quinta-feira, 7 de abril de 2016

Tempos estranhos!

Do jeito que  a carruagem está sacolejando, o Supremo vai acabar fazendo o Cunha virar presidente.

O ministro Marco Aurélio ao inovar a Constituição, criando o impeachment de vice, colocou Eduardo Cunha na pole position da linha de sucessão ao trono, oops, à presidência! O matreiro bandido-preferido do Roberto Jefferson, espertamente, encaixou a bola e, apenas "cumprindo" a decisão judicial, instalou a ação contra Temer.

Esses políticos e magistrados ainda não entenderam que o jogo de Eduardo Cunha é muito superior ao deles. Como todo psicopata, Cunha tem uma inteligência brilhante e brilhantemente voltada para seus próprios interesses. Vai acabar presidente do Brasil, mesmo que depois seja derrubado por outro processo, afinal, mesmo no Supremo, um dia as coisas andam. O mensalão só levou 7 anos para ser julgado, então por que um processo contra Eduardo Cunha levaria menos tempo, com todas as chicanas que ele sabe fazer e fará?
E Eduardo Cunha não inventa nada. Usa unica e exclusivamente a letra da Lei, ou do Regimento, conforme for o caso. Ipsis literis!

O ministro gosta de dizer que vivemos tempos estranhos. Temos que concordar com ele. Tempos estranhíssimos! Afinal, quando foi que se viu (ou ouviu) presidente acoitar investigado para dar-lhe proteção? Afinal, quando foi que se viu um senador preso em pleno exercício do mandato por obstrução da justiça? Afinal quando foi que se viu um cidadão comum mandar a presidente trocar o ministro da Justiça?

Afinal, quando foi que se viu um investigado por corrupção, aboletar-se em um hotel vizinho do palácio da Alvorada e passar a distribuir cargos e prebendas, exercendo uma função pública, privativa da presidência, sem ter cargo algum? Afinal quando foi que se viu acusados quererem processar o juiz que os condena?

Isso tudo demonstra que estamos sob qualquer regime, menos sob o império da Lei; isso demonstra que temos qualquer coisa, menos segurança jurídica!
E a culpa é da Suprema Corte do país, que ao resolver encenar o teatro de egos, interferiu e interfere no livre funcionamento do Poder Legislativo, causando mais turbulência onde já não seria necessário. O Supremo se tornou uma hidra de 11 cabeças, em que cada uma decide o mesmo assunto de um modo diferente. Há poucos dias, o ministro Teori, dando um pancada no juiz Sérgio Moro, disse que a função de um juiz é resolver conflitos, não criá-los. Devia dizer isso para os seus pares.




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