quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Adeus, Niemeyer

O grande arquiteto fechou os olhos. O homem que não acreditava na imortalidade, parecia que ia viver para sempre. No meu modo de pensar, Niemeyer cometeu o maior equívoco de sua vida, ao defender, até o fim, o stalinismo. Recusava-se a crer nos crimes de Stalin e dizia que isso era contra-propaganda americana. Não concordo com sua posições políticas, mas entendo o homem.
E até mesmo o admiro por isso.
Meu pai, embora mais novo, não deixava de ser da mesma geração e era também um cabeça dura. Homens de convicções.
Coisa que falta bastante nesse mundo pós-moderno e cínico em que vivemos e no qual as pessoas, os valores, as convicções mudam conforme o preço.
Niemeyer foi de uma época em que a honradez era inegociável. Niemeyer nunca teve preço, por isso e pela sua arte vai fazer muita falta ao Brasil.

3 comentários:

  1. Genial o texto. Adorei a comparação com o seu pai, afinal, quando falamos de Homens de convicção, não podemos nunca nos esquecermos de Sebastião Barbosa.

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  2. Adorei, Eustaquio. Seus textos são muito bons de ler e suas opiniões certeiras. Não importa quantas vezes discordemos; a admiração sempre prevalece. Grande abraço.

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    1. Guilherme, a admiração é recíproca e a discordância, salutar. Um grande abraço

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