quarta-feira, 13 de abril de 2016

Renúncia é pra quem pode

Não há volta! Já deu! O impeachment da Anta vai acontecer de qualquer jeito. Devia acontecer mais de uma vez, tantos são os crimes e os motivos. E, principalmente, depois que tentou subtrair o Exu das garras da justiça, isso eliminou de vez qualquer dúvida que ainda pudesse haver, como bem frisou a OAB em seu pedido.

Todos sabem que o impeachment é inevitável! Então, por que essa senhora não renuncia logo e faz um benefício, mesmo que ínfimo diante de todas as atrocidades cometidas, ao seu país? Porque a biografia dela não deixa? Mas que maravilha há nessa biografia? Pertenceu a uma organização terrorista, mas diz que nunca deu um tiro; ajudou a assaltar a casa da amante do Adhemar de Barros (¹) e roubar 2,4 milhões de dólares (em espécie, como eles gostam) e ninguém nunca soube onde foi parar esse dinheiro; no mais era considerada um membro (ou uma membra, como ela gosta) de baixo escalão no sistema. Foi presa, alega ter ido torturada (devemos lhe dar o benefício da dúvida) e pronto. Isso lhe daria o direito de fazer com o país o que está fazendo agora? Obviamente não. Dilma é irrelevante. 

Historicamente será apenas uma nota de pé de página, como Café Filho (²), por exemplo. Portanto, não deveria se preocupar tanto assim com a sua biografia, que será caracterizada muito mais pelo que deixou de fazer do que pelo que, eventualmente, teria feito. Dilma estará sempre associada ao desastre da economia, da política e da ética. Essa será a sua marca histórica. Uma renúncia poderia ser até um contraponto a essa série de recordes negativos, poderia até melhorar ao invés de denegrir a sua desimportante biografia.

Terá ela esse gesto de grandeza? Seria ela capaz de compreender que, não havendo mais nada que salve seu mandato, talvez fosse melhor entregar o cargo e retirar-se com alguma dignidade? Não acredito, mas não custa ter esperança!



(¹) Adhemar de Barros - político paulista, foi interventor federal em S.Paulo (de 1938 a 1941), duas vezes governador (de 1947 a 1951 e de 1963 a 1966) e prefeito da capital (de 1957 a 1961). Foi o primeiro a quem se atribuiu o epíteto "rouba, mas faz".
(²) Café Filho -político potiguar, foi presidente da República de 24/08/54 a 8/11/55, deposto pelo Gen. Lott por tentar impedir a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitscheck.

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