Tem gente que ia querer ficar em 2014 mesmo, sem se mudar de mala e cuia para 2015. Mas não tem jeito. O deus Chronos, com seu reloginho impecável, ou melhor, sua ampulheta cuja areia não cessa de cair, não dá essa chance a ninguém.
Os gregos já sabiam: o Tempo é um pai que devora os próprios filhos.
Mas esse fluxo eterno, essa mutação constante, nada mais é que a própria vida, a própria essência do existir. Só não muda o que está fora do Tempo, o que não existe.
Filosofias à parte e voltando à vaca fria, aqui estamos às vésperas de mais um ano novo e, dessa vez, com expectativas muito baixas com relação ao país, sua economia e seu desgoverno. Entramos em 2015, com um ministério pífio, montado pela gerenta, sem um pingo de criatividade, sem uma nota de originalidade. Talvez o mais original tenha sido a escolha de Joaquim Levy para a Fazenda, mesmo assim porque isso foi uma traição explícita da presidenta-eleita às promessas da candidata. E só.
George Hilton no ministério do Esporte, o filho do Jader Barbalho (cujo nome não guardei, nem quero guardar) no ministério da Pesca e Aldo Rebelo no Ciência e Tecnologia, são os símbolos, os emblemas da qualidade com que a gerentona quer conduzir sua próxima aventura governamental. Rezemos!
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
Frases do Ano - 2014
Abaixo, as frases e as caras de 2014:
- Essa não é só uma frase, mas vale a pena ver todo o conjunto da obra, inaugurando a série, logo no alvorecer de 2014:
- Dilma Roussef, avisando que o Petrolão vai virar hidrelétrica:
“Estamos enfrentando essa situação com destemor e vamos converter a renovação da Petrobras em energia renovadora para o nosso país.”
- Dilma informando a todos que o Brasil não existe:
- “O início do Brasil e o fim do Brasil e o meio do Brasil são os municípios, porque não existe, de fato… nem é União, nem é um estado, um estado fisicamente. Existem, fisicamente, os municípios, as cidades e as zonas rurais”.
- De Rui Falcão, presidente do PT, dando lição de combate à corrupção:
“Essa tradição de combate à corrupção é nossa e ninguém nos toma. Nós não estamos lutando apenas agora contra a corrupção. Há muitos anos o PT se notabilizou por defender a ética na política e por combater todas as formas de apropriação privada de recursos públicos”.
- Dilma Roussef prometendo na campanha:
"...que jamais teremos outro apagão, que as represas estavam cheias [menos em São Paulo, por causa dos tucanos] e que as tarifas da eletricidade não só eram baixas como ainda iriam baixar mais. Mais baixos que as tarifas só mesmo os juros fixados pelo Banco Central; que a economia estava ótima e que não tínhamos inflação".
- Conclusão de Marcos Maia no relatório da CPMI da Petrobras, antes de, alguns dias depois, concluir o contrário:
"Conclui-se que a aquisição de Pasadena ocorreu dentro das condições de mercado da época, e que a empresa conta, hoje, com um bom e lucrativo ativo”.
- Nestor Cerveró, surdo e mudo, mas enxergando muito bem:
“Nunca ouvi falar de organização criminosa na Petrobras. Não tenho por que ficar preocupado com a delação do Paulo Roberto Costa”.
- Guido Mantega, o Inefável, em mais uma crise de auto-elogio:
“Meu grande orgulho é ter liderado a economia brasileira na mais grave crise em oitenta anos”.
- Graça Foster, a testa-de-ferro, em março, nos informando que quem manda na Petrobras é ela:
"É muito importante que se saiba que a Petrobras tem comando. A Petrobras é uma empresa de 85 mil funcionários e tem uma presidente. Sou eu. Eu respondo pela Petrobras. Temos uma diretoria colegiada que trabalha pela busca da melhoria. E o que precisa ser investigado é investigado nessa empresa. Esse é o ponto fundamental. Aqui, tem normas, procedimentos e ela investiga."
- Dilma, exercendo sua maior especialidade, construir frases memoráveis:
“Então, eu vou concluir dizendo para a maioria e para a minoria, para todos, por que é que eu dei esse exemplo? Eu dei esse exemplo pelo seguinte, eu quero dizer para vocês que o Brasil só vai para frente se o Pará for para frente”.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Lula, tire a mão do meu bolso!
Lula diz que o ponto mais importante da reforma política será o financiamento público de campanha. Prestemos atenção! Parafraseando o ex-embaixador Juracy Magalhães, digo que o que é bom para Lula e seu partido, é ruim para o Brasil.
Logo, se Lula acha importantísimo o financiamento público de campanha, convém analisarmos cuidadosamente o que vem a ser isso e onde eles querem chegar. Aliás, me corrijo; onde eles querem chegar já sabemos: é ao pote de ouro, ao saco sem fundo dos dinheiros públicos, ao erário, aos cofres da nação. Isso já está demonstrado pelo fatos passados e presentes. O que ainda não ficou claro é como querem chegar ao ouro de um modo que ainda não é conhecido, nem rastreado pela Polícia Federal.
Claro está que não dá mais para repetir o esquema da Petrobras, nem o das agências de publicidade, pois ambos estão desmascarados. É preciso criar um novo mecanismo.
Essa história do financiamento público de campanha é o novo golpe que querem nos aplicar.
Por que cargas d'água a população brasileira é quem vai ter que pagar a conta das campanhas eleitorais? Já não chegam os fundos partidários? Quem quiser se candidatar que assuma o risco, faça as dívidas e as pague depois.
Se o objetivo é impedir as doações de empresas, sob o pretexto de diminuir a influência do poder econômico na política, que se proíbam essas doações, se for o caso, o que é discutível, mas não transfiram esse ônus para as costas do cidadão.
Além disso, quem garante que as empresas não continuarão "doando" para o caixa dois como já fazem hoje? Certos partidos, ou organizações criminosas como bem disse o Sen. Aécio Neves, receberão duas "doações": uma, do nosso suado dinheirinho dos impostos, outra do caixa das empresas que, por sua vez, já terão sangrado os cofres públicos como de hábito.
Se é para mudar o modo como as campanhas são financiadas, o que se deveria fazer é acabar de vez com qualquer financiamento público, ou seja, extinguir também o Fundo Partidário. Cada partido que viva e sobreviva com as doações e contribuições de seus afiliados, ou seja, de quem o apoia e acredita nele. Os demais cidadãos nada tem com isso. Portanto, senhor Lula e senhores políticos: Tirem a mão do meu bolso!
Logo, se Lula acha importantísimo o financiamento público de campanha, convém analisarmos cuidadosamente o que vem a ser isso e onde eles querem chegar. Aliás, me corrijo; onde eles querem chegar já sabemos: é ao pote de ouro, ao saco sem fundo dos dinheiros públicos, ao erário, aos cofres da nação. Isso já está demonstrado pelo fatos passados e presentes. O que ainda não ficou claro é como querem chegar ao ouro de um modo que ainda não é conhecido, nem rastreado pela Polícia Federal.
Claro está que não dá mais para repetir o esquema da Petrobras, nem o das agências de publicidade, pois ambos estão desmascarados. É preciso criar um novo mecanismo.
Essa história do financiamento público de campanha é o novo golpe que querem nos aplicar.
Por que cargas d'água a população brasileira é quem vai ter que pagar a conta das campanhas eleitorais? Já não chegam os fundos partidários? Quem quiser se candidatar que assuma o risco, faça as dívidas e as pague depois.
Se o objetivo é impedir as doações de empresas, sob o pretexto de diminuir a influência do poder econômico na política, que se proíbam essas doações, se for o caso, o que é discutível, mas não transfiram esse ônus para as costas do cidadão.
Além disso, quem garante que as empresas não continuarão "doando" para o caixa dois como já fazem hoje? Certos partidos, ou organizações criminosas como bem disse o Sen. Aécio Neves, receberão duas "doações": uma, do nosso suado dinheirinho dos impostos, outra do caixa das empresas que, por sua vez, já terão sangrado os cofres públicos como de hábito.
Se é para mudar o modo como as campanhas são financiadas, o que se deveria fazer é acabar de vez com qualquer financiamento público, ou seja, extinguir também o Fundo Partidário. Cada partido que viva e sobreviva com as doações e contribuições de seus afiliados, ou seja, de quem o apoia e acredita nele. Os demais cidadãos nada tem com isso. Portanto, senhor Lula e senhores políticos: Tirem a mão do meu bolso!
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
Nau Sem Rumo (2)
É até difícil de se comentar, esse novo ministério. É uma mexida e uma dança das cadeiras, que no final das contas não muda nada. Há ministro que, penso, até nem sabe qual é o seu ministério, porque tanto fez, como tanto faz. O objetivo da distribuição é satisfazer a gana partidária, as cotas de cada partido. Por isso não interessa quem vai comandar tal ou qual área, se tem ou não competência para isso, se vai promover o desenvolvimento ou o atraso desse ou daquele setor. O que interessa é o quanto de verba o dito ministério movimenta e a qual partido essa verba estará atribuída.
Qual é a mensagem que isso passa? Que apesar dos escândalos, das prisões, das ameaças de investigação e punição aos políticos corruptos, nada de fato mudou ou vai mudar. O loteamento dos ministérios nos informa que o "modus operandi" vai permanecer e talvez os métodos sejam só um pouco mais sofisticados para dificultar ainda mais o desmascaramento.
De plano de governo ninguém fala. Estamos a poucos dias da posse e a nação ainda não foi minimamente informada sobre o que pretende fazer nos próximos 4 anos esse simulacro de gestora. Aposto que nem ela sabe. Não há plano. Será uma navegação às cegas, no escuro, sem bússola e sem mapa. O barco vai singrar à deriva, ao sabor dos acontecimentos, tocado pela correnteza do momento. Aonde chegaremos? Isso é uma bela interrogação e as possibilidades são muitas e variadas, sendo, entretanto, poucos os portos seguros onde atracar. É possível até que encalhe, no meio do caminho, em algum arrecife pedregoso. Tudo pode acontecer. Preparemo-nos para as emoções.
Qual é a mensagem que isso passa? Que apesar dos escândalos, das prisões, das ameaças de investigação e punição aos políticos corruptos, nada de fato mudou ou vai mudar. O loteamento dos ministérios nos informa que o "modus operandi" vai permanecer e talvez os métodos sejam só um pouco mais sofisticados para dificultar ainda mais o desmascaramento.
De plano de governo ninguém fala. Estamos a poucos dias da posse e a nação ainda não foi minimamente informada sobre o que pretende fazer nos próximos 4 anos esse simulacro de gestora. Aposto que nem ela sabe. Não há plano. Será uma navegação às cegas, no escuro, sem bússola e sem mapa. O barco vai singrar à deriva, ao sabor dos acontecimentos, tocado pela correnteza do momento. Aonde chegaremos? Isso é uma bela interrogação e as possibilidades são muitas e variadas, sendo, entretanto, poucos os portos seguros onde atracar. É possível até que encalhe, no meio do caminho, em algum arrecife pedregoso. Tudo pode acontecer. Preparemo-nos para as emoções.
domingo, 21 de dezembro de 2014
O tripé
Para perpetrar o crime continuado de desvio de dinheiro público da Petrobras (e de outras instituições, logo saberemos) é necessário que tenha havido um conluio entre 3 áreas: o agentes do Estado, as empresas e os bancos!
O foco até agora tem sido nas empresas e em segundo lugar nos políticos (que estão protegidos pelo manto do inexplicável e injustificável sigilo judicial). Mas passam de liso, fingindo de mortos, em toda essa operação, as instituições bancárias. Sem elas, essa operação monumental de desvio de 10 bilhões de reais teria sido possível?
A começar, a atividade de doleiros como o Sr. Youssef, é possível de ser exercida sem alguma participação bancária? Como é que o doleiro conseguia sacar, em dinheiro vivo, 600 mil reais para cobrir o corpo do seu "entregador", Rafael Ângulo, de notas que iriam parar debaixo da cama de um deputado, sem despertar a mínima suspeita? Afinal os bancos têm ou não têm que avisar o Banco Central quando houver saque em espécie acima de 100 mil reais?
Não é concebível que os bancos sejam inocentes nessa história. E agora, ainda resistem em entregar à justiça, os valores bloqueados sob ordem do juiz Sérgio Moro. O que os bancos precisam é de investigação neles! A começar pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica, além é claro do BNDES. Esse caso do Petrolão e seus devivados tem que ser encerrado em pratos perfeitamente limpos. Tal como no caso de pestes, se faz necessária uma limpeza e higienização completa do ambiente, também nesse caso as instituições brasileiras tem que ser investigadas profundamente e limpas, senão de dois em dois anos continuaremos a nos defrontar com escândalos semelhantes e a sangria dos cofres públicos continuará a travar o desenvolvimento do país.
O foco até agora tem sido nas empresas e em segundo lugar nos políticos (que estão protegidos pelo manto do inexplicável e injustificável sigilo judicial). Mas passam de liso, fingindo de mortos, em toda essa operação, as instituições bancárias. Sem elas, essa operação monumental de desvio de 10 bilhões de reais teria sido possível?
A começar, a atividade de doleiros como o Sr. Youssef, é possível de ser exercida sem alguma participação bancária? Como é que o doleiro conseguia sacar, em dinheiro vivo, 600 mil reais para cobrir o corpo do seu "entregador", Rafael Ângulo, de notas que iriam parar debaixo da cama de um deputado, sem despertar a mínima suspeita? Afinal os bancos têm ou não têm que avisar o Banco Central quando houver saque em espécie acima de 100 mil reais?
Não é concebível que os bancos sejam inocentes nessa história. E agora, ainda resistem em entregar à justiça, os valores bloqueados sob ordem do juiz Sérgio Moro. O que os bancos precisam é de investigação neles! A começar pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica, além é claro do BNDES. Esse caso do Petrolão e seus devivados tem que ser encerrado em pratos perfeitamente limpos. Tal como no caso de pestes, se faz necessária uma limpeza e higienização completa do ambiente, também nesse caso as instituições brasileiras tem que ser investigadas profundamente e limpas, senão de dois em dois anos continuaremos a nos defrontar com escândalos semelhantes e a sangria dos cofres públicos continuará a travar o desenvolvimento do país.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Larapiocracia
Tenho visto, ouvido e lido umas opiniões de gente que até se diz oposição ao governo petista, mas que, siceramente, parecem ajudar a fazer o jogo sujo dessa camarilha que se instalou no poder.
O que se apoderou da coisa pública no Brasil não foi um partido político ou uma coligação. Foi uma organização criminosa. E como tal tem agido. O que estamos vendo de escândalos na Petrobras, também acontece na Eletrobras, na "nossa" Caixa e no Banco do Brasil. Em todo lugar onde houver possibilidade de pilhagem, podemos ter a certeza, pilhagem terá havido.
E aí fica o nosso Judiciário soltando uns bandidos e anistiando outros em nome de tecnicalidades e firulas que não mudam a realidade que está cada vez mais horrorosa. Não bastasse o ministro Zavaski ter mandado soltar o indiciado, agora réu, Renato Duque, o poder Judiciário acabou de anular o processo contra o Sombra, provável mandante do assassinato de Celso Daniel, e em outra ponta, o mesmo Judiciário mandou diplomar Maluf para exercer mais um mandato
Se é para o Congresso aceitar passivamente tudo o que o Executivo manda, realmente fica difícil justificar a sua existência e os enormes gastos que caem nas costas do contribuinte. E o que fez o Congresso mais uma vez?
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