quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Nau Sem Rumo (2)

É até difícil de se comentar, esse novo ministério. É uma mexida e uma dança das cadeiras, que no final das contas não muda nada. Há ministro que, penso, até nem sabe qual é o seu ministério, porque tanto fez, como tanto faz. O objetivo da distribuição é satisfazer a gana partidária, as cotas de cada partido. Por isso não interessa quem vai comandar tal ou qual área, se tem ou não competência para isso, se vai promover o desenvolvimento ou o atraso desse ou daquele setor. O que interessa é o quanto de verba o dito ministério movimenta e a qual partido essa verba estará atribuída.
Qual é a mensagem que isso passa? Que apesar dos escândalos, das prisões, das ameaças de investigação e punição aos políticos corruptos, nada de fato mudou ou vai mudar. O loteamento dos ministérios nos informa que o "modus operandi" vai permanecer e talvez os métodos sejam só um pouco mais sofisticados para dificultar ainda mais o desmascaramento.
De plano de governo ninguém fala. Estamos a poucos dias da posse e a nação ainda não foi minimamente informada sobre o que pretende fazer nos próximos 4 anos esse simulacro de gestora. Aposto que nem ela sabe. Não há plano. Será uma navegação às cegas, no escuro, sem bússola e sem mapa. O barco vai singrar à deriva, ao sabor dos acontecimentos, tocado pela correnteza do momento. Aonde chegaremos? Isso é uma bela interrogação e as possibilidades são muitas e variadas, sendo, entretanto, poucos os portos seguros onde atracar. É possível até que encalhe, no meio do caminho, em algum arrecife pedregoso. Tudo pode acontecer. Preparemo-nos para as emoções.

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