terça-feira, 25 de dezembro de 2012

País esquizofrênico

Se pudéssemos comparar um país a uma pessoa eu diria que somos um país esquizofrênico. Temos duas, ou várias, personalidades e uma não sabe da outra. 
Por exemplo, nosso ordenamento penal é cheio de bondades para com os que cometem crimes. Esse é o lado do Bem.
Os criminosos, see tiverem mais de 70 anos, vão cumprir pena em regime domiciliar. Ninguém fica preso por mais de 30 anos, não importa quantas atrocidades tenha cometido. Ninguém cumpre a pena no total a que foi condenado, pois há o sistema de progressão da pena que vai liberando o vândalo aos poucos, de regime fechado, para semi-aberto e aberto (que é o  mesmo que não estar preso). Tudo muito bonito e muito humanitário no papel e só valendo para quem tem dinheiro e prestígio. 
Para os demais, as prisões medievais. 
Aí entramos no terreno do lado escuro da "personalidade" brasileira. O sistema prisional é um horror dos horrores. Como disse, recentemente, o próprio Zé Dirceu: "Nenhum governo, nem mesmo o do PT, se preocupa com o   sistema penitenciário." as condições de encarceramento e as condições de trabalho dos próprios carcereiros são dignas das piores masmorras do século XIII. É um sistema destinado a destruir o ser humano. No país não temos a pena de morte, mas para alguns casos em que as pessoas são abandonadas nas celas, era preferível que houvesse, como o próprio min. da Justiça admitiu ao dizer que preferiria morrer a ser preso.
Nessa área, como em outras, preferimos "criar" uma realidade fictícia na qual fingimos acreditar, enquanto isso o problema real permanece sem solução. Enquanto permanecermos assim, enquanto não sairmos dessa, continuaremos a ser enganados pela classe dirigente, que come os nossos tributos sem nos dar nada em troca. E não reclamamos.

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