terça-feira, 5 de março de 2013

Petrus Romanus

Dando crédito às profecias atribuídas a S.Malaquias, o próximo e último papa será Petrus Romanus. 
Com esse nome não faltam "papabili", desde D. Odilo Pedro Scherer, o bem cotado arcebispo de S.Paulo, a D. Péter Erdö, arcebispo de Budapeste, também bem cotado, passando pelo africano Peter Turkson, outro com elevada cotação no "ranking". Todos são Petrus.
Para não esquecer ninguém, há ainda D. Jean-Louis Pierre Tauran e D. Jean-Pierre Ricard, arcebispo de Bordeaux.
Dizem  que, no conclave,  "quem entra papa, sai cardeal", portanto pode ser que nenhum deles seja o escolhido pelo Espírito Santo. Aliás, sendo Deus e onisciente, o Espírito Santo já sabe quem será o escolhido, falta só informar isso aos cardeais-eleitores.
A Igreja Católica é como os mineiros, na definição de Millôr: "nunca é o que parece, sobretudo quando parece o que é". Não se pode subestimar a capacidade de articulação e a matreirice desses senhores, cuja soma das idades supera em quatro vezes o tempo de existência da própria Igreja. Podem até disputar prestígio e poder entre si, como disputam, mas na hora "H" eles se unem em uma corporação unida e uniforme, que se mostra monolítica extra-muros.
Gostemos ou não da Igreja, é forçoso reconhecer a importância de seu papel especialmente para o ocidente. A Igreja é constituída de homens e errou (e ainda erra) muito, mas teve um papel inestimável no processo civilizatório, na educação dos povos, na preservação do patrimônio artístico e cultural da Antiguidade clássica. Nenhuma outra organização humana durou tanto tempo, nem sequer exerceu um papel tão preponderante nas mentes e nos corações dos homens. E o Papa, seja quem for, é uma personagem política cujo papel moderador e pacifista tem ajudado a aproximar contrários, como por exemplo, no caso da intermediação entre o ocidente e o Islã.
Entretanto a maior dificuldade do próximo Papa estará dentro da própria organização religiosa. A resistência às mudanças já derrubou mais de um Pontífice, mas o enfrentamento dessas questões é cada vez mais necessário. Ou a Igreja acaba com a corrupção (financeira e de costumes) ou a corrupção acaba com a Igreja. Será que S. Malaquias estava certo?

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