quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Anã diplomática

Dilma vai à ONU e defende o Estado Islâmico, que não é Estado, nem realmente islâmico, pois o islamismo não é essa psicopatia. O Estado Islâmico é apenas um grupo terrorista ultra-fanático que quer degolar todo mundo que não professe a sua "fé". É um grupo que não respeita a vida, o ser humano, a mulher, os gays, as crianças, nada! 
É com essa gente que Dilma prega o "diálogo", a negociação! 
Quando se trata de Israel, aí já é tudo diferente. Se Israel se defende do Hamas, é um absurdo, falta de humanidade, reação desproporcional; tudo aquilo que nos fez merecedores do epíteto de anão diplomático.
O EI pode tudo, pode degolar crianças, praticar o genocídio contra os curdos e os yazidis, pode apedrejar mulheres, que dona Dilma ainda os defende.
Pensando bem, faz sentido. Dona Dilma e seu partido tem um perfil bem semelhante ao do Estado Islâmico: não suportam conviver com os contrários, não toleram oposição, querem todos sem cabeça, ou sem cabeça pensante, ou sem cabeça em cima do pescoço.
Por mim, dona Dilma e seu partido podem pensar o que quiserem, o problema é que arrastam toda uma tradição diplomática brasileira para essa mediocridade ideológica deles. E aí o Brasil é visto cada vez mais com desconfiança entre as nações civilizadas. Sim, porque é esse o termo: civilizadas! Chega de relativismo cultural! Há nações, sim, que não são civilizadas, que não respeitam os direitos básicos dos seus cidadãos. E há outras que deveriam ser um exemplo para as demais, exemplo de para onde deveria a humanidade caminhar.
Aquela anta na tribuna da ONU nos envergonha! Em um fórum mundial, não tem nada a dizer a não ser desfiar a mesma série de autoelogios, que desfia aqui em qualquer entrevista, e ainda tirar da cartola essa boçalidade a favor do estado islâmico!

A diplomacia brasileira escolheu então ficar ao lado e do lado da Venezuela, de Cuba, do Hamas e agora do Estado Islâmico. E dona Dilma deu um um show de nanismo diplomático!


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A cara do partido

Esse é o cara! Essa é também a cara...do partido do qual é o símbolo.
A carantonha suada e descabelada é uma perfeita representação da decadência de uma legenda que se quis portadora dos sonhos de progresso social no país, mas que acabou degeneradamente sendo a avalista da perpetuação do que temos de mais atrasado e retrógrado na política: o primado das oligarquias, a manutenção intencional do atraso e da ignorância, a privatização do estado  e o uso da máquina pública descaradamente em benefício próprio, dos amigos e dos correligionários.

O mal que o PT fez ao Brasil nesses 12 anos, ainda não foi devidamente avaliado em toda a sua extensão e não se desfará rapidamente.
O PT fez os brasileiros desacreditarem em seu país, fez nos pensar que não há saída, que toda atividade política é necessariamente suja, que não se pode ter esperança em mudanças ou melhoras. O PT elevou o cinismo à condição de ferramenta política.

Uma nação, que ainda estava engatinhando no desenvolvimento do exercício da democracia, depois de 21 anos de ditadura, atingiu a decadência, sem nem mesmo chegar à maturidade. Com relação à política, agora, ou somos céticos, ou somos cínicos. E ambas as atitudes são um bom fermento para crescerem interesses escusos.
É no caos e na descrença que proliferam os espertalhões ou os fanáticos, ambos a querer vender a salvação da pátria. Nossa história política está cheia desses  exemplos. Quando as forças tradicionais da democracia mostram-se insuficientes, incapazes ou inadequadas para governar, aparecem esses grupos de salvadores da pátria. Em geral, tomam o poder e pioram o caos.
A nação brasileira necessitará de um pouco de paciência agora. Não vamos conseguir fazer tudo de uma vez. É preciso priorizar e antes de mais nada, destituir esse partido do poder e virar a página, para que a nação possa respirar ares menos infectos.
O estrago foi grande, mas temos que enfrentá-lo e trabalhar duro para devolver a dignidade à Republica enxovalhada. E, sobretudo, devolver a esperança ao povo. Aquela que venceu o medo, mas sucumbiu diante da corrupção.


sábado, 20 de setembro de 2014

Retratos do (des)governo Dilma

O IBGE errou! Meu Deus, o IBGE errou! O mundo vai acabar! Vamos abrir uma sindicância para apurar o erro! Por que errou?A quem o IBGE quis beneficiar com esse erro?  Temos que apurar tudo e os responsáveis serão devidamente punidos!

Essa foi a reação do governo Dilma ao saber que o índice que mede a desigualdade de distribuição de renda, apurado e publicado pelo IBGE, estava errado. O valor publicado inicialmente foi 0,498 e o valor retificado foi 0,495. Tradução: Como o valor anterior era 0,496, com o valor de 0,498 a desigualdade teria aumentado levemente em 2013; com o valor agora dito correto a desigualdade terá caído mais levemente ainda.
O próprio IBGE descobriu o erro e o corrigiu no dia seguinte ao da publicação. Dilma ficou perplexa, segundo informou a ministra Miriam Belchior.

Quanto ao caso Pasadena, Dilma, então presidente do Conselho, aprovou a negociata, digo negociação, com base em um relatório "falho". A correção nunca chegou sequer a ser ensaiada. A mentira e o encobrimento permaneceram de 2008 a 2014. O diretor, Cerveró, que produziu o relatório "falho" chegou a ser promovido e só foi exonerado há menos de 1 ano. O outro diretor, que também comandou a operação, está no xilindró negociando uma delação premiada. Os valores são astronômicos, mas não se percebe a mesma perplexidade da presidente, nem a mesma agilidade em estabelecer comissões de inquérito. Ao contrário, o governo fez de tudo para impedir até mesmo uma CPI chapa branca.

Dona Graça Foster continua firme no cargo, mesmo com a lama respingando para todos os lados. Dilma não gosta de fazer prejulgamentos, quer esperar a decisão da Justiça para se pronunciar ou tomar alguma atitude. Dilma é ética; Dilma é competente; Dilma é uma gerentona dura; vai punir severamente o IBGE!




quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Operação Conceição

Quem tem mais "tempo de casa" vai se lembrar. Nos anos 50, Cauby Peixoto fazia sucesso com a canção "Conceição". Na música, se dizia que a Conceição vivia no morro a sonhar e queria subir na vida a qualquer preço, mas ao final ninguém ficou sabendo se realmente conseguiu seu intento.
Diz a letra: "se subiu, ninguém sabe, ninguém viu; só sei que seu nome mudou e estranhos caminhos trilhou..."
Pois a Polícia Federal, que batiza suas operações com nomes tão exóticos e interessantes deveria chamar essa operação que apura os desvios de dinheiro na Petrobras de "Operação Conceição".
Nela estão envolvidos alguns dos maiores "expoentes" da política nacional. Todos ligados entre si pelo doleiro Youssef! Aquele, que em 2004 havia feito um acordo de delação premiada com a Justiça. Aquele, que esteve enfiado até o pescoço na roubalheira do Banestado. Aquele, que, só em Londrina, conseguiu abrir 43 contas de laranjas.
O tal do Youssef (tenho que ficar atento para não confundir com Rousseff) fez acordo de delação premiada, repito, em 2004! Ficou, portanto, mais 10 anos traficando influência e desviando e lavando dinheiro tranquilamente...
A PF e o Banco Central não se deram ao mínimo trabalho de acompanhar a movimentação financeira desse "cavalheiro" mesmo com toda a sua ficha criminal pregressa. Isso permitiu que ele mandasse para fora do país, só entre julho de 2011 a março de 2013, mais de 400 milhões de dólares!  Fez, nesse período, 3649 operações fraudulentas!
Da Petrobras a Polícia Federal calcula que ele desviou 10 bilhões!
Ninguém sabe, ninguém viu!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Tudo misturado

Marina é uma incógnita. É a favor ou contra o agronegócio? É a favor ou contra o casamento gay? É a favor ou contra os transgênicos? É a favor ou contra os lucros bancários exorbitantes? Ninguém sabe. Estimo que nem ela mesma saiba porque Marina mistura tudo, inclusive sua fé religiosa, com a atividade política. E se acha coerente.
Se for eleita, o Brasil dará mais uma vez um passo temerário flertando com o desconhecido. Vamos jogar as fichas em uma candidata com muitas contradições; o que vai sair dessa caixa preta ninguém sabe. Podemos ter até uma grata surpresa, mas não apostemos muitas fichas nisso.
Hoje em sua equipe despontam economistas do quilate de um André Lara Resende e Eduardo Gianetti. São pessoas sérias e competentes. Sua mais próxima amiga e avalista junto ao "mercado" é Neca Setúbal, filha de um banqueiro tradicional. Tudo isso tranquiliza de certa maneira o setor financeiro, mas será o bastante? O "setor financeiro" também ficou muito tranquilo na eleição do Lula, depois da Carta aos Brasileiros; e tinha razão, pois nunca fez tanto lucro, como disse o próprio sindicalista. Nem por isso, o país andou melhor. Até desconfio que quando o setor financeiro vai muito bem, o pais vai muito mal. Quem tem que fazer os maiores lucros, em uma economia sadia, é o setor industrial, comercial, de serviços e o agronegócio, aqueles que geram riqueza sólida, não os que geram riqueza no papel e a administram em benefício próprio.
Mas o Brasil tem essa sina de até mudar de governo, mas não muda jamais no que diz respeito à hegemonia bancária, sendo os bancos os maiores, e talvez os únicos, beneficiários dos descalabros administrativos. Um país cuja arrecadação tributária mal dá para pagar a folha e tem que tomar empréstimo dos bancos para rolar uma dívida impagável está condenado a não investir, a não fazer gastos com retorno social, como na educação e na saúde e por aí vai.
Sem cortes brutais nas despesas de custeio do estado, ou seja, na máquina pública, nada vai mudar de verdade. E quem fará isso? É óbvio que não será o PT. Será que Marina teria a visão, a coragem e o apoio político para fazê-lo? 
Como é que Marina vai dedicar 10% do PIB em investimentos na educação sem fazer os tais cortes? Só se for aumentar tributos. E aí já tem gente falando até em retorno da CPMF! 
Marina diz que vai governar com os melhores! Ótimo, se assim fosse, mas quem é que define quem são os melhores? E sob qual ponto de vista?
Governos de coalizão, de salvação nacional, geralmente são só um saco de gatos, cada um puxando a sardinha para o seu lado e não se andando em direção alguma.
Precisamos é de um governo com metas claras, com objetivos definidos para que se possa enfrentar com firmeza os desafios que vamos ter que enfrentar nos próximos 2 anos, em virtude da recuperação necessária da governança destruída pelos desmandos e desvarios da era petista. Não vai dar para acender uma vela a Deus e outra ao diabo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O Petróleo é deles! (ou Por que a Petrobras não pode ser privatizada?)

O PT já usou e abusou de acusar seus adversários de quererem privatizar a Petrobras, como se isso fosse uma coisa negativa para o país.  É óbvio que o PT faz isso, não por interesse em "defender" um patrimônio do povo brasileiro, até porque ao que se saiba, nenhum partido tem em seu programa a privatização da maior empresa brasileira. Isso é só mais uma balela eleitoreira a que o PT recorre, especialmente nas horas em que está acuado.
Mas a verdade é que a grande questão deveria ser: por que a Petrobras não pode, ou não deve, ser privatizada? Por que tem que permanecer nas mãos do Estado? O que a população brasileira ganha com isso? Dizer que é nosso patrimônio é outra balela, o que eu ganho com esse patrimônio diferentemente se fosse de terceiros?
Se a Petrobras fosse uma empresa privada, o povo brasileiro ganharia muito mais. Hoje sabemos que a Petrobras é um sangradouro. São palavras da senhora presidenta que disse já ter estancado as sangrias. 
Há doze anos a privatização da Petrobras, no pior sentido, já foi conduzida pelo PT, que a entregou à sanha de uma máfia do seu partido e de aliados que fizeram lá o que quiseram fazer. Essa privatização nada rendeu aos cofres do Tesouro; ao contrário, ao sangrarem a Petrobras, de lá retiraram recursos que acabaram por diminuir 70% o seu valor de mercado. Se for vendida hoje, aos preços atuais, os cofres públicos receberão um terço do que receberiam alguns anos atrás. A sangria foi tanta que a Petrobras vai demorar alguns anos (ou mesmo décadas) para se recuperar.
Se a Vale não tivesse sido privatizada antes de o PT chegar ao poder, teria tido o mesmo destino da Petrobras, ou seja, ao invés de valer 10 vezes o que valia, estaria valendo 3 vezes menos.
Olhando para trás eu fico pensando: como é que nós deixamos isso acontecer? Isso não é um partido político, é uma quadrilha de assaltantes dos cofres públicos! 
Caso seja provado ter existido mais um propinoduto para o partido nos moldes do mensalão, uma providência drástica vai ter que ser tomada. Esse partido vai ter que ser extinto, vai ter que ser banido da política! Não há meio termo.
E a Petrobras tem que ser privatizada o mais rápido possível para salvaguarda dos cofres públicos e legitimidade da atividade política.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Pesquisas em Minas

Saiu o resultado de mais uma pesquisa. Aécio estaria "fraco" em Minas. Cuidado, senhores analistas! Interpretar Minas não é tão simples!
Minas é um mistério. Não acreditem 100% nas pesquisas! O eleitor mineiro tipicamente não gosta de dizer em quem vai votar. Nem no confessionário, pro padre de sua paróquia. Aliás, principalmente para ele. 

Há um "causo" famoso que ilustra bem isso. Um dia, JK, acompanhado de amigos, entre eles José Maria Alckmin, estava no aeroporto da Pampulha, de onde iria visitar algumas cidades de sua base política no interior. JK era ex-presidente, mas estava em campanha para se eleger novamente em 1965.
De repente aparece uma troupe acompanhando um adversário político de JK, o udenista José Bonifácio de Andrada, ferrenho opositor do PSD. Juscelino, curioso para saber para onde iria o Andrada, manda Alckmin ir lá sondar.
Alckmin, velha raposa, com trânsito livre em todo o espectro político, retorna depois de alguns minutos de prosa. E diz para Juscelino: "Nonô, eles estão dizendo que vão para Juiz de Fora, para pensarmos que vão para Barbacena, mas vão é para Juiz de Fora mesmo."
Assim é Minas. Coitados dos experts em interpretação de estatísticas.

Buraco sem fundo

Ao ver os depoimentos das pessoas que estavam dentro do esquema de corrupção (vídeo aqui) fica claro que, desde o mensalão, a Petrobras era uma fonte das mais importantes de recursos públicos a serem desviados. Não só a Petrobras, como também o fundo de pensão Petros entrou na dança dos "malfeitos".
É um buraco sem fundo, quanto mais se cava mais roubalheira aparece. Não tem fim.
São 2, 4, 10, 100, 1000 Pasadenas! Como esse povo é competente para roubar! E a presidenta, com toda cara-de-pau, vem falar de afundamento de plataforma (acidente que ocorreu no governo FHC). 
Se ela, que foi presidente do Conselho da estatal diz que não sabia dessa roubalheira toda ocorrendo debaixo do seu nariz, por que o presidente FHC deveria saber que a plataforma iria sofrer uma explosão acidental? Ou dona Dilma está querendo insinuar que não foi acidental? Então era obrigação inarredável dela, como ministra das Minas e Energia no governo que sucedeu a FHC ter investigado esse caso a fundo e punido os responsáveis! Em 12 anos o que fizeram a respeito? Não tiveram tempo de investigar? Conta outra, presidenta! Conta mais outra lorota que já deixou de ser engraçado e está ficando patético. 
O que terá que ser feito no próximo governo, antes de mais nada, é uma investigação geral na administração pública, para banir esse entulho partidário que se encastelou nas organizações do estado e botar na cadeia, quase que em regime de arrastão, essa corja corrupta que está acabando com o país.  Não vai dar para fazer investigações pontuais porque não há casos pontuais. É uma instituição! É uma legião!
Dona Dilma deveria ser presa no parlatório do palácio do Planalto em Brasília, tão logo transfira a faixa presidencial seja pra quem for. No mínimo, deveria er detida para investigação, como aconteceu com o Sarkozy recentemente.
O problema é que a França, ao contrário de nós, c'est un pays serieux (é um país sério), ou que, ao menos, faz esforço para ser.
Eu pensava que a pior situação política vivida no Brasil teriam sido os 21 anos de ditadura militar. Estava enganado! O PT conseguiu superar o que de pior o país pode produzir.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Sangrias

A dona Dilma, pasmem, depois de toda essa história macabra da Petrobrás (história, aliás, que ela mesma ressuscitou ao afirmar que havia tomado a decisão de autorizar a compra da refinaria Pasadena, com base em relatório "falho") é capaz de dizer certas coisas, como disse em entrevista ao Estadão, de fazer corar qualquer cafetina calejada.
Eis o que derramou a gerentona: "Se houve alguma coisa, e tudo indica que houve, eu posso te garantir que todas, vamos dizer assim, as sangrias que eventualmente pudessem existir estão estancadas".

É nos chamar a todos nós, os brasileiros, de palhaços!
Ela, a presidente da República em pleno exercício do cargo confirma que sabe das sangrias na Petrobras. Se não, ia estancar o quê?
Ela, a presidente da República em pleno exercício do cargo informa que estancou as sangrias.
Não há malabarismo lógico capaz de inverter os argumentos acima. Pois então, como consequência, podemos e devemos fazer as perguntas abaixo, e ela, a presidente da República em pleno exercício do cargo, fica a nos dever as respostas a essas perguntas:

  1. Quais eram as sangrias existentes na Petrobras que Sua Excelência estancou?
  2. Qual era o valor dessas sangrias? Em outras palavras, quanto foi roubado?
  3. Quem sangrou a Petrobras? Em outras palavras, quem foram os ladrões?
  4. Quais as providências que Sua Excelência tomou para estancar as sangrias?
  5. Quais as providências que Sua Excelência tomou para punir os sangradores?
Bastam essas poucas perguntas, que jamais serão respondidas pela dona incompetente e leviana, cuja imagem foi falsamente construída como a de uma gerente durona e eficaz. Ela transitou por todos os órgãos de controle, ministério das Minas e Energia, presidência do Conselho de Administração da Petrobras, ministra da Casa Civil e, agora, não tem responsabilidade sobre as sangrias que disse ter estancado.
Então surge a questão: para quê existem órgãos de controle das empresas estatais? Não seria, então, melhor acabar com todos eles e economizar um pouco para compensar uma parte das sangrias que acabam ocorrendo de qualquer maneira?
E esse país, vai acordar algum dia de seu sono profundo ou é preciso que alguns black blocs mascarados tenham que fazer o papel que cabe a nós, os cidadãos, de impedir que essa corja continue a nos sangrar todos os dias?




segunda-feira, 8 de setembro de 2014

De bilhões e bilhões

A política brasileira é um troço. Pode ser grosseiro definir assim, mas não há outro termo para qualificar esse jogo de enganação em que os supostos representantes da sociedade nos enredam. O que a revista "Veja" publica nessa semana é estarrecedor. É óbvio que os envolvidos vão negar até a morte e, como o chamado direito de defesa no Brasil pode ser esticado ao infinito, vão todos continuar impunes. Está aí o Maluf, aliado do lulismo, que não nos deixa mentir.
É podre. É estarrecedor. É nojento. Mas sobretudo é criminoso. Por causa dessa sangria permanente dos cofres públicos é que não há dinheiro para se investir na saúde, na educação, nas estradas, na segurança pública. Na minha opinião, o nosso código penal deveria tipificar esse crime como hediondo e de lesa-pátria ou alta traição, sujeito à pena mais grave possível. 
O maior crime que se pode cometer em um país é o de traição, porque é um crime contra todos. E quem se aboleta em um cargo político, constitui uma quadrilha e fica dali roubando  o dinheiro de todos, comete exatamente esse crime. É um traidor da pátria. Nada mais, nada menos.
Só para dar uma idéia da escala: o doleiro Youssef, sozinho, movimentou mais de 10 bilhões de reais em operações de lavagem de dinheiro. Esse dinheiro dava para comprar 5 refinarias supersuperfaturadas (Pasadena, que valia 40 mil, mas custou mais de 1 bilhão de dólares).

Para relembrar:


  • Em 2005, a empresa belga Astra Oil comprou a refinaria de Pasadena por 42, 5 milhões de dólares.

  • Em 2006, Dilma Roussef, como presidente do Conselho, autorizou a Petrobrás a comprar 50% dessa refinaria por 360 milhões de dólares!!! Em um ano, a Astra Oil conseguiu transformar 21,3 milhões de dólares em 360 milhões de dólares, ou seja, 17 vezes mais.

  • Havia, nesse contrato de compra, uma cláusula chamada "put option" que obrigava a Petrobrás a comprar os restantes 50%, caso houvesse alguma divergência entre os sócios. Dilma Rousseff disse que não sabia da existência dessa "put option"

  • Obviamente, a divergência surgiu. Em 2007 a Astra Oil quis então vender os outros 50% à Petrobrás, que recusou a compra. O caso foi parar na justiça e a Petrobrás se viu obrigada a cumprir a "put option", tendo que pagar o valor adicional de 820 milhões de dólares pela outra metade da refinaria. 
  • Resumo da ópera: a Petrobrás pagou o valor de 1 bilhão e 200 mil dólares por uma refinaria que tinha sido comprada por 42,5 milhões. Há poucos casos no mundo capitalista de tal performance. É de se notar que essa performance espetacular foi conduzida por não-capitalistas convictos.

  • Existe alguém que seja tão ingênuo a ponto de pensar que todo esse negócio tenha sido conduzido dentro dos padrões de ética e de probidade? Não é surpresa nenhuma, portanto, aquilo que o ex-diretor está nos dizendo: que havia envolvimento de políticos graúdos e que mais um propinoduto tinha se estabelecido. Só não creio que esse diretor nos vá dizer toda a verdade. 

    Na máfia siciliana há um acordo tácito que se chama "omertá", pelo qual se algum mafioso cair, cai sozinho e se tiver que denunciar alguém, denuncia apenas os de mais baixo escalão, preservando os grandes e verdadeiros "capos". Com isso eles podem ir presos, mas tem preservada a sua vida. E, com isso, os grandes chefes jamais correm algum risco. Inteligente, não?




    sexta-feira, 5 de setembro de 2014

    Youssef ou Roussef?

    Muda apenas uma letra, mas a numerologia continua a mesma, ou seja,  o mar não tá pra peixe para nenhum dos dois. Ele, o Youssef, é o pivô central (o Marcos Valério) de outro crime, talvez ainda maior que o mensalão.
    O ex-diretor da Petrobras está dando nomes aos bois e contando como eram feitas as artimanhas para roubarem o nosso dinheiro na estatal. Estatais de capital misto e fundos de pensão estão entre os alvos preferenciais das quadrilhas, principalmente porque tem muito dinheiro e pouco dono.
    Em qualquer empresa privada seria absolutamemte impensável que um Conselho de Administração aprovasse uma compra como a da refinaria de Pasadena. Seria impensável até que se levasse ao Conselho tal proposta. Um diretor, tomado de insanidade, que tentasse uma coisa dessas seria sumaria e automaticamente demitido.
    Mas na estatal, não. É tudo normal. Foi tudo "apenas" consequeência de um relatório falho. 
    Se o Brasil fosse um país minimamente sério, já estaria todo mundo na cadeia inclusive a então presidente do Conselho, hoje, presidente do país. 
    O que tem que ser feito é prosseguirem as investigações com quebras de sigilo bancário de todos os envolvidos "duela a quién duela" e, repito, incluindo-se a presidente da República que, como presidente do Conselho e ministra na época do "malfeito" é a maior responsável pelo descalabro, malversação, prevaricação ou qualquer outro nome que tenha mais esse crime contra a administração pública.
    Para a presidenta, que se diz inocenta, isso não podia ocorrer em pior momento. Já vem despencando nas pesquisas, acossada por uma ex-militante de seu partido que tem muito mais história e credibilidade. Um escândalo desses agora é o que menos ela poderia querer.
    Quanto ao outro, o Youssef, o momento vai ser ruim de qualquer jeito porque já se sabe como acabam escândalos assim. Os políticos se safam, mas os operadores não tem sempre a mesma sorte. Afinal alguém há de pagar o pato, então "prendam-se os suspeitos habituais".

    Marcos Valério exibe a sua condenação para não me deixar mentir.

    segunda-feira, 1 de setembro de 2014

    Lula de saias


    Marina é um Lula de saias com ar beatífico de um ser das florestas. Um anhangá, um curupira, ente mitológico que tinha os pés voltados pra trás. E é por esse caminho, andando pra trás, que ela pretende nos levar, se ganhar as eleições. 
    Marina é o PT ético, mas nem por isso menos equivocado, tem a alma petista, mesmo que não roube. Tem a alma petista, mesmo que não fraude. Marina tem a alma petista porque acredita que se possa reformar a realidade a fórceps e segundo a vontade de guias iluminados. Essa é a essência da alma petista. Isso é ainda mais perigoso do que o pragmatismo fraudulento do petismo-que-está-no-poder. Esses últimos são contidos pela própria cupidez e não querem mudar a realidade (a não ser no palavrório) pois essa lhes apetece muito bem. Os outros petistas, os chamados "puros" como Marina, acreditam tanto em si mesmos e em suas ideias mirabolantes que são capazes de destruir o mundo em nome dessa fé, a qual pretendem também impor aos demais. Tenho receio dessa certeza messiânica com a qual caminham. Já tivemos vários exemplos disso na história. E os resultados não foram bons.

    Agora mesmo, duas atitudes demonstram o qual inconfiável é a ex-senadora. No caso do avião sem dono, ela simplesmente se esquivou dizendo que não tem nada com isso. Como não tem? Era a vice na chapa de Eduardo Campos, viajou naquele avião fazendo campanha e agora, que se descobre que há indícios até de crime eleitoral, tira o corpo fora? Vai ser assim quando, e se, for presidente? Tal qual seu ex-guia e tutor, que nunca sabe de nada e nunca tem nada a ver com as ilegalidades que se cometem à sua volta e em seu benefício? Não é bem assim que se começa uma "nova política". 
    Outro caso interessante para se conhecer a alma da candidata é o vai-e-vem sobre o casamento gay. Em um dia aprovou, no outro, e depois de alguns telefonemas e tuítes irados do pastor Malafaya, retirou o apoio e disse que tudo foi um "engano" de assessores. Esse é mais um exemplo da "nova política"? Como qualquer outro cidadão, Marina tem todo o direito de ter suas posições pessoais, movidas por ditames religiosos ou não, mas não tem o direito de mentir para os eleitores e tentar enganá-los assumindo posições falsas. Está na hora do preto no branco. Está na hora de definições.

    sábado, 30 de agosto de 2014

    Fazendo médias

    É público e notório que a "doutora" Dilma, apesar de economista, não sabe fazer uma simples operação de subtração, tendo quer ser socorrida por assessores para encontrar a diferença entre 13 e 4.  É nove, dona Dilma, não é sete! 
    Mas já que aritmética não é o seu forte porque ela insiste?

    No recente debate da Band dona Dilma fez o seguinte "raciocínio": O Brasil cresce pouco por causa da crise econômica internacional. Ou seja, é o baixo crescimento internacional que nos puxa para baixo. Aceite-se como verdadeiro esse argumento. A dificuldade matemática porém é explicar como é que a média internacional, que está acima da nossa taxa de crescimento, é quem nos "puxa"para baixo! É o primeiro caso na Estatística! Devia ir pro Guiness.

    Nossos vizinhos, Paraguai (13,6%), Uruguai (4,4%), Bolívia (6,8%), Colômbia (4,3%), Peru (5,8%) e Chile (4,1%), entretanto, não estão sendo afetados por essa conjuntura internacional estranha que só dona Dilma e seus assessores econômicos enxergam. Eles crescem a taxas espetaculares, todas acima de 4% ao ano. Até o Suriname cresceu 4,4% e a Guiana, 5,3% em 2013.
    As projeções para 2014 ainda são piores para o Brasil com um crescimento previsto de 0,7% (por enquanto, pois já foi revisado para baixo nas últimas 13 vezes), enquanto nossos vizinhos exibem taxas de crescimento de:

    • Bolívia - 5,3% 
    • Colômbia - 4,6%
    • Costa Rica - 3,7%
    • Equador - 4,3%
    • Guatemala - 3,4%
    • Guiana - 4,4%
    • Haiti - 3,6%
    • México - 2,3%
    • Nicarágua - 4,5%
    • Panamá - 6,8%
    • Chile - 3,3%
    • Uruguai - 3,1%
    • Peru - 4,0%


    É melhor os marqueteiros de dona Dilma arranjarem-lhe outra desculpa. Essa não cola mais. Nossos companheiros de derrocada são Argentina e Venezuela. Será coincidência terem os governos que têm? 

    terça-feira, 26 de agosto de 2014

    Sai PT, entra PT.

    Um oligarca dos velhos tempos, Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, dizia: "Façamos a Revolução, antes que o povo a faça". Parece que a sina do Brasil é essa: mudar para ficar tudo como está.
    Há alguns anos a esperança vencia o medo e os brasileiros ansiavam por uma mudança na política e seus métodos mafiosos. O que se viu, com o mensalão, foi que o PT, antes mesmo de chegar à presidência, já tinha aderido à velha política. Isso vinha desde quando assumiu as prefeituras, cujo caso emblemático foi o caso Celso Daniel.
    Depois do desastre do desgoverno petista, coroado com essa patacoada que se chama governo Dilma, queremos mais uma vez a mudança. E Marina Silva aparece como a messias-salvadora-da-pátria da vez. 
    Com um discurso embolado, sonhático, cheio de metáforas e figuras de linguagem, difíceis de quem não é bicho-grilo entender, prega uma nova política, quase que uma política sem políticos. Eu não duvido da honestidade pessoal dela, nem da sua dignidade como cidadã honrada, mas para o que o Brasil precisa, esse discurso é pouco.
    Sabe-se que ela é a favor do tal decreto 8.243 que, na prática, elimina os canais institucionais do Congresso e do Judiciário e institui facções escolhidas pelo partido governante como representante da "sociedade civil". Essa posição da candidata não é um bom sinal democrático. Mas o que a candidatura Marina Silva tem de pior, a meu ver, é que nada fica completamente explícito. Não se sabe sua posição clara sobre o agronegócio, nem sobre o crescimento econômico e o controle da inflação. E agora esse fato nebuloso, do avião que não tem dono, realmente não contribui para esclarecer a posição da ex-senadora. Mesmo assim, os resultados das últimas pesquisas apontam que Marina Silva pode estar se tornando uma terceira via possível para os eleitores que clamam por mudança. Será que mais uma vez, o Brasil vai se enganar? Vamos mudar para ficar tudo como está?
    Devemos nos lembrar que Marina tem origem no PT e de lá saiu, não por causa dos escândalos de corrupção, mas porque foi atropelada pelo Lula. E seu principal assessor, Eduardo Gianetti diz que, se eleita, Marina gostaria de contar com o apoio de Lula e de FHC! É essa a nova política? Se for, estou fora!

    sexta-feira, 22 de agosto de 2014

    Dona Maria e a eleição

    Uma campanha eleitoral é semelhante uma guerra e, como tal, a sua primeira vítima é a verdade. Mesmo assim, no meio do tiroteio e da fumaça, de vez em quando, alguém deixa escapar uma verdade cristalina. O caso seguinte é exemplar. Aliás os petistas são campeões em atos falhos, que acabam por revelar suas verdadeiras intenções.

    A "doutora" Dilma, economista,  segundo declarou ao "Valor Econômico" uma assessora sua, não quer, nada mais nada menos, que fugir do debate econômico. 
    "A estratégia da campanha é não discutir o que quer Aécio Neves e o Sr. Mercado, tais como crescimento econômico, taxa de câmbio, superavit primário. O que isso interessa à dona Maria?"

    Vejam bem como é que se entabula um roteiro clássico de enganação ao povo, principalmente à parcela mais simples da população. 
    A dona Maria pode nem saber o que é superavit primário, mas a consequência do desequilíbrio nessa área ela sabe muito bem qual é: a inflação corroendo a moeda em sua bolsa e a sacola de feira que volta cada vez mais vazia, enquanto a dona Maria enche cada vez mais a carteira de dinheiro quando sai a fazer compras.
    Dona Maria talvez não saiba o que é crescimento econômico, mas, com certeza sente quando ela, seu companheiro ou qualquer parente perde o emprego e passa a sobreviver cada vez mais precariamente.
    Dona Maria não sabe o que é taxa de câmbio, mas percebe nitidamente quando o preço dos transportes e dos demais produtos sobem por conta dos aumentos no preço da gasolina (que ainda não vieram, mas virão fatalmente acabadas as eleições).

    O que eles querem dizer é que dona Maria pode ser enganada nesta fase; que quando perceber o erro, se perceber, será tarde demais. O Sr. Mercado não, esse não pode ser enganado, mas os votos do Sr. Mercado não ganham eleição. O que ganha eleição são os votos das donas Marias.

    Quando os adversários tocam nos temas corrupção, mensalão, roubalheira, fisiologismo, os próceres petistas, ofendidos, incluindo dona Dilma, reclamam que os "inimigos" jogam sujo e que se deveriam debater idéias e propostas. Mas quando o "inimigo" quer debater idéias e propostas: Ah, isso não interessa à dona Maria!

    O mundo ideal petista seria aquele onde o debate simplesmente não existisse e que todos concordassem automaticamente com os donos do partido, os guias iluminados, seja por fé, burrice ou por medo, tal como em se faz em Cuba, o seu (deles) ideal de regime político.

    O Sr. Mercado, que não é bobo, tem outras maneiras de se defender, mas a dona Maria...coitada da dona Maria!

    segunda-feira, 18 de agosto de 2014

    Vestal viúva

    Marina quer ser mais viúva que a viúva. Está vestida de preto, apresenta um ar compungido e comporta-se de tal modo que, dizem, chegou até a ser consolada por...Renata Campos! O que ela quer com isso? Não se pode ser tão cético e crer que tudo é 100% encenação política. Seria demais! Mas que há uma boa percentagem de encenação política aí, é inegável.
    Todo o mundo político tirou uma casquinha na tragédia. Políticos de todos os naipes, feitios e posições compareceram ao velório e se disseram amigos de infância de Eduardo Campos. 
    Isso era esperado, mas há um caso que nos chama a atenção: ainda há pouco, o PT desancava o seu ex-aliado, chamando-o de tolo e playboy mimado. Quem quiser conferir é só ver aqui (http://glo.bo/1mZCwnC).
    Mas, imediatamente depois do trágico acidente, todos os textos desabonadores contra Eduardo Campos foram retirados às pressas. 
    É óbvio que o PT, como qualquer outro partido, tem o direito de criticar desafetos e adversários, desde que não propale mentiras, nem calúnias. Mas fica feio fazer essa mudança súbita de opinião, especialmente diante do acontecido. Talvez esse seja um dos motivos da vaia em Lula e Dilma no velório do ex-governador.
    Por outro lado, Marina, ex-petista - não nos esqueçamos - apresenta-se como "diferente" dos demais políticos. Ostenta uma aura, que seria uma mistura de santa com bicho-grilo, mas não traz nada de diferente na política. É apenas um Lula de saias, que veio do peleguismo sindical e quer fazer de sua origem humilde um salvoconduto contra críticas. Não se pode criticar Marina, como até há pouco não se podia criticar o Lula, sem se receber a pecha de reacionário, direitista e outros palavrões. 
    A postura de vestal de negro no velório de Eduardo Campos me pareceu nada mais nada menos que cálculo político. E, se formar uma chapa, tendo como vice a verdadeira viúva, aí estará configurada a tentativa de estelionato eleitoral.

    (*) Nota: As vestais eram sacerdotisas romanas. Vestiam-se de branco e faziam voto de se manterem virgens por toda  a vida. Eram altamente respeitadas até mesmo pelo Senado. O templo de Vesta, em Roma, guardava o tesouro do Estado, o Erário. Obviamente, como eram virgens, jamais poderiam ser viúvas.

    Depois da apuração

    Pois eu vou meter minha colher de pau nesse angu. Não sou especialista em pesquisas, até porque, como bom mineiro, desacredito em todas elas. Como se diz em Minas: mineração e eleição, só depois da apuração. E é isso: pesquisa não substitui voto.
    Na hora "H", sozinho, no recôndito da cabine, o eleitor repensa: "A quem vou entregar meu futuro e o futuro dos meus filhos? E ali ele toma a decisão final. Um clique e pronto, nada mais pode ser alterado. É sair dali com a sensação de que talvez tenha feito uma besteira e, apesar disso, torcer para que sua escolha acabe por não ser tão ruim, pois no sistema presidencialista somos obrigados a dar um cheque em branco por 4 anos para alguém e, se no meio do mandato, descobrirmos que votamos em um pilantra ou incompetente, azar, teremos que aguentar até o fim.
    Uma grande vantagem do parlamentarismo é a não existência de mandatos fixos. Só governa quem tem a maioria e enquanto a tem. Isso obriga os ungidos a ficarem de olho na opinião pública, pois, se perderem popularidade perdem apoio parlamentar e aí cai o governo. No sistema que adotamos, uma vez eleito, o político vira as costas pro povo e vai cuidar de outros peculiares interesses e, obviamente, da próxima eleição, quando voltará a precisar daquele ser incômodo, o eleitor.
    Encerrada a digressão, volto ao assunto. Como dizia, não sou especialista em pesquisas, mas ouso contestar todas elas e penso que, agora, a eleição para presidente já está definida. A candidata Marina ficará com os seus tradicionais 23%, alcançando talvez 28% por conta de votos de eleitores ainda comovidos pela morte de Eduardo Campos. Aécio ainda tem muito para crescer, ainda não é um nome totalmente conhecido do eleitor de outras regiões além do sudeste, o horário eleitoral ainda não começou e debates entre os candidatos ainda nâo ocorreram. Com o aumento da exposição, calculo que Aécio poderá chegar com facilidade aos 35% ou até mais. Isso significa que dona Dilma pode dizer adeus. Se Dilma tiver 30% dos votos - o que acho muito - o segundo turno seria entre ela e Aécio, que ganharia de lambuja. Se Dilma cair mais, o que é bastante provável devido à rápida deterioração do ambiente econômico, aliado a uma participação vexaminosa nos debates, pode vir a ficar abaixo da Marina e aí, sim, o segundo turno terá um outro sabor, com resultado mais difícil de se prever. Pelo menos teríamos dois candidatos que sabem se comportar em nível civilizado e são capazes de debater e discutir ideias. Ou seja, finalmente teríamos chegado ao século XXI em termos eleitorais.

    sábado, 16 de agosto de 2014

    Agosto

    Agosto, mais uma vez, marca sua passagem na política brasileira. Começou com a morte do rei D.Sebastião, de Portugal, na batalha de Alcácer-Quebir em 04 de agosto de 1578. Essa morte causou um trauma em Portugal e, por consequência, no Brasil, sua colônia, porque, pela falta de herdeiros, a coroa portuguesa acabou por ser anexada à da Espanha, no que ficou conhecido como União Ibérica que só se desfez em 1640.

    Em 1954, o suicídio de Getúlio traumatiza o país. A transição se complica e o general Lott, ministro da Guerra, acaba por dar um contragolpe garantindo a pose do presidente eleito JK. No ano seguinte vem outro trauma com a morte súbita de Carmen Miranda. Em 1961 a renúncia de Jânio, provoca nova crise institucional que acabaria por levar à ditadura militar em 64. Em agosto de 69, o general ditador Costa e Silva sofre uma trombose cerebral levando a outra crise e, posteriormente, à sua substituição por uma Junta Militar que acirrou o fechamento do regime.

    Em 1976, morre Juscelino Kubistcheck em circunstâncias suspeitas e ainda não explicadas.  E agora, em plena campanha, com a situação ainda indefinida, morre o candidato Eduardo Campos. De repente, tudo muda. Ou não? A sensação que fica, no momento, entretanto é que o Brasil é um país sem sorte na política. Quando as coisas vão caminhando em uma direção que pode rerpesentar uma melhora no nosso processo político, algo acontece e voltamos à estaca zero.


    Às vezes, penso que Carlos Heitor Cony é quem tem razão: segundo ele, enquanto não se acharem os restos mortais de Dana de Teffé (milionária judia desaparecida em circunstâncias misteriosas) o Brasil não anda pra frente. Mãos à obra, gente! Procuremos!

    segunda-feira, 11 de agosto de 2014

    O espetáculo da corrupção

    Não há um que escape. É impressionante! Nesses últimos dez anos de governo petista, para todo lado que se olhe, há um caso de corrupção ou indícios de corrupção, ou evidências de corrupção, ou sinais de corrupção. Quase tudo muito bem documentado, gravado, filmado, ou mesmo apresentado ao vivo e a cores quando dólares são encontrados nas cuecas e nas meias. 
    De fato, essa simbiose sinistra do petismo com a roubalheira começa já antes de o PT chegar ao governo federal. O primeiro grande caso, rumoroso, e que permanece obscuro até hoje, foi o caso Celso Daniel, cujo assassinato ocorreu em 2002. Sabe-se que ali havia um esquema de propinas desviadas para o caixa dois do partido. E daí não parou mais. O mensalão foi talvez o ápice porque envolveu figuras legendárias do partido, além de bancos, estatais e empresas de publicidade. Tudo junto e misturado numa lambança como nunca se havia visto nesta pobre república.
    Mas não parou por aí. Confiante na impunidade e nos subterfúgios que detém quem está no poder, o partido e seus próceres foram perdendo, depois da vergonha, também o medo. Sabem que uma apuração é complicada, pode ser obstruída pelos poderosos, o processo leva anos, quando não décadas, e ainda há uma série de recursos, agravos, embargos, chicanas, que, quando não garantem a prescrição dos crimes, já quase não vale a pena punir os culpados. Felizes ficam os advogados medalhões pois clientes endinheirados não lhes faltam. Assim vivemos nesse cinismo, onde mesmo crimes gravados e filmados, são negados com a maior cara-de-pau e, mesmo havendo o crime cuja evidência não se possa negar, nunca há culpados e nunca, jamais, ninguém sabe de alguma coisa.

    Esse último complô criminoso para fraudar os depoimentos na CPI é um claro exemplo disso. A Petrobrás entrou em um negócio obscuro, admitido até mesmo pela governanta. Pagou por uma refinaria o triplo do preço que ela valia. A diretoria propôs,  o conselho de administração aprovou e ninguém, absolutamente ninguém, é responsável pelo prejuízo.
    Sendo assim, nós, os idiotas donos da Petrobras deveriamos nos perguntar: para que é necessário um conselho de administração? Para que é necessária uma diretoria? Quanto ganham esses senhores para não fazerem nada e não se responsabilizarem por coisa alguma? Assim, até o Zé das Couves pode ser diretor de uma estatal!
    E vai ficar tudo por isso mesmo. Um diz que desdisse, outro fala e desfala, vários se acusam, apontam o dedo em riste, depois trocam amabilidades e se ajudam mutuamente. Ameaçam que vão contar tudo, apelam para a tal delação premiada, mas tudo é apenas um jogo, uma encenação teatral, para criar uma cortina de fumaça e enganar os espectadores até que o próximo espetáculo, oops, escândalo venha ocupar as páginas dos jornais.

    sexta-feira, 8 de agosto de 2014

    Só faltava essa!

    Pelos últimos acontecimentos, a única conclusão a que se pode chegar é que o Palácio do Planalto é uma ameaça ao país. Não bastasse ter ocorrido lá dentro a gestação do mensalão, um dos maiores crimes já cometidos no meio político brasileiro, agora sabe-se que de dentro do Planalto partem montagens de fraudes como o "gabarito" das perguntas e respostas à CPI da Petrobrás e, pior ainda, ataques cibernéticos a políticos da oposição e até a jornalistas.
    Identificou-se mais de 11 computadores, localizados no Palácio do governo, dos quais partiram ações de vandalismo na wikipédia contra os jornalistas Míriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg. 

    Isso não pode ter acontecido porque algum funcionário do Planalto tenha enlouquecido e começado por conta própria a fazer o vandalismo. Não é crível. Repito: foram 11 computadores e o total de páginas fraudadas chega a mais de 200.

    Usou-se do patrimônio público para beneficiar o partido que está no poder e sua candidata. Isso é uma absoluta falta de decoro e, a meu ver, caso de abrir-se um processo de impeachment contra a governanta, a chefe, a responsável pela matilha que se abriga sob o mesmo teto. Essa é a verdadeira privatização. O PT, que criticou tanto a privatização de empresas, foi quem privatizou para si mesmo não só as empresas, como a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, o PT privatizou também as instituições e até mesmo o Estado brasileiro e faz uso e abuso dele como se fosse uma propriedade particular do partido. Isso é um crime que não pode ser ignorado pela nação, porque senão é melhor acabar logo com o Estado e voltarmos a viver de tangas e usar arco e flexa como nossos antepassados.
    Essa desmoralização tem que acabar antes que acabe com o que resta de dignidade e respeito à vida pública.

    Exercer uma função pública, ocupar um cargo político, requer um mínimo de compostura. Não pode ser esse carnaval que vimos implantando na política brasileira nos últimos tempos, cada governante fazendo o que bem entende, sem o menor respeito pelas leis e sem a menor consideração pelo povo que os elege e a quem deviam representar. Essa foi a gota dágua. Independente do resultado das eleições, que será uma fragorosa derrota dessa senhora, é preciso que se investigue e puna quem fez, quem mandou fazer e quem sabia (ou deveria saber) do "malfeito" e se omitiu. Impeachment nela!






    terça-feira, 5 de agosto de 2014

    Fim do PT

    Está pior do que pau de galinheiro. O PT deveria sair de fininho do governo para tentar fazer uma redução de danos, pois o que ainda havia de credibilidade, acaba de cair por terra com essa história da "cola" passada aos depoentes e investigados da Petrobrás. Está escancarado o mal que o PT introduziu na política brasileira, que, se já não primava pela qualidade de seus agentes, com o petismo acabou por se aprofundar em vários níveis, beirando a pura e simples criminalidade. Mentem descaradamente, burlam, fraudam, desprezam as leis, atropelam a ética, torcem a verdade e os fatos e parece que nada lhe importa a não ser ganhar a "parada".
    Quem, algum dia, acreditou de boa fé nessa legenda, deve estar absolutamente decepcionado e sem esperança. Lembro-me ainda das eleiçoes de doze anos atrás, quando as bandeiras vermelhas e a febre da militância se espalhavam pelas ruas e contagiavam até aqueles que não compartilhavam com a sua ideologia. Agora, cadê? Nem mesmo a militância empedernida é capaz de vibrar com um partido que envelheceu precocemente, se é que já não tinha nascido velho e a gente é que não sabia.
    O antigo inimigo número um do PT, agora seu aliado e consultor, o Sr. Delfim Neto, na época em que era demonizado pela sigla, dizia: "A melhor maneira de acabar com o PT é fazê-lo chegar ao poder". Palavras proféticas de quem entende dos bastidores da corte planaltina. Acertou em cheio.
    Só não disse que, depois de chegado, ele, o PT, seria capaz de fazer qualquer coisa licita ou ilícita para lá permanecer. Afinal, foram tantas as mordomias distribuídas aos apaniguados, foram tantos os cargos recebidos de mão beijada por gente sem qualificação, bastando pertencer ao partido para ter o direito a uma parte do butim, que não vai ser fácil viver sem isso daqui pra frente. Os amigos e parentes do Lula, contemplados com sinecuras no SESI que o digam.
    O PT sabe que sem o poder, perde de imediato os aliados, perde também o "apoio financeiro" das "generosas" empresas que tem negócios com o governo. E, ainda mais, carregando essa mancha no curriculo, vai ser difícil voltar ao poder algum dia. Ouso fazer futurologia e dizer que, apeado do poder, o PT se desmancha em pequenas siglas que vão digladiar entre si e contra todos. De qualquer modo, aquilo que um dia o PT pretendeu ser já acabou faz tempo.

    segunda-feira, 4 de agosto de 2014

    É antissemitismo

    É antissemitismo, sim. Essa esquerda pseudo-intelectual que só analisa o conflito palestino-israelense sob uma ótica de dois pesos e duas medidas, na verdade está exercendo um antissemitismo enrustido. 
    Digo que são dois pesos e duas medidas, porque eles só se indignam quando é Israel quem ataca. Enquanto diuturnamente o Hamas despeja centenas de mísseis sobre Israel não se ouve um pio deles.
    É chique ser contra Israel! Por quê? Será que é porque os judeus pertencem quase que na totalidade à "elite branca"? E a "elite branca", assim como a "classe média", segundo eles, não deve ter o direito de existir!
    Ninguém procura saber por que os judeus, onde quer que vivam, são bem sucedidos economica e socialmente. Eternos imigrantes até antes da criação do Estado de Israel, chegavam às novas paragens sem nada, sem sequer falar a língua local e, em uma ou duas gerações, já se sobressaiam em seus negócios e em suas profissões. 
    Em virtude de tantos banimentos e perseguições, foram muitas vezes pobres (principalmente no Leste Europeu) mas jamais foram pedintes, jamais viveram da caridade alheia. Obtiveram, com seu trabalho e seu esforço, os meios de sua sobrevivência e ainda puderam contribuir para o acervo cultural e científico das comunidades onde viviam e da humanidade em geral. Creio que a principal razão do sucesso judeu está no fato de que esse povo, o povo do Livro, valoriza, antes de mais nada, os bens espirituais, a cultura. O resto vem por acréscimo e por consequência.
    Outros povos, infelizmente para eles mesmos, preferem exercer o papel de coitadinhos. Foram colonizados, foram explorados e  portanto tem o direito de não fazer nada e continuar esperando que o pão lhes caia do céu, de mão beijada.
    Nenhum povo foi mais explorado, vilipendiado e perseguido que o povo hebreu e, no entanto, eles não se detiveram pedindo ações afirmativas ou quotas disso e daquilo. Esse povo construiu um estado em cima no nada, em meio a um deserto de gente e de idéias, ao lado de nações já estabelecidas e, em poucas décadas, esse estado já se destacava entre os vizinhos (que continuaram no mesmo atraso) como uma democracia moderna e próspera. O Estado de Israel, com menos de 70 anos, já trouxe grandes contribuições à ciência, à cultura e à medicina. Sem contar judeus de outras nacionalidades, ou os três Nobel da Paz (que é um prêmio político), já são nove os israelenses ganhadores do prêmio Nobel.
    Mas a esquerda caviar escocesa (que adora caviar e só bebe uísque 12 anos) acha chique ficar contra Israel, mesmo quando ele está exercendo seu sagrado direito de defesa e autopreservação. O pior é que, desonestamente, essa mesma esquerda também usa as pobres vítimas palestinas para justificar sua posição "humanitária" e a sua "superioridade moral". Com isso, pode destilar à vontade seu antissemitismo que, de outro modo, tinha que ficar escondido.

    quinta-feira, 31 de julho de 2014

    A verdadeira bolsa da Dilma

    Na sabatina da Folha (ver aqui), Dilma não teve como esconder a sua falta de preparo, ausência de argumentação e raciocínio rasteiro. É até espantoso como é que ela conseguiu chegar até esse ponto na presidência do pais, sem provocar um caos generalizado, considerando a sua "profundidade" de pensamento e reflexão.
    O ápice dessa entrevista é quando instada a explicar por que mantém 150 mil reais "debaixo do colchão", ela se atrapalhou toda e chegou a dizer que guarda dinheiro vivo em casa para dar para a sua filha, como se não houvesse hoje a facilidade de uma transferência bancária via TED ou DOC que podem ser feitas com toda comodidade pela internet. Pelamordedeus, presidenta! 

    Ao mesmo tempo, tentou fazer uma demagogiazinha relembrando os tempos da clandestinidade quando tinha que dormir "de sapatos" e, provavelmente, - isso ela não afirmou - tinha que ter dinheiro vivo à mão para sair correndo caso fosse necessário.
    Mas hoje, quarenta anos depois, em pleno regime democrático e sendo ela a presidenta, ainda há esse risco? A presidenta tem que dormir preparada para sair correndo do Planalto à noite, carregando uma bolsa cheia de dinheiro? E uma bolsa pesada, pois supondo que a metade esteja em notas de 50 e a outra metade em notas de 100, serão necessárias 2250 cédulas para perfazer esse valor; e o peso da grana será de quase 3 quilos.
    Alem disso a presidenta dá um mal exemplo à população. Afinal com uma inflação de 7%, manter esse dinheiro desaplicado, significa uma perda de 10 mil e quinhentos reais por ano e deixa de ganhar outros 9 mil em juros reais. Mas a presidenta dá de ombros: "o que são 10 mil reais?" Para ela, nada, mas para o povão é muita coisa, pois segundo o DIEESE, 10 mil reais sustentam uma família de 4 pessoas durante um mês. 
    Se uma economista trata assim o seu próprio dinheiro, como tratará o nosso, o dinheiro público? Não é de se espantar o desarramjo econômico que estamos vivendo, perigosamente nos aproximando da tempestade perfeita, pois os indicadores estão cada vez piores:
    1. inflação (oficial) à beira do descontrole.
    2. inflação real já descontrolada - é só ir ao supermercado para verificar.
    3. crescimento econômico pífio, insuficiente para absorver a mão de obra que chega ao mercado de trabalho (que é de 1,5% ao ano).
    4. índice de crescimento de emprego zero e que se reverterá em desemprego já dentro de alguns meses.
    5. taxa de juros elevada, sem efeito sob a inflação, mas com efeitos recessivos na economia.
    6. população endividada por conta dos estímulos irresponsáveis do governo e sem condições de manter o padrão de consumo.
    7. represamento de preços de combustiveis e da energia elétrica que vão estourar em 2015.
    8. contas públicas desorganizadas; superavit primário quase a zero.
    9. balanço comercial negativo. Isso implica na necessidade de aporte de capital estrangeiro para equilibrar as contas.
    10. Descrédito no governo, provocando a fuga de capitais e de investimentos no país.
    O próximo governo, esse sim, vai herdar uma herança maldita e devemos nos preparar para um ano de 2015 difícil. 
    Mas antes isso que uma continuidade desse desgoverno desastroso, mentiroso, incompetente, demagógico e autoritário. Aí, sim, seria o caos.


    terça-feira, 29 de julho de 2014

    Lula mostra a cara

    A cada passo o PT mostra sua cara. A verdadeira, não aquela que pretendeu nos impingir durante muito tempo. E a cara do PT é muito, muito feia. De um lado demonstra que não aprecia de modo algum a liberdade de opinião e de expressão, a não ser quando é a seu favor. Até aí não há muita novidade pois o regime soviético também só permitia a circulação do jornal oficial Pravda, como em Cuba até hoje só se permite a circulação do Granma, que os cubanos usam como papel higiênico na falta do próprio. Dizem que o Granma é até melhor, parece que foi feito para isso mesmo. 
    Do outro lado, a cara feia do PT chega a assustar. Essa semana seu líder e chefe incontestável, o Molusco da Silva, berrou nos microfones da reunião da CUT que o seu "querido" presidente mundial do Santander devia demitir (isso mesmo, demitir) uma funcionária que havia publicado uma análise conjuntural que não agradou ao partido. Lula chama o presidente dessa instituição bancária de "meu querido" o que demonstra toda a intimidade que tem com ele. Logo Lula, que vociferava contra os bancos, pede, ou melhor, exige que o banqueiro estrangeiro demita a trabalhadora brasileira que nada mais fez que cumprir sua função. Logo, Lula que uivava na porta da Volkswagen quando a empresa tinha que demitir funcionários por causa de uma recessão, exige a demissão de uma trabalhadora.
    E diz que ela não entende "porra nenhuma de Brasil". O ex-presidente usou esses termos ao se referir ao trabalho profissional de uma senhora.
    Disse que ele, Lula é quem deveria ganhar os bônus dela. Meu Deus! Que partido é esse? Intitula-se partido dos trabalhadores, mas é amigo é do capital internacional. Para quem não sabe, o Santander é um banco espanhol.
    E o banqueiro, Emilio Botín, que não é bobo nem nada, fez o quê? Demitiu a 
    funcionária, lógico! Esse caso devia ir para o currículo do doutor honoris causa de porra nenhuma. Mas nada cola nele, não é mesmo? É por isso que Lula não se preocupa com a coerência. Por ter tido uma origem pobre, tudo lhe é perdoado por aquela classe média universitária e supostamente bem pensante. Aquela classe média - lembram-se? - que não quer dizer o nome, mas à qual pertence a dona Marilena Chauí.

    O voto de Minas

    Há uma crença, corroborada pelos fatos até agora, de que ninguém jamais ganhou uma eleição para presidente do Brasil sem ter ganho em Minas. De fato, analisando o período mais recente, Collor, Fernando Henrique, Lula e Dilma, ganharam em Minas. 
    Isso pode se explicar pelo fato de Minas ser um grande colégio eleitoral, o segundo maior do país. E também em razão das condições sócio-geográficas e históricas, que fizeram de Minas um Estado síntese do Brasil. A opinião pública no estado pode ser considerada um termômetro da opinião pública no país. Políticos antigos tanto já sabiam disso que usavam dizer: para onde Minas se inclina, inclina-se também o Brasil. 
    Pois agora, Minas virou. O estado já foi majoritariamente petista, assim como sua capital. Agora tudo indica que cansou-se do PT. Os mineiros cansaram das mentiras, roubalheira e, principalmente, da truculência e prepotência que fazem parte do "pacote". O PT comporta-se como o dono da verdade. E os mineiros, eternos desconfiados, não só não acreditam em donos da verdade, como não suportam que alguém venha lhes impor um caminho. As sinuosas estradas de Minas sempre foram caminhos de liberdade, que exige atenção e vigilância para ser mantida, pois em cada curva pode se esconder uma emboscada do opressor.
    Essa atenção aos pequenos sinais, faz de nós um povo que lê nas entrelinhas e percebe o que não foi dito. Pois Minas já se decidiu. E não apoiará essa senhora que quer se passar, ora por mineira, ora por gaúcha, mas comporta-se mesmo é como uma agente búlgara ainda na era soviética. 
    Chega de incompetência, má fé e autoritarismo. O Brasil merece muito mais.



    sexta-feira, 25 de julho de 2014

    Anão diplomático

    Não há melhor definição para a política externa ditada pela ideologia petista do que a do porta voz da chancelaria israelense: "O Brasil é um anão diplomático".
    A política externa de um país deve atender aos interesses do Estado, não de uma facção. Os interesses do Estado são perenes, abrangentes, referem-se a toda uma população, enquanto os da facção representam interesses de curto prazo, eleitoreiros e satisfazem as necessidades apenas de um grupo, um partido, desprezando os desejos do resto da nação.
    Como cidadão brasileiro estou cansado de me envergonhar de meu país, pois é um país que defende ditaduras sangüinárias e incompetentes como a de Cuba e da Venezuela, alia-se a estados terroristas e que não respeitam os direitos  humanos,  especialmente os das mulheres, como o Irã. E agora, para culminar, coloca-se ao lado de um grupo terrorista, o Hamas, que sacrifica seu próprio povo em nome de sua luta pelo poder.
    O que o Hamas está fazendo em Gaza é um crime contra a humanidade. Ainda bem que Israel voltou a ocupar a região, da qual tinha saído por decisão unilateral de Ariel Sharon, em mais uma tentativa frustrada de negociar a paz. 
    Parodiando o ditado: quando um não quer, dois não fazem as pazes. Não são do interesse, nem da Autoridade Palestina, nem do Hamas, fazer a paz com Israel. Azar do povo palestino, se assim, for obrigado a viver. O que querem é perpetuar  o seu poder escuso.
    O que aconteceu no Iraque após a saída das tropas americanas é um exemplo da lógica geopolitica da região. Repito: ainda bem que Israel voltou a ocupar militarmente a faixa de Gaza. Talvez, se continuar firme e destrocar as bases do Hamas na região, possa começar um dia, um processo realista e legítimo de pacificação.

    terça-feira, 15 de julho de 2014

    A toca do molusco

    No auge do caso Rosemary, por exemplo, ele andou por mais de seis meses enfiado na toca. E, ao retornar ao sol, não deu um pio sequer sobre o caso que o envolvia direta e indiretamente, afinal Rosemary foi sua companheira de viagem por mais de 30 vezes. Logo ele, que gosta tanto de emitir opinião e derramar sabedoria sobre todo e qualquer assunto.
    Depois da Copa das Copas calou-se, sumiu. Ora, se a presidanta fez uma avaliação extremamente positiva da atuação de seu governo na Copa, considera que foi tudo maravilhoso, que os "pessimistas" quebraram a cara, etc.,  por quê o Molusco se esconde tanto? Será por causa dos 7x1? Ou dos 3x0? A única área em que o governo não pode ser responsabilizado de forma alguma é exatamente no resultado do jogo! Portanto não deve ser esse o motivo do desaparecimento do boquirroto. Será que já tem em mãos os resutados das últimas pesquisas com a Dilma já perdendo no primeiro turno?

    domingo, 13 de julho de 2014

    A Copa das Copas (ou a Síndrome da Incompetência Arrogante)

    A Copa das Copas já entrou para a história. Ninguém nunca, jamais, esquecerá a derrota do Brasil, o país do futebol, por sete a um para a Alemanha seguida de outra derrota vergonhosa, dessa vez para a Holanda.
    Mas muito pior que essas derrotas é o legado que ficará para todos nós, o desperdício de dinheiro público, que aqui se instaurou, para fazer um espetáculo de 30 dias. 
    O país, que já estava quase parando, parou de vez. E a inflação que já estava saliente, disparou. O fantasma do desempego começa a rondar a porta das fábricas. Os preços de alimentos estão subindo a  mais de 10% ao ano. E isso tudo apesar de o preço dos combustíveis e da energia estarem represados sob o tacão do governo. Se assim não fosse, a inflação já estaria por volta de 15% ao ano, ou seja, a um passo do descontrole total!
    O que aconteceu no futebol pode ser usado como uma metáfora do que está acontecendo no país. Despreparo, confiança na sorte, falta de planejamento, execução mal feita, desperdício e negligência foram os fatores que levaram a seleção às derrotas. O mesmo pode se dizer desses 12 anos de governo petista, piorados sob a gestão da Dilma. Junta-se a isso a prepotência do líder, que acha que sabe tudo e não se convence dos seus erros mesmo diante do fracasso retumbante. A cereja do bolo é o descalabro da CBF, entidade malévola e antro de corrupção, que está destruindo pouco a pouco o futebol brasileiro. Qualquer semelhança com os governos Dilma/Lula e a classe política que os apóia não é mera coincidência. Esses também estão destruindo o país.
    Quando a corrupção se torna endêmica, espalha-se como um câncer ou um vírus por toda a sociedade. Perde-se a noção do bem público e passa a valer uma espécie de lei da selva: cada um para si e todos contra todos. O objetivo é apoderar-se do butim, o mais depressa possível, antes que a festança acabe, porque fatalmente acabará, quando os recursos providos pela sociedade se exaurirem. Até lá, os mais espertos já terão se apropriado dos bens públicos ao máximo e estarão fora de alcance, deixando a conta para ser paga por todos nós.
    Tola será a nossa sociedade se permitir que isso perdure por mais tempo. Está na hora de demitir os Felipões e as Dilmas, acabar com as CBF's e os políticos corruptos. Está na hora de dizer um basta, em defesa do nosso bolso e do país que vamos deixar para os nossos filhos e netos.

    terça-feira, 8 de julho de 2014

    O jogo que interessa

    Impossível não comentar a fragorosa e humihante derrota da seleção brasileira diante de uma Alemanha impecável. Na seleção da Alemanha vimos organização, planejamento, disciplina, aplicação, treinamento, tudo aquilo que se constituem em virtudes do próprio povo alemão. Seu sucesso econômico, mesmo dentro de uma Europa estagnada, deriva dessas qualidades também. No caso brasileiro, infelizmente, o que vimos foi a improvisação, a crença que a habilidade pessoal ou o jeitinho iria superar os defeitos, a prepotência de um dirigente, Felipão, que acha que sabe tudo e não ouve ninguém, a falta de autocrítica e a incapacidade de analisar os erros e aprender com eles. Alguma coincidência com o estilo brasileiro? 
    Coincidências não existem. É preciso que encaremos a realidade se quisermos mudá-la. Somos um país fracassado e admitir isso não é ter complexo de vira-latas. Só assim poderemos tentar aprender e dar a volta por cima. Precisamos rever nossas atitudes e nossos valores se quisermos crescer como nação. Precisamos aprender que o sucesso não se dá por acaso ou por sorte, mas deriva do esforço, do trabalho, da dedicação, da persistência, da disciplina.
    Estamos sofrendo as consequências de nossa imprevidência e falta de responsabilidade todos os dias. A violência absurda, o desrespeito do Estado para com os direitos dos cidadãos, o caos urbano, a especulação imobiliária sem limites, a obsolescência da infraestrutura, a relação incestuosa de empresas com os governantes de todos os níveis, a roubalheira pura e simples, tudo isso é decorrência do que somos, dos valores que cultivamos, da nossa indolência política, da indiferença com o que acontece com o outro, da falta de noção de coletividade.
    O resultado do jogo, por mais traumático que tenha sido, é apenas o resultado de uma partida de futebol. O jogo que importa mesmo e que estamos perdendo de balaiada, muito pior que essa contra a seleção da Alemanha, é o jogo do desenvolvimento, da educação, do bem estar social. Muitos países, com muito menos condições naturais, estão à nossa frente e continuarão se não fizermos nada para mudar a nossa pobre e triste realidade. Para ganharmos esse jogo, temos que formar uma equipe, uma nação que se sinta como tal, não só na hora de cantar o hino à capela. Temos que formar um povo que saiba o que quer e possa lutar pelo seu destino. Será que, passada a euforia, aprenderemos?

    sexta-feira, 4 de julho de 2014

    O bêbado e a equlibrista

    "Caía a tarde feito um viaduto e um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos". Esses são os versos iniciais de uma belíssima canção de João Bosco e Aldyr Blanc e que se tornou um do hinos contra a ditadura militar, fazendo referência à queda do viaduto Paulo de Frontin no Rio. Naquele momento vivíamos uma situação em muitos pontos semelhante à atual. O governo autoritário determinava quem era patriota e quem não era. Criou o slogan: "Brasil, ame-o ou deixe-o". Quem não fosse partidário do regime estava "contra" o Brasil. Mais ou menos como o governo petista classifica hoje os brasileiros; quem não é a favor deles é da "zelite branca" e não quer o bem do Brasil. Ao mesmo tempo o governo militar nos queria engambelar a todos com aquela história de Brasil Grande, Milagre Brasileiro, etc. Foi aí que tudo começou.

    Construíram-se obras faraônicas desnecessárias ou inúteis como a transamazônica, ou superfaturadas como a ponte Rio-Niterói. Foi uma época de ouro para as empreiteiras/construtoras, essas mesmas que ainda estão por aí, ganhando dinheiro a rodo com o PT, na construção dos estádios também faraônicos, também desnecessários e também superfaturados.
    Foi um momento de gastos públicos sem controle gerando uma inflação escondida no primeiro momento e que veio a estourar sob a  forma de hiperinflação nos primeiros governos civis.  O atual consultor econômico do PT, Sr. Delfim Neto reinava absoluto como o Czar da Economia. Deu no que deu e quem pagou essa conta fomos nós, à custa de muito suor e sacrifício.

    A coincidência envolve até o futebol, pois naquela época o governo militar usava e abusava da Copa (que o Brasil veio a  ganhar em 70) para dominar os corações e mentes do povo brasileiro. Espero que desta vez o Brasil não ganhe. Quarenta anos depois, já chega de manipulação!
    Tudo isso me vem à mente por causa da queda desse viaduto em Belo Horizonte em meio à Copa. As obras dos estádios e dos entornos foram feitas à toque de caixa e para atender às exigências da Fifa, com um dinheiro em parte inexistente (sob a forma de endividamento público), com prováveis enormes superfaturamentos, e sem planejamento como é nossa praxe. Infelizmente esse acidente de agora não é o pior dos males que vieram com essa empulhação. Lula queria usar o evento, bancado pela nação, para promoção de si mesmo e de seu séquito incluindo o poste governAnta. Parece que desta vez a conta está chegando mais cedo.
    O que nos resta, como na música citada, é apenas a esperança que "é equilibrista e sabe que o show de todo artista tem que continuar..." O bêbado todos sabemos quem é.

    terça-feira, 1 de julho de 2014

    O dragão sorrateiro

    O economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos formuladores do Plano Real, deu uma entrevista à Folha, publicada ontem que é um primor de inteligência e bom-senso. 
    Políticos sérios e formadores de opinião, professores e acadêmicos deveriam debruçar-se sobre ela sem paixão ideológica ou partidária. Analisem apenas do ponto de vista lógico, racional, o que diz Gustavo Franco.
    O primeiro e inafastável ponto é a inflação. Há apenas 20 anos - digo "apenas", porque isso não é nada historicamente falando - estávamos mergulhados numa hiperinflação. Só quem viveu essa experiência sabe avaliar. A inflação estava por volta de 2400% (isso mesmo, jovens! Dois mil e quatrocentos por cento!) ao ano. E houve períodos em que a inflação chegou a inacreditáveis 12 mil por cento ao ano! Sabem o que isso significa? Significa que algo que custasse 1 real em primeiro de janeiro, estaria custando 1,49 no final do mês e 120 reais em 31 de dezembro do mesmo ano. 
    Não é preciso ser economista para concluir o estrago que a hiperinflação causava no bolso das famílias, principalmente das mais pobres. O salário recebido no início do mês perdia 50% do seu valor no final desse mesmo mês. Um operário recebia o salário e dali ia correndo para o supermercado para comprar alimentos antes que tudo já tivesse sido remarcado. Havia até uma profissão nova, a do remarcador de preços que ficava percorrendo as gôndolas com a famigerada maquininha, diariamente, remarcando todos os preços. As donas de casa disputavam com o remarcador quem é que chegava primeiro ao produto. Sem brincadeira!... A nossa moeda não valia nada. Era uma ficção. Os preços dos bens de maior valor eram em dólares. Não se compravam imóveis ou carros com preços em reais. Quem não tinha condição de guardar dólares ou ter aplicações financeiras estava lascado.
    Uma geração nasceu e cresceu sem esse terror. As outras pouco a pouco foram se esquecendo disso. Mas isso é que não pode acontecer! Não podemos nos esquecer dos dramas familiares, do estresse na administração do orçamento doméstico, das vidas sufocadas, da pobreza sem solução, da indignidade, da falta de perspectiva e de esperança. "Quem se esquece do passado está condenado a repetí-lo" (George Santayana).
    E a grande causa da inflação, como demonstra Gustavo Franco, é a má administração pública. É o governo que gasta muito e gasta mal. E ele dá o exemplo da construção dos estádios milionários, superfaturados e, muitas vezes, com um dinheiro que não existe, ou seja, com o governo fazendo dívidas! 
    É exatamente o crescimento da dívida pública a maior causa da inflação. O que está acontecendo no Brasil, com o preço dos alimentos aumentando mais de 10% ao ano, é simples e pura consequência da administração desastrosa da dona Dilma Rousseff com a figura caricata do Sr. Guido Mantega. 
    Compete a nós dizer que não. Compete a nós, nas urnas, dizer que não vamos aceitar a volta do dragão. Que não vamos ser coniventes com um governo que seja conivente com a inflação. Não se pode dar a mínima trégua, senão ela volta com força total. Quem tem mais de 30 anos sentiu isso na pele. #AcordaBrasil!

    sábado, 28 de junho de 2014

    E agora, Josés?

    José já foi um nome nobre e respeitado nos países lusófonos. Afinal trata-se do nome do pai adotivo, segundo a Igreja, de Jesus. No Brasil acabou por se reduzir ao popular Zé.
    Em tempos de petismo e mensalões, tal como acontece com outros valores, o Zé acabou por se descaracterizar, estando menos ligado à santidade e mais conectado às coisas bem terrenas, como propinas, dinheiro em cuecas, tráfico de influência, enfim, corrupção generalizada. 
    Os Zés da atualidade são os Zés do PT e aliados: Zé Dirceu, Zé Genoíno, Zé Janene, Zé Sarney, Zé de Abreu, Zé Eduardo Mendonça (Duda Mendonça), Zé Linguiça (assessor do Prof. Luizinho que recebeu 20 mil na "boca do caixa") e até mesmo um tal de Zé Formiga, assessor do líder do governo na Câmara envolvido em possíveis fraudes de 1 bilhão em licitações com a empreiteira "Leão Leão", nome bem sugestivo.
    A história, como tudo que envolve o PT, pode ser escabrosa, mas os nomes... os nomes são reveladores: Guaranhuns, aquela "empresa" que repassava grana para o Valdemar Costa Neto; a indefectível Leão Leão, empresa de coleta de lixo já envolvida em escândalo anterior em Ribeirão Preto; Banco Espírito Santo, ligado à Portugal Telecom; Vil Impress, gráfica de Ribeirão Preto que emitia notas para a Leão Leão; DNA de Marcos Valério, que deixou pistas para todo lado; Delúbio, Rose Nóvoa, o irmãos João e Antônio Lamas, sem contar os Josés.

    Claro que todos os demais Josés desse país afora, não tem nada a ver com isso, pois - coitados desses outros Zés - ainda conservam aqueles valores antigos de honra, honestidade e respeito, coisas tão fora de moda. Mas, sinal dos tempos, somos surpreendidos com a notícia que o grande Zé, o maioral da política oligárquica no Brasil, o José de Ribamar, mais conhecido como José Sarney vai desistir de se candidatar. Vai deixar a política. Até que enfim! 
    Depois de se locupletar por sessenta anos, constituindo um feudo hereditário no Maranhão, finalmente chegou o seu dia. A família não vai abdicar do feudo, claro, mas o fato de já não disputarem eleições é um ótimo sinal. Perdem a força dos cargos e, pouco a pouco vão acabar tendo que largar as tetas, nas quais mamaram por tanto tempo.
    Dois Sarneys, o pai e a filha, desistindo de disputar eleição é sinal de que o povo já não é tão bobo e ignorante como no passado. Só podemos comemorar!

    sábado, 21 de junho de 2014

    País dos 30 Berlusconi

    O site Repórteres sem Fronteiras traz a classificação da World Press Freedom  dos países em relação à liberdade de imprensa. Os dados estão atualizados para 2014. São 180 países avaliados. Advinhem a posição do Brasil! Centésimo décimo primeiro! Isso mesmo 111. Estão à nossa frente: Uganda, Paraguai, Peru, Costa do Marfim, Bolívia, Gabão, Zâmbia, Kuwait, Quênia, Libéria, Guiné-Bissau, Albânia, República do Congo, África do Sul, Togo, Kosovo, Serra Leoa, Senegal, Namíbia, Tanzânia, Tonga, Mauritânia, Argentina, Níger e - pasmem- até o Haiti e o Suriname!
    Obviamente ocupam as primeiras posições os países que tradicionalmente respeitam a liberdade de imprensa, estando a Finlândia em primeiro lugar, seguida pela Holanda e Noruega. Os Estados Unidos perderam 14 posições desde o 11 de setembro e se situam agora em 46º lugar, uma posição nada lisonjeira para quem se julga o paladino das liberdades.
    Mas a posição do Brasil é vergonhosa. Acreditamos viver em um estado de direito, em uma democracia, mas essa crença não se concilia com a situação da imprensa no país. No relatório consideram que o Brasil, "o país dos trinta Berlusconi",  "é um dos países mais mortíferos do continente para a imprensa; a insegurança se mantém por causa das máfias e do crime organizado". 
    Isso tudo ainda sem que o PT tenha conseguido implantar o seu sonho do "Controle Social da Mídia". O decreto 8.243 (ver aqui) já está em vigor e aparentemente muito pouca gente se deu conta do que ele significa: uma simples e pura "bolivarização" do país. Quando nos dermos conta já estará tudo dominado!
    E o pior é que, durante a ditadura militar tínhamos a Associação Brasileira de Imprensa e a OAB ao lado da sociedade civil, lutando pela liberdade contra a ditadura. Agora não! Estão mudas essas duas entidades e, quando se manifestam, é para de forma direta ou velada apoiar um governo que não esconde seus pendores autoritários e antidemocráticos.



    sexta-feira, 20 de junho de 2014

    Democracias exemplares

    Lembram-se daquele prefeito do Rio, César Maia, que gostava de lançar factóides na praça para testar a receptividade ou a rejeição a eles, antes de decidir qualquer coisa?
    Pois, acredito, foi isso que o Lula fez. Não podendo disputar o terceiro mandato consecutivo, escolheu um simulacro de presidente, um factóide, para ver como se saía. Se desse certo, parabéns para ele, o criador de postes sem luz própria. Se desse errado, a culpa ia ser do próprio poste que não deu a luz pretendida. 

    Lula é um cara esperto! Não sabe nada, mas se apropria de todas as (boas ou más) idéias dos outros e consegue reciclá-las como se tivessem brotado de sua própria cachola. 
    Traduz tudo numa linguagem "popular" e, apesar dos erros conceituais e mesmo que sua conclusão seja um absurdo lógico, não se importa com isso, desde que "convença" momentaneamente a platéia amestrada e receba os aplausos que lhe afagam o ego.
    Agora resolveu reeditar a sua reencarnação anterior, a do sindicalista feroz. Acabou o Lulinha paz e amor. Volta a se fazer de vítima e a fazer o PT de vítima de uma suposta permanente conspiração das elites. Ou melhor, da elite branca, que, segundo ele, lotava o estádio do "Curíntia" quando Dilma recebeu os apupos que já entraram para os anais das Copas (sem trocadilho!).

    Penso que nesse caso, porém, apesar de toda esperteza, Lula calculou mal. É óbvio que desejava entregar a presidência para alguém que jamais pudesse lhe fazer sombra, por isso peitou o partido e impôs o nome da Dilma. 
    É óbvio que não queria que sua substituta tivesse luz própria e pudesse se desvencilhar dele em algum momento futuro. Mas não acredito que imaginava ou supunha que sua escolhida iria se sair tão mal assim. Passou da conta e acabou prejudicando seu projeto de poder. E agora está difícil pro Molusco reverter a situação. Então não lhe resta outra opção, senão apelar para a velha e conhecida vitimização e a invenção de um inimigo imaginário. Assim espera aglutinar as forças políticas ainda mais ou menos leais e, principalmente, injetar gás na militância que andava esmorecida. É a sua derradeira cartada antes de enfrentar a derrocada das urnas em outubro.

    Portanto esperemos um recrudescimento das manifestações de ódio partidário. O sinal já foi dado pela cúpula do PT que resolveu fazer a sua "lista de Schindler" ao contrário, ao relacionar nove jornalistas (Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Arnaldo Jabor, Lobão, Demétrio Magnoli, Diogo Mainardi, Guilherme Fiúza, Danilo Gentili e Maurício Madureira) como instigadores do ódio de classe e que são considerados "personae non gratae" para o partido. Não há meio termo, ou você adere ao PT ou é um inimigo que deve ser destruido. É esse o conceiro de "democracia" deles. Vindo de quem considera Cuba e Venezuela como democracias exemplares, não é mesmo de se espantar.





    segunda-feira, 16 de junho de 2014

    Falta de educação

    Tem gente indignada com o xingamento da presidenta na abertura da Copa. Na ESPN estão uma fera com o público brasileiro! Qual será o interesse da ESPN? Não sei, mas sei que eu achei foi muito bom o xingamento da "presidenta". Ninguém estava xingando a Dilma, como pessoa, até porque se ela não fosse a "presidenta" talvez 90% das pessoas que estavam no Itaquerão sequer saberiam quem ela é.
    Nas redes sociais apareceu um monte de petistas disfarçados, dizendo fazer oposição à Dilma e se indignando com a falta de educação do brasileiro. Será que não sabiam que o povo brasileiro é sem educação? Somos um povo sem educação, sem segurança, sem saúde, sem transporte, sem governo, sem direitos e, quase, sem esperança!
    Outros se disseram envergonhados perante os estrangeiros com o xingamento, apesar de não gostarem da Dilma. Mas deviam se envergonhar, perante os estrangeiros, é da sujeira das ruas, do lixo  jogado no chão e dos buracos, postes e calombos nas calçadas impedindo a mobilidade de idosos e cadeirantes! Deviam se envergonhar dos flanelinhas que "privatizam" o espaço público, dos trombadinhas, dos menores-assaltantes e estupradores que são presos e soltos em seguida a mando da "justiça". Deviam se envergonhar das cracolândias instaladas nos centros urbanos e tornadas intocáveis por um poder público que está destruindo esse país.
    Vergonhoso mesmo é o estado em que o PT está deixando a nação depois de 12 anos de desgoverno e de um deliberado plano de desmonte das instituições.

    Estádio de futebol não é lugar de rapapés e de linguagem "civilizada". Além do mais, o povo tem muito poucas oportunidades de demonstrar sua insatisfação com esse governo de enganação e mentiras. É preciso mostrar a eles, à elite governante, que já ultrapassaram todos os limites e que a nossa paciência, apesar de enorme, está acabando... 

    E, já que ia entrar muda e sair calada, a "presidenta" não devia nem ter ido ao jogo. Pois foi, então que aguente!
    A "verdade verdadeira" é que os petralhas estão indignados é porque não vão poder usar as imagens da Copa na sua campanha política, como era o plano inicial do Molusco e asseclas. Como usar, depois que aquele refrão em belo e castiço português, que rima com urubu, ficou indelevelmente associado aos jogos da seleção?

    Como disse, não entendo o motivo da vergonha. Afinal, vergonhoso mesmo é ver a situação dos doentes nos hospitais do SUS. Aí não dá para não gritar: Ei, Dilma! Vá tomar no SUS!

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