segunda-feira, 13 de abril de 2015

Corrupção fatal

O desvio de dinheiro público é o pior dos crimes que podem ser cometidos contra uma nação. Deveria ser elevado ao nível de genocídio e ser inafiançável e imprescritivel. 
Roubar dinheiro público é enfiar a mão no bolso de cada um dos compatriotas. É equivalente a um ato de alta traição à pátria. A corrupção em nível privado é danosa, desrespeita a isonomia, desestimula o mérito e o esforço, provoca gastos desnecessários mas seus efeitos são limitados às esferas locais.

A corrupção em nível público é outra coisa muito, muito diferente. É um tsunami devastador. O dinheiro público, que se rouba, retira das pessoas as oportunidades, os direitos, até as garantias constitucionais, tais como, a garantia à saúde, à vida, à educação, à moradia, à segurança.
O roubo de dinheiro público subtrai, das crianças e adolescentes, o direito a frequentar uma escola pública de bom nível, subtrai dos idosos o direito a ter uma assistência à sua velhice e a uma aposentadoria digna. 

O roubo de dinheiro público cria delinquentes, alimenta o crime organizado, desmoraliza a polícia, destrói a segurança pública, sucateia as estradas, os portos, os aeroportos, os metrôs, a infraestrutura urbana. promove o descrédito às instituições, enfim, solapa todos os fatores civilizatórios e de coesão social.
Promove o caos urbano, a ineficiência dos agentes públicos, o baixo nível de desenvolvimento, o desemprego, o atraso tecnológico, a falta de perspectiva, enfim, tolhe o futuro da nação!

Tudo isso para beneficiar uma meia dúzia de privilegiados, uma casta que assalta e domina a estrutura de poder. È um crime bárbaro, sem perdão, sem clemência, sem contemporizações.
Quem rouba o seu país, no meu ponto de vista, não merece viver nele. Deveria ser alijado da sociedade pelo restante de sua vida.
O ministro Marco Aurélio, do Supremo, disse recentemente que "cadeia não recupera ninguém". Pois bem, se é assim, deveria, a meu ver, ser um motivo adicional de se trancafiar em prisão perpétua os ladrões de dinheiro público. São irrecuperáveis para a sociedade e não há interesse da sociedade em recuperá-los, portanto não deveriam nunca mais participar do convívio social.
É claro que num país  "bonzinho" como o Brasil isso jamais acontecerá. Nesse país das maravilhas em que há duas realidades, uma nas ruas, outra nos papéis, os bandidos de qualquer estirpe são os que detém o maior número de direitos, enquanto o cidadão honesto, que trabalha para sustentar essa corja toda, não tem direito a nada.





terça-feira, 7 de abril de 2015

O potresto dos "ricos" e o afundamento do governo Dilma

Um dos argumentos de plena má fé usado pelos petistas para defender seus desgovernos era que os "ricos" estavam descontentes porque os "pobres" estavam consumindo.
Como se a população brasileira fosse tão ignorante a esse ponto. Como se o dinheiro dos pobres valesse menos que o dos ricos. Como se o consumo dos pobres não fosse muito mais expressivo em quantidade, que o consumo dos ricos. Como se o fato de uma pessoa ter ganho dinheiro na vida e se tornado "rico" a fizesse odiar os que não conseguiram fazer o mesmo.
A aceitar esse argumento, agora então deveria todo mundo estar contente, pois os pobres não estão consumindo mais. Por que então a classe média e os "ricos" estão indo para as ruas bater suas panelas "le creuset"?
O raciocínio não fecha. Mas quem disse que o esquerdismo se importa com a coerência? Quem disse que se importa com a verdade? O que lhes interessa é a máscara, a versão. Foi assim com Stalin, é assim em Cuba, na Coréia do Norte e na Venezuela e tentam fazer também assim no Brasil.
O Exu de Garanhuns, ao ver que perdeu o bonde, tenta agora enfiar as bandeiras vermelhas nos protestos dos "ricos". Lula convocou a militância a "aderir" aos "potrestos".
Seria de rir se não fosse pra chorar. Hoje, por sinal, houve um sinal da CUT por todo o país. Os gatos pingados de barbas ensebadas e patéticas bandeiras vermelhas se fizeram mostrar em várias cidades, demonstrando que são bons e obedientes servos do petismo. O chefe mandou!...
Lula não se dá conta que seu tempo passou. Sua aura romântica de líder sindicalista vociferante em cima de um caminhão, só atiça os ânimos e os humores, hoje, de velhotas do PC do B, renitentes ex-estudantes da USP e... Marilena Chauí, é claro. Freud explica.
No mais, ninguém quer saber de Lula, menos ainda de Dilma. O que o povo quer é o dinheiro de volta, a honradez de volta, o respeito de volta. Aliás, nem manobras políticas, essa gente consegue mais fazer. Dilma tentou colocar o Eliseu Padilha do PMDB na Secretaria das Relações Institucionais para fazer a articulação política e o Padilha disse que não, obrigado!
Convite de Dilma nesse fim de festa é mais ou menos como um convite do Schettino para jantar no Costa Concórdia pouco antes do abalroamento.

sábado, 4 de abril de 2015

Pede pra sair

Os povos deveriam saber quando já estão derrotados. Essa frase é do filme Gladiador, atribuída a Maximus, general romano, diante da imimente conquista de mais um povo bárbaro. Vale também para outros contextos.
Recentemente a pesquisa do Ibope revelou que somente 12% dos brasileiros ainda apoiam o governo Dilma. Nunca antes neste pais um presidente no início do mandato teve tão baixa aprovação popular.
Como é que essa incompetente nulidade, que jamais deveria ter subido a rampa do Planalto, vai se aguentar pelos próximos 4 anos? E o país também como vai aguentá-la?
Não há mágica. Chega. O povo se cansou de ser enganado. Alguns dizem que o momento é errado, que justo na hora em ela está tentando fazer a coisa certa é que o povo fica contra.

O ponto chave porém é que a dura conta, que estamos sendo chamados a pagar agora, não foi gerada por nós e nem nos beneficiamos dela. Essa conta não foi gerada pelos brasileiros que agora vão perder o emprego, que já estão perdendo renda, sendo que a recessão ainda nem começoude fato. Quem abriu o rombo foram eles, com dona Dilma no comando da irresponsabilidade e da demagogia. Foram eles que, além de meterem os pés nas jacas, meteram as mãos nas cumbucas do dinheiro público e roubaram para si, para o partido e para os aliados.
Agora, na hora de verdade, nos chamam a todos, os que trabalharam, os que pouparam, os que empreenderam, os que moveram o que foi possível mover em uma economia em cacos, para dividir a conta. O sentimento não pode ser outro que não o de revolta.  O fato de que a Anta esteja agora reconhecendo a sua incompetência e tentando corrigir os erros não a redime do passado. Então, mesmo que no momento errado, mesmo que tardiamente, o povo está carregado de razão. Chega de Dilma, chega de PT, chega de enganação, chega de mais do mesmo.
A nação está dizendo que não quer mais isso no poder. Tem de haver um modo institucional de fazer valer a vontade do povo, que é a vontade soberana e que se sobrepõe até mesmo à Constituição, pois essa é a manifestação escrita daquela vontade e quando a vontade muda, a Constituição tem que ter as respostas e o mecanismo de fazê-las valer. Caso contrário, fatalmente haverá uma ruptura, o que não é o caso brasileiro porque o impedimento de um presidente está claramento configurado na Constituição. E as razões para isso não são necessariamente jurídicas, mas políticas. A resposta para o que o povo pede está lá na nossa Carta Magna.
Já que a situação é insustentável e o impeachment é uma questão de tempo, o PT e a presidenta poderiam poupar a nação brasileira desse desgaste e "pedirem para sair".
Em outras palavras, o PT deveria reconhecer que já está derrotado. Foi derrotado pela ética, pelo patriotismo, pela cidadania.  Lutar mais, só vai adiar o desastre inevitável.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Se engana que eu gosto

Acuado, atônito, o PT reage e ... radicaliza mais! Como se fosse possível recuperar a virgindade perdida, o PT diante de sua própria ruína moral e política emite um manifesto! Entre várias lorotas e bravatas há trechos dignos de um filme de comédia pastelão, tais como:
"O PT precisa identificar melhor e enfrentar a maré conservadora em marcha. Combater, com argumentos e mobilização, a direita e a extrema-direita minoritárias que buscam converter-se em maioria todas as vezes que as mudanças aparecem no horizonte."
Ou então essa pérola:
"O Partido dos Trabalhadores está sob forte ataque. Não é a primeira vez. Em nossa história de 35 anos, muitas vezes investiram contra nós...
...Nunca como antes, porém, a ofensiva de agora é uma campanha de cerco e aniquilamento. Como já propuseram no passado, é preciso acabar com a nossa raça. Para isso, vale tudo. Inclusive, criminalizar o PT — quem sabe até toda a esquerda e os movimentos sociais"
"
E propõe, ou melhor, incita os seus partidários robotizados ainda restantes a:
"Desencadear um amplo processo de debates, agitação e mobilização em defesa do PT e de nossas bandeiras históricas"
Com todas as letras, o PT propõe aos seus militantes que promovam a agitação. Está no DNA deles, não conseguem se desvencilhar do caudilhismo, da truculência política, da intolerância e da má-fé.
Se perceberem que irão mesmo ser apeados do poder - coisa em que ainda não acreditam-  estarão dispostos a ir para as ruas e fazer ainda pior do que os black blocs. Eles sabem fazer isso e a senha já foi dada por Lula quando chamou o exército do Stédile.
Resta saber se nós, a "direita e extrema-direita minoritárias", vamos permitir.
O PT é um caso a ser estudado. Se fosse uma pessoa, deveria ser internado para tratamento psiquiátrico. Para fechar a comédia, um dos patetas, Rui Falcão, ainda deu declaração dizendo: "É impensável que a gente possa ser acusado de corrupção" Impensável para quem, cara-pálida? O PT não está sendo acusado, a nação brasileira tem certeza de que esse partido está podre de corrupção. Não é necessário mais nenhum indício. Agora é só procurar pelas contas secretas e repatriar o dinheiro e reembolsar os cofres públicos.
Esses "próceres" políticos não tem mesmo espelho em casa, senso crítico, nem vergonha na cara. Acreditam em seus próprios mitos, em suas próprias lendas. Ou, ao menos, fingem muito bem acreditar.






segunda-feira, 30 de março de 2015

Sem governo

Dilma foi impichada! Por si mesma! Ela se impichou ao misturar as bolas todas, a começar na campanha, quando resolveu criticar as supostas intenções do seu opositor que, na verdade, eram as suas (dela) intenções pois já sabia que era isso o que teria que fazer.
Essa espécie de esperteza polítiqueira virou a maldição do PT. Eles sempre acusam os adversários de estarem fazendo, ou terem a intenção de fazer, exatamente o que eles querem fazer, fazem, farão, fizeram ou fariam. Assijmfoi na campanha. As imagens do marqueteiro mostravam um país devastado, caso a oposição ganhasse. Os juros e os preços aumentando, a recessão entrando nos lares e retirando até os pratos de comida das mesas.
E agora, Dilma? Como é que vai se justificar aos seus eleitores? O eleitor pode ser bobo, mas até certo ponto. Um dia, ele aprende e, quando aprende, não perdoa. O marqueteiro fez o seu trabalho, amealhou a grana e foi-se embora. Quem ficou foi a Dilma que agora não tem cara para enfrentar os seus eleitores e dizer a eles: eu os enganei!
Dilma cavou a própria ingovernabilidade com garra, com persistência. Foi destruindo uma a uma todas as possibilidades de acerto. Montou um ministério de fantoches que não agradou nem a gregos, nem a troianos. Sumiu por 60 dias, exatamente quando deveria estar na televisão explicando ao povo as medidas econômicas que seu primeiro-ministro estava adotando. Escolheu a dedo, nas fileiras do seu partido, as pessoas
mais incompetentes que pôde encontrar para fazer a coordenação política. Agora é refém do ministro Levy na área econômica e refém do PMDB na área política. Colocou-se voluntariamente na beira do abismo e agora é impossível dar um passo em qualquer direção sem cair no precipício.
Isso acontece sem ainda se completarem 3 meses de mandato! Por quanto tempo aguentará, ou melhor, por quanto tempo aguentaremos?

quarta-feira, 25 de março de 2015

Menino Vadio

Alguém ainda se lembra daquela história do menino do MEP (¹)? Era um rapaz que teria dividido a cela com o Lula e que, segundo relatos do próprio ex-presidente, testemunhado, entre outros, pelo cineasta Sílvio Tendler e pelo cientista político César Benjamim, acabou sendo assediado por ele, Lula, enquanto estiveram ambos presos. Se chegaram às vias de fato, não se sabe. O que se sabe é que o próprio Lula contou essa história, entre gargalhadas, explicando que não ficava sem mulher (²) e que portanto, depois de alguns dias ali na cela, acabou tentando resolver suas necessidades com o tal menino do MEP, que teria resistido bravamente.

Não é da minha conta, a quem Lula  faz assédio, isso é assunto privado, mas ele contou essa história a muitas pessoas e ainda disse que tentou estuprar o garoto. Aí deixa de ser assunto privado, não é minha gente?
Agora os amigos dos panos-quentes dizem que tudo foi uma piada do Lula. Se assim foi, nesse ponto Lula e Jair Bolsonaro estão quase empatados. A diferença entre o que Lula disse que teria feito e o que Bolsonaro disse que não faria de jeito nenhum é, digamos, apenas uma questão anatômica.

Relembrar essa história só é importante porque nos escancara o caráter dessa criatura. E caráter é uma coisa que não muda. O que quero dizer é que Lula sempre foi uma pessoa sem escrúpulos. Virou mito, virou santo, por artes de uma "intelligentsia" pseudo-intelectual brasileira, babona, vira-latas e, apesar de ateus, carregando um tremendo complexo de culpa cristão. Essa "intelligentsia", em um país sem história, buscava ativamente por um mito-fundador e o achou na figura "romântica" do "singelo-líder-operário-que-deu-a-volta-por-cima", um arquétipo perfeito para isso.

O episódio do menino do MEP pode ter sido mesmo apenas uma piada de mal gosto do Exu de Garanhuns, mas continua a revelar o caráter, ou melhor, a macunaímica falta de caráter desse que, um dia, quis ser o líder das massas operárias sulamericanas.

E onde falta caráter, tudo é possível. Por essa e por outras é que não devemos nos espantar quando chegar o dia em que forem encontradas as nove impressões digitais do Molusco nos documentos dos autos do petrolão. Espantoso seria se não as encontrássemos.

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(¹) O Menino do MEP, ou melhor Adolescente Sarado do MEP é o ilustre desconhecido que o presidente Lula cansado da punheta revolucionária resolver currar na cadeia-motel do delegado Romeu Tuma. (Desciclopédia)

(²) Isso é um eufemismo. Lula usou uma palavra bem mais chula, para se referir à anatomia feminina.

(³) Ver aqui o comentário do Reinaldo Azevedo sobre a versão de Sílvio Tendler.

Citações da Desciclopédia:

Faz muito tempo que Lula, o filho do Brasil tinha vindo de Garanhuns onde deixou sua saudosa cabra. Preso pela ditadura ficou sem as putas do sindicato dos metalúrgicos. Num movimento de mais puro espírito revolucionário, decidiu esbulhar a propriedade privada de seu companheiro, filiado ao MEP, grupo esquerdopata rival. Afinal, tudo pelo bem da revolução


Eu não vivo sem bufeta, companheiro

Lula sobre Menino do MEP


O que é isso, companheiro?

Menino do MEP sobre Lula


É meu décimo dedo, companheiro. Venha aqui, meu amor, vou esbulhar sua propriedade "da" privada

Lula sobre Menino do MEP


No cu dos burgueses é refresco!

Mao Tsé Tung sobre o Menino do MEP


E para encerrar, aqui vai a letra de Menino do MEP:


A música Menino do MEP é uma letra de Luiz Inácio Silva gravada por Caetano Vaidoso em homenagem aos jovens presos políticos que se acotovelavam, entre tapas e beijos, por barbudos mal encarados que, quando velhos, passaram a ganhar pensão milionária. É um crássico da MPB.


Menino do MEP
Calor que me torna Gillete
Um Chê tatuado no braço
Calção pendurado no pátio
Da prisão
Meu negócio é quente
Eu vou meter-te

Companheiro menino do MEP, agora já eftou lubrificado
Menino vadio
Sou sindicalista no cio
Sem sécho não vivo minha gente!


Menino do MEP
Eu vou te pegar seu muleque
Chezão tatuado no braço
Cofrinho aberto pro espaço

Evo Morales mostrando ao Lula como o menino se sentiu
Da prisão
Meu negócio é quente
Eu vou meter-te


Menino Vadio
Não quis troca-troca com o tio
Deu cotovelada no presidente


Já crescido, ex-menino do MEP reencontra Lula em busca de vingança.
Chaauí
Vem aqui
Tudo o que sonhares
em todos os lugares 

orifícios retangulares,

Pois quando eu te vejo é melhor que com meus 4 dedos...


segunda-feira, 23 de março de 2015

Todos sabem



Ela sabe que nós sabemos que ela sabe. Lula sabe que nós sabemos que ele sabe. O ministério Público sabe que todos sabem.
O STF sabe que eles sabem e sabe também que nós sabemos que o STF sabe. 
Como é que vai ser então? Vai ser para valer e vamos consertar essa república? Ou vamos todos fingir que ninguém sabe de nada e que nós acreditamos que durante 13 anos, Lula e Dilma, chefes de estado, do estado que é o acionista majoritário da Petrobras, foram enganados pelos diretores que nomearam a mando dos partidos, incluindo o seu próprio? Um roubo de bilhões aconteceu durante 13 anos sob suas barbas (literalmente para os dois casos) e nenhum dos dois se deu conta do que ocorria. É espantosa a ingenuidade desses dois. Um é um sindicalista calejado nas manhas e artimanhas dos sindicatos, papador de viúvas e que tais. A outra foi guerrilheira, pegou em armas, viveu clandestinamente sob diversos codinomes e ainda assim permaneceu uma garotinha ingênua e boba, sendo passada para trás, aos sessenta e tantos anos, por um bando de marmanjos espertos. Contem outra e respeitem a nossa inteligência.
Não sei como vai ser, como é que o Supremo vai se virar para pôr esses dois na cadeia, mas o certo é que isso tem que acontecer ou então acabou de vez a chance de o Brasil virar uma página negra de sua história, passar-se a limpo e começar a construir uma civilização digna do nome.
Se o cinismo vencer mais uma vez, é melhor fazer as malas, quem for cidadão de bem e pular fora.

sábado, 21 de março de 2015

Ares de março

Dilma não sabe se corre pra direita ou para esquerda. Em um momento convida um diretor do Bradesco, engenheiro naval com phD em Economia, o Sr. Joaquim Levy, para o ministério da Fazenda; em outro comparece a reunião do MST e tem de ouvir quieta o Sr. Stédile passar-lhe um pito por ter nomeado o Joaquim Levy ministro da Fazenda. Tá difícil, né?
Dilma já tem idade suficiente para saber que não se pode agradar a gregos e troianos. Há que escolher. Não vai dar para ficar pulando de um lado por outro o tempo todo e querendo colher só as benesses de cada lado. Acaba colhendo só as piores coisas dos dois.
Quando pula pra direita quer satisfazer o mercado, o grande vilão do capitalismo, na visão histórica dos trotskistas dos quais Dilma fez parte em tempos longevos. Quando pula para a esquerda quer ganhar um apoio popularesco que no passado já lhe foi suficiente, mas não é mais.
O que fazer? O povo, inclusive muitos entre os quais que ela conseguiu votos por causa do terrorismo psicológico de seu marqueteiro, está nas ruas pedindo a sua cabeça. O guru, ao qual recorria sempre, parece que, ou não está mais disposto a ajudá-la, ou também já esgotou a sua caixinha de truques. O seu partido perdeu a embocadura do discurso e está perdendo também o pique. Muitos já estão em debandada, procurando outros meios de sobrevivência política, como a Marta Suplicy que está praticamente fora do PT.
Se dentro do PT Dilma não encontra solo firme onde pisar, fora do PT então... Nem ela em toda a sua antice, acha que pode contar com  o PMDB ou qualquer outro partido da sua base ex-aliada!
É patético ver a presidente assim, mendigando apoio político aqui e ali, e tendo que se submeter a essa humilhação pública que é levar pito do Stédile!
Por quanto tempo vai aguentar essa situação? Essa é uma pergunta que fica no ar, ou melhor, nos ares de março.

sexta-feira, 20 de março de 2015

O governo Dilma acabou

Menos de 3 meses depois da posse, o segundo governo Dilma acabou. Melancolicamente. 
Ainda resta lá uma sombra. Como um zumbi, Dilma ainda segue no Planalto, morta-viva, se arrastando entre os cacos das ruínas provocadas por ela mesma e soprando aqui e ali as brasas ainda acesas depois do incêndio.
Ao curvar-se à chantagem do PMDB, denunciada como achaque pelo ex-ministro Cid Gomes (que também não é flor que se cheire, diga-se de passagem), 
Dilma decretou o próprio impeachment.
Quem governa agora é o PMDB! 
Daqui por diante, quando quiser que a zumbi faça isso ou aquilo, o caminho já está traçado. E, o melhor para eles é que quem vai continuar levando pancada é o PT!
Nem nos momentos mais delirantes o PMDB poderia sonhar uma situação como essa: governar e ser oposição ao mesmo tempo! Quem propiciou isso foram os gênios políticos do PT.
Quando se sentava no colo do PMDB, o PT pensava que poderia dominar a cena, que todos iriam "comer na sua mão" e que, aos poucos, ganharia hegemonia suficiente para engolir os aliados e reinar sozinho. Ledo engano!
É isso que dá, subestimar a inteligência dos outros. A prepotência e  a megalomania, aliada à burrice e à falta de contato com a realidade, cedo ou tarde cobra seu troco.
O PMDB é um partido "velho", constituído de profissionais da velha e da nova política. Acostumado a vergar para não ter que ceder. Consciente de que o que faz é só política comum (da boa e da ruim), não pretende ser a salvação nacional, muito menos a salvação da espécie humana! Um partido que consegue abrigar um Pedro Simon e um Sarney, um Jarbas Vasconcelos e um Renan Calheiros, sem maiores conflitos, não pode ser constituído por amadores.
O PT confiou demais na mística e enfiou o pé na jaca. Agora não tem retorno. Toda a esperteza foi por água abaixo. Saiu a esperteza de cena e ficou patente que só existia a velhacaria.
Agora resta a Dilma, para não fazer esse papel, renunciar ao governo e deixar pelo menos o ônus também nas costas do PMDB. Para quem já perdeu o comando, a renúncia traz pouca alteração. O problema continua sendo nosso, cidadãos brasileiros.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Sem noção

O PT não tem, e não quer ter, noção do que é o público e o que é privado. Agora, para espanto de quem ainda pensa no país como uma república, pode se ler no site do ministério da Comunicação   
          "As responsabilidades da comunicação oficial do governo federal e as do PT/Instituto Lula/bancada/blogueiros são distintas. As ações das páginas do governo e das forças políticas que apoiam Dilma precisam ser muito melhor coordenadas e com missões claras. É natural que o governo (este ou qualquer outro) tenha uma comunicação mais conservadora, centrada na divulgação de conteúdos e dados oficiais. A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele.
O PT se considera dono do governo, ou melhor, dono do Estado brasileiro. Não consegue distinguir, e não distingue, os interesses do partido (que são necessariamente privados) dos interesses da nação, que são públicos. Nesse documento, o ministério diz claramente que o governo tem que fornecer a munição para a "guerrilha política", que deve se travada pelos "soldados" de fora, ou seja, pelos blogueiros contratados a peso de ouro. Ou seja, o PT quer fazer uma guerilha política nas redes e contrata blogueiros mercenários para essa função, mas os paga com dinheiro público.
Diante de tamanha cara-de-pau, pergunta-se: onde anda o ministério público? Ocupado demais com a Lava Jato? Esse ministro tem que ser demitido de imediato! Usar o meu dinheiro para financiar blog sujo? Usar informações de governo em favor de uma entidade privada? 
Por essa e por outras é que cada vez mais pessoas pedem a extinção do PT. Essa organização criminosa, disfarçada de partido, perde cada vez mais o senso das coisas. É desespero, sim, mas o que é que a nação tem a ver com isso? Por que a nação ainda terá que suportar esses estertores, como se fosse a responsável pelos erros que essa organização cometeu? Deviam sair de fininho, mas a prepotência não deixa. O auto-engano não se desgruda dessa turma que sempre achou que tudo podia, que eram enviados dos deuses para redenção da humanidade, que a roda da história sempre giraria a seu favor. Não será agora que vão admitir que tudo foi uma ilusão. Para alguns, os espertos, uma ilusão bem cultivada e lucrativa. Para os demais, idiotas úteis, apenas a dura realidade, mas é isso que eles não querem enfrentar.

terça-feira, 17 de março de 2015

Direitos e Privilégios

No Brasil sempre confundimos privilégios com direitos. Tudo para nós é direito, quando na verdade, na maior parte das vezes, trata-se tão somente de privilégio.
A diferença, que parece simples, no nosso caso é borrada pela tradição de pouco apreço pela cidadania e pela democracia. O direito, que se insere na categoria dos bens democráticos, tem que ser amplo, indiscriminado, universal. Nessa categoria se inserem os direitos à vida, à escolha profissional (não ao seu exercício, que é um privilegio obtido pela formação adequada), à liberdade de expressão, o direito de ir e vir e outros.
Na categoria dos privilégios, que, por definição, não podem ser universais, pois são restritivos, discriminatórios, particulares, estão aguns legítimos e uma grande maiora de ilegítimos. 
Os privilégios, para serem legítimos, tem que ser definidos por lei e aceitos, tanto pelos que dele irão usufruir, como pelos que estarão excluídos de sua abrangência. Por exemplo, ninguém se espanta de só ter o privilégio de exercer a medicina, quem tiver tido a formação médica adequada e a aprovação por quem foi designado para tal. 
É aceito também que o Estado tenha o privilégio da força, desde que exercida nos termos da Lei. O privilégio de julgar tem que ser dado conforme as normas estabelecidas pela sociedade; o de dirigir veículos motorizados também. E assim por diante.
O privilégio é, por natureza, excludente, mas as regras para acessá-lo tem que ser válidas para todos, se o privilégio for legítimo. Qualquer pessoa que quiser ser juiz, ou policial ou médico, tem o direito de postular a função e, se satisfizer as condições para tal, não pode ser impedido de exercer esse privilégio. 
Acontece que no Brasil nos deparamos, a todo momento, com privilégios ilegítimos, espúrios, frutos da nossa histórica desorganização social. Assim, um juiz se acha no "direito" de usufruir do bem de um réu, outro se acha um deus que pode desrespeitar as regras de habilitação para dirigir. E ainda invocam a condição que os privilegia, não para respeitar ou fazer respeitar os direitos dos outros, mas exatamente para desrespeitá-los. E por aí, vamos.
Um agente público se julga no "direito" de desviar dinheiro do Erário para sua conta paticular. Um outro quer ter o "direito" de usufruir de vagas de estacionamento reservada para sua classe. O parlamentar pensa ter o "direito" de ter uma segunda moradia paga pelos cofres públicos, enquanto boa parte da população, que paga o seu salário, não tem nenhuma.  Há privilégios para todos os gostos e classes sociais. A começar pelo acesso diferenciado aos elevadores sociais e aos elevadores de serviço nos prédios de apartamentos. Alí, o privilégio e a exclusão convivem lado a lado.
Em resumo, somos um povo que ama os privilégios e detesta os direitos. É isso que afinal pavimenta o caminho daqueles espertalhões que estão sempre atentos às possibilidades de garantir para si uma fatia maior e melhor do bolo. E o resto que se dane!

domingo, 15 de março de 2015

A voz do povo

O dia de hoje vai entrar para a história do Brasil. Foi o dia em que o povo, a legítima fonte do poder, sem ser conduzido por nenhum partido, nem por nenhuma organização, foi às ruas para dizer "Chega!".
Já suportamos mais que o suficiente. Não queremos mais continuar a ser o país da impunidade, o país dos privilégios, o país do jeitinho, o país da corrupção. Sempre se disse que o brasileiro não protesta, que aceita tudo sem reagir. Não é verdade, não mais!
Não reagimos com violência, protestamos pacificamente, como é o nosso estilo, mas estamos na ruas desmentindo esse mito. Hoje o Brasil encheu as ruas de gente de camisa amarela, gente que cantou o hino nacional com alma, com o coração, e não havia jogo de futebol.
Hoje o Brasil deu uma lição de como exercer a cidadania de modo ordeiro, calmo, tranquilo e firme. Havia crianças, havia pessoas mais velhas, cadeirantes até, todos com o mesmo propósito, de dizer a esse governo espúrio que não os queremos mais lá. Que esse governo não é mais legítimo aos nossos olhos, que não nos representa, que o melhor que essa dona devia fazer, se ainda tiver um pingo de sanidade e de pariotismo, seria renunciar. Pois se ela não renunciar, vai ser tirada de lá, em um processo lento e desgastante para  a nação, mas inevitável.
Se a gana do poder for tão forte assim, se ela se agarrar às últimas possibilidades e for às últimas consequências, vai ser uma guerra, mas o povo brasileiro pode ter a certeza da vitória final. Não há força que se contraponha à força do movimento histórico quando chega a sua hora. Dona Dilma, marxista que é, devia saber disso. O rolo compressor da história passa por cima de tudo e quanto mais se resiste a ele, mais força ele adquire e mais violenta é a ruptura. Ouça o conselho da razão: saia, Dilma. Deixe o Planalto para quem seja mais competente e tenha mais vontade de fazer política. Seu tempo, que nunca devia ter começadp, já acabou. O empo de seu partido também acabou. O PT chegou ao governo, tirou a máscara e mostrou o que queria. Agora não há mais nada a dizer á nação brasileira. Tenham um pouco de decência e retirem-se da cena política. Deixem o Brasil realizar sua vocação de paz e grandeza. Ouça a voz do povo que grita a plenos pulmões: Fora Dilma! Fora PT!

sábado, 14 de março de 2015

Bolsa-protesto

O PT é um partido criativo. Depois de inventar uma classe trabalhadora, que não trabalha, e uma elite, que dá duro pra pagar os impostos que sustentam os que não trabalham, inventou também o protesto-a-favor. Aliás, uma pergunta ociosa, o que se viu nas ruas ontem é que era o Exército do Stédile? Isso é o máximo que eles conseguem por na rua, mesmo oferecendo lanchinho, dando camisetas, bonés e bandeiras, disponibilizando ônibus e pagando a bolsa-protesto de 65 reais por cabeça? Como o DNA do PT só permite o protesto - eles não sabem, ou não querem,  construir nada - fica difícil fazer outra coisa, então tem que ser criado o protesto-a-favor.
São os estertores de um partido que acaba melancolicamente enlameado até o pescoço e cujos líderes, ou estão enfiados na corrupção e tem motivos para se agarrar às últimas possibilidades de defesa, ou se recusam a enfrentar a realidade.
Houve uma época em que ainda se podia creditar às esquerdas a boa fé. Erravam, matavam, destruiam, mas tudo era "justificado" em nome da boa fé, da boa vontade, da vontade de "libertar" os mais desfavorecidos.
Agora esse discurso não cola mais. Sabemos que, por trás dessa "bondosa" fachada pseudo-socialista, o que há é um egoísmo dos mais ferrenhos e desconcertantes, o que querem é tão somente manipular as massas pobres e ignorantes para criar uma estrutura de poder e nele se instalar com todas as benesses e mordomias, que sempre atribuiram ou imaginaram ser o modus vivendi das elites.
Até o ódio, que sempre manifestaram contra o que chamam de elite, era, nada mais, nada menos, que inveja e despeito. Nos anos 60 havia um personagem de HQ que se chamava Isnogud e seu lema era: "eu quero ser califa, no lugar do califa". A chamada esquerda pode ser comparada a esse personagem. A diferença entre eles é que Isnogud nunca chegou a ser califa, coisa bem diferente que aconteceu com a esquerda brasileira, que agora tem pavor de perder o califado. Como disse o Exu de Garanhuns: "somos capazes de fazer o diabo". São mesmo!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Vamos pra rua!

Na verdade, Dilma não tem tanta culpa. Ela é o que é, nasceu assim, não pode fazer nada. A culpa maior é do Exu de Garanhuns, que inventou esse poste do nada, que sabia de sua incompetência, mas, para servir aos seus propósitos de retornar ao poder, a escolheu e impôs ao partido, pouco se lixando para as consequências nefastas ao país.
Nada me tira da cabeça que Lula escolheu a dedo essa anta, exatamente porque sabia que era uma anta. Só errou porque pensou que ela seria uma anta manipulável. O problema é que ela se revelou uma estúpida arrogante. Lula é ignorante, mas é esperto. Dilma porém é uma anta arrogante.
Ela ainda não se deu conta do tamanho do problema em que estamos todos enfiados. Estamos há apenas 2 meses e meio do início do seu mandato e ninguém aguenta mais, nem mesmo os que votaram nela. E agora? O que fazer? Será que o Exu é quem tem a resposta? Foi a ele que Dilma recorreu afobada, mais uma vez, depois de levar vaia sobre vaia dos trabalhadores de uma feira da construção civil. Que vexame! Dessa vez não dá nem para culpar a zelite.
Só Dilma ainda não entendeu que, para Lula, ela já é carta fora do baralho. Já serviu aos propósitos dele e agora é só um contrapeso, que está cada vez mais difícil de carregar. Marta Suplicy, a porta-voz do Exu, tem deixado isso bem claro em suas recentes manifestações. 
Ainda por cima, a gerentona promove o bocó do Mercadante a articulador político, o que a afasta ainda mais de Lula e piora a articulação política. Ou seja, Dilma está no mato sem cachorro. Não tem o apoio do PT porque nunca o teve; não tem mais o apoio do padim-padre-ciço, porque o padim tem outros objetivos; não tem mais o apoio do PMDB, porque o PMDB já traiu políticos muito mais hábeis, não seria dessa vez e com essa dona que iria demonstrar lealdade. Quase que quem acaba por lhe dar apoio foi, pasmem, FHC!!! Ainda bem que recuou!
O PSDB, ao invés de empurrar ladeira abaixo um governo sem credibilidade e sem sustentação, quer ainda fazer uma oposição light, de primeiro mundo, como se estivéssemos na Suécia! 
Resumo da ópera: essa dona não se sustenta por 4 anos e quanto mais tempo demorar para cair, pior para a nação. É um gesto até patriótico tirá-la de lá rapidamente. Vamos pra rua no dia 15!

domingo, 8 de março de 2015

País do faz-de-conta (Cadê o Lula na lista?)

Essa nova revelação, a de que o ministro da Justiça terá se encontrado, secretamente na Argentina, com o Procurador Geral ainda na fase da elaboração dos pedidos de investigação, é bombástica!
Em qualquer país sério, o ministro cairia de imediato e o Procurador também. Nenhum dos dois é mais confiável para prosseguir nessas funções! So vão continuar nos cargos porque estamos no Brasil um país de faz-de-conta.
O presidente do Senado acusa o executivo de ter influenciado a lista! Diz que a presidenta queria, porque queria, que o nome de Aécio estivesse na lista! Isso só não aconteceu porque não havia a mínima possibilidade de acusá-lo. Mas manteve-se o Anastasia simplesmente porque um policial corrupto disse que entregou dinheiro em uma casa (que não sabe qual, nem tem o endereço) e que a pessoa que recebeu o dinheiro era parecida com o ex-governador!
Já sabíamos que o PT é capaz de "fazer o diabo", mas dessa vez eles se superaram.

Então o Procurador quer que a gente concorde, que nesse esquema de roubalheira na Petrobras durante o governo Lula e o governo Dilma, nem Lula, nem Dilma devem ser investigados? Não há indícios? Como não, cara-pálida! Há mais que indícios! Quem afinal nomeou o Paulo Roberto Costa, quem nomeou o Renato Duque? Quem aprovou a compra de Pasadena? O ex-diretor disse que Dilma sabia, que Lula sabia! Nada disso vale? Nada é indício suficiente para se iniciar uma investigação? Mas vale a declaração de um corrupto de quinta escalão, que achou o senador Anastasia parecido com o receptador do dinheiro desviado? A troco de quê o PT, que organizou esse esquema na Petrobras, iria doar propina para um membro de um partido que lhe faz oposição? É crível?

Um sistema em que o chefe do Exectivo, que deve ser o mais vigiado, é quem nomeia os seus possíveis vigilantes, o Procurador Geral da República e os ministros do Supremo, é um sistema desenhado para não funcionar. É mais uma ficção nesse país do faz-de-conta.

sábado, 7 de março de 2015

O pacto

Só faltava essa! Dona Dilma correndo para os braços dos tucanos sacudindo um lenço branco a pedir trégua. Se isso, improvavelmente, acontecer o PSDB deveria dizer sim, com a condição que ela renuncie ao mandato e entregue o governo. Nao há outra negociação possível!
Aceitar um pacto a essa altura, depois que o barco está afundando rapidamente, seria uma traição imperdoável ao povo brasileiro, pelo menos à metade desse povo que votou contra o governo Dilma nas últimas eleições.
Quando todos se refestelavam na roubalheira, no estupro da coisa pública, nos gastos sem medida, no porto construído com o dinheiro do povo em Cuba, no perdão das dívidas das ditaduras africanas, das mais sanguinárias e atrasadas, as "elites" amigas do PT privatizavam os lucros, assim como privatizavam o Estado.
Agora, em clima de fim de festa, com alguns representantes dessas "elites" trancafiados e com a ameaça de mais tantos outros tomarem o mesmo rumo, o partido dos "trabalhadores" quer socializar os prejuízos!!! Nessa hora chamam o PSDB, o partido do qual sempre tiveram horror, partido de coxinhas, de almofadinhas, de play-boys, do príncipe dos sociólogos, para socorrê-los!
Só se o PSDB fosse absolutamente constituído de imbecis sem caráter! Não é o caso de governo de salvação nacional! A verdadeira salvação nacional começa por tirar essa organização criminosa do poder o mais rápido que for possível. Só depois disso é que se terá condições de reunir talvez as melhores cabeças e os melhores caracteres da nação em torno de um projeto de reorganização do Estado para extirpar esse mal e protegê-lo de futuros assaltos criminosos como esse, que jamais poderão se repetir.
Para isso é necessária a concorrência dos 3 Poderes, agindo em harmonia e consonância uns com os outros, para estabelecer uma agenda mínima de ações a serem imediatamente implantadas. E, a principal delas, inadiável e improtelável é mostrar à sociedade que o tempo da impunidade acabou.  É preciso julgar severamente e aplicar penas exemplares a esses bandidos que se travestiram de agentes públicos e aos que com eles se uniram, para assaltar os cofres da nação. Não seremos nós, cidadãos expoliados, que iremos pagar o pacto.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Tsunami

Os americanos tem uma expressão - "monkey business"- para designar uma atitude ou atividade que só pode dar em trapalhada ou em algo ilegal. É como se alguém pusesse um macaco para gerir os negócios de uma grande empresa.
Por mais ativo que o macaco seja, pegando dois ou três telefones ao mesmo tempo, pulando da cadeira para a mesa e vice-versa, balançando-se no lustre da sala, os negócios irão de mal a pior. A moral da história é que atividade e barulho não substitui inteligência e capacidade.
Dona Dilma parece exatamente a gerente de um grande, desencontrado, absurdo e tragicômico "monkey business" no governo. Não acredito que seja possível tanta ruindade de propósito. Em algum momento, por mais que o caráter dessa gente tenha se deteriorado pelos anos de lavagem cerebral esquerdopata, em algum momento, ela deve fazer alguma coisa com boa intenção. O problema é que de boa intenção o inferno está cheio, como diz o ditado.
Boa intenção apenas, se é que existe, não substitui competência, capacidade de entender os problemas, qualidade de planejamento, enfim, aquilo que se convencionou chamar de inteligência gerencial.
É claro que para exercer o papel de chefe de Estado, só isso não basta, há que ter outra qualidades além dessa. Tem que ter tato político, capacidade de negociação, humildade para perceber as próprias limitações, mas antes de tudo tem que ter essa capacidade de gerir ou, não a tendo, de saber cercar-se de gente capaz. Lula tem essa habilidade, ou melhor dizendo, essa esperteza. Ele sabe quando não sabe e se cerca de gente que sabe fazer e ainda sai com os louros.
Mas Dilma é burra até a medula dos ossos. Não é capaz de perceber nem mesmo o tamanho da própria burrice. E com seu tato elefantino só se cerca de gente ainda pior do que ela. Se as consequências disso não nos atingissem poderia ser até cômico. Mas como nos atingem em cheio e não temos sequer a opção de nos livrar dela rapidamente, temos que ficar sentados a ver o tsunami se aproximando da praia. Sabemos que vai nos atingir, mas não temos para onde correr.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Tira a mão do meu bolso, Levy!

Vivemos uma situação "sui generis" até mesmo para os padrões desta Republiqueta bananeira. Temos dois presidentes ao mesmo tempo. É mais ou menos como o Vaticano, que tem dois Papas. A diferença é que aqui o presidente emérito é o que mais atua.
Pois, na semana passada, Lula esteve em Brasília reunido com membros do PMBD em jantar na casa de Renan Calheiros e saiu-se com essa: disse que "ajudará Dilma a corrigir os rumos para sair da crise política e econômica".

Que falta que faz um espelho! Será que Lula não se enxerga? Ele não é nada no âmbito institucional e nem mesmo, pelo que se sabe, a Dilma está pedindo a sua ajuda! E quais são os conhecimentos de economia da sumidade Lula da Silva para ajudar o país (o país, não o governo!) a sair da crise econômica?!

Nunca vivemos um transe como esse. Estamos em uma situação dramática e não temos lideranças mais expressivas que esse Exu desencarnado. A oposição, ao invés de apontar a saída, o impeachment, fica quieta e acovardada, deixando mais uma vez, o espaço para manobras do governo que, aos poucos, vai traçando os planos para livrar a cara de todo mundo. Mais ou menos como foi no mensalão. O cheiro de pizza já está no ar.
A tal lista do Janot não sai. Se sair, vem muito menor do que se esperava e não indicia ninguém, mas apenas pede mais investigações... "secretas"!

Enquanto isso, outro doidivanas sai como  um louco taxando a tudo e a todos para zerar o deficit, ou seja, para nós todos pagarmos as contas do descalabro e da roubalheira. Esse Joaquim Levy parece que endoidou também. Deve ser a convivência!
Aumenta o custo da folha de salário nas empresas, quando já temos recessão e desemprego. Quer aumentar mais os impostos, em uma economia que já está abrindo o bico por conta da carga tributária. Assim não dá, Levy!
É certo que o país precisa de um ajuste, já que a dona Dilma gastou sem controle e sem método, mas que tal começar por enxugar as despesas, eliminando os penduricalhos, as desonerações seletivas, os presentes para os amigos, o roubo do Erário, antes de meter a mão no nosso bolso? Enxugue dinheiro do BNDES, por exemplo. Faça o mesmo BNDES receber das empresas do Eike, da Odebrecht, da OAS, etc. os empréstimos camaradas a juros de pai para filho. Limpe a sujeira e arrume a casa, e só depois venha falar conosco. Quem garante que esse dinheiro a mais, que o governo quer tomar de quem trabalha e produz, não vai ser jogado fora, mais uma vez, fazendo porto em Cuba e perdoando as dívidas dos ditadores africanos. Quem garante?
Antes de ter essa garantia, é imoral que o governo peça à sociedade para pagar mais. Tira a mão daí, Levy!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cala a boca, Dilma!

É uma característica de políticos de qualquer parte do mundo quererem diminuir o tamanho dos problemas, especialmente quando esses problemas foram causados por eles. Em geral, desconversam  e tentam arranjar desculpas mais ou menos aceitáveis para as situações ou os casos em realção aos quais não se sentem confortáveis. Mas dona Dilma passa da conta. As respostas que ela dá quando questionada sobre os problemas de seu governo são ofensivas à nossa inteligência.
Agora em Feira de Santana saiu com a afirmação de que o rebaixamento da Petrobras é devido ao desconhecimento por parte da agência de classificação. PelamordeDeus!  
Informação correta e conhecimento são as ferramentas de trabalho dessas agências! Quem não sabe de nada do que se passa na Petrobras é a presidenta e seu guru de nove dedos, pelo menos é o que afirmam. Ele e ela são os que aprovaram a compra de Pasadena porque não sabiam que era um mau negócio. Ou sabiam?  Se ela sabe mais que a agência Moody's talvez esteja disposta a fazer também um acordo de delação premiada e nos contar tudo! Conta, Dilma, conta!
Não satisfeita com essa baboseira toda a presidente soltou mais uma. Disse que o governo não elevou o preço do diesel: "O que fizemos foi recompor a Cide. E não elevamos uma vírgula o preço dos combustíveis e nem abaixamos. Quando a parte dura da crise começou, nós baixamos a Cide para poder ter um enfrentamento da crise. Agora nós achamos que é hora de voltar com a Cide."
Aquilo que os caminhoneiros estão tendo que pagar nos postos de gasolina não é aumento. É uma miragem, uma ilusão, afinal foi a Cide que se recompôs. É muita cara de pau!
E para arrematar o besteirol, ela, que dizia na campanha que não havia inflação, atribuiu agora a culpa da inflação à seca! 
Diante de tudo isso que nós brasileiros estamos passando e ainda vamos passar no decorrer desse ano, dona Dilma poderia ter um pouco mais de respeito e ficar ao menos calada, ao invés de nos ofender chamando-nos de idiotas.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O choro é livre!

Eles atacam de todos os lados. Os advogados dos empreiteiros presos na Polícia Federal reunem-se com o ministro da Justiça, que lhes faz a promessa de que o processo vai "se embolar no meio de campo". Tentam achar uma nesga de possibilidade de criticar o juiz Sérgio Moro. Se pudessem já lhe teriam arrancado o processo das mãos.
Agora veiculam na imprensa a choradeira de que as condições carcerárias são péssimas.
Realmente! Para esses empreiteiros acostumados a lidar com bilhões, ao luxo de hotéis 5 ou 6 estrelas, jatinhos particulares, casas cinematográficas, e "otras cositas" espetaculares, para eles, repito, dormir em uma cela de prisão, dividindo o espaço com mais dois, lavar as proprias cuecas e meias, usar uma latrina comum, fazer a limpeza da própria cela, tudo isso deve ser um tipo de antecipação do inferno.
Há gente penalizada, mas eu penso que em primeiro lugar eles estão usufruindo de condições palacianas em comparação com as dos detentos da maior parte dos presídios brasileiros. Como a Constituição diz que todos são iguais perante a Lei...Em segundo lugar, poderiam aproveitar tudo isso para fazer uma reflexão, uma reavaliação de sua própria vida e de seus valores. Terá valido a pena? O que acumularam de dinheiro desviado da nação, de seus compatriotas, e que será, na sua maior parte, usufruido por outras pessoas, terá lhes trazido alguma felicidade duradoura? O ego tantas vezes adulado e bafejado pelos puxa-sacos de plantão, agora se defronta com a dura realidade de que afinal eles também não passam de homens comuns, simples mortais, que tem as mesmas necessidades básicas, de comer, defecar, dormir, amar e ser amado. Em quê , afinal, se diferenciam ou são superiores a todos os demais brasileiros a quem lesaram?
Agora sentem falta da família, com a qual não conviviam por não terem tempo, por terem que correr atrás do deus-dinheiro desprezando tudo e a todos? Agora sentem que não fizeram amigos pela vida afora, mas se cercaram apenas gente interesseira e interessada apenas no seu dinheiro e no seu poder? Pois ainda há tempo. Há tempo de refletirem, confessarem os erros, devolverem à nação o que retiraram dela indevidamente e nos dizerem os nomes dos demais que ainda estão ocultos, os mentores e os chefes dessa imensa organização criminosa. Ainda é tempo, mas será que o usarão para isso? Dificilmente! Aqui é que cabe aquela afirmação atribuida a Cristo: "É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha...". Fora isso, o choro é livre!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Tudo misturado

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, encontra-se secretamente com advogado de acusado na Operação Lava Jato. Isso é uma imoralidade em qualquer lugar do mundo.
O ministério da Justiça não é um departamento do PT ou da empreiteira UTC. Não cabe a quem está ministro da Justiça atuar na defesa de quem quer que seja. O que o minsitro tem que fazer é cumprir a lei e fazê-la ser cumprida. O Sr. Cardozo deveria respeitar a instituição da qual é temporariamente o titular.
Mas desde que o PT chegou ao poder borraram-se definitivamente o limites entre o que é público e o que é privado, entre o que é ético e o que é imoral, entre partido político e organização criminosa. Está tudo misturado. E, como acontece na natureza, se você mistura um copo de fezes em um balde de água pura, já não há mais água pura.
O ex-ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, pede a cabeça de Cardozo. Á voz do ex-ministro deveriam se juntar as vozes dos demais brasileiros que estão ansiosos por ver o país livre dessa praga que nos está levando ao abismo.
Se dona Dilma ainda mantém um mínimo de respeito à dignidade do cargo que ocupa, deveria pedir ao ministro para sair.  Pedir não, exigir.

Os acusados, obviamente, tem o direito de defesa, mas esse direito não é um vale-tudo. Ele também está submetido a regras. E tem que ser exercido dentro dos limites do poder judiciário. A atuação de advogados fora dessa esfera é aética e imoral e deveria ser coibida por entidades como a OAB.
Afinal, por que um advogado de um acusado iria se reunir com um ministro da Justiça, se, teoricamente, o ministro não lhe pode oferecer nada?
Teoricamente! Mas no Brasil tudo é possível. Ninguém se espanta com nada. Já antes dessa figura inexpressiva que é o sr. Cardozo, seu antecessor, o "God" Márcio Thomaz Bastos, também atuava muito além das esferas de atribuição de sua função, e como defensor de bandidos. Mas esse pelo menos já se foi para o quinto dos infernos e de lá não está ajudando muito a "galera".
Resta a nós, povo brasileiro, o protesto público e a esperança que dona Dilma, já abandonada pelo seu guru, tenha entretanto o bom senso de fechar mais um flanco que se abre em seu governo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Contagem regressiva

Estamos em contagem regressiva. Não falta muito para que a bomba exploda no Planalto e adjacências, pipocando também em S. Bernardo. O homem-bomba do petrolão, ex-chefe do clube dos empreiteiros, resolveu falar e quer fazer acordo de delação premiada. Se disser tudo o que sabe não sobrará pedra sobre pedra. Dirceu, Palocci, Lula e Dilma, junto com mais uma cambada de políticos criminosos, estarão irremediavelmente expostos como participantes, mentores e beneficiários do maior roubo da história da humanidade. Nunca antes neste pais, nem neste mundo, houve um esquema criminoso como esse.
Isso é caso para mais de 100 anos de cadeia. Tivéssemos nós leis menos tolerantes e esses senhores passariam o resto de suas pouco edificantes vidas como hóspedes involuntários do Estado.
Mas não há só uma testemunha ocular dos crimes, são várias. E todas dizendo a mesma coisa. Os depoimentos se entrelaçam e se confirmam uns aos outros. Não há possibilidade de dúvidas, nem espaço para chicanas. A desfaçatez com que esses meliantes, na época do mensalão, enfrentavam o Supremo, quando ainda não havia evidências avassaladoras como essas, quando ainda não havia delatores, agora se reduz a pó. Quero ver um Kakay querer tripudiar no Supremo, já que um Thomaz Bastos não veremos, a não ser que psicografe um libelo a favor do Lula e do Zé.
Já não era hora de tudo ser postos em pratos limpos? O país não aguenta mais. É preciso urgentemente que se restaure um mínimo de respeito pela coisa pública.
Como disse, felizmente, parece que já estamos em contagem regressiva para virar de vez essa página da nossa história e retomarmos o caminho da prosperidade a que temos direito. Acredito que tenhamos todos aprendido a lição.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Pesquisas

O Datafolha publica que a popularidade de Dilma caiu para 23%! Que tenha caído depois da eleição é claro que caiu, ou então o povo brasileiro teria passado do limite da estupidez a que tem direito.
O que duvido é que antes da eleição tenha sido de 43%, como chegou a ser divulgado. Com todos aqueles problemas já se acumulando,  a inflação já corroendo salários, protestos nas ruas, não era de se acreditar que a Anta do Planalto conseguisse manter aquela popularidade toda.
O que a pesquisa atual demonstra é que a tal popularidade que já vinha caindo, caiu ainda mais.
Isso é muito mais lógico e compreensivel que a presidente ter 42% de ótimo em Dezembro e menos de dois meses depois ter 23%. Não nos esqueçamos que o governo Dilma não começou em janeiro de 2015. Começou em janeiro de 2011! Já era um governo velho e carcomido nas eleições passadas, mas as tais pesquisas ainda insistiam em apontar uma popularidade tão maquiada quanto os números das contas públicas.
Sem que ninguém entendesse como, e com uma falta de transparência nunca vista em eleições desde a redemocratização, foi reeleita no final de Outubro.
Não dava para mudar tudo de uma hora para a outra, não é? Para não perder de vez a credibilidade os institutos teriam preparado uma "transição" dos altos índices para os atuais, pergunto-me? Não sei a resposta, mas os números indicam que pelo menos agora, os resultados das pesquisas se aproximam da realidade. Pena que tenham demorado tanto e a dona já esteja eleita!


De Folha online:

"A presidente da República recebe o pior golpe, com uma inversão total nas opiniões sobre seu governo.Em dezembro passado, Dilma tinha 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo. Agora, marca respectivamente 23% e 44%.São as piores marcas de seu governo e a mais baixa avaliação de um presidente da República..."










sábado, 7 de fevereiro de 2015

Última Cartada

Dona Dilma não acerta uma, nem para variar um pouco. Agora conseguiu fazer o que parecia ser impossível: piorar ainda mais a situação da Petrobras.
Ao escolher para presidir a Petrobras, em uma crise dessas, un nome sem credibilidade e já envolvido em uma história mal-contada de empréstimo ilegal a uma "socialite" a presidenta demonstra mais uma vez que não tem preparo algum para ocupar o cargo que ocupa. Não entende o tamanho do problema, não sabe como resolvê-lo e se julga a mais competente das gestoras, como é típico dessa corja ignorante que se acha a maior maravilha, a começar do próprio lider mor, o Exu de Garanhuns.
No fundo, são todos uns reles corruptos que, por um golpe do destino, tiveram a chave dos cofres nas mãos e se lambuzaram de tanto roubar. Não é uma questão ideológica. Ninguém está interessado na administração pública, ninguém está interessado em promover o desenvolvimento do país, ninguém quer melhores condições para o povo brasileiro. O que querem é só a chave do cofre. E não serem pegos.
Até agora, tiveram sucesso nas duas coisas. Mesmo tendo sido pegos, o país não dispõe de instituições para pô-los na cadeia, sem que passem por um interminável processo, que, em nome de uma suposta plena defesa, permite a protelação de decisões até a impunidade.
Ninguém poderá dizer, por exemplo, que os Estados Unidos, ou a França, ou a Alemanha, não disponibilizem aos seus cidadaõs do direito à plena defesa, mas lá os processos não se arrastam por décadas e o Estado é ressarcido do que lhe foi roubado.
A péssima escolha de dona Dilma para a Petrobras só faz provocar mais incerteza, mais insegurança e mais interrogações sobre o futuro dessa ex-grande empresa. Existe porém uma outra explicação, essa talvez mais lógica: é que antes de mais nada dona Dilma, o PT e seu líder máximo necessitam de um dique, uma contenção, um escudo, contra o surgimento de informações que poderiam levá-los às barras dos tribunais mais cedo do que fatalmente irão.
Como a esperança é a última que morre, talvez, dona Dilma esteja jogando sua última cartada, sua derradeira tentativa de estancar o processo por aí.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

No Way

Nas páginas policiais dos jornais, ficamos sabendo que o apelido carinhoso do Renato Duque, o homem do Zé Dirceu na Petrobras, é My Way. Uma graça! (sem trocadilho).
Esse My Way é a chave final desse processo. Ele é quem faz ligação entre o petrolão e Lula, o magnifico, via o onipresente Zé. Por isso, My Way não fala, não abre a boca, prefere tomar alguns anos de cadeia a entregar seus chefes. Ou isso é uma bruta lealdade, ou é medo mesmo. Fico com a segunda hipótese. Há coisas a perder mais que a liberdade, a vida por exemplo. My Way conta ainda com a possibilidade de ficar preso uns 3 ou 4 anos e depois conseguir a tal progressão da pena, ou seja, puro e simples livramento, disfarçado de prisão domiciliar e outros nomes pomposos e politicamente corretos que o Brasil adora adotar.
Pois bem, enquanto isso, prossegue o drama da ex-maior empresa brasileira. Ninguém quer assumir a presidência, claro! E dona Dilma, que não tem consciência do tamanho do problema, acha que com dois telefonemas vai encontrar um capacho babando de vontade de se enfiar nesse espinheiro. A troco de quê? Do salário de presidente de estatal? Do prestígio do cargo?
A Petrobras encontra-se num beco sem saída. Tem uma dívida enorme, maior que o seu patrimônio, a credibilidade destruída, um balanço que ningém vai auditar e pergunta-se, quem será o doido de assinar? 
Nesse cenário, a demissão da Graça Foster não ajuda em nada. De qualquer jeito seria ruim. Se ficasse, o sinal para o mercado seria de negligência da presidenta. Saindo, o problema da presidenta é achar um substituto.
Na verdade, para recuperar a Petrobras e sua credibilidade é necessário mais que a saída da diretoria e do Conselho. É necessária a saída da presidenta e seu partido do palácio do planalto. Não há outro jeito. No Way.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Tres poderes

Quer dizer que o Sr. Renan Calheiros ganhou mais uma vez e vai presidir de novo o Senado brasileiro. Merecemos! Somos um povo de péssima memória, um povo mole, que não cobra seus direitos, que se contenta com uma cerveja e um churrasco na laje no fim de semana.
Esse senhor já havia renunciado a esse mesmo cargo. Ainda que sabendo que os motivos dessa renúncia tenham sido os mais excusos, o ato da renúncia, em si, passa a mensagem de que o seu ator não estava a aguentar a responsabilidade do cargo, que não tinha capacidade de levar adiante o compromisso assumido com o povo nas urnas. Entretanto esse mesmo povo, traído em sua confiança, deposita novamente a sua boa fé no biltre... que por manhas e artimanhas do mundinho sujo dos bastidores da política se reelege para o cargo mais alto de um dos poderes da República.
Agora estamos bem! Está uma harmonia perfeita!
Dilma na frente do poder Executivo, Renan no Legislativo e Lewandowski no Judiciário. Os 3 poderes da República refletem hoje a credibilidade do Brasil. O que podemos esperar?
Na época do impeachment do Collor eu pensava que aquele era o ponto mais baixo a que poderíamos ter chegado na política. Grande engano! Agora nem ouso fazer prognósticos para o futuro. Pode ser que ainda piore mais e não sei o que acontecerá com esse país, caso as coisas ainda possam ficar mais sujas e mais rasteiras do que já estão. 
Não estou vendo também uma saída institucional para isso. Para o poder executivo sempre existe a possibilidade de um impeachment, mas como resolver o problema dos outros dois poderes? Como evitar a degeneração do poder legislativo e do judiciário? Não há mecanismos institucionais não traumáticos para isso.
Por hipótese, se muitos membros do Congresso estiverem metidos na roubalheira da Petrobras e forem condenados, nem mesmo a sua cassação está garantida e, ainda que cassados, nada garante que seus suplentes sejam de melhor qualidade. O mesmo vale para o poder judiciário. Se os ministros indicados por Lula e Dilma, que daqui a  pouco serão 100% da corte, se revelarem corruptos ou parciais, como a nação poderá se livrar deles? Por qual mecanismo?
São perguntas que ficam sem resposta e as respostas que podemos imaginar não são nada animadoras.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Petrobras quebrada

Quebraram a Petrobras! O petismo quebrou a empresa-símbolo do Brasil! Só por isso, esse partido deveria ser proscrito da atividade política. 
Aquela que já foi considerada a mais eficiente das empresas públicas, geradora de caixa, suporte financeiro das contas públicas, desenvolvedora de tecnologia nacional, está quebrada pela organização criminosa, com nome de partido político, que nela se aboletou e nela instalou seus vampiros, seus sanguessugas, que tanto fizeram até tirar dessa empresa o que ela já teve de melhor e mais importante: o orgulho!
Não foi só dinheiro que o petismo e seus amigos roubaram. Eles roubaram sobretudo a honra e a credibilidade da empresa e de seus funcionários. Vão se passar anos até que a imagem da Petrobras volte a ser o que era, se é que voltará um dia.
É uma ironia da vida perceber que aqueles que, com suas bandeiras vermelhas, berravam nos megafones, nas portas das refinarias ou na sede da empresa, o grito de ordem "o petróleo é nosso", tenham sido realmente aqueles que transformaram o slogan em realidade, só para eles.
O petróleo tem sido deles, exclusivamente. E, em qualquer país sério, já estariam trancafiados a dona Dilma e o ex-presidente, o Exu de Garanhuns. O que mais será preciso para convencer a sociedade e a Justiça de que esses meliantes, fantasiados de políticos, são os grandes responsáveis por essa roubalheira toda. Se não, qual será então a responsabilidade de um presidente da República, de um ministro de Estado ou de um presidente de Conselho de estatal? Se eles não tem, entre suas principais atribuições, proteger o patrimônio público, então não precisamos deles. Tudo isso parece um pesadelo sem fim que cada vez mais fica pior. 
E pode ser que ainda não tenhamos visto nem a metade do monstro. Quando se fizer uma investigação séria nas relações promíscuas do BNDES, da Eletrobras, do banco do Brasil e da "Nossa" Caixa pode se apostar que as cobras e os lagartos que daí saltarão terão o mesmo tamanho desse de agora.
E o nosso povo segue bovinamente apático, como sempre, aguentando as consequências de todos os desmandos sem oferecer a menor resistência. Até quando, Catilina?

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O grande risco

Estive em Auschwitz. Impossível descrever a sensação de estar dentro de um local que era uma fábrica de matar seres humanos. A começar da ironia em seu portão de entrada, onde está escrito: "Arbeit macht frei", o trabalho liberta.
O mais intrigante para um visitante como eu, sem história pessoal ligada ao Holocausto, é tentar entender como uma sociedade sofisticada e culta, como a alemã, se permitiu regredir a essa barbárie selvagem não aceitável nem mesmo entre os povos mais primitivos.
A consciência de que o nazismo aconteceu no seio da Europa nos leva a duvidar dessa pretensa civilização que achamos que temos. O desencanto acabou com o idealismo burguês do século XIX e início do século XX. Não à toa, desembocamos na sociedade pós-moderna com seu cinismo, sua descrença e sua depressão. O homem "civilizado", que já não acreditava em Deus, passou a não acreditar em si mesmo.
O escritor Uwe Timm, em seu excelente livro "À sombra do meu irmão", compartilha conosco dessa perplexidade. A pergunta-constatação que se faz é que se nem a cultura, nem a erudição, nem as artes, nada pôde deter o avanço da barbárie, como é que estaremos a salvo no futuro? O que seria um antídoto suficientemente seguro contra o renascimento da selvageria humana?
Há tentativas de explicações para o nazismo que falam de uma situação de humilhação dos alemães, de problemas econômicos graves, de penúria, de falta de perspectiva. Mas não se pode aceitar isso como razão suficiente para essa regressão.
O temor permanente é que a chamada civilização, como diz Jung, seja apenas um verniz sobre uma camada selvagem e brutal que pode irromper a qualquer momento, sob a mínima pressão externa. Estudos modernos sobre o comportamento dos nossos parentes próximos, os chipanzés, reforçam essa idéia. O homem é um mamífero extremamente violento. O canibalismo, o assassinato de filhotes, a disputa das fêmeas sob o tacão brutal do macho dominante, tudo isso é encontrado também entre esses "primos". 
Se é assim, precisamos de medidas de contenção eficazes, e que não dependam da vontade do governante de plantão. A começar pela extinção dos focos violentos onde quer que surjam.
Do mesmo modo que não de pode, nem se deve, aceitar o desenvolvimento de sociedades neo-nazistas em nosso meio, não podemos aceitar a existência de organizações como o Estado Islâmico. O ocidente tem que se mobilizar e apoiar as ações que visem a contenção dessas ideologias fanáticas e regressivas, onde quer que se encontrem. Todo esforço ainda será pouco. Isso é mais urgente que salvar o planeta de uma suposta catástrofe ambiental.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Santa Dilma das Bondades

Depois de privatizar o Estado, o governo petista agora está terceirizando o governo. 
Quem foi eleita foi a Dilma das Bondades. A Dilma, que não iria mexer nos direitos trabalhistas, que não ia aumentar nem os juros, nem os impostos, que iria investir na educação, que garantiria a manutenção do preço da energia elétrica, que isso, que aquilo, não é a mesma que chefia o atual governo.
Quem está governando não é a mesma pessoa. Quem governa é a Rainha Má, a Dilma das Maldades, aquela que provavelmente, tal como a Marilena Chauí, tem ódio da classe média.
Pois é em cima da classe média que ela está descascando o pau. Depois de dificultar a obtenção do seguro-desemprego, agora se recusa a corrigir a tabela do imposto de renda, em um cenário de inflação oficial de 6,7% crescente e inflação real de mais de 15% e já começando a ficar fora do controle. E quem é que paga imposto de renda nesse país como pessoa física, recolhido na fonte, sem possibilidade de choro ou de vela? Se não é a classe média assalariada, eu não sei quem mais poderia ser: talvez os banqueiros, os políticos? Parece piada de mau gosto. Exatamente quando o desemprego começa a aumentar, a Rainha Má, depois de dar boas gargalhadas no seu palácio, vai visitar o cupincha Evo Morales na posse do terceiro mandato (essa gente não larga o osso jamais!).

O governo parece que foi repartido entre diversos terceirizados: a Economia, nas mãos do neoliberal Joaquim Levy; a Política, nas mãos e no bigode do Mercadante; a Cultura nos lábios e na lábia do Pablo Capilé, quero dizer Juca Ferreira. E por aí vamos. Como na atual administração pública brasileira ninguém sabe de nada, ninguém vê nada, tanto faz, como tanto fez.  Quem estiver lá não vai saber de nada mesmo. Depois, joga-se a responsabilidade nas costas de uma conjuntura internacional adversa qualquer, mente-se mais um pouco para o povo ignorante e estaremos daqui a  pouco repetindo o gesto de Evo Morales, dando o terceiro mandato ao Exu de Garanhuns. Merecemos!




domingo, 18 de janeiro de 2015

Passou da conta

Em economia não dá para enganar por muito tempo. É uma questão matemática. A equação tem que fechar. Mas dona Dilma parece acreditar em suas próprias fantasias. Ou ela pensa que a realidade obedecerá à sua vontade. Simples assim. Só que que a realidade não está nem aí para o pensamento capenga dessa senhora. Por isso quem votou nela estranhou a guinada "neoliberal". Mas não é nada disso. Não há guinada alguma. Dilma busca apenas algum fôlego e ainda não compreendeu que o buraco em que elas nos colocou não se resolverá só restabelecendo a "credibilidade" do mercado. Maquiagens e contabilidades criativas não serão mais suficientes para esconder que a bomba está armada e pronta para estourar ainda em 2015, com consequências que se estenderão por muitos anos.
Senão, vejamos: um ministro do Tribunal de Contas, relator das contas da Dilma de 2013, informa que as contas são um descalabro total. As contas públicas escondem um rombo de 2,3 trilhões de reais!!! Vou repetir: 2,3 TRILHÕES!!!
Sabem o que é esse valor? Representa a metade do PIB brasileiro! Ou seja, o governo está tentando esconder da nação que operou com um deficit equivalente à metade do PIB do país em 2013! Que gastou tudo o que se produziu de riqueza no país em um ano e ainda ficou devendo a metade do ano seguinte. E por enquanto não se fala de 2014, ano em que se gastou muito mais, com a Copa e com as eleições.
O TCU, cumprindo a sua função, enviou as contas ao Congresso propondo a sua rejeição, mas o Congresso simplesmente não as examinou até agora. O Sr. Renan Calheiros está sentado em cima da papelada e não as leva à apreciação das casas legislativas. Com isso as contas não são rejeitadas (por que não tem mesmo como ser aprovadas!)  e dona Dilma não sofre um processo de impeachment for irresponsabilidade fiscal. Simples assim. Basta não examinar, não ver.
Aliás, o mesmo ministro informa que nenhuma das contas dos governos Lula e Dilma foram até hoje examinadas e votadas pelo Congresso! Ou seja, para quê serve um Congresso que não cumpre sua principal função, que é a de fiscalizar o governo? Pois agora não dá mais. O rombo foi grande demais para continuar escondido ou maquiado. Vamos ter que enfrentar essa realidade, gostemos ou não, queiramos ou não, tenhamos votado na Anta ou não. E já sabemos quem será o alvo preferencial no qual vai cair o encargo de pagar essa conta. Não serão os bancos, nem as empreiteiras.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Evangelho segundo Marta

Nem Marta Suplício agüentou o PT. Claramente de saída do partido que ajudou a fundar, apesar de ainda não ter formalizado a decisão,  Marta, que não é fácil, sai atirando.
Marta tem seus motivos pessoais para brigar com o partido, mas parece que está comprando uma briga maior, a briga de Lula contra Dilma. 
A gerentona decidiu que dessa vez o governo é dela e mandou o Exu de Garanhuns desencarnar. Chega de tomar pancada pelo governo dos "outros". A desencarnação se deu, simbolicamente, com a saída de Gilberto Carvalho do palácio do Planalto. Mas, ao abrir mão da tutela de Lula, Dilma teve que adotar Mercadante para manter a ligação com o partido.
Aloísio Mercadante sempre foi uma sombra para Lula e, com sua propensão para trapalhadas, facilmente foi alijado pelo "comandante" todas as vezes em que o interesse da cúpula Lula-Dirceu falou mais alto.
Agora Mercadante, assim como Dilma, vislumbraram uma oportunidade e se uniram contra o "campo majoritário".
Lula é um deus, segundo Marta, e ela está sendo o seu profeta nesse momento. Isso quer dizer que Lula mudou de estratégia. Dilma o tirou fora do governo, mas Lula, como bom cabrito, não berra, prefere atuar por outros meios. E já está atuando pela voz de Marta Suplicy, a sempre fiel escudeira, que sai atirando a bel prazer em seus dois principais desafetos: Dilma e Mercadante, que acontece serem também, no momento, desafetos do Exu.
Marta sai do PT por fidelidade a Lula. Assombroso!? Ou isso já seria uma estratégia lulística para 2018? Se o partido não lhe der espaço, ou seja, se Mercadante forçar a candidatura própria, Lula já terá as quatro patas no PMBD!!!

domingo, 11 de janeiro de 2015

Charlie sou eu

O que é que nós ocidentais tememos? Por que todas as vezes em que um terrorista destroi vidas humanas, umas das primeiras coisas que a gente ouve, da imprensa, ou de representantes da Academia, é a afirmação de que o Islã é uma religião pacífica?

Nós, ocidentais, intelectuais principalmente, sofremos de um complexo de culpa muito bem trabalhado pelos Hamas, Hezbollahs e outros grupos terroristas. Politicamente correto, o relativismo cultural adotado no Ocidente tende a aceitar qualquer manifestação primitiva, por mais absurda que seja, como expressão cultural legítima, enquanto qualquer crítica que se possa fazer contra esses absurdos é taxada como preconceito ou, usando um termo mais atual, "fobia".
As infibulações(*) e as demais mutilações genitais praticadas sob pretexto religioso são ignoradas no Ocidente. Os casamentos forçados de jovens de 9 ou 10 anos no Oriente Médio, idem.

Entretanto, basta um ataque terrorista como esse contra a revista "Charlie Hebdo", que todo mundo, mesmo condenando o ataque, o que não poderia deixar de ser, começa a elogiar as qualidades civilizatórias e pacifistas do Islã!!! Todos ficam temerosos do surgimento de uma suposta islamofobia.

Quem tem que cuidar para que não exista uma islamofobia são os muçulmanos! São eles que têm que demonstrar que sua religião é praticada por gente civilizada. São eles que têm que mostrar ao ocidente que as mulheres são respeitadas, que usufruem de direitos iguais aos do homem, que não há subjugação feminina, que as escolas são acessíveis a todas, que há liberdade religiosa e direito de livre expressão em seus países, que os direitos humanos são observados em sua inteireza. São esses muçulmanos pacíficos, evoluídos, civilizados, que têm que desfazer essa imagem negativa que os terroristas teimam em construir.

Não cabe ao ocidente, quando vítima de ataques, ainda exercer o papel de contemporizador compreensivo. A xenofobia na França crescerá é certo, mas não é isso que certos grupos muçulmanos querem?  Eles não estão clamando pelo confronto?
Há um ditado francês que diz: "qui cherche, trouve", quem procura, acha.

Mesmo assim, povo francês hoje, deu uma demonstração de civilidade e foi às ruas dizer que o terrorismo não conseguirá calar uma civilização cuja base é o direito de expressão. O lema da França começa pela palavra Liberdade, pois só com ela, pode existir a Igualdade e a Fraternidade.

Nota: (*) Infibulação: oclusão dos grandes lábios da vagina por meio de um anel ou sutura para impedir o coito ou a masturbação. (Dicionário Aurélio)

sábado, 10 de janeiro de 2015

Embolando o meio-de-campo

A estratégia de defesa dos corruptos foi sempre a de tentar "embolar o meio-de-campo". Todas as vezes em que petistas e seus aliados foram pegos com a mão na massa, a primeira coisa que gritam é "os tucanos também fazem assim", ou "todo mundo faz assim", como se isso fosse realmente uma justificativa aceitável para os seus (deles) crimes. O mensalão mineiro foi por diversas vezes invocado com esse pretexto.

É óbvio que, se tucanos ou membros de qualquer partido de oposição se envolverem com o desvio de dinheiro público, devem ser investigados, julgados e condenados tanto quanto todos os demais. O caso do ex-senador demóstenes Torres é um exemplo de como as coisas devem ser feitas. É óbvio, mas é preciso repetir o óbvio nesses tempos confusos em que os valores tem sido repetidamente invertidos e deturpados.

O caso recente, porém, da acusação ao senador Anastasia de ter recebido 1 milhão de reais do doleiro Youssef, me parece algo bem diferente. Posso até estar enganado, mas não acredito nessa história porque, além de não ter pé nem cabeça, visa atingir uma pessoa que, além de ser um aliado do líder da oposição, tem transitado pela vida pública com a maior elegância, responsabilidade, senso do dever, inteligência e comportamento exemplar.

O objetivo claro é tentar atingir a Oposição, tentar atingir Aécio por via indireta. Implicar Anastasia com a roubalheira da Petrobras seria o sonho de consumo do petismo, essa organização criminosa, se fosse ao menos verosímil. Mas não é.
Por que cargas d'água a organização criminosa, que elaborou e pôs em prática o sistema de sangria da Petrobras, iria incluir entre os beneficiários do esquema um membro de um partido adversário, um membro do único partido de oposição que tem condições reais de destituir o petismo do poder?

Já fizeram tentativas semelhantes, quando a Anta do Planalto comandou a elaboração de um dossiê falso contra a Dona Ruth Cardoso. O caso dos aloprados foi outra tentativa de falsamente envolver a oposição, nesse caso, José Serra e sua filha. A máquina de moer reputações continua intacta no coração dessa organização criminosa, que deveria ser banida da vida pública brasileira. Ele não respeitam as pessoas, principalmente aquelas cuja vida, valores e atitudes são o oposto desse lamaçal rasteiro que o petismo pensa ser a atividade política.

O Senador Anastasia tem uma história de vida ilibada, feita com seriedade e senso do dever. Com sua capacidade gerencial, já demonstrada no governo de Minas, poderia estar ocupando qualquer cargo de relevo em diretoria de qualquer grande empresa. Bom seria para o país se tivéssemos mais homens públicos como ele. Com certeza a política teria outra cara e o país também.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A Mãe do PAC

Uma das estrelas do PAC - lembram-se?.. .aquilo que um dia foi chamado de Programa de Aceleração do Crescimento- era a transposição do rio S.Francisco.
Essa transposição, junto com o pré-sal, o trem-bala e os 800 aeroportos, seriam as obras máximas do lulo-petismo dilmista. Hoje ninguém fala mais nisso. 

A transposição do S.Francisco que iria, segundo o discurso oficial,  resolver de vez a seca do nordeste, são águas passadas, que além de não moverem moinhos, também não matam a sede. O que realmente interessava, os gastos exorbitantes dos contratos bilionários com as empreiteiras, já foi realizado e embolsado, portanto, não há mais muita coisa a se extrair dessa obra. Pula-se para a próxima...

A coisa pública tem sido conduzida no Brasil com tal descaso e o povo está tão acostumado com isso, que nem sequer causa espanto saber que o mesmo rio, cujas águas seriam transpostas para, supostamente, solucionar o problema da sede de milhares de pessoas, é o rio que está morrendo, sem socorro nem atenção oficiais. Ao contrário. Do total do valor orçado para a revitalização do S. Francisco, só foram aplicados 55% no ano de 2014. Esse valor representa menos da metade do que foi aplicado em 2013.

O órgão responsável, subordinado ao ministério da (des)Integração, é uma tal de Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S. Francisco e Parnaíba). O nome pretende ser pomposo, mas consegue ser apenas esdrúxulo e terceriomundista; e a prática é sempre a mesma porcaria. Esses órgãos, essas autarquias,  consomem a maior parte do próprio orçamento com a manutenção de si mesmos. Ou seja, só existem para perpetuar a sua própria existência e, claro, funcionar como cabides de emprego dos apaniguados políticos. E quem paga essa conta somos os otários do lado de cá, que não reclamam.

Pois bem, fica uma pergunta que não quer calar: se o rio S.Francisco está em tal estado de penúria que necessita ser revitalizado, como poderia esse mesmo rio ser o manancial que abasteceria um sistema de irrigação projetado para uma área maior que a França, Espanha e Alemanha juntas?
Alguma coisa está errada. Ou o projeto de transposição não deveria ter existido por falta de condições do rio doador e, nesse caso a revitalização seria mais que necessária, ou o projeto de transposição está correto e o rio S.Francisco não necessita de revitalização.

O resultado final é que não há nem uma coisa nem outra; nem existe a tal transposição, cantada em verso e prosa enquanto interessava, nem existe a revitalização de um rio absolutamente imprescindível para o país. 
Dizem os semitas que o diabo é o pai da mentira. E a mãe, digo eu, deve ser a mesma que pariu o PAC.




sábado, 3 de janeiro de 2015

Velho Ano Novo

Nunca antes nesse país um governo começou tão desgastado quanto esse. Já nasceu com cara de velho e, como não é nenhum Benjamin Button, não rejuvenescerá com o passar do tempo.
Para nós, cidadãos, só resta esperar que os próximos 4 anos passem depressa ou que, no meio do caminho, a Anta tropece em si mesma, ou nos "malfeitos" dos seus comparsas, e acabe sofrendo um "impeachment", processo desgastante e paralisante para um país que precisa urgentemente crescer e pôr a casa em ordem.
Mas, devido à escolha dos nossos compatriotas, não há muito mais o que fazer, a não ser lamentar que dona Dilma nada tenha aprendido nesses últimos anos. Sua insistência no mais-do-mesmo é estarrecedora. Deve-se concluir que essa insistência em agir do modo mais errado possível, não pode ser fruto de só teimosia. Tudo indica que é fruto de uma incapacidade de entender o problema, de compreender o contexto. É uma incapacidade cognitiva, ou seja, em bom vernáculo, é burrice mesmo!
Esse diagnóstico é ainda pior que o outro. Fosse só por teimosia, presunção, prepotência, estaríamos seguros que, na hora em que chegasse próximo ao abismo, recuaria. Sendo por burrice, não há de ver o abismo, nem compreender que se der mais um passo à frente nos lançará no caos.
O ministério montado já no antecipa o que está por vir. Dona Dilma conseguiu o milagre de desagradar a gregos e troianos. Está sendo criticada à esquerda e à direita. E não por causa de suas eventuais qualidades, mas por causa de seus defeitos mesmo.
Essa mulher jamais, jamais, repito, deveria ter enfiado a faixa presidencial pelo pescoço. Ela não tem competência para gerir coisa alguma, muito menos, para conduzir uma nação complexa como a nossa em pleno século XXI.
Basta fazer a pergunta: você votaria nela para ser síndica do seu prédio? Por aí pode se perceber o tamanho da encrenca em que nos enfiamos. E, não nos esqueçamps, a culpa disso tudo é do Exu de Garanhuns, aquela entidade que quer se reencarnar em 2018.

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