Hoje, no dia internacional da mulher, convém que reflitamos sobre a situação feminina em inúmeros países, ou mesmo no Brasil.
O caso recente da menina indiana, estuprada e assassinada (ver post aqui) por seres animalescos, infelizmente não é um caso isolado, nem acontece só na Índia. Há pouco mais de duas semanas, em plena Savassi, bairro "nobre" de BH, as pessoas presenciaram uma cena em que um ex-marido espancou a ex-mulher na rua, jogou a ao chão, deu chutes, e só não fez mais porque houve intervenção dos transeuntes.
Ontem, assistimos ao final do julgamento do ex-goleiro Bruno, que ao fim e ao cabo, foi condenado apenas a 17 anos de reclusão, por ter mandado matar Eliza Samudio, com todos os agravantes de: premeditação, frieza, cárcere privado, impedimento de defesa da vítima, tortura, motivo torpe, ocultação e vilipêndio de cadáver, obstrução da justiça, etc., etc.
Como é réu primário, tem direito a cumprir só 1/6 da pena em regime fechado, ou seja, em 3 anos poderá requerer regime semi-aberto. Como já está preso há 2 anos, daqui a 1 ano, no máximo, estará em liberdade. A vítima, uma mulher - coincidência? - perdeu a vida; o algoz, perde uns três anos de vida na cadeia e estamos conversados.
Depois ainda criticam o ministro Joaquim Barbosa quando ele disse que o sistema penal brasileiro é frouxo, é pró-crime, pró-impunidade. A Associação de Magistrados considerou um absurdo o presidente do Supremo dizer isso. Qual é o absurdo? Ele ter dito isso, ou um assassino confesso ficar preso só por 3 anos, embora condenado a dezessete?
A inversão de valores nesse país é total. É por isso que nem chega a espantar um deputado homofóbico, racista e enfrentando processo por estelionato no STF, como esse pastor Marco Feliciano, ser indicado presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Seria uma grande piada, se não fosse triste.
sexta-feira, 8 de março de 2013
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