domingo, 28 de fevereiro de 2016

Avestruzes na política

Então ficamos assim: enquanto os avestruzes que ainda insistem em defender o PT - como se tudo o que estamos vendo fosse apenas uma grande conspiração da "direita" contra um partido "popular" e "progressista" - enfiam suas cabeças na areia e, enquanto os políticos, mais preocupados com seus umbigos eleitorais brigam por cargos e poder, o país vai cada vez afundando mais na recessão.

Depois de sermos rebaixados por todas as agências classificadoras de risco, o que surge no horizonte não é nada agradável. Vêm se avolumando as nuvens negras da possibilidade do calote. Claro que os agentes do governo vão negar isso peremptoriamente. Vão dizer que é mais uma ameaça da oposição, etc., etc. Mas ó fato é que, matematicamente, o Brasil já está quebrado. Nas condições atuais a dívida é impagável. Pode se ir empurrando o problema com a barriga, esticando prazos, mas cedo ou tarde as contas terão que fechar e não fecham.

É só fazer alguns cálculos simples, como hoje demonstrou o jornal Estado de S. Paulo (ver reportagem aqui): as despesas com o INSS passaram de 100 para 400 bilhões desde o início do governo Lula. A folha de pagamento, no mesmo período, cresceu de 75 para 241 bilhões. As despesas de custeio (administrativas), de 15 para mais de 60 bilhões. Os gastos sociais (bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, etc), de 30 para 120 bilhões e os subsídios (BNDES, empresas automotivas), de 10 para 62 bilhões.  Enquanto isso a receita só diminui: 100 mil lojas foram fechadas no ano passado, 1,5 milhão de empregos foram perdidos, 1 milhão de alunos deixaram as escolas particulares. Tudo isso se reflete em perda de receita dos impostos. A conta não fecha!

Enquanto estávamos no oba-oba, Lula chamando a crise de marolinha e irresponsavelmente mandando as pessoas consumirem mais (isto é, se endividarem), poucos se preocuparam com o crescimento explosivo e desordenado das finanças públicas. Eram os "pessimistas", segundo a Anta, que "seriam derrotados" pela clarividência e discernimento político e adminstrativo do PT e seus aliados "populares e progressistas". Deu no que deu. E muita gente no mundo político ainda não se deu conta de que a festa acabou. Vão querer continuar levando essa farsa adiante, como se viu nas manifestações  comemorativas dos 36 anos dessa praga política.

Há um momento, porém,  em que não resta ao avestruz fazer outra coisa que enfiar mesmo a cabeça na areia e deixar que o resto se exploda. O problema é que esse resto que vai explodir somos nós.

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