segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Jecas Tatus

Luis Felipe Pondé publica hoje um artigo excelente para a reflexão. Começa pela afirmação de que "todo mundo sabe que riqueza material não é apenas riqueza material". 
Essa proposição, tão pouco falada, é uma verdade incontestável; a riqueza material por si só pode não produzir riqueza moral ou cultural, mas é condição necessária e suficiente para que essas outras riquezas sejam produzidas. Como esperar altos padrões morais ou culturais onde se tem que lutar contra a fome, a doença e a desesperança? Não há sofisma que mude esse fato, por mais argumentos que estrebuche a esquerda "chic" da Academia.
Pondé nos lembra que o capitalismo, com seus valores liberais de igualdade perante a lei, democracia e liberdade econômica de empreender (em outras palavras, uma sociedade de mercado) é  a organização social e política que permite essa prosperidade, que não tem nada de egoísta ou individualista como querem fazer crer os seus detratores.
O Capitalismo na teoria é egoísta, mas na prática distribui riqueza; o Comunismo, na teoria é altruísta, mas na prática distribui miséria. Foi o que se viu até hoje na "realpolitik". O resto é bla-blá-blá.
A questão é puramente lógica. Onde não há riqueza não há o que distribuir. A sociedade brasileira tem que crescer, tem que se tornar adulta e assumir as rédeas de seu destino. Tem que parar de choramingar feito criança querendo milagres de cima para baixo, querendo que o Estado lhe dê uma teta para mamar. 
Ou trabalhamos para construir uma sociedade rica ou ficaremos, como Jecas-Tatus, sentados à beira do caminho e vendo desfilar diante de nós o progresso e a riqueza dos outros. Não há milagre. É só uma questão de decisão e trabalho.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Dois (bilhões) pra lá, dois pra cá.

São tantos bilhões pra lá, bilhões pra cá, que fica até difícil concluir: afinal há ou não há dinheiro? 
Num dia, Dilma libera 2 bilhões para os gastos eleitoreiros das emendas parlamentares, prometendo liberar mais 4 em setembro, mas há poucos dias tinha mandado cortar 10 bilhões no orçamento da União. Uma hora diz que a eliminação dos ministérios inúteis não vai trazer nenhuma economia, na outra obriga as forças armadas a reduzir um dia de trabalho por semana nas suas atividades, para economizar no café, no transporte e em outras miudezas. Será que as forças armadas gastam, só nesses itens, mais que os 25 ministérios inúteis gastam com pessoal e instalações, além, claro, do café, do transporte e outras miudezas? É uma pergunta que Eliane Cantanhêde faz hoje, na Folha e que fica no ar. 
Afinal, existe algum órgão na administração pública capaz de fazer essas contas e responder a essa pergunta? Se fosse em uma empresa privada, obviamente, as contas já teriam sido feitas. Mas, como se trata da coisa pública e, no Brasil, coisa pública significa coisa sem dono, a pergunta continuará sem resposta, como tantas outras.
É assim que o país vem sendo administrado. Sem método, sem avaliações, sem prestação de contas, sem critérios, aliás, o critério é um só, a lógica da reeleição. 
Tudo, absolutamente tudo, inclusive, o futuro da nação é sacrificado em nome da manutenção de um partido, uma facção, no poder.

Torra-se o nosso dinheiro em projetos mirabolantes que acabam em nada, como a transposição do S. Francisco, a ferrovia de integração oeste-leste (FIOL), do centro-oeste ao litoral da Bahia, que não avança porque uma estatal não consegue assentar os trilhos, parques eólicos no Nordeste, que não funcionam por falta de linhas de transmissão! E o governo ainda insiste em querer implantar o trem-bala (*), que melhor seria chamado de trem-"bola", pois é isso o que se procura: uma "bola", ou "bolada", para os políticos, especialmente em ano eleitoral.


(*) O trem-bala terá um custo de 33 bilhões, estimado pelo governo; ou 55 bilhões estimado pelos interessados)

domingo, 28 de julho de 2013

Dilma, a que foi presidenta, sem nunca ter sido

A presidenta Dilma acabou de renunciar. Ao admitir que Lula jamais deixou de ser o presidente a cumprir agora um ilegal e ilegítimo terceiro mandato, Dilma escancarou ao país a verdade nua e crua: ela cumpre apenas o papel que lhe foi designado, é uma testa-de-ferro e pronto. E está entronizada no Planalto apenas para ajudar Lula a "contornar" a lei.

Portanto, toda aquela balela de primeira mulher na presidência, etc., foi apenas uma brincadeira - de mal gosto, diga-se -  pois Lula jamais deixou o cargo. Aliás, para ele essa situação ficou até melhor, pois, livre da maçada do dia-a-dia da administração, pode dirigir como quis os cordões de sua marionete por trás dos bastidores, expondo-a a todos os riscos e evitando as críticas diretamente a si e, ao mesmo tempo, preservando-se para dar o bote posteriormente em 2014.

Plano bem articulado, que não contava porém com o imponderável da silva, como dizia Nelson Rodrigues. E o imponderável surgiu sob a forma da doença, da qual Lula diz que já se livrou, mas que os boatos insistem em dizer que não. Pouco importa porém. O fato é que agora ninguém pode negar que Dilma Vana Roussef jamais foi a presidente, ou presidenta como queira. É por isso que ela corre para o regaço de seu chefe e mentor todas as vezes que tem que enfrentar uma crise ou uma situação mais difícil. Dilma não tem autonomia para tomar decisões.
Vive-se no país uma situação esdrúxula. A presidência da República é ocupada por um fantoche (ou fantocha) e quem realmente  manda fica inimputável, uma vez que não tem a responsabilidade legal sobre suas próprias decisões.
Se fossemos um país sério, uma declaração como esta daria início imediatamente a um processo de impeachment. 
Imaginem, nos Estados Unidos, a Hillary sendo eleita presidente, depois de 2 anos, vir a público declarar que quem continua a exercer a presidência é o Barack Obama. Imaginaram?
Dá para pensar que no dia seguinte tanto a mídia quanto o Congresso e os cidadãos seguissem em frente como se nada tivesse acontecido?
Ainda falta muita caminhada para que possamos vir a ser uma República e para que a noção de cidadania seja parte integrante da nossa identidade.
Enquanto isso, ficam as figuras públicas fazendo esse triste papel, do qual só não se envergonham porque não tem vergonha na cara mesmo e porque não conseguem nem avaliar o ridículo a que se expõem.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

A seita de Dilma

Dilma não entende nada de religião. Apesar de ter estudado no Colégio Sion, deve ter cabulado as aulas para ficar arrumando o seu álbum de figurinhas de Karl Marx e Engels. Não entende nada de religião nenhuma.
OK, isso nada tem a ver com a sua atuação política, ou tem? É obvio que não tem nada a ver; ela pode crer em qualquer religião ou em nenhuma. O que não precisava era fingir, não deveria fingir. 
Isso pega mal. Isso reforça a imagem de que os políticos mentem o tempo todo. Jamais sabemos o que eles verdadeiramente pensam, ou querem, ou são.
Vivemos uma crise de representatividade. O povo se ressente de que aqueles que são eleitos para as funções públicas não os representam. Uma das principais causas dessa falta de representatividade deriva exatamente dessa questão. Quem é essa pessoa que foi conduzida a um cargo público? Que interesses, ou vontades, ela representa?
Por exemplo, suponhamos que Dilma fosse católica apostólica romana praticante. Poderia ela ser favorável ao aborto sem entrar em flagrante contradição com a sua fé? Quem votou nela, sabendo de sua opção religiosa, contaria com a hipótese de ela defender ou atacar a legislação referente a essa matéria?
Mas, não. Dilma não nos diz nada sobre sua fé ou a falta dela (ambos perfeitamente legítimos, repita-se) e, pior, só manda sinais contraditórios. Vai a Aparecida e se persigna do lado contrário. Consultada sobre sua devoção, diz que é  fã (leia-se, devota) de Nossa Senhora, "essa deusa" que simboliza a mulher! 
Tendo a resposta esmiuçada (por pura "sacanagem" da repórter, é claro!),  ainda esclarece que " não é devota de N.S.de Lourdes, ou de Fátima, ou Aparecida. Ela é devota de N.Senhora de Forma Geral".
Agora diante do Papa, volta a nos brindar com um show de malabarismo esotérico mentiroso. Como disse Reynaldo Rocha em excelente artigo publicado por Augusto Nunes(versão integral aqui) : Senti vergonha. Sempre sinto. Dilma confundiu fé com seita, e recepção a um líder religioso com palanque. Ela continua a ver-nos  como uma imensa massa que deve, antes de qualquer outro valor, venerar os bezerros (e novilhas) de ouro. Fez da doce figura de Francisco uma plataforma de ódio. De pedidos de votos. De vergonha."
Como presidente de uma nação plural, Dilma não tinha que se posicionar religiosamente naquele momento. Deveria apenas ter mantido o devido decoro com o cargo que ocupa e respeito à figura do Papa, sem pender para nenhum viés religioso. E muito menos fazer proselitismo para a sua seita política particular.
É isso que dá ter como consultor religioso o Sr. Gilberto de Carvalho.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Preconceitos de unhas afiadas

Agora que as atenções já se desviaram do caso Rosemary e os protestos de rua amainaram, o Desencarnado resolveu abrir de novo o "falador" e vem despejar mais dejetos nos nossos ouvidos com aquela voz de coruja empalhada e agourenta.
Mais uma vez ele ameaça! Vai colocar as unhas de fora novamente, como se algum dia, as tivesse recolhido. Em primeiro lugar confessa que a Dilma não é a Dilma. A Dilma é ele. Ela apenas empresta o corpo, quem atua é o esprítio obsessor que não se afasta dela nem a poder de exorcismo. Como disse: "Eu acho que a gente tem que dizer que a Dilma não é nada mais do que uma extensão da gente lá". Mais claro é impossível! Ouviram petralhas? Ouviu base aliada? Nem tentem se rebelar porque quem manda é ele!
Depois volta a bater na velha tecla de que todo mundo tem que concordar com ele e seu partido, senão ... é preconceito! Ou seja, não pode haver oposição no país, nem mesmo essa mínima oposição que se agacha de medo perante o PT. Quem for oposição à Dilma é preconceituoso!
Contra ela porque é mulher e contra ele porque ele é nordestino, ex-pobre, ex-operário, ex-sindicalista. Não importa se muitos dos que hoje o criticam (quando seu partido ainda é o todo-poderoso), o apoiavam quando ainda não tinha chegado ao poder. Ou seja, antes eles não eram preconceituosos, agora são. O inverso também vale. Sarney, Maluf, Renan e tropa antes eram preconceituosos. Depois que aderiam ao lulismo, ou melhor, depois que o lulismo aderiu a eles, deixaram de ser.
Como Lula não conhece a língua portuguesa, fica difícil explicar a ele que preconceito é um conceito formado ANTES, formado sem se conhecer o objeto. Depois que se conhece só pode ser conceito mesmo.
Eu mesmo tinha um preconceito sobre o Lula, tanto que votei nele. Pensava que ele e seu partido representariam uma mudança para melhor no país. Pensava que resgatariam a ética na política. Os fatos revelaram o quanto errado era o meu preconceito. E hoje o conceito que faço dele não dá nem para escrever aqui sem perder a elegância.

domingo, 21 de julho de 2013

Bode expiatório

A grande falácia orquestrada pelo governo Dilma e repetida à exaustão pelos militantes é que a solução para os problemas da saúde no Brasil está na mão dos médicos.
Quando os protestos bateram forte nos gastos exorbitantes com a Copa e o compararam com a situação dos hospitais, exigindo o padrão-Fifa para a saúde, a saída que o governo encontrou foi "concordar" com as ruas e procurar um "culpado". Esse culpado, obviamente, não é o próprio governo, nem essa classe política indigente que temos no país. Eles não são nunca culpados de nada. 
Sendo a questão da saúde um ponto sensível para o povo,  onde as ações e omissões dos governos ficam mais rapidamente expostas e dão manchetes na mídia,  foi nessa área que os marqueteiros aconselharam o governo a jogar suas cartas. 
Aí ficou fácil. Quando se fala em saúde, o símbolo arquetípico que imediatamente surge nas mentes é a figura do médico, aquele ser meio místico, poderoso, que detém um conhecimento iniciático, capaz de curar doenças, sanar as dores, ou até piorá-las,  salvar vidas, ou deixar que elas se percam. O médico, nas sociedades primitivas, equivale-se ao curandeiro, ao feiticeiro e ao sacerdote. É ele quem faz a comunicação com as forças espirituais da vida e da morte.
Aproveitando-se do fato de que esse arquétipo, mesmo que inconsciente, continua presente nas sociedades ditas modernas, se o tratamento da saúde das pessoas não está bom, a quem seria mais fácil atribuir a culpa?
Não se leva em consideração que ações de sáude pública são complexas, exigem investimento de curto, médio e longo prazo, exigem planejamento, mudanças de paradigmas e até mudanças culturais (lembremo-nos da guerra da vacina). Não se leva em conta que essas ações exigem um trabalho cordenado de governos em todos os níveis e que somente o Estado tem condições de leva isso a cabo. 
Mas, não. Fica muito fácil eleger a figura de branco como o responsável pelo estado de calamidade que se encontra a saúde no país, apesar de até recentemente o Lula ter dito que a saúde no Brasil estava próxima da perfeição
Todo mundo sabe que faltam médicos no país, porque, dependendo de qual seja o nosso ideal de atendimento realmente faltam. Na Alemanha o padrão é de 3,3 médicos por mil habitantes, nos EUA é 2,4, no Japão é de 2,0. No Brasil, atualmente, é 1,9. Não estamos tão longe assim.
Todos sabemos que a presença dos médicos está concentrada nos grandes centros urbanos do Sudeste. Não só de médicos, mas também de profissionais de qualquer outra área. A pergunta que cabe aqui é: por quê ocorre esse fenômeno? Por que os profissionais de nível superior de qualquer área não migram para os grotões e preferem se concentrar nas grandes cidades?
A resposta que vale patra os médicos, vale também para os enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas, advogados, contadores, economistas, professores, engenheiros, etc., etc.
O que não se diz, o que se omite por má-fé,  é que a causa principal da ausência de assistência à saúde na maior parte dos grotões brasileiros se deve à incúria do próprio Estado, quer no nível federal, estadual e municipal.

Os médicos contratados pelas prefeituras, pelos "maravilhosos salários" que apregoam, são diuturnamente desrespeitados, não tem vínculo empregatício, não tem direito a FGTS, seus contratos são burlados, recebem pagamentos com atraso ou às vezes nem os recebem. Os postos de saúde capengam sem recursos, estão inflados de parentes e correligionários dos políticos locais, que são os que mandam no posto.
Não há possibilidade de fazer um simples raio-x, um examo de laboratório demora semanas. E mesmo que o médico esteja presente, mesmo que consiga diagnosticar só com o exame clínico, colocando até a sua reputação em risco, como tratar o paciente sem a mínima infra-estrutura?

E não se precisa ir aos grotões da amazõnia ou do nordeste para ver isso. Em qualquer estado do sudeste, basta entrar nos hospitais públicos que se vê o aglomerado de pessoas sendo atendidas em macas nos corredores. 

Isso já foi dito à exaustão. Não é necessário repetir. Mas o governo insiste que a solução está na mão dos médicos e coloca a sociedade contra toda a classe ao divulgar meias-verdades. Isso é terrorismo. Isso é vandalismo. A sociedade tem que repelir mais essa mentira porque somente quando a verdade ficar escancarada cruamente é que teremos dado o passo inicial em direção à solução dos nossos problemas. 


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Lula ensina aos gringos

Lula trocou os discursos inflamados da carroceria do caminhão pela tribuna do "The New York Times". Aliás, trocou não. Ele agora "escreve" no maior jornal da terra do Tio Sam sem descer dos caminhões. Não deixa de ser surreal. 
Diante do maior fenômeno de manifestação política no Brasil, o sindicalista, que sempre pegou carona ou liderou todos os protestos desde o fim da ditadura militar, não teve nada a dizer ao seu povo, ao povo do qual ele foi presidente até recentemente (e ainda continua através de sua gerenta), ao povo que lhe deu uma popularidade histórica mesmo no final de mandato. Pois a esse povo ele não teve nada a dizer e foi se esconder na África.
Mas tem a dizer aos americanos e aos demais louros de olhos azuis responsáveis, segundo ele, pela crise que o mundo vem atravessando. Professoralmente, Lula revela ao mundo que a causa das crises políticas em toda parte é porque "a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica". 
Lula poderia ter sido um pouco mais magnânimo com a inteligência dos seus leitores, daquém e dalém mar, e explicado melhor, por exemplo, o que seria uma política digital..! Não seria o caso, pelo que se sabe, de os deputados, senadores, ministros de Estado, assessores, secretárias, chefes de gabinete, passarem a usar tablets, smartphones, notebooks, etc. Todos usam esses "gadgets" e mais alguma coisa. Seria então o caso de ensinar-lhes a usar planilhas de excell e powerpoint para fazerem as suas apresentações nas campanhas eleitorais e nas discussões dentro do Parlamento, não para votarem o que o povo quer, mas para convencer o povo a querer o que eles querem votar. Nesse caso, Dilma terá perdido uma bela chance de dar o grande salto digital da sua política, quando quis nos convencer a aceitarmos uma Constituinte, um plebiscito e a importação de médicos meia-boca, como a solução milagrosa para um problema imenso de incompetência, negligência, incúria, prevaricação, roubalheira e má-fé. Tivesse ela migrado para a tal "politica digital" não ficaria falando sozinha, segundo se pode deduzir do texto do "genial articulista" do The New York Times.
Outro ensinamento que se colhe da aula-magna lulista é que o PT precisa se renovar. Verdade? Será que ainda dá tempo? Lula deve saber, pois é o dono do partido desde que o partido existe e nada fez até agora para que esse partido se renovasse, abandonasse as práticas de corrupção, as alianças espúrias e voltasse a ser aquilo que fingia ou pretendia ser há 20 anos. Lula teve essa chance em 2005, quando disse ter sido traído e que não sabia de nada. Naquele momento, ele teria no mínimo o crédito do benefício da dúvida. Mas o que fez de lá para cá? Confabulou contra o Supremo, tentou aliciar pelo menos um dos ministros que o denunciou de público, negou fatos, escondeu-se e calou-se todas as vezes em que sua palavra poderia ter sido esclarecedora.
Algum dia, a tolerância da mídia e do povo iam se acabar, como parece que agora acabaram. A Lula, só resta falar para os gringos.




segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mentira no "estado da arte"

Não são os únicos a fazê-lo, mas o marxismo-estalinismo elevou à condição de arte a capacidade de reescrever a história e manipular o passado. Mudam os fatos e as fotos a seu bel prazer, fazendo com que a mentira oficial se enquadre dentro da moldura fictícia que querem impingir aos povos guiados (ou teleguiados, como se dizia na época da guerra fria).
Como os "fatos" que nos apresentam não encontram suporte firme na realidade, uma mentira tem que se escorar na outra para que não desabe tudo como um castelo de cartas.
É por isso que fica tão difícil fazer um trabalho fiel de reconstituição histórica onde imperou o marxismo. Sabe -se que tudo é possível e quase nada é verdade. Quem matou Trotski? Por quê? Como? Não faltam suposições. Stálin já estava morto há quantos dias quando a notícia foi levada a público? terá sido assassinado, submetido à eutanásia, ou morreu de morte natural? Qual foi a produção de alimentos na Uniâo Soviética durante os anos 30 e 40? Quantos ucranianos afinal morreram de fome para gerar superavit de comida para o exército vermelho? Ninguém sabe, ninguém viu. Os historiadores terão que deduzir tudo por outros camnhos, por comparações e analogias.
Outra característica dos marxistas é que eles são bons alunos. Aprendem a não questionar o que lhes vem de cima, a aceitar tudo que sai da boca e da mente do "mestre" como verdade absoluta, dogma intocável, decisão infalível. Com mestres desse quilate e alunos com essa pré-disposição teremos o sistema educacional "perfeito". Perfeito para a lavagem cerebral.
Esse sistema "educacional" está sendo implantado aqui nos assentamentos e acampamentos do MST. Vários desses alunos são mandados a Cuba para fazer os seus estudos de grau superior.  Entre esses, encontram-se os brasileiros vivendo e "estudando" medicina na ilha às custas do governo brasileiro, às custas dos importos que eu, você e os demais cidadãos pagamos. Mas como são selecionados esses "estudantes"? Bem, os critérios não são muito claros, dependem das bençãos dos dirigentes tanto do MST quanto do PT, que afinal são os que decidem quem vai e quem fica. Já podemos imaginar os critérios de seleção, não?
Alguém pode argumentar: mas todos os alunos das universidades federais e estaduais tem os estudos bancados com dinheiro público. Há porém algumas diferenças fundamentais. O sistema de seleção para as universidades brasileiras ainda é baseado no mérito e no desempenho  escolar. Pode ser que a vontade do PT seja mudar isso também, como já está tentando fazê-lo com a imposição do sistema de cotas "raciais e sociais". Mas ainda vivemos sob um regime em que o mérito é o fator oficial principal da seleção. Não é o caso dos beneficiados do MST que vão para Cuba.
O que o governo quer desses futuros "médicos" é a capacidade de fazer proselitismo político. Quer formar cabos eleitorais e disseminá-los por todos os rincões, por todas as grotas, para se apoderar das mentes e da vontade política do nosso povo mais simples.
Afinal, quem não irá procurar o médico do seu grotão no caso de qualquer doença ou afecção que o acometa? E esse "médico" conhecedor da vida, da intimidade e das escolhas políticas do seu paciente, receptor de sua confiança,  terá mais ou menos vontade de ajudar e meios para solucionar o problema, mandando, se for o caso, o paciente para centros maiores onde, outros colegas o atenderão melhor, se isso for de interesse político.
Tudo isso é ótimo do ponto de vista isolado de um paciente, cujo tio ou irmão seja um chefete político aliado do PT, e que terá conseguido uma carona em avião da FAB para ser atendido em um hospital de S.Luís ou de Belém. Repito, tudo isso é ótimo do ponto de vista pessoal, mas será justo e correto do ponto de vista humano e do ponto de vista ético? A compra de um melhor tratamento (que é direito de todos) em troca de  votos no PT e em seus indicados é um retrocesso aos piores tempos da República Velha. Configura-se um mensalão muitas vezes pior do que esse que vimos ser julgado há pouco. É um golpe fatal à democracia representativa, cujos erros criticamos, mas cuja existência não queremos ver substituída por ditadura de espécie alguma. O PT não é imediatista, o PT sabe esperar pela hora mais oportuna para o golpe. Mas o PT também não fica parado, vai sempre trabalhando para implantar seu projeto político escabroso, aliando-se a quem quer que seja, apertando todas as mãos e dando e recebendo todos os beijos e abraços, além de cheques é claro, que ninguém é de ferro!

domingo, 14 de julho de 2013

Medicina meia-boca

Embora as pessoas pensem o contrário, os médicos são uma classe desunida! Cada um, no seu corre-corre diuturno, não tem tempo, nem disposição para se organizar, discutir os problemas da profissão e procurar encaminhar soluções. O médico é um solitário que não sabe fazer outra coisa que não seja cuidar dos outros, buscar a saúde dos seus pacientes a despeito do sacrifício da própria, e lutar pela vida, a luta mais inglória, pois ao fim e ao cabo seremos todos derrotados.
Quem é leigo, não se espante, isso não é uma racionalização romântica, isso é a mais pura verdade na grande maioria dos casos. Há médicos ruins, sim, como em toda classe, que desprezam a ética, que só pensam no enriquecimento pessoal, mas isso não é a regra. Ao contrário, é a exceção das exceções. Quase ninguém procura uma profissão na área de saúde, se já não for um humanista, se já não estiver disposto a sacrificar boa parte de sua vida pessoal, se já não sentir o apelo do coração. 
Se fosse pelo dinheiro, há profissões muito melhores para se ficar rico, sem os enormes sacrifícios exigidos pela medicina. Qualquer boçal que se disponha a ir a um "big brother" da vida, vai ganhar em uma temporada o que um médico não ganha em 10 anos de profissão. E quem é admitido em uma faculdade de Medicina, com certeza seria admitido em qualquer outra faculdade se quisesse. Por quê, então,  optar pela medicina? Os meus amigos médicos talvez não tenham resposta para essa pergunta. Não sabem porque fizeram essa opção. Só sabem que não poderiam ter optado por outra coisa.
Eu tenho a resposta para eles: optaram pela medicina, meus caros, porque não foram vocês que a escolheram como profissão, foi ela que os escolheu. Vocês não tiveram opção e por isso trilham esse caminho onde se deparam com a dor, cara a cara, todos os dias, quase sem receber reconhecimento pelo que fazem e que, depois de doze ou quatorze horas de trabalho estafante, extenuante e cheio de estresse, estarão lá, no dia seguinte estendendo mais uma vez a mão e dando alívio a um outro ser humano que sofre.
Não quero ser piegas, mas o que retrato acima é a mais pura verdade. E os médicos não estão querendo reconhecimento não, querem apenas que os deixem trabalhar em paz. Por isso é revoltante ver como esse governo mentiroso e enganador, escolheu a classe dos médicos para descarregar nela a frustração do povo. O médico passou a  ser o vilão e o culpado pelo fracasso do sistema de saúde socialista do PT. Está na hora de a classe médica perceber que se ficar confinada aos consultórios e hospitais, se deixar de vir a público expor a verdade do seu dia-a-dia e  de exigir politicamente a melhoria das suas condições de trabalho, essa classe vai perder o pouco de dignidade que ainda lhe resta. E o povo perderá pouco a pouco os bons profissionais da saúde, por desilusão e cansaço.
O governo já está "fazendo a sua parte" querendo nivelar por baixo. Querem admitir médicos meia-boca, para cuidar de uma população que eles consideram obviamente também meia-boca. Médicos de segunda classe para cidadãos de segunda classe.

E o povo é preciso que pense: cuidar da saúde é um dever e um direito fundamental, mas quem tem que provê-lo não é o médico, é o Estado.
E os planos de saúde podem ser até um paliativo, mas não são a solução a longo prazo. É preciso mudar a nossa cultura. Alguém, que está disposto a pagar 400 reais num salão de beleza, dá pinote se tiver que pagar 250 reais numa consulta médica?
Isso é uma total inversão de valores. Assim, não iremos muito longe como nação.














quinta-feira, 11 de julho de 2013

Vamos brincar de cabra-cega

Que vergonha de governicho! O que torna o governo da Dilma o pior de todos da República é que ela sequer se dá conta da péssima qualidade de sua gestão. Toda crítíca que recebe, credita à oposição que "quer derrubá-la". Assumiu a tese do golpismo. A diferença entre ela e seu mentor é que ele, ao menos, quando fala em golpismo, sabe que isso é uma balela, mas ela a usa para tergiversar.
Dilma, quando diz que as críticas são criações da oposição "anti-democrática que quer derrubá-la", parece acreditar nisso. Consequentemente não é capaz de analisá-las, ver qual é o fundo de verdade embutido nelas e procurar uma correção de rumo. Não. Escolhe um ou dois seguidores "leais" (nos quais acredita cegamente) para lhe dar conselhos, abaixa a cabeça e segue desembestada, fazendo aqui, desfazendo ali, sem qualquer preocupação com uma linha diretriz, um plano, um raciocínio de causa e efeito. O objetivo é um e um só, reeleger-se em 2014. Nada mais importa.
Eu estaria pouco me lixando para esses erros políticos se esses mesmos erros não estivessem compromentendo o nosso presente e o nosso futuro. Aí não dá! Como consequência desse destrambelhamento teremos mais uma década perdida. Perdemos a década de 80 por causa da hiperinflação, agora vamos perder mais uma, por causa do autoritarismo burro da presidenta.
Ela adora tirar soluções mágicas da cartola, sem consultar ninguém, nem mesmo os seus aliados mais próximos. E quer, porque quer, impô-las ao Congresso e à sociedade.
Custava ter chamado as associações de classe, as entidades que representam os setores da Saúde, para propor-lhes a confecção de um plano de recuperação da saúde pública no Brasil? Preferiu editar uma medida provisória (como isso fosse necessário) para não discutir nada com ninguém. É aceitar ou largar! Isso é tudo que ela conhece de negociação? Um problema complexo dessa natureza, envolvendo várias camadas profissionais, inclusive da Educação pois mexe no currículo escolar, envolvendo a definição de políticas públicas de longo prazo, dinheiro público em investimentos a fundo perdido, logística, equipamentos, o posicionamento da indústria farmacêutica, etc., ela quer resolvido com um decreto, de cima para baixo. 
Assim também foi com sua proposta de reforma política por meio de uma Constituinte, que virou plebiscito, que virou poeira. Deu com os burros n'água porque não conversou com mais ninguém a não ser com o seu marqueteiro João Santana, o ministro-que-se-esconde-debaixo-de-sua-saia-para-não-ser-indiciado, Fernando Pimentel e o queridinho do momento, Aloísio Mercadante. Se o objetivo é não fazer nada mesmo e jogar o problema no colo do Congresso, até que ela está agindo certo. O mal disso tudo é que o custo das brincadeiras inconsequentes, como sempre, cairá nas nossas costas.

sábado, 6 de julho de 2013

Barba e bigode

Guerrilheiras, todo mundo sabe, adoram uma barba e um bigode. 
Deve ser - como direi? - coisa de infância, complexo de Édipo mal resolvido, pai ausente, sei lá, Freud explica. Depois de vivenciarem a carência pela ausência/indiferença do amor paterno passam a buscá-lo em outro objeto, projetando a figura do pai no barbudo mais próximo. Ainda mais se esse barbudo também empunhar um trabuco fumegante, símbolo da luta armada. Freud mais uma vez explica.
Continuando na linha psicanalítica, desde Freud sabe-se que as nossas decisões nem sempre são racionais. Na  maioria das vezes são ditadas principalmente pelo emocional e por outras razões que permanecem inconscientes.
Isso vale para o comum dos mortais e obviamente também para os que exercem qualquer tipo de liderança.
As guerrilheiras não ficam isentas disso. Isso talvez explique a preferência de nossa suprema mandatária pelos tipos que personificam o mito do barbudo revolucionário. O Molusco, seu criador e tutor, já fez o tipo completo: barba e bigode, mas atualmente a barba deixou de lhe aformosear o rosto. Parece também que o criador se cansou um pouco da criatura, ou chegou a hora de descartá-la para seguir adiante com seu projeto pessoal.
Mas, guerrilheira que é, não perde a pose. Arranjou logo um substituto. Se não usa uma barba desgrenhada, em compensação exibe os fartos bigodes que já encantaram a tantas gerações de moçoilas da USP.
O tempo é implacável, mas os bigodes continuam imutáveis, assim como as idéias bolorentas que se recusam a evoluir. Aloísio Mercadante é agora o mentor, o muso, o inspirador da política de governo.
No entanto, seu sopro até agora não mostrou muita eficácia política: a Constituinte, que não houve, e o plebiscito, que não haverá, estão lhe sendo creditados como idéias (não muito boas) que teria insuflado na presidenta.
Mas o país já se cansou de barbas e bigodes. Estamos querendo é caras limpas e transparentes nas funções públicas.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Não é para principiantes

Há pelo menos uma pessoa dentro do palácio do Planalto que deve estar achando tudo isso muito bom. É o espião do Lula, o Sr. Gilberto Carvalho. Algumas coincidências deixam essa hipótese no ar.
No final do ano passado ele declarou que em 2013 o bicho ia pegar. O que ele quis dizer com isso? Tinha bola de cristal? Alguma coisa estava planejando, por certo.
Lula, que andava muito serelepe, como pré-candidato a 2014, foi silenciado por Dilma com a investigação sobre a Rosemary Póvoa. Ficou quieto, não deu um pio sobre o assunto e parou de se lançar na mídia, mas...desistiu? Duvido.
Como disse a Marta Suplício: Lula é um deus. E eu digo, se Lula é deus, Gilberto Carvalho é o seu profeta.
Bem, agora esse movimento generalizado de protesto não deixa de  ser interessante para os lulistas. Eles, que pensam que nada cola em Lula, vão com certeza descartar a Dilma como candidata à reeleição para voltar com o eterno salvador da pátria do PT como candidato. Exatamente o que ele queria quando escolheu o poste para a sua sucessão.
Por outro lado, o Sr. Rui Falcão, presidente do PT, outro pau-mandado de Lula, estimulava os militantes a participarem do  movimento, a tal "onda vermelha". Dá para entender? Os militantes do PT foram conclamados a fazer parte de um movimento de protesto contra o governo do PT? Isso só faz sentido dentro do contexto em que a perda de popularidade da Dilma interessa, sim e bastante, ao Molusco.
O que se pode deduzir é que Dilma está perdida no mato sem cachorro. Está cercada de traidores por todos os lados e monitorada por eles o tempo todo. Ela até que tentou espernear e sacudir o Lula do seu cangote, mas o dito-cujo é uma raposa muito velha e, do mesmo modo que não desencarna da presidência, também não vai largar o cangote da Dilma até vê-la exaurida e sem capacidade de resistência.
Até o presente momento está ganhando a parada.
Marinheira de primeira viagem na política, Dilma, antes de ter aceito fazer o papel de primeiro poste eleito no país, deveria ter considerado que o Brasil não é para principiantes.




terça-feira, 2 de julho de 2013

O PT conversa consigo mesmo

É impressionante como o petismo é uma religião que se recusa a largar os dogmas. Depois de toda essa manisfestação nas ruas, em que os partidos foram solenemente evitados, principiando pelo PT, e até mesmo sob pancada,  a presidenta resolve "ouvir o povo" e convida para reunir-se com ela... o PT e seus vários "movimentos sociais".
Estiveram com ela, a convite: o Conselho Nacional de Juventude, MST, CUT, União da Juventude Socialista, Juventude do PT, UNE, Marcha das Vadias, entre outros.
Todas essas organizações, ou são órgãos do Estado, ou são patrocinadas pelo Estado. Quando se diz Estado, leia-se PT, pois é isso que ele é hoje. Apropriou-se do Estado brasileiro de tal maneira que já está ficando difícil distinguir uma coisa da outra. E... querem mais.
Além da Dilma, quem estava presente? O Sr. Gilberto Carvalho, é claro, e o primeiro-ministro, oops, ministro da Educação, Aloisio Mercadante. Todos com os ouvidos bem abertos para "ouvir o povo".
Enquanto isso, o resto (isso é, nós!) continua a enfrentar os mesmos problemas de sempre. A correr dos bandidos, a submeter-se aos traficantes, a ser achacado pela polícia, a se desvencilhar das armadilhas urbanas, a enfrentar os coletivos superlotados, a engarrafar-se no trânsito caótico, a enfrentar estradas esburacadas, mal sinalizadas e mortíferas, a ter que pagar uma exorbitância de mensalidade escolar para que nossos filhos tenham um mínimo de formação, a depender da ajuda dos parentes depois da aposentadoria, a esperar nos corredores dos hospitais públicos por um atendimento decente que não virá, ou ter que se submeter às regras leoninas e valores também exorbitantes dos planos de saúde.
Enquanto isso, bem ao nosso lado, os políticos continuam com suas aposentadorias especiais, sinecuras, carros com motorista, apartamentos funcionais, viagens, mordomias, tudo pago por nós, os babacas. Não satisfeitos com isso, ainda precisam meter a mão, para roubar, em todos os contratos que se fazem nesse país com o Estado.
E a presidenta então, depois de fugir com medinho do povo no jogo final da Copa, chama os seus correligionárioss para dizer que está ouvindo o povo! Francamente! Para uma ex-guerilheira, a presidenta está dando é um vexame!

PS- E que não nos venha com essa de botar essas subvencionadas organizações na rua para se contrapor à voz do povo, não, porque isso será uma temeridade e um incitamento ao confronto.

domingo, 30 de junho de 2013

Mais pão, menos circo

Ainda atordoados com o rumo e o ritmo dos acontecimentos, políticos de todos os naipes e analistas da mídia, apresentam as explicações mais variadas e tiram conclusões, às vezes, as mais estapafúrdias.
Alguns querem, porque querem, atribuir um dono ao movimento de protesto, como se isso fosse necessário e possível. Como se a insatisfação não fosse já antiga e generalizada com toda a classe política do país, com as devidas honrosas e cada vez mais raras exceções. Para expressar essa raiva e essa frustração não precisamos de guias, de líderes. O povo não precisa de ninguém,  precisa apenas de tomar consciência do próprio poder.
Outros querem identificar um rumo. Dizem que não se pode conseguir mudanças se não houver um rumo, um foco. O problema básico não é falta de foco. É que as reclamações e as exigências foram por tanto tempo acumuladas que são muitas mesmo. Já tivemos uma paciência, que parecia inesgotável, com os desmandos, as mentiras, o jogo político sujo, a roubalheira, a falsidade e a enganação. Já demos tempo suficiente para que a classe política entendesse que não seria possível conduzir eternamente o país dessa maneira. Como não entenderam e não quiseram mudar, agora queremos tudo e para já. 
É claro que, matreiros, campeões da enganação, os políticos tentam desviar o assunto. Aparecem com propostas as mais diversas, para tentar dizer ao povo que estão compreendendo a mensagem, mas na verdade estão é tentando nos enganar mais uma vez e o que querem é continuar a manter o seu mundinho de privilégios enquanto o país continua a patinar no atraso.
Não vai dar.  É preciso que compreendam que a festa acabou. Queremos um país novo, zerado. Queremos que se afastem da vida pública todos aqueles que não estiverem lá como legítimos representantes da vontade coletiva. Não queremos tutores, queremos servidores públicos, investidos de uma missão. Queremos que os grupos econômicos que doravante tentarem se apropriar do dinheiro publico sejam identificados, investigados e punidos exemplarmente, inclusive com a proibição de jamais poderem fazer negócios com o Estado. Alguns dizem, depreciativamente, que isso é moralismo. Não! Isso é moralidade com a coisa pública, quesito essencial da legitimidade da representacão.
Aos que querem saber o rumo, fiquem cientes que nenhuma revolução tem rumo. As revoluções começam pedindo pão e acabam cortando a cabeça dos reis  que tentam lhes dar o circo.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Quem vai pagar os pactos.

Lula escolheu uma incompetente para sucedê-lo e, com sua capacidade de comunicação com o povão, fez o eleitorado acreditar no seu aval. O que ele queria era uma incompetente mesmo, para que ela sequer tivesse condições de tentar a reeleição, deixando aberto o caminho para sua (dele) volta triunfal em 2014. O país que se danasse!
Até agora está dando certo, portanto não me espantarei se a candidatura de Lula começar a ser ventilada cada vez mais em alto e bom som pelos seus apaniguados. Por isso, a mim não soou estranha a coincidência de Gilberto Carvalho ter feito, no ano passado, a "profecia" de que o bicho iria pegar em 2013.
Como não tem capacidade de compreender a realidade à sua frente, Dilma ainda não se deu conta que já perdeu. Mas enquanto ela vai com o milho, seu ex-chefe já volta com a broa pronta.
Dilma persiste no mesmo erro e insiste em tentar enganar o povo com mais promessas disso e daquilo, como se estivesse realmente atenta ao clamor das ruas e disposta a atendê-lo.
Os pactos que propôs nada mais são que a repetição de pontos doutrinários do PT que já estão embolorados de tão velhos. Com o pacto da reforma política,via constituinte e/ou plebiscito, joga no colo do Congresso a responsabilidade que... já era do Congresso, ora bolas! E o tal plebiscito pode servir muito bem para justificar outras intenções, nem tão republicanas e nem tão democráticas, como a volta da censura à imprensa (chamada de controle social da mídia) e outra "cositas más". 
Com o pacto de de aplicar 100% dos royalties do pré-sal na educação, joga para um futuro incerto (ninguém sabe ainda o que o pré-sal vai dar, nem quando) um investimento que já está atrasado por décadas. O terceiro pacto, o da responsabilidade fiscal deveria ser uma obrigação de qualquer governo e que exatamente o governo dilmista jogou fora pela janela, relaxando o controle da inflação até chegarmos à situação atual. O pacto de melhora da saúde com a importação de médicos estrangeiros despreparados e sem fazer investimentos na correção dos problemas de infra-estrutura do sistema é apenas mais um foguetório sem consequência. Ou melhor, de consequências nefastas para o povo. E, por fim, o pacto do investimento em transporte público, ao qual dedicaria 50 bilhões. Só não disse de onde tirará esses 50 bilhões. Será que vai aumentar impostos? Não creio que a ex-guerrilheira tenha essa coragem toda, nesse momento. Vai simplesmente gastar mais e, ao aumentar ainda mais a dívida pública, anulará com isso qualquer promessa de adesão à responsabilidade fiscal.
As contas não fecham, porque não são para fechar mesmo. Tudo isso é mais uma balela, mais uma mentira, para ver se acalma a patuléia e ainda aproveita o momento de confusão para tentar mais uma vez a aprovação das propostas espúrias e antidemocráticas do PT. 
Enquanto isso, a inflação continua comendo solta, o PIB continua se encolhendo cada vez mais, os investimentos estrangeiros fugindo do Brasil como o diabo foge da cruz. E o Molusco, esperto como ele só, permanece cada vez mais escondido na concha, esperando só a hora certa de reaparecer, e mais uma vez como o salvador da pátria.
Essa é a aposta do PT no quanto pior, melhor para eles. Quem vai pagar os pactos somos nós mesmos.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Doutor honoris causa

Com Dilma, quase-doutora na área, a economia brasileira vai de mal a pior, Os resultados ainda não apareceram de todo, no dia a dia do povo, mas daqui a 6/8 meses todos vão sentir na pele o estrago. 
O governo Lula, como não havia mexido no arcabouço deixado por FHC, tocou bem o barco e manteve a situação econômica do país até em bom estado, ajudada pelos bons ventos que vinham do exterior. Só  começou abandoná-lo à deriva quando iniciou a gastança dos 2 últimos anos de seu governo, para eleger justamente a quase-doutora Dilma.
Sem saber nada de navegação, improvisada como "comandanta", ela vai virando o leme a cada hora em uma direção diferente, com medidas erráticas e pontuais e de resultados pífios ou até contrários ao pretendido. E, nós, passageiros desse navio fantasma, ficamos sujeitos aos saculejos violentos do barco mesmo nas menores marolinhas que nos atingem de cheio.
Agora, que os passageiros se amotinaram, a "comandanta" diz quer dialogar com a sociedade e que vai ouvir a voz das ruas. Mas de imediato, convida para o "diálogo" um grupelho minoritário, que não representa a sociedade e que se identifica com o partido que está no poder! Sim, o Movimento Passe Livre está ideologicamente afinado com uma ala do PT e é financeiramente suportado pelo governo. Que diálogo é esse? Diálogo seria convocar o Conselho Federal de Medicina para discutir de imediato saídas emergenciais e depois as definitivas para a questão da Saúde. Diálogo seria convocar as lideranças do Congresso, inclusive as da oposição, junto com OAB e outras organizações da sociedade, para discutir soluções para o impasse político. Ouvir a voz das ruas seria extinguir dois terços desse ministério inútil e substituir os demais ministros por gente competente não importando a qual partido pertençam. Ouvir a voz das ruas seria apoiar veementemente a prisão sem delongas dos mensaleiros condenados. Ouvir a voz das ruas seria mandar apurar até o final o caso Rosemary, mesmo que isso envolva o seu chefe e patrão. Aliás, cadê ele? Doutor honoris causa em protestos e manifestações populares, nessa hora, ao invés de ajudar o governo na saída da crise, ele se esconde.
Fazer mais uma pirotecnia, anunciando planos mirabolantes que não vão sair do papel, não resolverá nada, ao contrário, aprofundará ainda mais a indignação, a raiva e a frustração das pessoas. As consequências, cedo ou tarde, virão. 



domingo, 23 de junho de 2013

Falta de liderança

Vindo de quem veio, não se podia esperar grande coisa, mas resolvi perder 10 minutos para ouvir afinal o que essa governanta iria dizer ao povo brasileiro. Perdi mesmo os 10 minutos.  Além de uma coleção de obviedades sobre democracia, direito de manifestação, condenação da violência e do vandalismo, o texto do marqueteiro João Santana conseguiu mais uma vez a façanha de não dizer nada.
Tempos estranhos esses, em que, numa hora de grave crise, um(a) Chefe de Estado fica no papel de boneco de ventríloco, apenas balbuciando as palavras, enquanto, na verdade, é da boca (e do cérebro) de seu publicitário que elas saem. Por quê foi João Santana, no lugar da Dilma, quem se dirigiu à nação? Uma dica: será que é porque Dilma não tem nada a nos dizer?
Qual foi a resposta concreta que Dilma deu aos manifestantes? Que vai aplicar 100% dos royalties do petróleo na Educação? Isso já tinha sido prometido desde 2008 naquela festa do oba-oba com Lula. 
Que "não compactua com a corrupção"? Tenha a santa paciência, D. Dilma! A sua amiga e ex-secretária, Erenice Guerra, depois de defenestrada da Casa Civil, foi sua convidada na festa de posse e continua fazendo tráfico de influência no governo! Fernando Pimentel está escondido no ministério até hoje!
Que vai melhorar a saúde importando 6 mil médicos cubanos? Que vai melhorar a segurança e o transporte públicos fazendo não se sabe o quê? Que vai fazer isso, vai fazer aquilo...
O Congresso Nacional, a casa que deveria representar o povo, está mudo!
E a única resposta que a presidenta tem, nessa hora, é repetir a mesma ladainha mentirosa que está sendo sobejamente repudiada nas ruas? Ainda não entendeu que as coisas mudaram e que as velhas respostas não funcionam mais.
Perigosa essa posição. Não existe vácuo na política. A falta de liderança pode produzir uma liderança qualquer e as consequências são imprevisíveis. Mas não se pode esperar uma atitude de estadista de quem não é estadista. Essa é a herança que o governo Lula nos deixou: um governo sem liderança, uma pantomima de governante. Lula jogou pesado pensando apenas em si, mas não contava com a participação de um ente muito falado, mas pouco considerado nas decisões políticas, o povo.



quinta-feira, 20 de junho de 2013

O bicho pegou

No final do ano passado, Gilberto de Carvalho, olheiro do Lula dentro do palácio do Planalto, vaticinou: " Em 2013 o bicho vai pegar!".
Não podia estar mais certo, só que o bicho está pegando pro lado contrário ao que ele pretendia ou imaginou. O governo Dilma não poderia crer que o povo não fosse se deixar engambelar pelas bolsas-disso e bolsas-daquilo e viesse a exigir seus direitos de cidadãos na ruas, ao invés de receber esmolas e ainda ficar agradecido.
Pois o bicho "pegou", Sr. Gilberto de Carvalho! Agora o bicho pegou. E quem é que vai tirar o povo das ruas? Não adianta nesse momento baixar as tarifas, aquelas que não podiam deixar de subir porque tinha inflação e custos, etc. e blá-blá-blá. Agora a briga é por muito mais que isso.
Não vai bastar entregar só os anéis. Agora queremos tudo. E a lista é grande:


  • queremos que Renan Calheiros saia da presidência do Senado;
  • queremos que a PEC 37 seja rejeitada
  • queremos que os mensaleiros condenados sejam presos JÁ!
  • queremos que todos os demais com indícios de corrupção e outros crimes contra as instituições, inclusive o ex-presidente e sua amiga Rose, sejam seriamente investigados, julgados, se for o caso, e punidos, se forem culpados, com rapidez e eficiência.
  • queremos hospitais  e uma rede pública de saúde no padrão-Fifa.
  • queremos segurança para exercermos o direito de ir e vir sem sermos assaltados, assassinados, estuprados, queimados vivos.
  • queremos uma polícia íntegra, bem treinada, bem equipada e com bons salários para nos assegurar qualidade de vida e sossego.
  • queremos um sistema de educação pública gratuita e de boa qualidade do ensino básico ao superior, com acesso universal por capacidade e mérito.
  • queremos transporte público (metrô em todas as metrópoles), rápido, eficiente e barato.
  • queremos viver em cidades limpas, bem cuidadas, com áreas verdes, calçadas que respeitem a livre circulação de pedestres e deficientes físicos.
  • queremos estradas seguras, com sinalização correta, pontos de parada, prestação de socorro.
  • queremos infra-estrutura de portos e aeroportos dignas de um país que gera riqueza para ser a sexta economia mundial.
  • queremos que todos os aumentos de salários de deputados federais, estaduais, vereadores, governadores e prefeitos, dessa presente legislatura, sejam anulados e a diferenças devolvidas aos cofres públicos.
  • queremos....
  • queremos...

terça-feira, 18 de junho de 2013

Esse movimento não tem dono!

O mundo político ainda não entendeu o movimento de protesto que se espalha pelo Brasil. Os petistas ora dizem que o movimento é contra as administrações estaduais e municipais (leia-se: contra o PSDB), ora dizem que a vaia à presidAnta foi comprada e é comandanda por "organizações políticas". Alguns falam até em terrorismo! O ridículo líder do governo, senador Eduardo Braga do PMBD disse que são "movimentos organizados" que querem desestabilizar o governo.
Analistas políticos, pegos de surpresa, custaram a entender também. Uns disseram que é a classe média quem está protestando. Outros, que é a elite! Uns ainda xingam o movimento, chamando de vândalos e baderneiros todos os que saem à ruas, apesar de a violência ter sido praticada (ou o vandalismo incitado) mais pela polícia que pela maioria das pessoas, que protestou pacificamente.

O PSDB, despertado do seu sono, quer, tardiamente, pegar carona nos protestos, mas soa falso e fica também ridículo. Já que se abstiveram por tanto tempo de fazer oposição, de traduzir o sentimento das ruas em vias políticas usuais, que agora fiquem quietos e aguardem o desenrolar dos acontecimentos. Agora está na mão do povo, a verdadeira e legítima fonte  do poder!
Esse movimento não tem dono. Não tem partido, nem organização alguma dirigindo-o. As organizações, como o Anonymous, ou o PSOL, estão participando do movimento como é seu direito, mas não o estão dirigindo. Para isso seria preciso a existência uma extensa rede, espalhada por todo o país, organizada em todas as capitais com lideranças locais, mais forte que qualquer partido político hoje e capaz de mobilizar tanta gente ao mesmo tempo. 
Isso não existe. O que existe é que, de repente, o povo descobriu sua força! Acordou! Até demorou demais. Eu sempre pensava, como é que esse povo suporta tanto descaso, tanto esbulho, tanta violência, tanta frustação, tanta mentira e não reclama?!
E tinha esperado tanto que havia até desistido. Achava que jamais isso iria acontecer no Brasil. Mas aconteceu, estou de alma lavada! Os políticos que se cuidem, que entendam a mensagem e arrumem logo a casa para fazer face a essa nova realidade, porque de agora em diante será assim, sairemos ás ruas, sempre que for necessário. 
E, se ainda assim, não mudarem o país para melhor, para aquilo que nós queremos que seja e merecemos,  um dia, os arrancaremos de dentro dos palácios. 
Já houve uma tomada da Bastilha. Já houve um assalto ao palácio de Inverno do Czar. Não será a primeira vez. 





domingo, 16 de junho de 2013

Ocupemos as ruas do Brasil

Protestar é preciso.  Ao contrário de uma ditadura, onde impera a paz dos cemitérios, um dos sinais de vitalidade em uma democracia são os protestos que os cidadãos fazem nas ruas contra aquilo que os desagrada.
Não há democracia perfeita, que seria a democracia direta,  aquela em que todos os cidadãos seriam chamados a exercer os poderes diretamente. É impossível, por isso criou-se a democracia representativa. Essa tende a ser mais ou menos perfeita quanto maior ou menor for o grau de representatividade dos que exercem o poder em nome dos demais. O problema é que para isso elegem-se pessoas e fixam-se mandatos e quem era, ou parecia ser, bom em um momento pode se revelar um desastre alguns meses depois e a mudança não se faz de uma hora para a outra. Há portanto um período em que aqueles que elegemos já não nos representam mais tão perfeitamente. Por isso, a forma de governo parlamentarista, sem mandato fixo, e oscilando ao sabor da aprovação ou reprovação popular é, a meu ver, muito melhor que o sistema presidencialista.
Emfim, esse foi o sistema escolhido por plebiscito no Brasil e é com ele que temos que conviver. Mas os protestos são bem vindos. Nossa sociedade normalmente tão apática parece ter acordado. Não interessa se há ou não organizações políticas por trás. Nenhuma organização consegue fazer um estádio inteiro com 70.000 pessoas vaiar sonoramente um político, se a população já não estiver cansada de ser manipulada e enganada. Se não houvesse uma generalizada insatisfação, por mais que organizações políticas a insuflasse, a população não reagiria dessa forma.
À parte o vandalismo, condenável sob todos os pontos de vista, o povo que sai às ruas para protestar e os que apoiam esses movimentos pelas redes sociais, são somente uma pequena parcela dos insatisfeitos. Há muitos mais que não tem ânimo, tempo ou meios para fazer o mesmo, mas que nos seus lares ou locais de trabalho, mesmo sendo perturbados pelo caos urbano que se instala, ainda assim são simpáticos ao movimento.
Quanto ao vandalismo, é indesejável e condenável, mas também quase inevitável. Há algo de vândalo e selvagem no ser humano, submerso sob o verniz da civilização, e que vem à tona sempre que a massa prevalece sobre o indivíduo. Isso sabem de há muito os psicólogos. Além de tudo há um vandalismo programado, esse sim, comandado por alguma organização de cunho político e há ainda o vandalismo provocado pelas forças policiais de repressão. Muitas vezes a repressão policial violenta é que desperta, como reação, a violência contrária. As ditaduras sabem usar isso muito bem para depois desqualificar e criminalizar o protesto, sob o argumento da destruição do patrimônio público e privado.
Os grupos que protestam não deveriam se deixar levar pela provocação policial, mas para que isso ocorresse precisaríamos de um Gandhi liderando o movimento sob a bandeira da não-violência. Hoje, nesses movimentos anônimos, sem dono, sem líder (o que também é muito bom), não se pode esperar tanto. Por isso, o vandalismo praticado por uma minoria é um efeito colateral que tem que ser suportado pela sociedade que quer a mudança. E não será por isso que todo movimento tem que ser desqualificado. E, à polícia, em um regime democrático, caberia o papel de fiscalizar para que a ordem fosse mantida e até mesmo proteger os que estão exercendo seu livre direito de protestar, ao invés de provocar o caos com ações desmedidas e violentas.

sábado, 15 de junho de 2013

De vaias e caxirolas

O presidente da Fifa, aquela entidade que prima pela ética e pelo "caráter impoluto" de seus dirigentes, (não é, Havelange?) pediu respeito aos brasileiros que, exercendo seu legítimo direito de expressão, vaiaram a ele e à presidenta no estádio. Se eu fosse mal educado mandaria o Sr. Blatter para a puta-que-o-pariu, mas como não sou, vou dizer só o seguinte:
1) Em primeiro lugar, Sr. Blatter, não se meta em nossos assuntos internos. Vaiamos e aplaudimos quem nós quisermos, ou a Fifa vai também baixar uma lei proibindo a vaia no estádios? É capaz de o governo aceitar, como já aceitou todas as demais imposições, até mesmo contrárias à nossa legislação.

2) O Sr. é um estrangeiro nessas terras e está aqui como convidado e não fica bem o convidado querer ditar as normas da casa. Portanto cale a boca!


3) O Sr. teria a petulância ou a coragem de pedir respeito a alemães, franceses, ou ingleses, se vaiassem alguém nos estádios europeus? Pensa que aqui é o quintal da casa da Mãe Joana? Pode até parecer, mas não é!


Portanto quem perdeu boa oportunidade de ficar calado foi o Sr. e não o povo que foi ao estádio e pagou por isso e que , por vivermos (ainda) numa democracia, tem o direito garantido pela Constituição de se manifestar livremente e a vaia é uma das mais espontâneas e naturais manifestações de desapreço e desagrado. Pior seria se tivessem jogado caxirolas nas suas cabeças.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Darwin explica Marx

Dos quatro grandes pensadores que moldaram o século XX, Marx, Freud, Einstein e Darwin, o  mais bem sucedido em termos de comprovação de suas teorias foi, inegavelmente, Darwin. O darwinismo está provado e comprovado e, apesar do misticismo criacionista, não há um dado científico que abale ou contradiga suas proposições básicas. Ao contrário, cada avanço, cada descoberta, vem corroborar que o Darwin descobriu, como sendo uma das chaves do funcionamento básico da natureza no seu aspecto biológico. Einstein também nos apresentou uma teoria sobre o mundo físico, ousada, espetacular, elegante,  mas que resta ainda incompleta, dada a sua incompatibilidade com a mecânica quântica. Em seguida vem Freud, mas aí entramos em terreno movediço, uma vez que não há critérios científicos objetivos para comprovar ou refutar os postulados da Psicanálise.
Por último restou Marx. O marxismo foi colocado em prática, com menor ou maior aderência aos postulados socialistas e comunistas, mas foi e ainda sobrevive como um dinossauro anacrônico nos regimes norte-coreano e na agonizante Cuba. 
Podem dizer que na Rússia, o comunismo falhou porque pretendeu queimar etapas, partindo de um proletariado rural vivendo em um regime feudal, direto para uma sociedade industrial socialista, sem passar pelo processo intermediário de ascensão da burguesia, etc. etc. Em Cuba teria ocorrido o mesmo.
Mas, se os postulados marxistas estão corretos, como explicar o caso das duas Alemanhas? O ponto de partida foi o mesmo, um país destroçado por duas guerras, mas com uma população culta, educada, disciplinada, que foi repartida em dois Estados: o comunista e o capitalista. A grande falha do marxismo, posto em prática na Alemanha Oriental,  acaba sendo explicada pelo darwinismo. Não adianta negar as leis naturais, elas acabam por se impor à força.
Assim ocorreu no chamado marxismo real. Ao retirar do sistema produtivo o interesse pessoal, a concorrência, a disputa, o mérito e a recompensa ao melhor, o que se viu foi que o sistema entrou em colapso.  A seleção natural sempre premia o mais eficaz e se não o fizesse não haveria a evolução das espécies. Assim também ocorre com os grupos sociais. Sem o processo de premiação do melhor e punição do pior, não haverá evolução social ou individual.
Produzir riqueza requer trabalho e energia. Produzir riqueza exige esforço. E esse esforço tem que ser recompensado. A esperança de que todos farão o mesmo esforço mesmo que não sejam premiados por isso é apenas um desejo utópico e irrealista. Nada substitui com vantagem o sistema meritocrático e os eventuais desvios que ocorram nesse sistema pedem a sua correção e não a adoção de um sistema oposto. 
Isso está demonstrado, na prática, pela miséria, pela incompetência, pelo atraso em que cairam os países que adotaram ou ainda insistem em adotar o comunismo como regime político e social, sem considerar que para sua implementação foram necessárias ditaduras violentas e sanguinárias. Estão aí, Cuba e Coréia do Norte para demonstrar que Darwin tinha razão.




sábado, 8 de junho de 2013

Fundo do poço

É tão surreal que parece uma invenção da oposição. Uma senhora, militante há anos na política, tendo exercido altos cargos executivos em ministérios importantes como o das Minas e Energia e da Casa Civil,  pertencente a um partido com 30 anos de história, é indicada a disputar o cargo mais alto na nação, acaba por ser eleita e começa a governar... sem um simples papel rascunhado como programa de governo!!!
Assume a presidência sem qualquer estratégia pré-estabelecida, sem definir prioridades, sem direção para a economia, sem critérios de gestão, sem metas, sem rumo para a política externa, em resumo, sem coisa alguma. Vai governar pra quê? Com qual objetivo?
Daí segue empurrando a governança a torto e a direito, assinando os papéis que lhe caem à frente. Começa com uma demissão em massa e em série de ministros corruptos, que ela tinha acabado de nomear, mas  deixa que ministros corruptos demitidos continuem mandando na administração, como é o caso da Erenice Guerra.
Manda baixar os juros, diz que não vai deixá-los subir de jeito nenhum, logo depois manda subir os juros. Inventa subsídios para alguns setores industriais e diz que está protegendo a indústria nacional e o emprego dos brasileiros, mas afugenta o capital externo que viria criar mais empregos para os brasileiros e que agora prefere ir para o Chile, Peru e Colômbia. Diz que o real está supervalorizado, que há um tsunami de dólares invadindo o Brasil e manda o Banco Central puxar a cotação para desvalorizar a nossa moeda. O resultado é que as importações ficam mais caras e como não podemos deixar de importar petróleo, isso leva a Petrobrás a fazer prejuízos monstruosos. Aí, num lance de brilhantismo intelectual manda o Banco Central baixar o dólar á força, pois o que era tsunami virou um deserto seco e árido.
Promete desconto na energia elétrica e quer que as empresas façam prejuízo para ela, governanta, manter a popularidade, mesmo tendo que usar em escala cada vez maior a geração de energia das termo-elétricas caras e dispendiosas.
Depois de derrubar o valor da Petrobrás, nos obriga a engolir um aumento no preço dos combustíveis, que anula toda e qualquer redução no custo da energia elétrica. Muda a regra da poupança, volta a regra antiga da poupança. Promove a caxirola nos eventos esportivos como um instrumento de referência da genialidade brasileira; esquece a caxirola! Inaugura estádios incompletos, cujos tetos desabam logo depois. Inaugura obras do PAC que não serão terminadas. Anuncia programas que jamais sairão do papel, tais como as 6.000 creches, os 800 aeroportos, os 8.000 km em rodovias, os 6.000 agentes de defesa civil, as 6.000 casas para os flagelados da região serrana do Rio, a transposição do S.Francisco etc.
É uma parafernália de números que não dizem nada, quando não são simples, pura e deslavada mentira. Nenhum deles se traduz em melhoras para a vida dos cidadãos. Só não chegamos ao fundo do poço, porque (como já disse alguém) já roubaram o poço e o fundo!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

De mal a pior

O poste escolhido por Lula para a sua sucessão está fazendo exatamente o que ele esperava: dando com os burros n'água! 
O que Lula queria? Alguém que fizesse um excelente governo, ofuscando os seus "maravilhosos" oito anos de populismo barato e ainda se reelegendo e deixando a era Lula pra trás? Ou preferiria deixar um esquenta-lugar manipulado nos bastidores, reservando o trono para ele, o Grande Líder, em 2014, para outro episódio de mais 8 anos? Parece fácil a conclusão. 
Só ingênuos ou bobos de conveniência não sabem resolver essa equação.
Portanto, quanto mais Dilma erra, mais Lula acerta. Imagine-se como os áulicos, fisiológicos  e adesistas do Congresso estão sentindo a falta do negociador de Garanhuns,  uma pessoa que sabia conversar com os 300 picaretas em linguagem de igual para igual. 
Preparemos-nos pois. Enquanto houver possibilidade de se candidatar, Lula será candidato. Somente duas coisas podem impedi-lo: o câncer ou o judiciário. Esse último atuando no rastro dos escândalos do mensalão e seus desdobramentos e nas consequências do caso Rose que ainda nem começou.
É óbvio que o caso Rose pode ter sido apenas um recado de Dilma para que o desencarnado ficasse quieto, mas depois de iniciada a coisa toma vida própria e o Ministério Público não tem que ficar dando satisfações a Dilma, portanto desse mato ainda podem sair coelhos bem orelhudos.
Mas se nada acontecer até lá, em 2014, aproveitando a queda na popularidade da Dilma, que já  começou a descer a ladeira, Lula pode se apresentar como a "solução" do partido. E não era isso o que ele queria? Lembram-se daquela história do sapo que, expulso da festa no céu, pedia para ser atirado na pedra, porque tinha medo de água e não sabia nadar? Pois o nosso sapo barbudo está só esperando a hora de começar a gritar: "Na água, não! Na água, não!"

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E o senador Eduardo Suplicy que teve que se submeter ao vexame de enviar uma carta-aberta ao Lula, para ser recebido por ele! Que vergonha para um senador da República, representando o maior Estado da Federação, ter que mendigar atenção de um semi-analfabeto sem cargo algum, como se fosse, ele, senador, um menino inexperiente na política, um principiante que precisasse receber as benesses do coronel? É preciso que o coronel Lula o abençoe para que ele possa disputar mais um mandato de senador? O neo-coronelismo já chegou a tanto?

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Luz no fim do túnel?

Finalmente alguma dose de bom senso baixou em uma instância de governo. Refiro-me ao pronunciamento do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que declarou que "agora é o investimento que será o carro-chefe do crescimento econômico e não o consumo". 
O problema é saber se dona Dilma concorda. Afinal ela é a chefa e o Banco Central não tem autonomia alguma. Se Tombini conseguir implementar essa visão estaremos finalmente escapando do círculo vicioso a que o populismo consumista de Lula e Dilma nos levaram. Deveria ser ele então o ministro da Fazenda e não aquele escorregadio lacaio de salão.
Outra questão que surge é: quem vai investir? O empresariado brasileiro ou o governo? O primeiro, em sua maioria, não acredita no governo e alguns espertos (e amigos do rei) só "investem"  com dinheiro do BNDES. O governo por sua vez, não tem mais capacidade de investir e muito menos de gerir depois o investimento feito. Resta o capital externo, que também não virá a um país que o hostiliza e não oferece segurança institucional, nem jurídica. Hoje as regras são umas, amanhã são outras, a depender dos humores e das conveniências do chefete de plantão.
Para piorar, o ano que vem é ano eleitoral e outras forças entram em jogo, suplantando o bom senso. Se tivéssemos um estadista no governo, as ações a serem tomadas seriam as necessárias ao controle da inflação e retomada sustentável do desenvolvimento econômico. Mas isso é querer demais de uma pessoa sem capacidade e que foi alçada ao poder apenas pelo voluntarismo de um líder carismático mas ignorante.  
Apesar disso tudo, resta uma tênue esperança pela fala de Tombini. Pode ser, ao menos, uma luz no fim do túnel.

sábado, 25 de maio de 2013

A bolsa e a vida ou O Neo-coronelismo

Impressionante a quantidade de gente que acorreu às agências da Caixa por causa do boato de que o programa Bolsa-Família ia acabar. Aí fica patente o que é esse programa.
O governo ao invés de investir na educação, na preparação da mão-de-obra para que possa galgar um desenvolvimento individual sustentável, prefere "investir" na esmola. E por quê? Porque a esmola causa dependência e é isso que o neo-coronelismo quer. Do mesmo modo que nas fazendas antigas ( e algumas nem tão antigas assim) o patrão criava uma relação de dependência nos seus empregados e assim obtinha a sua servidão, transformando-os virtualmente em escravos, os novos coronéis repetem o mesmo modelo, sob o pretexto de fazer justiça social. Mas o que eles, coronéis, querem mesmo é o controle sobre a massa pobre, ignorante e dependente.
O interessante é que, Lula, de origem pobre, repete o padrão de comportamento a que sua classe social de origem estavam submetidos. Parece que para Lula a dialética se resume em apenas trocar de lado. Ao invés de lutar contra a opressão e libertar as pessoas, o que faz é apenas conseguir um meio de se transformar ele próprio no opressor. Isso aconteceu com muita freqüência no Brasil escravagsita. Muitos escravos libertos, procuravam, tão logo tivessem condições para isso, adquirir seus próprios escravos. Só assim sentiam-se realmente livres. Pois, hoje, o PT repete esse mesmo modelo. Trransformou-se no novo coronel que compra o apoio dos pobres pela  dependência. E, implicitamente os ameaça: se deixarem de apoiar o partido, a benesse acaba. Não há luz no fim do túnel, porque não há nem fim do túnel. O bolsa-família é para sempre. Não há resgate social. O objetivo é manter a pobreza e a dependência de modo a garantir os votos atuais e futuros. Assim passou a funcionar a política no Brasil.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Quarto de despejo

O presidente do Supremo, min. Joaquim Barbosa, mais uma vez disse a verdade nua e crua, com todas as letras, e sem salamaleques, nem rapapés. Disse que os partidos políticos são de mentirinha, que não têm consistência ideológica nem programática, que querem o poder pelo poder, que o Congresso é inteiramente dominado pelo Executivo e que isso é uma afronta à independência dos poderes, consagrada como cláusula pétrea na Constituição.
Não disse mais que a verdade que todos nós sabemos, sentimos e que ninguém diz porque não é de bom tom.
O nosso Parlamento historicamente nunca foi lá de grande independência. Durante as várias ditaduras e regimes autoritários que tivemos o Congresso se mostrou, ou subserviente, ou foi fechado, ou extinto. O mesmo se pode dizer também, infelizmente, do poder Judiciário, que se submeteu-se e calou-se durante os regimes fortes, não levantando a voz nem mesmo em defesa dos direitos humanos inalienáveis.
Mas nunca-antes-na-história-deste-país, em épocas de normalidade democrática, se viu um Congresso tão submisso, tão lacaio, tão venal, como esse que temos. O Congresso hoje é apenas um anexo, um quarto de despejo do palácio do Planalto. Sua função é apenas referendar o que o Executivo manda fazer. A tal base-aliada que, nem é base, nem aliada, só quer as benesses dos cargos, não se sabe para fazer o quê (ou melhor, sabe-se).
E todos fingem surpresa com as palavras do ministro Joaquim. Alguns fingem até indignação! Que grandes atores a televisão está perdendo! Deveriam ser convocados para a próxima novela. Audiência por audiência não vai fazer diferença nenhuma.
E o ministro Barbosa prossegue, como João Batista, clamando sozinho no deserto de homens e de idéias em que se transformou o palco da política nacional.    

domingo, 19 de maio de 2013

Mal-amada Chauí

Marilena Chauí, aquela militante petista da USP que confunde filosofia com ideologia, na semana passada em um evento no Centro Cultural de S.Paulo, berrou ao microfone que odeia a classe média. Ela tem o direito de amar e odiar quem quiser, mas, sendo filósofa e professora e tendo dito isso em pronunciamento público, algumas perguntas ficam no ar. Se ela odeia a classe média, não deve portanto pertencer a ela. Ninguém odeia a própria classe, a não ser em flagrante caso de esquizofrenia. Portanto à classe média ela não deve pertencer. Não pertence, evidentemente, à classe proletária. É uma professora universitária, donde se conclui que está incluída na elite cultural do país. Deve ter um salário, que talvez não se aproxime daquele dos próceres da república, que ela tanto defende, mas que não pode sequer ser comparado ao salário de um proletário. Portanto, à classe proletária ele não pertence também. Sobrou o quê? A classe rica, a elite, a classe "dominante".
Outra pergunta que fica no ar é como é que alguém, especialmente uma filósofa e professora, pode odiar uma classe inteira? Imagine-se uma professora dizendo: eu odeio a classe proletária; ou mesmo, eu odeio os ricos! Pode-se odiar uma pessoa, uma ideia  uma proposição, mas odiar uma classe inteira é uma generalização inaceitável, especialmente quando dito por alguém que em função da formação profissional, deveria ser contra generalizações.
O mais "interessante" é que dona Chauí diz que defende o ponto de vista de que o acesso aos bens de consumo não representa mudança de classe, representa, sim, o fato de que a classe alcançou direitos que antes lhes eram negados. Até aí, o raciocínio parece ir bem. Mas em seguida ela acrescenta: "E porque eu defendo esse ponto de vista? Não é apenas por razões teóricas e políticas. É porque eu odeio a classe média!" 
Quer dizer que os ódios e amores da filósofa é que vão determinar em que classe social alguém será enquadrado? Como ela odeia a classe média, todos os seus desafetos serão classificados ali  E qual classe ela ama? Não sei, mas imagino. A partir daí, todos os economistas e sociólogos serão obrigados a consultar a doutora Marilena para saber como classificar as pessoas, suas rendas, seu consumo, etc.
É esse tipo de gente que está "fazendo a cabeça" dos nossos jovens sob o pretexto de lhes ministrar instrução de nível universitário? É esse tipo de gente que, pagos com o salário retirado dos impostos da classe média, está "ensinando" os nossos jovens a "pensar"?
E dona Dilma não deve ter ficado nada satisfeita. Ela, que anda bajulando e tentando conquistar os votos da classe média para a sua reeleição, vai dizer o quê? Vai desdizer o que uma das sumidades de seu partido berrou ao microfone em bem alto e bom som?

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Política do Oba-Oba

Todos nós nos lembramos daquele "oba-oba" de Lula e Dilma celebrando as descobertas do pré-sal e a nossa "autossuficiência" energética. A descoberta do pré-sal foi em 2006 e a festa do oba-oba foi em 2008 (o preço do barril de petróleo estava em 130 dólares)! Já se vão quase 7 anos e o que aconteceu de lá para cá?
A Petrobrás foi capitalizada, na maior operação de mercado como "nunca-antes-na-história-do-capitalismo", mesmo assim, em valores de hoje,  acabou perdendo 47% em valor de mercado no período de 2010 até março de 2013! Perdeu também o posto de maior empresa brasileira para a Ambev.
E a tal autossuficiência nem de longe foi atingida, ao contrário, a Petrobrás começou a a andar para trás em termos de produção. Na época, Dona Dilma, na sua encarnação de ministra da Casa Civil, disse que "em poucos anos seremos exportadores de petróleo".
Pois em fevereiro deste ano, a presidente da estatal, Graça Foster, disse, com todas as letras: "Se vocês me perguntarem, eu diria que [a produção] é 2% negativo. Não tem condição de fazer produção adicional porque não tem condição física para isso".
Enquanto isso, naquele país do norte, que a nossa esquerda "inteligentinha" (como diz o Pondé) tanto despreza e cuja decadência já foi tantas vezes cantada e anunciada, eles fizeram o "para-casa" direitinho, sem alarde, sem patacoadas e sem "oba-oba". Desenvolveram suas reservas de petróleo e gás de xisto e já estão dando um show. Em breve serão autossuficientes (eles, sim,  serão de verdade) em energia. Só por causa disso, o preço do petróleo começou a cair já fechando abaixo de 100 dólares o barril e a indústria européia já está pensando em voltar a usar o carvão, uma vez que o gás ficou tão barato que barateou também o preço do carvão. 
E por aqui, no país das maravilhas? Bem, por aqui o gás ainda é muito caro! E o petróleo, idem. Sacumé, o tal custo-Brasil e a participação do governo jogando dinheiro pela janela encarece tudo. Além disso, não temos produção de gás natural suficiente no Brasil. Precisamos do gás da Bolívia, ou seja, temos que negociar com o falso índio cocaleiro, amicíssimo do PT. E, obviamente, fazer o que ele quiser. É assim a autossuficiência "made in Brazil".
Com mais uma "descoberta" dessas iremos à falência.




domingo, 12 de maio de 2013

Mãe!





A foto acima é de uma mãe protegendo o filho com seu próprio corpo, durante um tiroteio em Israel. Não importa se a mãe é judia ou palestina. É uma mãe. E mãe não tem nacionalidade, nem pátria. Mãe é universal.
Nesse Dia das Mães essa é a minha homenagem a todas aquelas mulheres que, não importa o que sejam, nem quem sejam, no momento em que exercem o papel de mãe, se transformam no Amor puro.
Parabéns a todas as mães e obrigado!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Criatividade brasileira

No Brasil, ocorre um fenômeno estranho: há muita gente altruísta na política. Muito mais que nos outros países do planeta. Deve ser por causa do nosso clima, das nossas praias, do nosso sol. Todo mundo quer fazer o bem para a nação, todos querem salvar o povo. É por isso que não há oposição. Nem pode haver!
Quem é que vai ser contra a salvação pública? Quem vai ser contra  a melhoria das condições de vida, de segurança, de saúde e de educação do povo? Nunca-antes-na-história-destepaíz se viu um governo tão eficiente, cercado e apoiado por uma classe política tão abnegada, que só quer fazer o nosso bem, que só quer o melhor para o país.
Agora, por exemplo, o vice-governador de S.Paulo, Guilherme Afif, sem deixar de ser vice-governador, virou ministro do governo Dilma. Acumula duas funções para o bem de todos nós. É muita vontade de colaborar e salvar a nação! De tanta gente querendo salvá-la é que a educação, a infraestrutura, a economia, a segurança e a saúde ficaram como estão.
Afif pertence, no momento, ao partido do Kassab. Já foi malufista, já foi liberal, já foi do DEM, agora é um nada gosmento. Pertence a um partido que "não é de direita, nem de esquerda e nem de centro" conforme a definição dada por seu fundador. Não é governista e nem de oposição, muito pelo contrário. Segundo o próprio Afif, ele é um "construtor de pontes", um pontífice portanto.
O que será que está querendo nos dizer? Afif constroi tantas pontes que vai ficar ministro sem deixar de ser vice-governador, ou seja, na hora em que o Alkmin for viajar, ele, Afif, sai correndo de Brasília e senta-se no Palácio dos Bandeirantes. Aí faz, durante 2 ou 3 dias, oposição ao governo Dilma. Depois volta para seu chiqueirinho perto da presidenta e passa a defender esse mesmo governo. Mas, como não pode legalmente receber dois salários, teve de abrir mão de um deles. Que pena! Abriu mão logo do menor dos dois...para o nosso bem, claro!
Essa "muderna" política brasileira é muito criativa. Não se parece com nada antes conhecido. Do mesmo jeito que o PT inventou o protesto a favor, o PSD inventou a oposição a favor. De vento em popa.

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