sexta-feira, 15 de março de 2013

Pé de pato, mangalô, três vezes.

Já temos uma história longa de inflação e seu combate ineficaz com mágicas e bruxarias. Devíamos já saber que isso não funciona.
Intervenções pontuais nos preços não resolvem, se o problema é macroeconômico. Por quê temos inflação? Em primeiro lugar, porque as contas públicas não fecham. O governo gasta mais do que pode e do que arrecada. Isso se chama irresponsabilidade fiscal. Em segundo lugar, porque as pessoas estão consumindo mais do que a indústria consegue produzir. É o famoso efeito da lei da oferta e da procura.
E, no ano passado, o crescimento da indústria de transformação foi negativo, ou seja, a produção industrial no Brasil diminuiu em vez de crescer. 
Entretanto o governo continua estimulando o consumo, diminuindo impostos aqui, forçando a queda dos juros alí. O governo acredita que o consumo vai resolver o problema do PIB.  Aí é que se engana (e nos engana) porque não é o consumo que vai fazer a economia crescer e, sim, investimentos na produção.
Dilma parece que pensa que suas bruxarias e mandingas vão resolver o problema. 
A questão porém é que a equação para ela não está fechando. Se deixar os juros subirem para segurar a inflação, o pibinho raquítico vai para a UTI. A inflação pode até baixar, mas aí vem a impopularidade. As pessoas começam a perder o emprego, a massa salarial cai, fica mais difícil comprar (afinal esse era o objetivo), enfim, entramos na recessão ou estagnação econômica. E o sonho da reeleição no ano que vem, vai para o beleléu.
A única saída é enxugar os gastos de custeio da máquina pública para sobrar dinheiro para  investir na recuperação da infraestrutura, que já está sucateada há muito tempo.
Só um milagre faria baixar a sensatez em um governo que desperdiçou dois anos andando de lado. Agora, com o processo eleitoral deflagrado pelo Molusco, Dilma pode até "fazer o diabo". O que não fará de jeito nenhum é administrar o país com responsabilidade.
Querem apostar qual vai ser o caminho escolhido pela gerentona? Será o da austeridade, da racionalidade econômica, o caminho que faria bem ao país? Ou será o caminho enganoso e fácil das contas manipuladas, dos intervencionismos estatais perfunctórios, das mágicas e bruxarias? Eu já sei a resposta.

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