A renúncia e o suicídio são decisões pessoais e unilaterais. Ninguém renuncia ou suicida pelo outro, se bem que, no Brasil, tudo é possível! Já participei de uma comissão em uma empresa, em que uma pessoa apresentou um pedido de renúncia da comissão, por si e por uma colega que estava viajando. É verdade que quando a colega retornou, ela acabou concordando com o pedido feito em seu nome.
No caso de suicídio porém, eu não conheço nenhum exemplo. Portanto vamos em frente: o bom senso dita que essas questões são decorrentes de decisões absolutamente pessoais.
Dito isso, não se pode recomendar à Dilma, nenhuma dessas soluções. Ela renuncia se quiser...
O motivo desse assunto é decorrente da última aparição pública da Anta na recente convenção do PDT. Bem à vontade entre os seus, Dilma discursou comparando-se a Getúlio. Tirando fora a desmedida falta de modéstia, afinal, goste-se ou não de Getúlio, a sua estatura como estadista está a anos-luz de distância do nanismo político e histórico da "presidenta", isso veio nos trazer à mente, o que aconteceu com o velho caudilho e o final dramático que foi protagonizado por ele.
Sem saída, Getúlio podia optar só entre a renúncia ou o suicídio. A deposição não dependia de sua vontade e era o que aconteceria se não deixasse o poder por conta própria. Getúlio decidiu e ficou com a última palavra, ou melhor, com as últimas palavras, as que compõem a famosa carta-testamento.
Dilma já pertenceu ao PDT, partido que se quer herdeiro político do getulismo e, como gaúcha por adoção, deve ser admiradora do ditador. Citá-lo porém, nesse momento, não deixa de ser um ato falho e pode ser prenúncio de alguma coisa. Claro que "a história", como dizia Marx, outro dos heróis da gerentona, "se repete. A primeira vez como tragédia, a segunda como farsa". Nada mais apropriado a uma farsante.
domingo, 24 de janeiro de 2016
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