas, torpes, mesquinhos, venais, egoístas, interesseiros, querendo, almejando, salivando de vontade de por a mão no butim do erário.
Novamente os romanos: entre eles o "Aerarium", o tesouro público de Roma, era tão sagrado que ficava guardado no templo de Saturno, junto com os estandartes das legiões e os decretos do Senado gravados em bronze. Isso mostra o quão sério eram as questões públicas para eles. E deveriam continuar a sê-lo, hoje, se houvesse um pouco mais de patriotismo e um pouco menos de cinismo nas figuras públicas.
Mas, ao contrário da pureza de intenções, vivemos uma espécie de Sodoma e Gomorra  na política. Vale tudo. Já nem temos uma oposição digna do nome. É muito difícil exercer a oposição quando o desejo inconfesso é fazer também parte da "festa". E quando nos deparamos com um Roberto Jefferson fazendo oposição ao governo Dilma dá até vontade de chorar. Roberto Jefferson e José Dirceu são as duas faces da mesma moeda. Tanto que brigaram por motivos que jamais saberemos, mas que podemos perfeitamente imaginar. E se não tivessem brigado, o mensalão teria perdurado pelos oito anos e estaria talvez Dirceu agora sentado no trono ao invés da Dilma. Por qualquer ângulo que se olhe é sempre um horror. 
Isso nos leva a outro temor, o da fragilidade de uma democracia sem oposição. O caso do México, em que durante 70 anos reinou o PRI deveria nos servir de alerta. Ou quando a classe política se decompõe sem identidade e nos faz lembrar a República de Weimar que desembocou na ditadura nazista. Ou como quando, na bagunça institucional italiana, criou-se o ambiente político em que proliferou o fascismo. Não há vácuo na política. Quando os verdadeiros líderes abrem mão de seu papel, inevitavelmente surgem os falsos messias querendo "salvar" o povo.
Precisamos urgentemente de candidatos, no sentido original do termo. Precisamos de pessoas que se disponham a fazer política visando o bem comum. Será isso uma utopia? Não existem tais pessoas em nosso país? Estamos condenados eternamente a essa mediocridade? Ou será que, se crescemos e nos desenvolvemos em tantas áreas, conseguiremos enfim desenvolver o nosso sistema político? São perguntas que vão ficando sem resposta em razão dos fatos e do choque de realidade a que somos submetidos todos os dias, mas não podemos perder as esperanças, nem jogar a toalha pois então estaremos admitindo a derrota dos cidadãos de bem.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A inclusão necessária

A única maneira de deter ou mesmo eliminar a violência (urbana ou internacional) é promover a inclusão social, quer dos grupos de pessoas, quer dos países como um todo, na prosperidade e no progresso sustentável. Não haverá paz no mundo enquanto houver ricos de um lado e pobres do outro lado da cerca.
Quando olhamos para o oriente médio e ásia central só vemos aquilo que o nosso preconceito ocidental-cristão nos permite ver. Só identificamos fanatismo, violência e terror e queremos uma cerca de proteção, um fosso, para separar o nosso mundo do "deles". Isso foi possível até o advento do século XX e agora, no século XXI é simplesmente uma utopia irrealizável. Os mundos se entrelaçam e, queiram ou não, serão forçados ao convívio. Podemos escolher se queremos um convívio conflitante ou cooperativo e pacífico.
No caso da escolha de um convívio conflitante (que é o que temos feito até agora) mesmo sendo o ocidente uma potência militar e econômica, não há nada que garanta a supremacia de nenhuma das partes. O império romano caiu sob o domínio dos bárbaros de então, mesmo tendo sido uma civilização espetacular como jamais se repetiu nesse planeta. A terceira lei da termodinâmica também nos garante que é mais fácil destruir do que construir, portanto a lei natural tende a favorecer os processos menos complexos, incluindo aí as civilizações. Depois, basta fazer um cálculo de custo x benefício e ver que a manutenção dessa desigualdade custa muito caro.
Por qualquer ângulo que se olhe, a paz, o convívio respeitoso entre os povos é uma opção melhor. Para que isso se torne realidade é necessário que comecemos por nos despir da arrogância de considerarmos o nosso ponto de vista melhor que o dos outros. Não estou pregando o relativismo cultural radical que despreze a questão dos direitos humanos fundamentais. Ao contrário, penso que podemos concordar em uma agenda comum, respeitando os seres humanos igualmente em seus direitos e deveres, mas devemos aceitar as diferenças e a autodeterminação, e, para mim,  a chave do sucesso está na inclusão. Um bom exemplo foi a inclusão da sociedade japonesa no mundo da prosperidade. Não se percebe nessa sociedade nenhum resquício de ressentimento contra o que os americanos fizeram lá. E acredito que boa parte da explicação está no fato que a sociedade japonesa não se sentiu marginalizada e fechada em um gueto, ao contrário, foi convidada a participar da geração de riqueza mundial. Se isso funcionou com uma sociedade antípoda em muitos aspectos e não só no geográfico, deverá funcionar em outras sociedades que, de certo modo estão mais perto de nós. O oriente médio, ao lado da Grécia, é o berço da nossa civilização e a maior parte dos nossos valores morais e éticos são derivados dalí. "Ex oriente lux" (o sol nasce no leste) já diziam os romanos. Não podemos nos esquecer disso.


domingo, 20 de março de 2011

A bobagem do anti americanismo

Os Estados Unidos, como qualquer outro país, tem suas qualidades e defeitos. Entretanto, parece que é moda, já há algum tempo, xingá-los e acusá-los de culpa de todos os males que afligem a humanidade. É verdade que a política externa americana não ajudou muito; ao contrário, depois do presidente Theodore Roosevelt e sua política do "big stick", tudo que a diplomacia americana fez foi piorar as coisas. Apoiou ditaduras, inventou falsos líderes (como Saddam Hussein), fez guerras em todos os continentes, desenvolveu um anti-comunismo paranóico que destruiu muitas nações e muitas vidas. Tudo isso por medo. 
Os Estados Unidos foram a primeira nação em que o poder se originou realmente do povo e foi construída pelo povo, pedra a pedra, palmo a palmo. A revolução francesa logo se perdeu no bonapartismo e seu império, e, depois,  na restauração do rei. Na luta contra o estado britânico, os colonos americanos tiveram que improvisar um exército e sustentá-lo com as próprias economias de fazendeiros. E a ameaça aos Estados Unidos era percebida sempre como uma ameaça a esse povo e aos seus direitos recém-conquistados, portanto uma ameça à própria democracia. A afirmação desse país se fez pela guerra, primeiro contra os ingleses, depois contra os espanhóis. Depois contra tudo e  contra todos que pudessem representar risco.
Essa postura belicista e internvencionista, aliada a uma economia absolutamente hegemônica, foram os fatores geradores desse sentimento anti americano que, depois de vigorar timidamente nos anos 60, até agora só fez crescer. Uma parte desse sentimento é realmente uma reação ao que os americanos fizeram ou fazem no mundo, mas outra parte tem um travo inequívoco de despeito pelo que eles são e representam. 
Por outro lado, não podemos esquecer que, sem a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra, talvez a Grã-Bretanha não tivesse conseguido resistir aos alemães e aí a história da humanidade seria diferente. Dá para imaginar o que seria dos semitas (não só os judeus, evidentemente) e da população negra em todo o mundo, se a Alemanha nazista prevalecesse.
A gente, a minha geração, eu inclusive, usávamos xingar os Estados Unidos por se opor aos regimes de Castro, Ho-Chi-Min, Pol Pot do  Khmer Vermelho, Mao, etc.
Hoje sabemos o que Fidel fez na ilha, quantos civis inocentes Pol Pot trucidou no Camboja. Hoje sabemos o que aconteceu na Alemanha Oriental, na Estônia, Ucrânia, Polônia, Hungria, Albânia, etc., durante o domínio comunista. Se não houvesse uma nação militarmente poderosa a se lhes opor, como é que esse regime totalitário por definição, seria impedido de dominar outras nações?
Excessos e erros foram cometidos, mas os Estados Unidos não são uma exceção. A Alemanha cometeu erros ainda maiores. A Rússia idem. Os impérios português, espanhol e britânico cometeram também seus genocídios. A Bélgica tem uma história vergonhosa no Congo. A Holanda tem uma história semelhante na África do Sul. E a França, idem na Argélia. Aliás, foi na Argélia que a França inaugurou a tortura sistemática praticada pelos agentes do estado, como método de combate. Até mesmo o Brasil, país dito pacífico, mas que na Guerra do Paraguai dizimou a população masculina, tem suas manchas históricas.
Portanto não há anjos nem demônios na política internacional. Dirigir nosso ódio a uma nação em particular revela mais de nós mesmos do que deles. Repito, o anti-americanismo tem muito de despeito pela nação rica, poderosa, laica e democrática que eles construíram. Há babacas lá como cá e a Sarah Palin não me deixa mentir. Mas não será hostilizando essa nação que nós conseguiremos elevar a nossa. Precisamos deles como parceiros comerciais (assim como eles precisam de nós) para não ficarmos daqui a  alguns anos, sob o domínio da China. Há alguém desenvolvendo um sentimento antichinês por aí?

quinta-feira, 17 de março de 2011

O retorno do dragão



Charge copiada do excelente Blog Fusca Brasil mostra Delfim Neto quando era o czar da economia nos anos de chumbo da ditadura militar; ou seja, antes de virar "consultor" dos governos do PT. Teremos repeteco?

domingo, 13 de março de 2011

A altivez do Japão

Definitivamente o Japão não é um país de coitadinhos. Pertencendo ao único país que já sofreu um ataque nuclear (duplo!),  o povo japonês não se abateu, como não se abate também agora com essa catástrofe natural.
Isso não quer dizer que seja um povo passivo, que aceita tudo. Ao contrário, durante a Segunda Guerra provaram ser dos mais valentes, capazes dos maiores sacrifícios, até mesmo o de entregar a vida pelo seu país sem pestanejar. Depois da guerra, com o país devastado não ficaram lamentando o sofrimento. Puseram mãos à obra e construíram a segunda (agora terceira por causa da China) economia mundial, com uma população quase igual à do Brasil, mas ocupando um território 22 vezes menor, cheio de ilhas, montanhas e vulcões.
Enquanto isso, nós, República desde 1889, sem sofrer ataques de nenhum país, com um território vastíssimo, o maior manancial de água doce do mundo, a maior floresta, a maior área de terra agricultável, sem falar de outras tantas benesses que se tornaram até lugar-comum, permanecemos deitados em berço esplêndido. 
Enquanto isso,  nós, que reclamamos sem reivindicar;  que queremos direitos de mão beijada sem dar a contrapartida dos deveres, que buscamos privilégios ao invés de cidadania, que temos um cipoal de leis que não cumprimos,  mendigamos tanto, acusamos tanto outras potências de nos explorarem, jogamos tanto a culpa de nossos males nos outros ou no "destino histórico" e nada fazemos para reconstruí-lo, que já fomos conhecidos como o país dos coitadinhos. E continuamos, coletivamente, aceitando tudo que nos é impingido: ineficiência do Estado, burocracia excessiva, tributos escorchantes, corrupção dos agentes públicos, políticos da pior qualidade; e, individualmente, ficamos tentando escapar ou driblar esse estado de coisas mediante a malandragem, sonegação, propinas, ou seja, atitudes em que não se enfrenta e não se  resolve o problema.
Até quando? Até quando vamos permanecer essa nação infantil, incapaz de tomar seu próprio destino nas mãos e construir uma sociedade realmente rica, ou seja, próspera, fraterna, justa, igualitária, republicana? Até quando vamos nos recusar a crescer e enfrentar as dificuldades com altivez e determinação, como está a nos dar o exemplo o povo japonês?
Temos agora um momento histórico excepcional, e "de quebra" um bônus demográfico em que nossa população não é extremamente jovem, nem extremamente velha, ou seja, estamos no auge de nossa capacidade de trabalho e geração de riqueza. Não podemos perder essa oportunidade, mas temo que já estamos atrasados em várias áreas cruciais, em especial na educação. E sem educação, não seremos cidadãos plenos. Sem plena cidadania, não seremos capazes de exigir mudanças e tomar as rédeas do poder soberano, que teoricamente emana do povo. Nossa grande diferença para a nação nipônica está aí: na cidadania plenamente exercida com deveres e direitos sendo respeitados e cumpridos. Portanto, não pedem esmolas, mas ação legítima de governo. E não ficam a esperar, põem as mãos à obra, ajudam-se mutuamente e constroem e reconstroem seu próprio país, tantas e quantas vezes for necessário. Banzai! 万歳  

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Belo país, o Chile!

Santiago! A cordilheira domina tudo. Por onde quer que se dirija o olhar lá está ela, majestosa e ameçadora, como uma deusa ciumenta a proteger e a controlar a cidade. A cidade é ampla, as ruas são largas, os passeios generosos, o povo não é caloroso como o italiano, nem sorridente como o brasileiro, mas é polido, educado e não nos olha, a nós brasileiros, com o desprezo invejoso dos argentinos.
Mas dá para sentir que é um povo altivo, orgulhoso de si e de seu país, e que têm motivos para isso. Esse povo lutou para ter o que tem, sacrificou-se, mas não deixou sua história para trás e acabou encerrando nas grades o seu algoz de tantos anos. É um povo Mapuche, que jamais se entrega, jamais desiste.
É um povo que elegeu uma mulher, descasada, sem alarde algum, nem por ser mulher, nem por ser descasada, e que saiu do governo com uma popularidade altíssima sem contudo eleger seu sucessor. Acho que no Chile, ao contrário do Brasil e da Argentina, não há lugar para o populismo. Aqui, se quer um político que dirija a nação e a conduza na resolução de seus problemas. O Chile se recusa a fazer parte do Mercosul, talvez porque pressinta alí um arranjo politiqueiro que tem de tudo, menos seriedade. O Chile busca o melhor para si sem estar alinhado com ninguém. Mantém uma relação comercial especial com os Estados Unidos porque quer e lhe convém e não dá satisfação ao antiamericanismo infantil de outros países do cone sul. Não faz agrados nem a Chavez, nem a Evo Morales, não interfere na guerilha das Farc, não se alinha com a populista Kirchner, nem o fez com o demagogo Lula. Não apoiou a pretensão brasileira de sentar-se no Conselho de Segurança da ONU e nem se absteve de votar a favor de sanções contra o Irã no caso dos direitos humanos.
O Chile foi o único país das Américas a eleger democraticamente um comunista. Depois o retirou do poder, travou uma luta interna ideológica com muitos mortos dos dois lados e encerrou essa fase com a justiça atuando, prendendo, julgando e condenando os crimes cometidos pela direita militar.
E agora segue em frente, abandonando as ideologias ultrapassadas e desenvolvendo-se economicamente sem deixar parcelas de sua população para trás. Investe na educação de seus jóvens e não é à toa que pode se orgulhar de seus dois premios Nobel de literatura: Gabriela Mistral e Pablo Neruda.
O Chile deveria ser um exemplo para todos nós brasileiros de como se constroi uma nação. O Chile pode ter orgulho de sua história.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O fantasma do ex

Não é o meu caso, mas quem já se divorciou sabe que a ex, ou o ex, nunca deixa de assombrar. E gosta de aparecer nas horas mais impróprias, geralmente para deixar o ex-parceiro em uma situação embaraçosa quando não é para pedir dinheiro ou aprontar algum barraco.
Pois bem o "nosso" ex-presidente, como era de se esperar, já começou esse comportamento de ex inconformado. Resolveu deitar falação no Forum Social criticando desde as centrais sindicais até o governo Mubarak. A questão nem é se as criticas são fundamentadas ou corretas, a questão é de elegância e de comportamento ético diante de um governo que apenas começa e cuja sucessora foi ele próprio que moveu mundos e fundos (e que fundos!) para eleger. O governo constituído e democraticamente eleito (embora sem o meu voto) está aí para isso. Cabe ao governo discutir ou negociar com as centrais sindicais e principalmente na questão da política externa em que o governo tem o dever de conduzir, visando o interesse estratégico e a segurança nacional. Não fica bem e só constrangimentos pode trazer o fato de um ex-presidente ficar dandos pitacos nessa área. Um ex-presidente é um cidadão comum e como tal pode e deve se comportar, o que inclui ficar no anonimato. Pode ter, obviamente, suas opiniões pessoais mas não deveria externá-las assim em fórum público mundial pois não é como cidadão comum que ali foi chamado, mas apenas por ter, há tão pouco tempo, tido acesso aos meandros e negociações  do poder político mundial.
Deveria calar-se em respeito ao país que governou. Deveria calar-se me respeito à sucessora que ajudou a eleger. Deveria calar-se em respeito à própria biografia, se respeito tivesse dela, ao menos para não cair em contradição com o que sempre pregou.
É assim que quer dar exemplo de como se deve comportar em ex-presidente? Lula,tenha um pouco de humildade (palavra estranha no seu dicionário) e aprenda algumas lições de elegância com Fernando Henrique.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A conta já começou a chegar

Já sabemos que a inflação está ficando sem controle. E, pior, a conta fica mais cara nos gêneros de primeira necessidade, ou seja, como sempre é mais danosa para quem tem menos recursos.
Agora voltam os apagões. Primeiro no nordeste e agora em São Paulo. É claro que as autoridades de plantão tem mil e uma explicações. É claro que não são apagões, mas "apenas" interrupções temporárias de energia, como disse o inefável ministro Lobão. Do mesmo modo se poderia dizer das quase 900 vítimas da região serrana fluminense. Não são mortos, são pessoas com interrupção definitiva dos processos vitais. Belos eufemismos que não escondem a dura realidade dos que sofrem. Não é privilégio do PT e seus asseclas governar com incompetência de mãos dadas com a corrupção. Infelizmente a história do Brasil está cheia desses maus exemplos. Mas o que o governo petista fez de excepcional foi conseguir elevar isso ao estado da arte e ainda tentar tampar o sol com as peneiras mais furadas da ideologia.
Um militante é um ser fundamentalista. Não enxerga a realidade, mas apenas aquilo que o partido lhe diz para ver.
O único problema é que a realidade é teimosa e insiste em se infiltrar no mundo de faz-de-conta criado nessa nossa pobre quase-república. E já vem mostrando as garras, mais cedo do que se esperava. O dragão da inflação, devorando salários e aposentadorias, e destruindo sonhos de consumo. Daqui a pouco a classe C vai ser submergida novamente e vai gritar porque ninguém gosta de andar para trás. O apagão destruindo produtividades, produzindo mais caos urbano, decrescendo a qualidade da vida urbana só servirá de mais um fator de estresse. A partir daí, tolerância zero com os desmandos e roubalheira. Aí veremos se a gerenta presidenta é competenta ou não. Infelizmente não dá mais para acreditar em contos da carochinha: dragões, três porquinhos e Lobão só são bonitinhos nos filmes da Disney. Na verdade são tão feios quanto a bruxa mor.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Governo é governo, oposição é oposição

Esse título faz um plágio do bandido Lúcio Flávio, do tempo em que "bandido era bandido e polícia era polícia". Pois bem, lê-se no blog do PSDB (aqui) que vão fazer oposição. Grande novidade, pois a quem perde eleição não resta outra coisa a fazer, ou então, deve abandonar a política.
Ainda afirmam, porém, que vão fazer uma oposição não destrutiva.Não sei porque insistem tanto em destacar que não fazem oposição destrutiva. Oposição é oposição, não precisa de adjetivos. Quem se opõe é porque não concorda com o programa, ou atos, de quem está na situação. Quem faz oposição o deve fazer consciente de que tem melhores idéias, melhores soluções; e isso não é ser destrutivo, muito antes pelo contrário. Esse é o papel natural da oposição em um regime democrático de uma sociedade civilizada. Não entendo então porque essa insistência em dizer que a oposição não será destrutiva. Parece um pedido de desculpas antecipado. <<Olha, eu vou fazer oposição, mas não se preocupem, vai ser uma oposição "de leve", sem pisar no calo e pedindo licença antes de falar, viu?>>

Vá bem que nossa cultura privilegia o eufemismo em vez da franqueza. Verdades ditas na bucha são consideradas falta de polidez. Mesmo assim, é ser subserviente demais para assumir o papel que lhe foi destinado pelas urnas. O que os eleitores-que-não-votaram-no-governo querem não é uma oposiçãozinha meia-boca. Isso não é ser golpista, não é ser preconceituoso, não é ser nada, é exercer um direito e um dever constitucional.  O que esse eleitor quer é ser representado no Congresso. É ter uma voz que fale por si e não uma que faça oposição consentida como se vivêssemos em uma ditadura. 
Chega de pusilanimidade! Assuma o seu papel histórico PSDB, ou estará ajudando a desconstruir a democracia nesse país. E tem gente que a quer ver destruída, para se implantar o seu projeto de stalinismo tupiniquim.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Uma desgraça brasileira

Desde a época de D.Pedro II que se sabe ser a região serrana fluminense uma arapuca meteorológica. A Serra do Mar, de beleza ímpar, sobe imponente e íngreme e, por isso mesmo, transforma-se um anteparo natural ao movimento dos ventos e das nuvens, provocando precipitações abundantes e freqüentes, especialmente no verão, uma das razões da exuberância da mata atlântica naquela região. Não é preciso ser meteorologista para saber do regime de chuvas ali. E não é sequer preciso estudar engenharia para saber que a construção de casas nas encostas, especialmente numa região em que chove muito, oferece um risco aos seus moradores.
Como as pessoas insistem em ignorar as leis da física, por vários motivos, ignorância mesmo, ganância especulativa, falta de opção, cedo ou tarde temos que nos deparar com tragédias como essa que está ocorrendo agora. Alguns culpam as mudanças climáticas, mas já em 1966 houve uma tragédia semelhante no Rio. Se quisermos podemos listar várias delas: em Teresópolis, em Petrópolis, em Itaipava, em Nova Friburgo, em Angra e nos morros cariocas. As tragédias são repetitivas e previsíveis, como previsível é a reação das autoridades e dos políticos em geral. Todos com cara compungida, oferecendo condolências, lamentando-se, liberando verbas de emergência e prometendo planos para acabar de vez com esse problema. Depois, as chuvas passam, os mortos são enterrados, vêm o Carnaval e outras coisas a fazer esse povo de memória curta se esquecer, como rapidamente se esquecem também os políticos das promessas feitas, das verbas que não saíram do cofre ou não chegaram ao destino e dos planos que não saíram do papel.
Então,  daí a mais um ano ou dois, ou três,  em Janeiro voltam as chuvas e as tragédias a estampar as páginas dos jornais e tudo se repete num ciclo macabro indefinido. Até quando vamos viver assim como nação? Como povo, temos essa característica estranha de jamais resolvermos nossos problemas. Não resolvemos o problema da seca no nordeste, nem o da fome nas cidades, nem o das drogas, nem o da segurança pública, nem o da desigualdade social, nem o da distribuição de renda, nem o da saúde, nem o da educação, nem o da corrupção policial, nem o da infestação mafiosa da classe política. Vamos convivendo bem ou mal com essas mazelas, aceitando umas, contornando várias, resignando-se com outras, mas não tomamos uma atitude resolutiva. Somos inapelavelmente individualistas, não jogamos em equipe, cada um procura resolver seu problema como pode e dane-se o resto.
É assim que queremos emergir, fazer parte do grupo das nações desenvolvidas? Não vamos conseguir enquanto não mudarmos nossa conduta. Não adianta arranjar culpados, ou atirar pedras nas nações que nos superam. Eles nos superam porque são melhores do que nós. São cidadãos que pensam como tal e lutam por sua comunidade. Eles também tem problemas, mas a diferença entre uma nação desenvolvida e uma estagnada está não na ausência ou presença de problemas , mas na maneira de abordá-los e resolvê-los.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

De boas intenções o inferno está cheio

Começou o governo Dilma! Jornais estampam hoje o programa do que será a primeira reunião ministerial, amanhâ, dia 14/01.  Por via das d[uvidas, saltou o dia 13. Pois bem, analisando o que a Presidente quer e dirá aos ministros, até que o programa não é dos piores. 
Começa pelo gasto público, uma farra no governo anterior, que a presidente quer sob controle. Já definiu que o salário mínimo vai seguir a regra estabelecida e ficar em 545 e pronto. Se vier mais do Congresso ela veta. 
Vai dizer que não acatará indicações políticas para as agências. Quer que elas tenham independência tanto do poder econômico, quanto do próprio governo. Em qualquer país do mundo isso seria o normal, mas no Brasil é o caso de dar os parabéns e até soltar foguetes.
Reiterará o compromisso com a ética e as práticas republicanas, apesar de manter em seu quadro de ministros alguns notórios malversadores do dinheiro público, como o ministro do Turismo e a ministra da Pesca com suas verbas indenizatórias,   ou de comportamento ético duvidoso, como o Palocci. Mas, voltando ao tema, o compromisso com a ética é bem vindo apesar de não ser mais que a obrigação do homem público.
Ainda mais: quer estabelecer um marco regulatório para a mineração; reestruturar as empresas distribuidoras de energia; preocupa-se com o câmbio e vai intervir quando necessário; não vai fazer reforma previdenciária, nem tributária, mas vai desonerar a folha de pagamento das empresas e fazer algumas mudanças tributárias puntuais; vai segurar gastos do orçamento de 2011 e quer, de cada ministro, uma meta de redução de gastos no seu ministério. Coroando tudo isso, estabelecerá um Conselho de Gestão. Nenhuma palavra sobre a saúde e nem sobre a educação básica. Bem, diz que quer formar mais serralheiros e eletricistas e que vai atrair mestres e doutores com salários melhores, mas nada disso resolve o problema da educação básica, da qual o país está cada vez mais carente.
Não se pode negar que as intenções são boas, apesar da falta de uma política de saúde e saneamento básico, uma política de segurança pública eficaz e, repetindo, a questão da educação que permanece em aberto. Mas, como nem tudo é possível, se o governo conseguir ao menos fechar os ralos por onde escoa o dinheiro do Erário e mudar as práticas de governança da coisa pública, já terá sido muito. Para dizer a verdade, não espero nem mesmo isso, pois afinal os sinais continuam contraditórios. Acham que um Edison Lobão, sarneysista de carteirinha, vai se dobrar a essa gestão profissional e austera? E quem vai tirá-lo de lá, se não se comportar?  O PMDB, no segundo e terceiro escalão, vai abandonar as práticas não contabilizáveis? Ideli Salvatti, que não terá nada para fazer no anódino ministério que ocupa, vai resistir em usar as mordomias do cargo para fazer viagens internacionais de reconhecimento de técnicas pesqueiras? E o vetusto ministro do Turismo, vai parar de frequentar motéis suportado com o nosso dinheiro? 
Os problemas de Dilma no governo não virão da oposição, mas sim, substancialmente, dos aliados. Como já disse: as intenções são boas, mas o inferno...



domingo, 2 de janeiro de 2011

Sinais trocados

E o inacreditável aconteceu: Erenice Guerra na posse! O que isso significa? Que a bandalheira já está autorizada a prosseguir?  Pois, se ela foi lá é porque foi convidada, não entraria de "penetra"!  E, se foi convidada, Dilma deu o aval, se é que não foi a própria Dilma quem a mandou convidar.
Pegou mal. Não deveria ter começado o governo dando esse sinal aos políticos e desfeiteando o povo que lutou pela Ficha Limpa. É claro que não deveria tampouco aceitar no seu ministério a presença de um Pedro Novais, depois do caso do motel, e nem a de Palocci, se quer realmente demonstrar que o período de tolerância à corrupção ficou para trás.
Mas parece que isso não tem importância para ela. Sabe que vai acabar tudo em pizza mesmo e que o povo ignorante que a elegeu não sabe dessas coisas e, se sabe, também não se importa. Afinal, seu ex-chefe, apesar de todos os escândalos,  sai com popularidade de 83, ou 87%, sei lá.
A outra, Erenice, também está dando um sinal para a Polícia Federal e CGU. Esse sinal é: "ainda sou poderosa, estão vendo? Portanto.não mexam comigo". E foi lá e abraçou a presidente, na cara-dura.
Aí fica uma dúvida. Pelos discursos quase dá para acreditar que a Dilma quer fazer um bom governo, mas entre as palavras e a prática, até agora, há uma distância de anos-luz.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Credo Humanista

Desejo um Feliz Ano Novo e década nova a todos e que a humanidade possa encontrar melhores caminhos para si mesma, com menos intolerância e mais amor. Se cada um puder dizer esse "credo", que vai abaixo, com convicção acho que esse objetivo estará alcançado.
  • Acredito na humanidade. Acho que temos mecanismos de superar nossos erros. Que uns podem e devem ajudar os outros nessa caminhada da Vida e na aventura do Conhecimento.
  • Acredito na liberdade: de informação, de crítica, de expressão, de escolha, de ir e vir. Só a liberdade pode conduzir o Homem ao progresso e à felicidade.
  • Acredito na igualdade. Todos devemos ser tratados com equanimidade, em direitos, deveres e oportunidades. A equanimidade é também e principalmente o respeito às diferenças de etnia, crença religiosa, cultura, origem, nacionalidade, gênero e orientação sexual.
  • Acredito na fraternidade entre as pessoas. Todos somos passageiros do mesmo barco e o destino de um afeta o destino de todos.

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