sábado, 17 de outubro de 2015

Anarquia

Nem em 1964, um dos piores momentos políticos da nossa história, o Brasil passou por uma situação semelhante. Temos uma presidente, que acabou de tomar posse e já não governa, um congresso destrambelhado e sem comando que não sabe se tira a presidente ou se a deixa governar, um poder Judiciário constitucionalmente apolítico, que a toda hora intervém na política, ditando normas ou mudando-as ao sabor dos interesses de um lado ou de outro, os partidos governistas (PT e PMDB) fazem oposição ao governo que apoiam.
Ou seja, apesar de haver quem diga que as instituições estão fortalecidas e funcionando, isso é conversa para boi dormir. Não há nada no país que esteja, institucionalmente, funcionando como deveria.
O que há é um estado caótico na política e na economia. Não há liderança em nenhuma das duas áreas e, portanto, o país não anda para lado nenhum. As maiores empresas do país, públicas e privadas, estão envolvidas em um mar de lama de corrupção, consequentemente qualquer liderança empresarial é vista com descrédito. Uma das lideranças empresariais, por exemplo, o Sr. Johanpeter Gerdau (isso é uma constatação, não uma acusação) fazia parte do Conselho de Administração da Petrobras quando esse Conselho aprovou a compra da usina de Pasadena. Não houve voto seu contrário à transação. Então cabe a pergunta: se isso ocorresse em um empresa do grupo Gerdau, o Sr. Johanpeter teria aprovado essa compra? Se a resposta for sim, chegamos à conclusão de que o sucesso do grupo Gerdau se deu por acaso e não por conta de uma gestão competente. Se a resposta for não, pode-se concluir que o cuidado e a eficiência do Sr. Gerdau na gestão de suas empresas privadas são negligenciados quando se trata de gerir uma empresa pública. Nenhuma das alternativas, fala a favor de uma liderança empresarial desse tipo. Não cabe aqui mencionar sequer uma hipotética liderança de um Odebrecht ou um Mendes ou um Ricardo Pessoa, porque seria o absurdo do cinismo.
Na área política já vimos que nem a oposição-situação, nem a oposição-oposição assumem seu papel. Quando se trata de combater o ajuste econômico o PT é mais oposição que a oposição. Quando se trata de promover o impeachment da presidente baseado em mais que evidências de malversação e desrespeito ás leis, o PSDB se esconde e quem tem que liderar o processo é um respeitável cidadão, que entretanto não exerce cargo político algum, como é o caso do Dr. Hélio Bicudo.
"Não há vácuo na política", diz um velho ditado. Quando esse vácuo começa a se estabelecer, logo ele é ocupado pela primeira liderança, boa ou má, patriótica ou interesseira, que apareça. Isso é um perigo. Já vimos as consequências nefastas em outros países, da Alemanha ao Oriente Médio.
Estamos em um momento crítico e não sabemos resolvê-lo. A anarquia já está instalada. O caos econômico só vai piorar se não houver uma solução política rápida. Até quando esse país aguentará sem que haja uma explosão social? Parece que os políticos querem saber qual é esse limite.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Usurpação

É patética a posição de dona Dilma! Escorraçada por toda a nação, incluindo uma boa parte de quem votou nela, agarra-se à chicana e aos golpes mais baixos para poder ficar mais tempo no desgoverno do país. Essa apelação ao STF, que por sua vez contaminado de dilmite aguda, concedeu liminares interferindo diretamente em um processo legítimo de outro poder, mostra que não há barreiras ou limites ao que essa gente faz para não largar o osso. Que honra, que dignidade que nada! O negócio é continuar agarrado ao "pudê".
Primeiro foi o "toma-lá dá-cá" com o PMDB para ver ser conseguia barrar o processo. Agora quando percebeu que a coisa ia, apesar de tudo, tiveram que recorrer às barras das togas. São 11 pessoas jamais eleitas pelo povo que irão decidir se os mais de 500 representantes eleitos por esse mesmo povo podem ou não votar a destituição ou a manutenção do mandato de outro eleito?
Cassar a decisão do Congresso, ou pior, impedí-lo de decidir é cassar a voz do povo. Se o Congresso for impedido pelo Supremo de exercer suas prerrogativas é melhor então que seja fechado e que o Supremo passe a legislar em seu lugar.

Quanto mais o tempo passa, mais ficamos parecidos com a Venezuela. Lá há um arremedo de poder Judiciário, o Tribunal Supremo de Justicia, que em 1999 veio a substituir a Suprema Corte de Justicia, pois essa não atendia aos interesses do chavismo. Aqui as coisas funcionam de modo mais sutil, mas ao fim e ao cabo o objetivo é o mesmo: a perpetuação no poder sem contestação.
As coisas estão tomando o rumo determinado pelo Foro de S.Paulo e a sociedade brasileira assiste a tudo de boca aberta e sem saber o que fazer. E enquanto os atores políticos exibem suas performances e se engalfinham em briga de cachorros grandes, o país segue à deriva, com a inflação e o desemprego galopando, a moeda derretendo e a produção de riquezas andando para trás, para não falar da carência de segurança, de saúde, de educação...







quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Regra de Ouro

Ao invés de 7 de setembro, o dia 7 de outubro de 2015 é que pode ser considerado o verdadeiro Dia da Independência do Brasil. Em 1822 o que houve foi uma separação geopolítica do império português atendendo a interesses dinásticos da Casa de Bragança. O povo, a nação, nada teve a ver com aquilo. De lá para cá viemos reproduzindo as mazelas burocráticas da (má) administração pública portuguesa, estabelecendo um Estado de privilégios, ao invés de um Estado de Direito e de direitos.
Deriva daí esse gigantismo de um Estado ineficiente, esse fisiologismo, esse cartorialismo, esse patrimonialismo e outros males que já deveriam ter desaparecido na vida pública de um país que se quer moderno, mas que foram erigidos pelo petismo em virtudes políticas.
O dia 7 de outubro marcou a real independência dos poderes: o poder Judiciário que rejeitou a chicana do governo e o poder legislativo, através do seu Tribunal de Contas, que fez valer a letra da lei e rejeitou as contas fajutas de um governo fajuto. 
Com essas ações a independência dos poderes concedeu a independência à nação. É assim que deve funcionar uma democracia republicana, com seu sistema de pesos e contra-pesos a equilibrar a balança do poder em favor do poder maior que é a soberania do povo. A hipertrofia do poder executivo é um mal que tem que ser combatido no Brasil, se quisermos construir uma nação próspera, moderna, eficiente. E o primeiro combate reside na fiscalização de seus atos e na punição rápida e eficaz das transgressões.
O TCU até agora era um ilustre desconhecido da nação. Ninguém sabia o que fazia, nem para que servia. Agora sabemos. Agora todos sabem. E sabem que, qualquer governo que doravante não respeitar a Lei, está sujeito a cair, não importa de qual partido seja.
Já era tempo de fazer com que a nossa classe política temesse a lei que eles mesmos fazem. Já era tempo de fazer com que o governo respeite o bolso do cidadão.
O cidadão comum pode fazer tudo o que a lei não proíbe, mas o servidor público só pode fazer o que a lei permite. Essa é a regra de ouro, que o PT faz questão de ignorar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

UTC, TCU e o diabo

Letras por letras, para Dilma é muito mais agradável a companhia da UTC que a do TCU. Mas foi TCU na testa que ela levou agora. Com a prepotência típica de um partido ditatorial, que se julgava dono do povo brasileiro e que não devia satisfações a ninguém, dona Dilma e seus sequazes fizeram o que quiseram com as contas públicas, como se não houvesse um dia seguinte. 
Como eles mesmos diziam: a gente faz o diabo para ganhar a eleição! Fizeram! Só que o dia seguinte chegou e a cobrança veio, não apenas para nós, pobres coitados pagadores de impostos. A cobrança está chegando para eles também, senhores de cutelo e baraço, manipuladores da pobreza e da ignorância do povo.
Felizmente tivemos duas boas notícias essa semana. A cidadania brasileira está sendo reforçada com duas decisões históricas: a do TSE que resolveu prosseguir com as investigações sobre as doações de campanha da Dilma, conforme confessou Ricardo Pessoa, dono da UTC; e a do TCU que rejeitou por unanimidade as contas do governo Dilma, no ano em que ela fez o diabo para ser reeleita.

É aí que a UTC e o TCU se encontram, tendo o diabo no meio. Esse diabo é muito bem simbolizado pela CUT (para continuar nas 3 letras), cujo presidente ameaçou se entrincheirar com armas na mão para "defender" o mandato da sua chefa...e de Lula, como se Lula tivesse algum mandato. Mas nem o diabo vai conseguir segurar essa. O TCU fez prevalecer a decência e a responsabilidade que devem reger as contas públicas em um país que se preze. Talvez estejamos começando um novo caminho agora. Depois da Lei de Responsabilidade Fiscal, esse ato do TCU é o mais importante no terreno da administração pública. Ele revigora a disposição daqueles, que querem um país desenvolvido, de quem nem tudo está perdido. Acho que começamos a sair do fundo do poço. Vamos ver agora como os deputados, nossos representantes, darão continuidade. Se honram ou não a incumbência que receberam do voto popular.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Urucubaca

Definitivamente, há algumas caveiras de burro enterradas no Planalto. Ou então aquela história do Carlos Heitor Cony é verdadeira: enquanto não acharem o cadáver da Dana de Teffé, o Brasil não vai dar certo (Ver aqui).
Isso só pode ser ação de forças sobrenaturais. Não é possível! O Brasil é um país que se especializou em perder os bondes da história!

Acabamos de perder mais um: enquanto ficamos afundados nesse pantanal do Mercosul, abraçados ao Paraguai, Bolívia, Argentina e Venezuela, o mundo segue em frente, e os Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália, Chile, Peru e outros países asiáticos acabam de concluir o Tratado Transpacífico, acordo comercial que movimentará 40% da economia mundial!!!

E, nós, do lado de cá, com a economia em frangalhos, ficamos a chupar os dedos. A Argentina é que vai resolver os nossos problemas? Ou será a Venezuela que dara o empurrão na nossa economia? É preciso ser mais que idiota para conduzir uma política externa como esse governo tem conduzido. É preciso ter a intenção, sim, de conduzir o país deliberadamente para o atraso. Acho que a esquerda só se dará por satisfeita quando o Brasil virar uma Venezuela, ou talvez uma Cuba, ou quem sabe, melhor ainda, uma Coréia do Norte.
Quando não é o Mercosul, onde escolhemos a dedo os piores parceiros (deixando de fora, Chile e Peru, as economias que mais crescem na América do Sul), voltamo-nos sorridentes para fazer acordos com países... da África subsaariana!
Os interlocutores para a nossa política externa são também escolhidos a dedo? Um exemplo: Hifikepunye Pohamba.
Isso não é palavrão. Esse é o nome do "amigo" do Lula e ex-presidente da Namíbia, alvo do lobby realizado pelo Molusco em favor da Odebrecht.

Aqui, nesses trópicos, as coisas são todas ao inverso do que são em outras plagas. Deve ser efeito do calor. Aqui, jabuti sobe em árvore! Jacaré senta-se em cadeiras. O urubu de baixo, borra no de cima! Banqueiro vota em partido que se diz de esquerda e empresários doam dinheiro para eleição de líder sindical.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Nove digitais

Desorientada, sem saber o que fazer, Dilma entrega o governo a Lula. Após a nova posse o que aconteceu? Aquilo que acontece toda vez que Lula comanda: perdem-se todos os escrúpulos!
Lula e sua máfia, que não quer largar a mamata de maneira alguma, está apelando para qualquer coisa. Agora atacam de frente o ministro Nardes do TCU e querem que ele, o relator, deixe a relatoria e não participe da sessão em que será votado o acórdão de rejeição das contas do governo.
Não há limites para eles. Quanto mais acuados ficam, mais demonstram que não respeitam as instituições, nem a democracia, e que, se for necessário, suspeito eu, chegarão mesmo ao golpe e à ditadura. O cenário já está preparado por Lula.
O comunista do PCdoB, Aldo Rebelo, já é o ministro da Defesa, superior hierárquico, portanto, das Forças Armadas, sobre as quais poderá e deverá exercer alguma espécie de controle. Na Casa Civil, um ex-sindicalista e pessoa de confiança do Lula faria a coordenação política. O Congresso já está dominado e cooptado pelas propinas e, quem for contra, terá a suspeição lançada contra si, seja baseada em fatos concretos ou não. Então, como explicar que a denúncia contra Eduardo Cunha esteja na mídia todos os dias e não se fale mais nada sobre a denúncia contra Renan Calheiros? Como explicar por quê, de repente, apareceram denúncias contra o ministro Nardes e contra o próprio presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz? Será mera coincidência, que exatamente quando o TCU se pronuncia contra o governo, surjam denúncias contra seus integrantes? Lembremo-nos de que no julgamento do mensalão, o ministro Gilmar Mendes foi procurado por Lula, que tentou chantageá-lo, com uma história sobre viagens à Alemanha, segundo declaração do próprio ministro.
Esse é o "modus operandi" dessa gente, que se diz de esquerda, seja no Brasil, na Venezuela, na Argentina ou em qualquer outro lugar. Os dossiês falsos são sua especialidade para a intimidação. E quando são acusados dos crimes que eles realmente cometem, botam a boca no trombone a clamar: golpe! Os bracinhos levantados de Dirceu e do André Vargas estão aí de prova.
A intimidação contra Renan parece ter funcionado. O homem se transformou de repente em dócil "linha auxiliar" do governo. O Procurador Janot também já foi "domesticado" com sua recondução ao cargo. O atual Supremo ainda não foi posto à prova no petrolão, mas há dúvidas sobre a isenção de Dias Tóffoli, Rosa Weber e Barroso. Quanto ao ministro Lewandowski não há dúvidas, seja pela defesa que fez dos petistas no mensalão, seja pelo encontro secreto que manteve em Portugal com a presidente, todos nós já sabemos qual será a sua posição. O ministro Zavaski parece estar se comportando com isenção, até agora. Na estratégia lulista, entretanto, o inimigo da vez é o TCU. O ataque será pesado. Afinal, nada menos que 3 ministros de Estado se pronunciaram orquestradamente contra o relator. A solução é o povo acordar e se manifestar de imediato. Temos que tornar pública a nossa indignação contra esse golpe e nosso apoio ao TCU em sua sessão da próxima quarta-feira. Ou fazemos isso, ou lamentaremos depois, quando o Brasil se tornar uma Venezuela.



domingo, 4 de outubro de 2015

Plano Renan-Levy

Há muitas coisas que não consigo entender no comportamento da chamada esquerda no Brasil. Mas a que menos entendo, porque desafia a lógica, são esses "protestos a favor" de agora.
Esa turma do PT e do PCdoB vai às ruas protestar contra o ajuste fiscal e a favor de Dilma! Agem como se o governo não fosse o governo dela. Como se o ministro Joaquim Levy tivesse dado um golpe e assumido a presidência da República! Dilma então seria uma prisioneira dentro do palácio do Planalto, uma figura decorativa, uma chefe de Estado sem poder. Na verdade, ela é quase isso mesmo, só que, quem assumiu o poder não foi o ministro Levy, foi o patrão dela, o chefe da chefa, o capo. E o nome dele, obviamente, sequer é mencionado nos "protestos", até porque ele é que é o verdadeiro pai e mentor desses "protestos".
Ainda por cima, inventaram um nome para o plano de ajuste, chamando-o de plano Renan-Levy! Não entendi por que o nome de Renan foi parar lá, ou o que é que ele tem  ver com o ajuste da economia. Mas como é fácil xingar o Renan, porque ninguém irá defendê-lo, uma vez que é um canalha político publicamente reconhecido, talvez por isso tenham tido a idéia de batizar o tal ajuste com o nome dele.
Não há  a menor coerência lógica e ninguém se importa com isso. Atacam o plano de ajuste como se tivesse sido elaborado por um governo oposto ao governo do PT. A lógica exigiria que defendessem o plano, assim como defendem a responsável última por ele, mas quem é que vai falar de lógica com a esquerda brasileira?
Um mínimo de coerência lógica já exigiria que deixassem de ser esquerda, diante de tudo o que fizeram no nosso país, para não falar do que fizeram em todos os outros onde chegaram ao poder. Portanto, dane-se a lógica. A demagogia, a mentira, a desfaçatez, a enganação tem que continuar para que tentem ainda manter o que lhes resta de apoio popular.

sábado, 3 de outubro de 2015

O intocável

Lula é o intocável da República. Está acima da lei. É o que se depreende de toda essa investigação sobre o petrolão. Foi ele quem nomeou Dilma para o Conselho de Administração da Petrobras. Foi ele quem nomeou Dutra e Gabrielli para a presidência da empresa expoliada. Foi ele quem indicou e nomeou Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento. Foi seu partido o grande beneficiado pelo desvio de recursos. Foi seu ministro chefe da Casa Civil, atual preso na Lava Jato, quem montou o esquema de compra de parlamentares, conforme já demonstrado e sentenciado no julgamento do mensalão. Não se entende, portanto, como é que esse cidadão ainda não foi sequer investigado. O que é que o protege? Por que a oposição não grita? Por que todas as vezes em que as investigações e as denúncias chegam perto de seu nome, as pessoas começam a pisar em ovos?
Temos agora um novo exemplo: o ministro Zavascki "autorizou" a PF a interrogar Lula como "informante". Em primeiro lugar, não consta que Lula exerça nenhum cargo que lhe conceda o privilégio de foro especial, por que então a necessidade de se pedir autorização a um ministro do Supremo? E por que não pode ser investigado, mas apenas ser interrogado como tetemunha - como quer o Procurador Geral - ou como informante, como determinou o ministro Teori.
Se o Molusco não pode ser investigado, é óbvio que mesmo tendo praticado uma enormidade de crimes contra a nação, não será jamais indiciado, muito menos se tornará réu ou será julgado pelo que fez ou pelo que se omitiu de fazer.
Se isso não acontecer, se perdermos a oportunidade histórica de acabar com a impunidade para uma determinada classe de pessoas, vamos continuar ainda por muitos anos, ou séculos, condenados a ser uma sub-nação constituída de sub-cidadãos atrasados e incompetentes.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Plano 1,2,3...4, 5 mil

O ministro Levy deixou de ser uma pessoa séria, no momento em que aceitou participar dessa patacoada a que deram agora o nome, ou apelido, de Plano 1,2,3. Pelamor de Deus, ministro, tudo, menos isso!

Ao lançar o "Plano 1,2,3...4, 5 mil, eu quero que a Dilma vá pra ponte que partiu" o ministro se colocou como co-participante dessa farsa que se pretende governo. Tudo bem, que o fato de ter aceitado fazer parte desse governo, por si só já o desqualifica um pouco. Mas, a seu favor, ainda havia a dúvida da boa-fé, do patriotismo que o teria levado a assumir essa árdua missão, a de tentar dar ao menos um rumo coerente a essa mixórdia de opiniões, tentativas, recuos, mudanças de direção, contradições, que se tornaram a marca desse não-governo.

Quando o ministro, ainda um economista sério, dizia que "não há milagres", que "a economia não vai se recuperar tão cedo", que as decisões que nos levaram ao caos eram "decisões primárias e equivocadas", isso era visto como uma posição coerente com sua formação, que o ministro se recusava fazer o papel de demagogo, que procurava dizer a verdade à população.

Porém, depois de quase ser defenestrado, ou de quase pedir demissão, reaparecer na TV com essa conversa de cerca-lourenço é demais! Quer dizer então que vai ser simples recuperar a economia brasileira! Basta reconhecermos que o modelo econômico anterior (no qual o governo do PT se refestelou e ganhou eleições uma atrás da outra, com seu populismo desvairado) deu errado, acabou, e agora vamos: 1) fazer o ajuste fiscal, leia-se, aumentar a carga tributária nas nossas costas; 2) retomar a confiança do mercado, leia-se abrir ainda mais as pernas para os bancos; 3) voltar a crescer em um novo modelo econômico sustentável e duradouro.
Se essa fórmula é tão simples, meu Deus, por que já estamos no décimo mês de governo e ainda não aplicaram a fórmula mágica? Estão esperando o quê? Que mais gente perca o emprego? Que mais famílias passem por dificulades? Que a inflação chegue a 1% ao mês? A taxa de desemprego (oficial) já é de 8,6%! Aplique já sua fórmula mágica, Levy! O país não aguenta mais esperar. Vamos!.. 1,2,3...4, 5 mil...

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Pátria Educadora

Mais uma! Esse fato revela o Brasil profundo, o país medieval que somos (e não só pela qualidade das nossas prisões, ouviu Ministro Dias Tóffoli?), com uma capa, um verniz bem fino, de "muderninade".
Pois bem, o assunto é esse:  qualquer empresa que desejar conceder uma bolsa de estudos aos seus empregados ao invés de ter beneficios, tem...mais custos! Sim, porque ao pagar a bolsa, terá que recolher sobre esse valor os encargos "sociais" do INSS. É espantoso? É ridículo? É um absurdo? É ilógico?
Se, por um lado, o governo transfere dinheiro público via FIES e outros programas, para as empresas privadas ligadas à educação, quer cobrar mais encargos quando é o dinheiro privado que está em jogo.
A lógica que não tem sentido, só pode ser entendida pelo raciocínio torto dos privilégios e concessões de que está cheio o Estado brasileiro. Quando, por artes nunca muto bem explicadas, os governos, ao invés de investir em mais escolas públicas, passaram a financiar escolar particulares esse ramo de "negócios" prosperou como nunca. O que mais cresceu no país nos últimos 30 anos, depois das igrejas evangélicas, foram as atividades de ensino, que passaram a ser corporações mutinacionais riquíssimas e poderosíssimas.
Quem as financia não é o bolso do pobre coitado do estudante ou de quem o mantém, mesmo porque o que se pode deduzir de gastos com a educação no imposto de renda é um valor ridículo, que mal cobre uma mensalidade da maioria das escolas particulares.
Quem as financia é o governo mesmo, ou seja, todos nós, quer tenhamos ou não filhos na escola, quer paguemos também de nosso bolso, ou não, as mensalidades escorchantes. E, tendo essa garantia de clientela cativa, as mensalidades podem subir à estratosfera. Não será uma meia dúzia de pais extenuados que vai acabar por desistir de pagar a escola pro filho, o que balançará o orçamento dessas escolas.
Enquanto isso, a escola pública vira uma sucata, que ainda existe só para fazer o papel de fachada "pra inglês ver".
Mas, porém, todavia e contudo, se ainda assim, neste sistema distorcido, alguma empresa movida por um força misteriosa inexplicável, quiser ajudar seus funcionários pagando-lhe os estudos, tome mais custos! A bolsa será considerada salário indireto e os fiscais do INSS irão cobrar a parte do leão. E ai das empresas que ingenuamente não recolherem esse tributo! A cobrança virá com autuação e multa e a empresa entrará para o rol dos "delinquentes" devedores do INSS, igualzinho aos bandidos que assaltam esses cofres todos os dias! Ou melhor, em condições piores, pois a maior parte desses bandidos está refestelada na impunidade.
Agora me digam se esse país não está escrupulosamente planejado para dar errado.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

O PT chegou lá!

O PT chegou lá! Com o dólar ultrapassando os 4 reais, o governo petista conseguiu o que nenhum governo havia conseguido antes, levar o Brasil à lona.
Estamos nocauteados, sem reação, sem saber o que fazer. E, para piorar, não se vê uma liderança política que aponte o rumo, indique a saída, para o país. A saída é a saída da presidente! Não há outra! Para o brasileiro médio, pouco importam firulas jurídicas. Ninguém está preocupado se a maneira de resolver o problema será  pelo impeachment ou por cassação do mandato. O que se quer é virar essa página negra de nossa história, tirar do Planalto a incompetente, enfiar os corruptos na cadeia, e seguirmos em frente, consertando os estragos e retomando o caminho de prosperidade do qual não precisávamos nos ter afastado. E, quanto mais rápido se fizer isso, melhor.
Por isso, senhores deputados e senadores, apressem-se. Chega de panos quentes, de tergiversações, encaminhem a solução para o problema, pois o país não pode esperar mais.

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Com a condenação do Vaccari  fica claro que exercer o cargo de tesoureiro do PT é uma função de alto risco.  Tem grandes chances de, depois,  ir parar na cadeia.
Outro grande petista que acabou de tomar 14 anos é aquele, "o da mãozinha", André Vargas, que fez aquela grosseria em presença do presidente do Supremo. Na sentença o juiz Sérgio Moro disse:

"Se apoderaram do Estado nacional com o objetivo de se perpetuarem no poder. A utopia foi jogada fora. O mais grave é que roubaram a alma dos brasileiros, a crença na atividade política. Não existe futuro para nenhuma sociedade sem democracia, sem que os cidadãos façam suas escolhas com liberdade"
“Protestar contra o julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal na ação penal 470 é algo que pode e poderia ter sido feito por ele ou por qualquer um, muito embora aquela Suprema Corte tenha agido com o costumeiro acerto. Entretanto, constata-se que o condenado, ao tempo do gesto, recebia concomitantemente propina em contratos públicos por intermédio da Borghi/Lowe. O gesto de protesto não passa de hipocrisia e mostra-se retrospectivamente revelador de uma personalidade não só permeável ao crime, mas também desrespeitosa às instituições da Justiça”.

Diante disso o que faz o PT? Se penitencia? Pede desculpas à nação? Nãão! Solta uma nota em que diz que a sentença foi injusta! Isso demonstra que o PT está determinado, se tiver chance, de continuar nesse mesmo caminho. Não admite que errou, não acha que errou, portanto vai reiterar no crime, se tiver a oportunidade. Por todos esses fatos é que a Justiça deveria cassar também o registro desse partido, dessa organização criminosa, que não tem o direito de atuar livremente no mundo político democrático e republicano, onde todos estão sujeitos às leis.

O PT chegou lá! E o "lá" onde eles chegaram é a sarjeta da política, o baixo mundo onde se reune a escória dos valores que deveriam nortear uma nação civilizada.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Não-realizações - A obra petista

O PT inovou em muita coisa na política brasileira. O mensalão, por exemplo, assim como o Petrolão foram criações suas. É óbvio que o PT não inventou a corrupção, mas o PT inventou a Corrupção de Estado, a corrupção como plano de governo.
Inventou muito mais coisas. Dá pra fazer uma lista:


  • A terceirização da Presidência, por exemplo, é uma invenção notável. O regime é presidencialista, mas a presidente pode escolher um primeiro-ministro e deixar ele se queimar com o povo. E nenhum sindicato vai reclamar dessa terceirização.
  • A presidente-laranja - que é quase o oposto da presidência terceirizada. Nesse caso quem realmente preside fica oculto (ou mais ou menos oculto), enquanto quem finge que preside assume a função de "laranja" com todos os ônus e riscos. Se der errado, descarta-se o bagaço (ou melhor,  a bagaça) e pronto!
  • Outra invenção importante foi a saudação ao milho e a saudação à mandioca na fala presidencial. Nunca-antes-na-história-deste-país um presidente havia se lembrado de saudar essas conquistas brasileiras, uma omissão lamentável, que foi condignamente suprida pela presidente petista.
  • As Não-realizações - talvez seja o que há de mais importante em invenção política petista.  Há uma penca delas! A começar pelo trem-bala ligando o Rio a São Paulo, passando pelos inesquecíveis 800 aeroportos que seriam construídos no Brasil de cabo a rabo e terminando no maior troféu das Não-realizações "A Transposição do S.Francisco".
     O governo petista é o campeão das Não-realizações. Esse récorde devia figurar no Guinness. Outras Não-realizações famosas são as 6000 creches e as 10 mil quadras esportivas cobertas. Dessas últimas só 44 foram entregues. Um marco histórico de não-realização.
  • Há também as 500 UPA's (Unidades de Pronto Atendimento) e as 8000 Unidades Básicas de Saúde.
  • A lista completa é enorme. Vai acabar sobrando até para o próximo mandato.
Mas, a quantidade de Não-realizações pode aumentar muito, basta que a presidenta siga sua própria máxima: deixa a meta de Não-realizações em aberto e na hora em que atingir a meta, dobra!


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O chefe da chefa

O Brasil é um país "sui generis". Aqui a presidente da República tem um chefe. Se não, o que Lula está fazendo convocando reuniões de ministros, o chefe da Casa Civil e a própria presidenta?!
É ele mesmo quem manda em última instância. Talvez encarne um quarto poder, pairando acima dos demais, mais ou menos como o Irã que tem, acima do presidente e do primeiro-ministro, a figura do aiatolá Khamenei, o líder supremo.
Isso explicaria o medo, ou, no mínimo, a cautela, que todas as instituições tem com a figura do Exu de Garanhuns. Ele é intocável... por mais que suas nove digitais estejam impressas em todos os atos de corrupção de alto coturno que se praticaram no país desde sua eleição a presidente. É o aiatolá brasileiro!
Na hora em que a coisa aperta o jogo de aparências tem que ser deixado de lado, porisso Lula está assumindo... a coordenação política! Sua última reunião foi com o presidente da Câmara! Para quê? Para conseguir dele, não se sabe em troca de quê, a protelação do pedido de impeachment encabeçado por Hélio Bicudo e Miguel Reale, dois dos maiores juristas do país? Para enfrentar esses dois só mesmo com manobras de bastidores. Ninguém poderá acusar nenhum dos dois de golpistas e muito menos de não saberem interpretar as leis. Portanto só restam manobras que não podem vir à luz do dia, como o PT está acostumado a fazer.
Resta saber se Eduardo Cunha, político calejado, vai se deixar engabelar pela "inteligência estratégica" do Molusco, até porque não há estratégia alguma, tudo é apenas o mesmo velho "modus operandi" do PT e das máfias em geral: uma mistura de chantagem, ameaça e pagamento pelos serviços prestados.
Vamos ver no que vai dar essa nova investida do chefe. do capo. Uma coisa que nos anima é saber que, aos trancos e barrancos, o país está mudando e os truques velhos já não enganam a população até então ingênua e crédula. Agora, com o aperto no bolso, o órgão mais sensível do corpo, o povo não está achando mais graça, nas gracinhas do Molusco e sua tropa. Portanto, mesmo sendo o "capo dei tutti i capi", o chefe da chefa, os demais agentes políticos sabem que seu poder é limitado e declinante, e que, tudo o que fizerem, terá que ser combinado antes conosco, os russos.

Velhote ou velhaco?

Já constatei que muitos dos nossos ídolos de nossa juventude mais que envelheceram, passaram do ponto. Eu me referia aos mastodontes e tiranossauros Luiz Fernando Veríssimo, Luiz Carlos Barreto e Fernando Moraes. Essa constatação fica ainda mais clara, porém, diante do vídeo ridículo em que o Stédile "entrevista" Chico Buarque. O muso parisiense da esquerda retrógrada se dispõe a dizer um monte de besteiras sobre a Petrobras e não menciona, nem de relance, a roubalheira absurda, escancarada e confessada por muitos dos "cumpanheiros" levada a  cabo na ex maior empresa do Brasil. É como se o assunto não existisse. E fala da cobiça (deixa implícito que seria um tal de Capital Internacional) da qual a Petrobras seria o alvo. Essa cobiça, segundo Chico, é que quer 'tirar" a Petrobras do pré-sal.  Francamente!

Da cobiça dos "cumpanheiros" que sangraram a Petrobras até destruir seu valor de mercado e torná-la essa penúria empresarial, nem uma palavra!
Das duas, uma: ou é uma pessoa absolutamente desinformada, posto que vive longe dos mosquitos e do calor tropical, na caríssima ilha de Saint Louis, no coração de Paris, no meio do Sena; ou está conivente com a corja de ladrões que aqui se instalou no poder.

Dos ídolos de pé-de-barro dos anos 60, Chico foi o que mais envelheceu.. na cara e na mente. Tornou-se um velhote com cara de velhaco.
E, posando com esse boné do MST, o ridículo fica ainda mais flagrante. O proprietário de um apartamento de luxo numa das regiões de metro quadrado mais caro do mundo, põe o bonezinho do Movimento dos Sem Terra, como se sua vida tivesse a mínima conexão com esses pobres coitados manipulados pelo Stédile e pelo PT.
O movimento político do Chico é apenas o de levantar um boné e enfiar na cabeça. Mais ou menos como aquelas madames "moderninhas" da zona sul dos anos 70, que faziam feiras beneficentes - como as Feiras da Paz, quem se lembra? - onde exibiam suas jóias lustrosas e se achavam o máximo em matéria de consciência social.

Chico deu realmente uma escarrada de desfaçatez na nossa cara. Pena que não dê para fundar um braço do MST em Paris, na Ilha de Saint Louis. Essa eu queria ver: o Stédile invadindo o apartamento do Chico, com aquela bandeira vermelha e a malta de sem-terra atrás dele.

Dizer mais o quê? Poderíamos ter ficado sem essa. Chico poderia ter continuado o seu exílio dourado na cidade-luz e nos deixado em paz. Vir aqui deitar falação de um monte de bobagens, sobre um assunto do qual não entende nada, e fingir que o governo do PT é uma maravilha que só a população ignara não compreende, nos leva aonde? Somente à constatação de que certos ídolos deveriam morrer jovens, como James Dean, Marilyn Monroe, Ami Winehouse, Janis Joplin, para não decepcionar  seus fãs. Que o Chico, pessoa física, tenha uma vida longa, mas como ídolo já morreu há muito tempo pra muita gente. Adiós!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Atabalhoada

Podia ser nome de um prato exótico, mas não é. Atabalhoada é tão somente o adjetivo que cabe nessa decisão de fim-de-semana tomada pelo governo da governanta. Um governo sem rumo só pode tomar decisões...atabalhoadas! Se não, vejamos: se havia a possibilidade de enviar ao Congresso um orçamento sem déficit, por que o governo o enviou com um déficit de 30 bilhões? E por que depois de apenas 10 dias, resolveu fazer outro orçamento cortando o que não tinha cortado? Isso é demonstração de planejamento? É demonstração de que se sabe para onde se quer ir?
O que tudo indica - e é isso mesmo! - é que o governo age e reage por tentativa e erro. Vamo fazê isso, pessoal! Não, não deu certo! Recolhe! Vaamo tentá otra coisa! Agora vai! Não, não foi!
Enquanto isso o país vai num passo de caranguejo, um pra frente, dois para trás. Ou parece que está dançando uma quadrilha (outra quadrilha) em festa junina fora de hora: olha a cobra! Ui! É mentira! Olha a chuva! volta pra trás! Ui!
Inacreditável! Um país de mais de 200 milhões de pessoas, uma das 10 maiores economias do mundo, ser deixado nesse estado, nessa falta de governo, de direção, de comando! Ao Deus-dará! Ao sabor do vento!Tanto faz ir para lá, ou para cá, com essa dona não chegaremos a lugar nenhum. E ela não tem sequer a capacidade de compreender que já não governa e que deveria sair logo, desocupar o beco e deixar o país seguir em frente! Em parte o Brasil merece, pois foi quem elegeu essa Anta, mas não acho que mereça isso tudo de ruim. É ruim demais, é ruim com força!

Sabem quanto tempo vai durar essa nova tentativa? Não dura um mês! Talvez não dure nem uma semana. Logo, logo, o Congresso detona esse novo "ajuste", até porque uma nova CPMF nessa altura do campeonato, com essa popularidade, não emplaca!
E aí o que virá? Uma nova tentativa ainda mais atabalhoada! Não se pode esperar outra coisa desse governo. Só não se sabe é até quando o país aguenta.

domingo, 13 de setembro de 2015

Hélio Bicudo

O doutor Hélio Bicudo é uma pessoa honrada, de vida irretocável, que nem mesmo os adversários são capazes de atacar. Sua palavra tem o peso da autoridade moral, suas posições  jamais poderão ser atribuídas a interesses pessoais ou a quaisquer outros interesses menos elevados. É um exemplo para todos nós.
Tendo sido um dos fundadores do PT, dele se desligou em 2005 quando veio à tona, com o mensalão, toda a sujeira em que esse partido estava metido. Por mais que queiram torcer a verdade, nem os petistas mais empedernidos poderão acusá-lo de ser um golpista ou um representante da direita.
Pois esse homem, esse jurista, essa figura venerável de 93 anos de idade, com tal história de vida, é quem vai liderar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Emblemático!
Em homenagem a esse cidadão exemplar, os demais grupos, que protocolaram outros 11 pedidos, decidiram unificá-los em torno do pedido do doutor Hélio Bicudo, que declarou:
"Eu estou muito feliz, alegre, de ter vocês aqui, em casa, nesse movimento comum, nacional, a favor da moralidade pública da política brasileira"
Fecha-se aqui um ciclo. Quem fundou o partido, ajuda agora a enterrá-lo e de modo a que nunca mais ressurja no cenário politico brasileiro. O próprios petistas sabem que já não se trata da democrática alternância de poder. Sabem que, depois que forem escorraçados do governo, o partido acaba, à míngua de votos e de verbas. Talvez sintam mais falta das verbas que dos votos.

Apesar de todo o mal que fizeram ao país, o resultado ainda termina positivo, pois se não tivessem chegado ao poder e deixado cair as máscaras, seriam uma eterna oposição destrutiva, colocando seus "exércitos" nas ruas a toda hora e com o apoio dos militantes ingênuos (entre os quais me incluo) que acreditavam nas "verdades" e nas "boas intenções" do partido.

De agora em diante nem para fazer oposição essa organização criminosa, ainda chamada de partido, terá força. Que venham novos ares para a política brasileira, que se forme uma nova oposição ao futuro governo, pois isso é necessário em uma democracia, mas que seja uma oposição legítima, decente, patriota e democrática. Ao PT, adeus!


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Diretamente das ruas

Estamos quebrados! O governo não tem dinheiro e quer tirá-lo à força dos nossos já combalidos bolsos. Como aumentar a carga tributária num país em recessão? Se o PIB cai, a renda idem e a arrecadação diminui. Isso não é questão de economia. É aritmética, de primeiro grau.
Portanto, para manter a arrecadação, o governo tem que tirar mais de quem já está ganhando menos. É possível? É justo?

Obviamente existe uma outra maneira de equilibrar as contas! Gastando menos! São 100 mil cargos comissionados, ou seja, 100 mil pessoas que se aboletaram em algum cargo público sem concurso. Qual é a dificuldade de o governo se livrar dessa gente?
Renan Calheiros - vejam quem! - informou ao governo que existem 700 programas inúteis que podem ser extintos! Eas ONG's que vivem penduradas nos benefícios? E os programas de renúncia fiscal como os da Lei Rouanet? E as outras renúncias fiscais, dadas a título de incentivo ao aumento da produção, para setores privilegiados que não precisam, como por exemplo a indústria automobilística? E os 39 ministérios?

Na hora dos conchavos para roubar a nação esquecem-se de nós, querem distância da patuléia. Essas coisas são resolvidas em outros ambientes, no oba-oba, estilo jantares em Paris e dancinhas com guardanapos na cabeça. Nessas horas, abrem-se garrafas do vinho preferido do Lula, o Chateau Lafite Rotschild, que custa mais de 12 mil reais a garrafa. Mesmo já em plena crise, a governanta se atreveu a passear em New York, com uma trupe de convivas de tal monta, que até um caminhão teve que ser alugado para transportar a bagagem brega dos "novos-ricos". É revoltante! E o povo brasileiro está revoltado!
Vir com essa conta para nós pagarmos? Vão inventar mais impostos? Aumentar o imposto de renda da pessoa física? Ressuscitar a CPMF? Aumentar a Cide?
Temos que dizer NÃO com toda a nossa força! Temos que pressionar os deputados, abarrotar suas caixas de mensagem com emails dizendo altos e sonoros NÃOS! Se eles nos representam, têm que fazer a nossa vontade. Isso é o exercício pleno da democracia. O PT não queria a democracia direta? Pois bem, aqui está ela, diretamente das ruas!

Pedido-de-impeachment-da-presidente-dilma

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Stella

De vez em quando eu fico pensando que a Dilma só pode estar tramando a própria queda. Pode até ser inconsciente, mas, no pensamento arrevesado dela, isso poderia ser um fim apropriado para a sua biografia política.
Começou como terrorista, com o codinome Stella, pegou em armas, fez parte de um grupo de assassinou, assaltou bancos, roubou o cofre da amante do Adhemar com dois milhões de dólares que ninguém sabe onde foram parar, se escondeu na clandestinidade, foi presa, talvez tenha sido torturada. sobreviveu, entrou para a política, virou presidente e ...acabou sendo deposta... pelos militares! Sim, é isso que ela quer. Não quer sofrer um impeachment pelo Senado, não quer ter o mandato cassado pelo TSE, essas são saídas prosaicas demais. O que ela quer é o confronto.
Sabe que vai perder, mas lustra a biografia.

Se não, alguém me explique por que cargas d'água, na sexta-feira, exatamente antes do desfile militar de sete de setembro, a dita cuja assinou um decreto retirando dos comandantes militares a autoridade de editar atos relativos ao pessoal militar subordinado a eles. Entre outras atribuições retiradas, figuram: a transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e subalternos, reforma de oficiais da ativa e da reserva, demissões a pedido, promoção a postos oficiais superiores, designação e dispensa para missão de caráter eventual ou transitória no exterior.
E fez isso, sem sequer conversar com os comandantes e, parece, nem mesmo com o Ministro da Defesa.
Menos de uma semana depois, o governo recua. Vai "delegar" aos comandantes militares as atribuições que eram deles e que lhe foram retiradas.
Parece brincadeira, mas infelizmente é verdade. Esse é o governo Stella, oops, digo, governo Dilma Rousseff!

terça-feira, 8 de setembro de 2015

O Muro

A queda do muro de Berlim foi o momento simbólico da queda de um regime e de uma ideologia, equivocados na base, nos princípios, nos meios e nos fins. Era uma ideologia e um regime político fadados ao fracasso e nós, que éramos jovens, românticos e ignorantes, não percebíamos então,ou não queríamos perceber. 
Afinal havia que se ter uma causa pela qual lutar. E o Brasil vivia sob uma ditadura de direita, o Mal, portanto tudo aquilo que fosse contrário a essa ditadura, para nós seria o Bem.
Fomos, porém, longe demais. Acabada a ditadura, ninguém mais no país se sentia confortável com qualquer rótulo que não fosse "de esquerda". O Brasil se tornou o único país do mundo em que todos os partidos eram de esquerda ou de centro. Assim também seriam todos os intelectuais, todos os acadêmicos, todos os estudantes, todos os artistas, todas as celebridades. Se alguém não fosse roxo de esquerdismo, era logo rotulado de burguês (um palavrão insuportável), alienado, ignorante ou direitista (outro róulo equiparado a fascista).
Como disse, fomos loge demais, e chegamos até a eleger um sindicalista, que se dizia operário, e seu partido, como se fossem uma novidade na política, um sopro de renovação, uma possibilidade de superarmos o nosso atraso histórico e social.
Deixamo-nos enganar por causa do nosso preconceito. Acreditamos que bastaria ser de esquerda para ser bom. Infantilidade intelectual nossa. Mea culpa! Bastava ter tido os olhos abertos para a história que transcorria à nossa frente. Bastava ter visto sem preconceitos, sem teorias conspiratórias, que o regime comunista estava em derrocada política, econômica, social e moral em todas as partes do mundo. Bastava constatar o que se passava, não em Cuba, porque o que ocorria lá, dizíamos, era uma consequência do imperialismo ianque, mas bastava constatar o que se passava na Albânia, na Coréia do Norte, na Polônia e mesmo na Alemanha Oriental, se tivéssemos tido a coragem de confrontar o pensamento politicamente correto dominante.
O muro caiu. As máscaras cairam e ainda assim elegemos um vigarista, mentiroso, aproveitador, como se ele não estivesse inoculado do mesmo vírus, o vírus anti-capitalista de quem não gosta de trabalhar e acha que o Estado é uma vaca leiteira ilimitada e que tem que sustentar todos os vagabundos, bastando para isso que os vagabundos sejam militantes ou simpatizantes do Partido.
Erramos como eleitores, mas acredito que a nação está agora acordando e se redimindo desse erro.
Uma demonstração disso foi, no Sete de Setembro, esse Partido e a "Chefa" de Estado, "membra" desse Partido, se encolherem de medo do povo. Essa "troupe" teve que se esconder atrás de um muro para não ver o povo e nem ser vistos por ele.
A grande ironia é a esquerda necessitar até hoje de levantar muros! Essa é verdadeiramente a história que se repete como farsa.

domingo, 6 de setembro de 2015

A saída

Qual é a saída? O desgoverno incompetente e corrupto do PT levou o país a essa situação. Enquanto foi possível maquiar os números, fingiam que não havia desmando, descalabros, gastos excessivos, rombos e buracos nas contas e que o "day after" não acabaria por chegar. Enquanto foi possível maquiaram, pedalaram, enganaram o eleitor.
Agora, quando a situação está crítica, o que faz a governanta com o menor índice de aprovação desde Pedro Álvares CabraL? Ao invés de cortar na carne, diminuir os cargos comissionados, reduzir o número de ministérios, implantar enfim a austeridade tão declamada, opta pela saída mais fácil e que não é saída alguma: o aumento dos impostos sobre nós, a patuléia.
Definitivamente isso não é saída porque qualquer aumento de imposto dará apenas um alívio temporário, pois, tão logo o caixa dê uma respirada,  o governo voltará a gastar mais do que pode e daqui a algum tempo voltará a nós com a mesma cantilena. O que é preciso é um choque de gestão e um choque de moralidade. E nada disso será possível no desgoverno dessa incompetente senhora.
O seu amarra-cachorro-mór, Aloízio Mercadante ainda tem a coragem de dizer que o país precisa de um imposto "temporário" e que temos que dar tempo ao governo. Quanto tempo, cara-pálida? Esse governo já está aí desde 2010, sem contar os oito anos do Exu de Garanhuns! Quer mais tempo para quê? Para nos afundar de vez?

Que o povo brasileiro aprenda: no regime presidencialista há que se ter cuidado redobrado ao votar, pois, ao eleger um energúmeno ter-se-á que aguentá-lo por 4 longos anos; ou ir pro embate, se houver motivos, e defenestrar o governante mediante o processo complexo, incerto e desgastante do impeachment.
Na minha opinião, perdemos uma grande oportunidade quando tivemos a chance de, em plebiscito, votar pelo parlamentarismo.
Agora nos resta lamentar e fazer força para que os nossos representantes, os senhores deputados, tenham a coragem de levar esse processo até o fim. Isso, se não estiver, a maioria deles, também envolvida nos escândalos de corrupção, o que lhes tiraria toda a legitimidade para fazer esse movimento.
E a sociedade civil? E o povo? Teremos nós que ficar como expectadores passivos, torcendo contra uma CPMF aqui, um imposto extraordinário ali e ao fim e ao cabo, pagando a conta dos desmandos? Pois não há outra fonte de renda para o Estado, que não seja o nosso bolso!
Em um país normal, quem paga é quem manda. Isso teria que valer também para nosso país, se fôssemos um país como os outros. Somos os pagantes, portanto temos o direito de determinar o tamanho da conta e quem vai administrá-la.
Será que algum dia chegaremos a esse estágio de evolução política?

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Festa da gastança

Assim é fácil. O desgoverno da desgovernada do Planalto, fez o que quis com as contas públicas, enquanto havia dinheiro, ou pensava-se que havia. Gastou-se a rodo, sem medida, sem preocupação com a deterioração das contas públicas. O interesse eleitoral, na verdade o estelionato eleitoral, falava mais alto.
Depois veio a maquiagem dos números. O governo tentou emplacar a mentira de que não houvesse desmandos, descalabros, rombos e buracos nas contas e pretendeu fingir que o dia seguinte não chegaria com a conta a ser paga.

Agora, quando não é possível mais mentir, trapacear e enganar a mais ninguém, o que faz a governAnta? Joga para o Congresso a responsabilidade de dar uma solução e aponta a saída mais "fácil" que é aumentar a carga de impostos nas nossas costas.

Essa proposta de orçamento que foi atirada na cara do Brasil é um acinte, uma desfaçatez. Em primeiro lugar pela ousadia, pela coragem de apresentar um conta que não fecha. Ou seja, já de cara o governo diz que vai continuar gastando mais do que arrecada. Não aponta um corte no cipoal absurdo de cargos comissionados. Nem mesmo faz o gesto simbólico de reduzir essa ciranda de ministérios inúteis!
O governo sequer pretende fingir austeridade! Não, a questão que se põe para o Congresso resolver é quais serão as "fontes" de receita para tampar o buraco.

As "fontes", já sabemos, ao fim e ao cabo serão os nossos bolsos. Os bolsos de cidadãos que trabalham e que não foram convidados para a festa da gastança que continua.
Sonho com um dia, em que a nação inteira, em um ato patriótico de desobediência civil, pare de pagar impostos por seis meses, por exemplo. Teria que ser um movimento social em peso, coordenado, orquestrado, que de uma vez por todas mostrasse quem é o patrão nessa relação.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Novilíngua

Na novilíngua da "esquerda" brasileira - o que quer que isso signifique - inventada e normatizada pelos inteligentinhos de plantão (obrigado, Pondé) e pela Academia, que vive da autoreferência elogiosa e da publicação de compilações e plágios de pesquisas dos outros, as palavras acabam por adquir significados estranhos, difíceis de os simples mortais entenderem.

Para tornar essa novilíngua acessível a todos é necessário que se compile - que verbo! - um dicionário. Aqui vão algumas contribuições:

violência - aquilo que antigamente se chamava crime, assalto, estupro, assassinato. Hoje tudo isso é designado sob o termo mais genérico "violência", que não resolve o problema, mas torna a descrição mais palatável. Além disso, por ser mais genérico, o termo violência pode facilmente ser invertido e atribuído à polícia, ou às elites, o que é um ganho demagógico muito grande.

infrator - criminoso é palavra muito forte e que estigmatiza as pessoas. Deve ser substituída por infrator, o que equipara um assalto à mão armada ao ato de estacionar em local proibido. Se o criminoso, oops, infrator, for menor de 18 anos, então é que se tem que tomar maiores cuidados para não estigmatizá-los. É um trauma psicológico muito forte para o qual esses menores não estão preparados.

menor infrator - bandido que frequenta o imaginário da Academia, provavelmente substituindo o mito do bom selvagem de Rousseau. É um adulto de 16, 17, ou mesmo 18 anos incompletos, que pode cometer as maiores barbaridades e permanece inimputável.

malfeito - corrupção quando é perpetrada pelos cumpanheiros chama-se malfeito. Roubalheira e maracutaia seria se tivesse sido cometida pela oposição. A novilingua petista incorporou um conceito muito caro às elites e oligarquias dos tempos da ditadura militar. O conceito foi definido pelo prócer dessas oligarquias, Antonio Carlos Magalhães: "para os amigos, tudo; para os adversários, a Lei". Com isso podemos dizer que finalmente o PT chegou lá.

base aliada - conjunto de políticos venais da pior espécie, que não estão nem aí para o país que sugam, são regiamente pagos por nós, os babacas,  e só pensam em como fazer para tirar mais alguma vantagem da carcaça pública. São literalmente comprados com cargos e com dinheiro vivo mesmo, para não atrapalharem os planos do partido governante que quer ficar eternamente no poder.

governabilidade - capacidade de fazer conchavos espúrios visando a salvaguarda de interesses mesquinhos e pessoais. fingindo atuar em nome de um governo republicano legítimo. Em geral a governabilidade é garantida com pixulecos (ver abaixo).

golpe - qualquer atitude ou manifestação de desagrado com os rumos que toma a economia e a moralidade pública sob o regime do PT. Quando são eles que se manifestam, aí se chama "exercício da democracia".

pixuleco - "modesta" contribuição financeira dada ao PT e partidos aliados por empresas contumazes no desvio de verbas de estatais. Além de beneficiar os partidos, beneficiaram também os membros dessas organizações. Em outros tempos isso se chamava propina, suborno, corrupção.

mandioca - a maior conquista do Brasil!




domingo, 30 de agosto de 2015

Elite branca

OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa, Mendes Júnior, UTC, Construcap, MRV, Racional Engenharia, ARG, Carioca Engenharia, Método Engenharia, Barbosa Mello, Extec, Constran, CR Almeida, WTorre, Direcional, Via Engenharia, ..., e por aí vai. São todas empreiteiras brasileiras, todas elas com faturamento anual superior a 1 bilhão de reais, destacando-se a Odebrecht que sozinha fatura mais de 10 bilhões. Querem melhores exemplos de "elite branca" do que esses?
Todas elas envolvidas com casos escabrosos de propina identificados pela operação Lava Jato.

Pergunta ociosa aos administradores: será que essas empresas não tem "governança corporativa"? Não aplicam métodos modernos de gestão? Não tem códigos de conduta?

A definição de governança corporativa é, segundo a Wikipedia:
Governança corporativa é uma área de estudo com múltiplas abordagens. Uma das principais preocupações é garantir a aderência dos principais atores a códigos de conduta pré-acordados, através de mecanismos que tentam reduzir oueliminar os conflitos de interesse e as quebras do dever fiduciário.

Traduzindo: ao adotar a Governança Corporativa, a empresa pretende fazer com que seus empregados obedeçam aos códigos de conduta, sejam confiáveis e não roubem da própria empresa.
Só que, no caso dessas empresas listadas acima, existem dois pesos e duas medidas. As regras da Governança Corporativa dessas empresas só valiam (ou valem) para dentro. É como se o acionista dissesse: roubar do povo brasileiro podemos, mas não roubem de mim, não! É a demonstração absoluta da hipocrisia, desfaçatez, cinismo, egoismo e falta de patriotismo, que grassa entre uma "elite" brasileira, a elite branca e burguesa, tão amiga do PT e vice-versa.

Essa "elite" que domina um certo cenário econômico do país é formada por empresas que vicejam somente à sombra do protecionismo, da reserva de mercado, que não se interessam em inovar, em evoluir, uma vez que não necessitam. Não há competição, pois não há concorrência. Elas formam um cartel ou um clube. No Brasil, ou fora dele, essas empresas conseguem os milionários contratos superfaturados exatamente onde o ambiente político favorece os privilégios e a corrupção. São ditaduras africanas ou latino-americanas aduladas pelo PT e agora entendemos por quê. Não há nenhuma razão ideológica, a razão é monetária mesmo. O motivo é enriquecer cada vez mais, como diz Ferreira Gullar, aqueles que dizem lutar pelos pobres.

Se perdermos essa oportunidade histórica de reverter de vez essa relação incestuosa entre empreas e Estado, podemos desistir de vez do Brasil.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Licença para mentir

É espantoso que se chegue a esse ponto:  termos que dizer em alto em bom som que, além de incompetente e burra, a presidente da República é uma mentirosa! E mentirosa contumaz. Não é a primeira vez que mente de modo descarado para o povo brasileiro. Mentiu quando disse que, como presidente do Conselho da Petrobras não leu direito, mas aprovou, as cláusulas do termo de compra da usina de Pasadena (só por isso já haveria motivo de interdição judicial dessa senhora).
Mentiu quando veio à televisão anunciar ao povo uma redução de 18% na conta de luz, sabendo que isso era insustentável. Mentiu quando prometeu a construção de 800 aeroportos no país.
Mentiu na campanha eleitoral quando, todas as vezes em que teve a oportunidade, quis atribuir ao adversário a intenção de adotar as ações que já estavam planejadas pelo seu governo no sentido de tentar melhorar um pouco a bagunça econômica que ela mesma provocara.
Mentiu de novo agora quando ao conceder essa patética entrevista à "Folha de S.Paulo", disse que não sabia que a crise estava instalada e que a ficha só lhe caiu depois da eleição. Nesse caso, como em Pasadena, ela confessa uma incompetência para encobrir a má-fé.
Em economia, já dizia o Bob Campos, é mais fácil fazer previsões sobre o passado, do que sobre o futuro. Entretanto, essa foi uma das crises mais anunciadas de que se tem noticia. Todo mundo sabia, só ela não. A funcionária do Santander foi até demitida quando em julho de 2014 escreveu um texto aos investidores alertando-os para o problema. O governo reagiu com indignação! Exigiram a cabeça da moça! Lula vociferou, com aquela sua elegância já conhecida: "Efa mofa não entende porra nenhuma de Brasil...Pode mandar embora e dar o bonus dela pra mim, que eu fei como é que eu falo."
Pois é, e agora José? Basta fazer cara de santa e mentir mais uma vez e fica tudo bem? 
Quem vai exercer uma função tão nobre como a presidência da República deveria ter uma aulas de etiqueta mínima necessária para poder concorrer ao cargo. Afinal será o Chefe de Estado, o representante de toda uma nação. Não fica bem, uma pessoa na função de presidente, mentir no exercício de sua função. Isso é falta de decoro. Deveria ser uma razão para impeachment, como é nos Estados Unidos. Nixon perdeu o cargo porque mentiu e Bill Clinton quase perde o dele pelo mesmo motivo.
Aqui, ao contrário, a licença para mentir vem até acompanhada de "habeas corpus".

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Gota D'àgua

"Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa,e qualquer desatenção, não faça, não; pode ser a gota d'água."


Amanhã o Procurador-Geral vai ser sabatinado pelos senadores da República para ser reconduzido ao cargo. Será aprovado, principalmente depois que Renan Calheiros mudou, de novo, de lado e passou a apoiar a sua recondução. Janot vem desempenhando seu papel mais ou menos corretamente, entretanto há uma pergunta que não quer calar. Por que o Procurador não denunciou Renan Calheiros? Se denunciou até o senador Anastasia, o mais improvável de ter tido qualquer coisa com o Petrolão? Se denunciou Eduardo Cunha, tão delatado quanto Renan? 
E porque nenhum membro do Executivo foi indiciado? É crível que um esquema como esse funcionaria só com a participação de deputados e senadores? É crível que o Executivo, que é quem nomeia os diretores da Petrobras, tenha siso ludibriado pelos deputados e senadores?
Que deputados e senadores da base aliada tenham se aproveitado da lambança instituída pelo PT na estatal é óbvio. Mas daí serem eles os mentores e líderes da roubalheira, nas barbas do governo e ninguém no poder Executivo ter nada a ver com isso é um conto da carochinha. É conversa mole para boi dormir.
Então por que Janot evita denunciar alguém do Executivo?
No que depende do juiz Sérgio Moro está indo todo mundo pro xilindró, não importa qual seja o partido ou a corporação a que pertence o meliante. Quando porém a "coisa" chega na Procuradoria Geral da República começa um baile de sombras, das quais só vemos os vultos e os resultado finais, que não são agradáveis. Assim vamos mal.
Será que ainda não está evidente para todo mundo que a festa acabou? Será que não está claro que perderam o jogo? O povo não aguenta mais, o povo não quer mais viver esse estelionato político permanente. O povo, o poder soberano, não aceita mais esse jogo de comadres. O povo tem paciência, mas um dia essa paciência acaba. Um dia o povo invade a Bastilha e derruba tudo o que estiver pela frente. Aí não vai adiantar gritar contra a violência, contra os excessos, contra o Terror. Foi assim que a monarquia francesa caiu. Foi assim que a cabeça do rei e da rainha foram parar num cesto de palha. Foi por não acreditarem que o povo, um dia , se levantaria contra eles. A paciência do povo é como um copo d'àgua, que, gota a gota demora a encher, mas um dia entorna.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Não vai dar certo

Nos tempos pré-históricos da minha infância havia um desenho animado de uma hiena e um leão. O leão, chamado Lippy, era de um otimismo fora da realidade. A hiena, chamada Hardy (algo, mais ou menos como "Dureza"), era super-pessimista e diante de tudo que acontecia dizia sempre: "Isso não vai dar certo!".
Deveria haver uma Hiena no governo, ao lado da Anta, para cochichar-lhe no ouvido, todas as vezes em que a Anta produzisse uma idéia: "Isso não vai dar certo".

É impossível alguma coisa dar certo nesse governo! Nunca se viu tantos incompetentes juntos! Como é que vai dar certo alguma coisa gestada por essa gente do PT, que parece que pensa com qualquer órgão do corpo, menos com o cérebro? O que de bom e de útil para o país podem produzir um Edinho Silva, um Aloízio Mercadante, um Miguel Rossetto, um Jaques Wagner? Sinceramente...
O PT consegue provocar uma confusão dos diabos contra si mesmo a partir do nada. Não é preciso oposição, que aliás não faz estragos no PT, como o PT faz em si mesmo.
Quando aparece alguém com vontade e competência para ajudar, se não for originário dos quadros da "esquerda", o PT trata de sabotar essa pessoa. Fez isso com o Temer, que não aguentou e deixou a articulação política; e está fazendo isso com Joaquim Levy, que já deveria ter pedido o boné e abandonado o barco há muito tempo. Só não o faz, provavelmente por muito patriotismo e muita responsabilidade, mas não sei por quanto tempo vai aguentar-se no cargo.

Não vai dar certo! Não pode jamais dar certo um governo com essa gente. O Brasil descobriu isso um pouco tarde, mas acho que aprendeu de modo indelével. Jamais nos esqueceremos do PT!

domingo, 23 de agosto de 2015

Brincando com fogo

Não foi por falta de aviso. Foi por burrice, incompetência e arrogância que a gerenta nos levou a essa situação econômica. Em novembro de 2013, Delfim Netto, conselheiro do governo, já advertia: 
"Violações da ordem fiscal vão se acumulando, sem consequências aparentes no curto prazo. Mas a história e a análise teórica ensinam que, em algum momento, provavelmente em tempo superior ao mandato do poder incumbente, elas geram uma "emergência" que explode num desequilíbrio fiscal, inflacionário e cambial simultâneo, que reduz a pó a economia nacional. Todo brasileiro com mais de 20 anos já assistiu em branco e preto a tragédias como essa... Se isso [a tempestade] ocorrer, teremos uma rápida elevação da taxa de juros no mundo, uma mudança dos fluxos de capitais, um ajuste instantâneo e profundo da nossa taxa de câmbio, uma redução do crédito bancário, uma queda dramática da renda real dos trabalhadores e a volta - em legítima defesa - de taxas de juros reais aos absurdos níveis com que vivemos durante tantos anos, acompanhados por um aumento do desemprego."
A previsão catastrófica não foi só a de Delfim. Com exceção daqueles que resolveram abdicar de sua inteligência por causa do fanatismo partidário-ideológico, todas as pessoas com um nível razoável de informação sabiam para onde caminhávamos.
O que houve até agora? Desequilíbrio fiscal, inflacionário e cambial ao mesmo tempo. Redução a pó da economia nacional. Redução de crédito bancário. Redução de renda. Aumento do desemprego.
Estamos no fundo do poço? Ainda não. Isso significa que pode piorar? Vai piorar ainda mais. As razões para isso são: junto com a crise econômica atravessamos uma crise política como poucas vezes se viu na história desse país. Vivemos ainda uma crise moral sem precedentes pois aqueles que deveriam exercer a função de líderes, preferiram se render à corrupção e à roubalheira.
Estamos no meio de várias crises e sem ter em quem confiar para sair delas, pois a credibilidade da classe empresarial e da classe política foram solapadas pelos seus próprios agentes.
É por isso que a sociedade tenta se agarrar à Polícia Federal, ao juiz Sérgio Moro, ao Ministério Público, como tábuas de salvação. Mas infelizmente nenhuma dessas instituições pode exercer o papel de guia, de salvador da pátria.
Esse é um momento perigoso! Em momentos assim, se surgir a  figura de um ditador, por mais maluco que seja, poderá ser levado pela população ao poder.
Convém lembrar que uma parcela cada vez mais crescente do povo volta os olhos para os quartéis, na expectativa que os militares assumam esse papel. Os militares da ativa estão calados, apesar de os da reserva já estarem murmurando o desconforto que sentem, por quanto tempo permanecerão assim é uma questão sem resposta.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Poupe a nação!

A semana passou com o Planalto cantando vitória e a mídia ecoando o alívio da presidente com a denúncia de Eduardo Cunha e  apoio que ela teria tido de empresários e tribunais, além da cooptação do Renan.
Espremendo porém todos os fatos, o que temos? A semana começou sob o impacto das manifestações do dia 16. Tentaram esvaziar esse impacto com a numerologia: foram tantas ou quantas pessoas! Na verdades e foram 1 milhão ou 700 mil pessoas no país é uma conta, além de imprecisa, desimportante, pois o que interessa de fato é que as praças e as ruas estavam cheias de gente, apinhadas de gente, vestida de verde-amarelo a pedir, pura e simplesmente, a saída da presidente!
A semana chega ao final com outros dois fatos marcantes: a saída de Michel Temer da articulaçao política e o encaminhamento, pelo ministro Gilmar Mendes, das contas da campanha da petista para a Procuradoria Geral da República, com indícios de graves irregularidades e recebimento de dinheiro desviado da Petrobras.
Pode ser por aí, que comece o processo de defenestração da Dilma. A saída de Michel Temer do processo de articulação política é apenas um sinal sutil de que a situação da presidenta não anda nada boa.
Ela, entretanto, ainda se aferra ao cargo com unhas  e dentes. A pergunta que se faz a essa altura do campeonato é: para quê? Para quê essa senhora insiste em sentar-se naquela cadeira? Se não tem nenhum plano de governo, não sabe o que fará na semana seguinte. Não sabe como conduzir a crise econômica. Não sabe como conduzir a crise política. E agora, sem a ajuda do Temer, quem é que vai fazer a articulação? Ela mesma? Com aquela habilidade elefantina em loja de louças? Ou voltará a ser o Aloísio Mercadante, que não consegue articular nem com seu próprio partido?
Francamente, dona Dilma, tenha piedade e renuncie logo. Poupará a todos um desgaste desnecessário. O país lhe agradeceria, penhorado.

Vontade do Povo

A era PT acabou. Desfez-se o sonho, ou melhor, a mentira; e a realidade bruta, crua e nua, se impôe. Todos os brasileiros estão sentindo o sufoco da inflação trotante e que, rapidamente, vai se tornando galopante, a corroer os salários. Quase todos estão enojados com a corrupção que esse partido institucionalizou no país. Já está até cansativo acompanhar a Lava Jato. Já nem sabemos se o roubo foi de milhões, bilhões, zilhões...
Mais uma vez, no último final de semana, o povo foi às ruas para gritar "Fora, Dilma!",  "Fora Lula!" e "Fora, PT!". Exatamente essas foram as palavras de ordem das multidões! O país, o povo desse país não quer mais esse governo. Ponto final!

Democracia é satisfazer a vontade desse mesmo povo. Infelizmente não vivemos em um regime parlamentarista, mas está na hora de levar essa discussão a sério. No parlamentarismo o governo já teria caído, junto com o parlamento. 
É obvio que isso não interessa áqueles que se aproveitam dos mandatos para satisfazer a seus interesses pessoais, pois no regime parlamentar não há mandatos fixos. O governo pode cair a qualquer momento e a qualquer momento novas eleições podem ser convocadas. Basta a vontade popular. Portanto apesar dessa gritaria de que a legitimidade do mandato da Anta tem que ser preservada, isso é uma balela e mais uma mentira. O que tem que ser preservado, numa democracia, é a vontade popular.

E o povo brasileiro está dizendo "Basta!" já há alguns meses. Os detentores do poder estão fingindo que não escutam. Estão colocando a paz social em risco, pois se a voz do povo não se fizer ouvir por bem, acabará por se fazer ouvir por mal. Até agora os líderes tem conclamado, e o povo tem atendido, o apelo de fazer as manifestações pacificamente.  Mas o caldeirão está se enchendo e uma hora vai entornar. Isso não é desejável porque a violência desanda e não se sabe onde vai parar, nem quais as consequências daí advirão.

Outro grande problema é que, se não se consegue uma solução em curto prazo, a classe política, que é quem deveria dar conta de resolver esse problema político, cai mais em descrédito. O povo está perdendo as esperanças de que a oposição e a classe politica em geral possam resolver esse problema. Mas fora da política qual seria a solução, senão uma ditadura? Não é por mais, nem por menos, que muita gente anda clamando por uma ação das Forças Armadas. Quem pede que as Forças Armadas intervenham é quem não acredita mais nos políticos.
Sem uma resposta adequada dos políticos, esse movimento pedindo a intervenção militar só vai crescer, até que alguma coisa de fato aconteça. Não há vácuo na política e muito menos no poder. É preciso que um líder, um estadista, conduza essa transição pós-PT.
Esse líder já está aí. Só não sabemos quem é. Na hora H ele aparece. Torçamos para que apareça um estadista, um homem de bem, de caudilhos e canalhas estamos cheios.


Já caiu!

"Não vou mexer nos direitos dos trabalhadores, nem que a vaca tussa". Mexeu! "Não vou aumentar os juros!" Aumentou! "A inflação está sob controle!" A inflação explodiu! "Ajuste fiscal só interessa aos banqueiros e aos amigos dos banqueiros!" Nomeou alto funcionário do Bradesco como ministro da Fazenda! "Eles vão privatizar a Petrobras!" Está privatizando a Petrobras aos pedaços. "Não vou sair do governo!". Já saiu.

Essa é a anta que pensa que ainda é presidente do Brasil. De tudo o que fala, a maior parte não faz sentido e a outra parte é exatamente o contrário do que acontece na realidade.
A Petrobras sempre foi um símbolo ideológico manipulado pela esquerda, como se fosse sua propriedade. Essa esquerda, que mistura um falso nacionalismo com um discurso burro anticapitalista, sempre usou a Petrobras, até então um orgulho do Brasil,  como um símbolo da "resistência nacional ao imperialismo ianque". Usou e  abusou, sabe-se agora. Quebrou a ex-maior empresa do país. E agora, a versão feminina de Lula mandou retalhar a Petrobras e vender os pedaços, como carne no açougue. E, obviamente, está vendendo só as jóias da coroa, as melhores partes, pois ninguém é bobo de botar dinheiro em empresa falida ou com pouca margem de lucro.

A Petrobras então está se desfazendo de ativos importantes para fazer caixa. Isso ocorre depois de ter feito a maior capitalização da história do mundo, ainda no mandato do Exu Nove-Dedos!  
Piorando a situação, a BR distribuidora foi posta à venda em no pior momento para se fazer isso. Quem a comprar vai fazê-lo na bacia das almas, com o preço vilipendiado e, depois da tempestade, o que sobrará da empresa-símbolo? Será só o símbolo da derrocada de uma falsa ideologia, que, no fundo, no fundo, só queria chegar ao poder para usufruir das benesses que, pensavam, os outros usufruiam. E por conta disso destruiu a economia do país e a sua empresa-símbolo.
A Petrobras será privatizada aos pedaços e sem que a palvara privatização seja mencionada, pois o petismo é mestre no uso de eufemismos para camuflar a realidade. Só que os eufemismos petistas não enganam a mais ninguém. A era deles acabou e só eles não perceberam isso, como dona Dilma já caiu, mas pensa que ainda é presidente.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Nem anéis, nem dedos

A ainda presidente Dilma está jogando as suas últimas cartadas e, fiel ao seu estilo e ao estilo de seu partido, não revela o menor escrúpulo. Vale tudo para permanecer sentada naquela cadeira, como um dois de paus, pois governar já não governa mesmo,  coisa que, aliás, quando quis fazer, nos trouxe a esse buraco em que estamos.
Mas deixar o poder? Jamais, isso não faz parte da cartilha petista. Não querem deixá-lo por várias razões e não somente pelas razões óbvias de não quererem largar a têta.
O problema deles agora nem é esse. O problema é que, ao sairem do governo, sabem que a avalanche de denúncias contra o que fizeram na administração pública não vai deixar pedra sobre pedra. Por isso a ordem para a madama é ir se agüentando como puder, segurando daqui e dali, adiando o desfecho inevitável até que possa ser vislumbrada uma solução de compromisso que poupe o Molusco. A tentativa agora é salvar a pele dele, já que nada mais pode ser salvo, nem os anéis, nem os dedos (os nove que ainda restam).
Por isso, Dilma nem vai e nem vem. Já mandou o ajuste fiscal às favas. Hoje ao conceder mais benesses ao setor automobilístico, que mensagem passou? A de que a agenda de Joaquim Levy já era. Que ajuste fiscal que nada! Isso vai ficar para o sucessor, se quiser e seja ele quem for. Como ratos em navio que está naufragando, cada um vai procurando a sua tábua de salvação, um pedaço de pau que lhe sirva de jangada para não afundar junto com a nau. Apesar da dieta que diz estar fazendo, Dilma nunca jantou tanto desde que assumiu o mandato.  Foi janta com Janot e alguns ministros do Supremo, com Renan Calheiros, com Lewandowski em Portugal, às escondidas. E agora resolve soltar mais um pacote de "bondades". Uma incoerência para quem está sem dinheiro e querendo aumentar os impostos. Uma incoerência para quem está mantendo uma taxa de juros de 14,25% ao ano para reprimir a demanda e, dizem, conter a inflação. Com isso a governanta mostra que não há o menor planejamento, nem agenda, nem metas, nem nada. Vai tudo ao sabor do vento, dos rompantes, dos palpites e do improviso.
Dilma só age em função de prorrogar a agonia de seu mandato. Esse pacote é para "comprar" o apoio da Fiesp, nada mais, nada menos. Já cooptou Renan, sabe-se lá como e com que moeda. Já entronizou Janot em novo mandato com a missão explícita de bombardear Eduardo Cunha, no qual ela e Lula vêem o maior risco. Movimentos para cá e pra lá só no sentido de salvar o que não pode mais ser salvo. Enquanto isso o país que se dane! Vão acabar saindo, mas querem quebrar tudo primeiro. Esse é o legado do PT.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Política em 3 tempos

Primeiro tempo:

Não tenho bola de cristal, mas algo me diz que na hora em que a coisa apertar e ele se vir sem saída, fugirá do país. E não vai fugir assim simplesmente correndo do pau, não. Vai mandar seus amarra-cachorros ainda dizerem que "diante das ameaças da extrema direita" à sua integridade e à sua liberdade, foi obrigado a optar por essa decisão". E sumirá, fugindo para Cuba ou para Venezuela, onde tem amigos que o protegerão de um eventual pedido de repatriação.
Seria um desfecho bem chocho para a Lava Jato, pois o "capo" tem que pagar pelos seus delitos ou a justiça se desmoraliza. Que o Exu Nove-Dedos será preso se ficar por aqui, eu não tenho dúvidas, a questão é quando?



Tempos passados:


Houve um político no Brasil que ficou famoso por usar no plenário da Câmara e fora dele, uma "espetaculosa" capa preta. E, debaixo dela, portava sempre uma sub-metralhadora alemã da Segunda Guerra, a que chamava de "Lurdinha".
O nome dessa figura temida e folclórica era Tenório Cavalcanti. Morava em uma fortaleza na baixada fluminense. Só perdeu o poder quando a ditadura militar confiscou suas as armas e cassou os seus direitos políticos.
Foi filiado à UDN, combateu Getúlio Vargas, mas acabou tendo uma briga memorável com outro udenista, o ACM. Tenório acusou um aliado de ACM de roubar o Banco do Brasil; ACM reagiu e chamou Tenório de ladrão, que imediatamente sacou de um revólver e em plena sessão apontou a arma para Antonio Carlos, dizendo que ia matá-lo. ACM entrou em pânico e teve uma incontinência urinária.
Sob os risos dos deputados, Tenório então guardou o revólver no coldre, dizendo: "Deixa pra lá. Eu não atiro em maricas!"

Tempos de Reprises

Uau! Em agosto estamos assistindo a reprises políticas, uma atrás da outra! Primeiro a reedição da prisão do Zé, chegando de camburão na sede da PF em Curitiba, só que dessa vez sem o bracinho levantado e com direito a foguetes.
A outra reprise é a palhaçada protagonizada por Collor, amiguinho do PT, que reagiu, como era de se esperar, da tribuna do Senado, às acusações que pesam contra si, chamando o Procurador Geral de República de nada mais, nada menos, que "filho da puta".
É assim que ele "se defende". È um filhinho-do-papai, mimadinho, que fica nervoso quando contrariado, mas é um perigo. A reincidência no crime nos comprova isso, além de apresentar todos os sinais de sociopatia.
Entretanto, o Senado não pode permitir que um membro de sua grei possa impunemente dizer um palavrão desse nível, do alto de sua tribuna! Se isso não for quebra de decoro, nada mais o será. Fica tudo liberado então.


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O exército deles

Diante dessa ameaça da CUT, feita em alto e bom som de dentro do palácio do Planalto, diante da presidente da República, falar o quê? O presidente da CUT deixou claro que se prosperar o impeachment eles se entricheirarão nas ruas, com armas nas mãos, e serão um "exército" a defender Dilma e Lula.
Aliás quem convocou esse "exército" foi o próprio Lula, há alguns meses. E quem os convidou para esse evento de apoio a si mesma, não foi ninguém menos que a própria ocupante do cargo.
Nem João Goulart em 64 teve a coragem de fazer algo semelhante. Ao invés de convidá-los ao Planalto, Goulart foi ao encontro dos sargentos sublevados de então. E esse foi o pretexto para o Exército, o verdadeiro, sair às ruas e depô-lo.
Pois agora, não se ouve um pio. Nem o Ministério Público se manifesta. Nem a OAB protesta, nem a imprensa noticia. Mas o vídeo da fala está aí para quem quiser ver e ouvir. Vejam abaixo:



Esperemos que a bravata seja só bravata, pois em uma democracia a luta tem que  se limitar aos contornos da lei. É verdade que esse pessoal se acostumou a romper os limites legais, com suas ocupações, suas invasões, seus black-blocs e a sociedade foi tolerante com eles. Tolerante até demais, mas agora chega! Agora a sociedade quer (e tem o direito de querer) que Dilma seja investigada, que Lula seja investigado e, se houver indícios ou provas que os incriminem não será a CUT que vai impedir a nação de julgá-los e condená-los.
É bom que eles se lembrem que o Brasil tem um Exército e um só.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O imponderável

É ingenuidade pensar que o governo, com sua máquina monumental, vai ficar parado esperando para ver como vai se desenrolar a crise. No início do ano, Dilma estava catatônica, sem saber o que fazer.
À medida que a crise foi se aprofundando, os comparsas viram que deixar Dilma sozinha significaria que iriam todos juntos pro buraco. Então, começaram a se mover. Quanto mais se sentem ameaçados de serem pegos pela Lava Jato ou pela pressão popular, mais rápido se unem e tentam buscar uma saída.
Houve um momento em que até o Lula torcia para a derrocada de Dilma. Queria se descolar da sua pupila para disputar as eleições de 2018 sem ter que carregar esse volume morto. Mas, ao ver cada vez mais próxima a possibilidade do impeachment e as investigações da Lava Jato chegando perigosamente perto de suas relações com as empreiteiras, o Molusco deu uma guinada e passou a "colaborar" com Dilma para achar essa tal saída.

Se conseguirão eu não sei. Mas sei que estão jogando todo o peso da máquina para trabalhar a seu favor. Estão atuando pesadamente no TCU, no Ministério Público, na cooptação do Procurador-Geral da República, negociando a sua recondução ao cargo e por todos os outros meios de pressão. Parece que Renan, que nunca esteve do lado de cá, já passou de novo para o lado de lá. Na história de Renan isso não é novidade. Já foi aliado do Collor, inimigo do Collor, aliado de novo do Collor.
Dependendo de que direção o vento sopra e de quanto se vai lucrar, vários outros "representantes do povo" estão dispostos a mudar de lado. O Exu de Garanhuns sabe disso e é nisso que ele se apoia para traçar uma estratégia para a Anta, que agora não esperneia mais e faz o que lhe mandam fazer.

O que pode perverter toda essa estratégia são dois fatores: o principal é o povo da rua, a voz do povo, a voz rouca do povo nas ruas. E não poderá ser só no dia 16 de agosto. Temos que fazer várias manifestações até que o mundo político, os representantes,  resolvam escutar o que os representados querem que seja feito. O segundo fator é , como dizia Nélson Rodrigues, o Imponderável de Almeida.
Agosto é o mês preferido do Imponderável e quando ele aparece tudo pode acontecer. Já estamos vendo a sombra dele nos documentos que revelam a relação incestuosa do Molusco com a OAS.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dilma dialoga

Dilma,  a sábia, vai se reunir com representantes da UNE e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra nesta semana para reforçar o "diálogo" com a sociedade.
É inacreditável! Ela não dá "uma dentro". Desde quando conversar com quem te apoia é diálogo?! Não chega a ser nem monólogo, pois essa mulher sapiens, quando abre a boca, não consegue produzir uma frase que faça sentido na língua portuguesa. 
Além de ser uma toupeira, falta-lhe um mínimo de assessoria. Alguém deveria lhe dizer que, se alguma chance lhe resta de não se fritar nos tribunais, seria a de ir a público, reconhecer os erros, pedir desculpas e sair de fininho de cena pedindo ao povo para esquecê-la.
Mas, não. Ela resolve radicalizar ainda mais. Vai "conversar" com o MTRST. É demais.
Das duas, uma. Ou ela não tem mesmo a noção do que faz, ou resolveu piorar ainda mais a situação para justificar uma renúncia "honrosa". Aliás, quem falou em renúncia, sem ser perguntado a respeito, foi o líder do governo na Câmara, José Guimarães. Disse ele:  “A presidente vai liderar um amplo diálogo com as bancadas, com os partidos, com os empresários, com os movimentos sociais. Vai percorrer o país e não há chance de renunciar”.
Amplo diálogo? Liderado por Dilma? Já sabemos, diálogo com as bancadas e os partidos é o velho "toma-lá, dá-cá"; com os movimentos sociais é o "toma-lá, toma-lá" e com os empresários é o "dá-cá, dá-cá". Esse é o diálogo petista, que só usa essa palavra quando está contra a parede e, mesmo assim, como se viu na televisão na semana passada, insiste em demonizar todos aqueles que não concordam com suas idéias "progressistas".
Como sinal do "diálogo" chamou Renan Calheiros para jantar no palácio da Alvorada. Já que não consegue cooptar Eduardo Cunha, quem sabe o Renan seja mais dócil? Para não ser comida pelo jacaré, Dilma faz amizade com o crocodilo. Que estrategista!

sábado, 8 de agosto de 2015

Fadas madrinhas

Imagine a seguinte situação. Você é um cidadão brasileiro, pacato, cumpridor dos seus deveres, trabalha, paga sua contas e seus impostos. De repente, do nada, aparece uma fada madrinha, amiga de seu irmão e começa a depositar todo mês 30 mil reais da sua conta. Ótimo, não?
Mas você não desconfiaria de nada? Não ia procurar saber o motivo de tanta bondade? Mesmo que não fosse 30, mas, digamos, 3 mil reais. Todo mês? A troco de nada?
Outra questão, você iria declarar essa "receita"? Pagaria imposto de renda? E seria declarada sob qual título? Receita Extraordinária decorrente da bondade alheia? Doações mensais permanentes?
Pois foi isso o que aconteceu com o irmão do Zé Dirceu, Luiz Eduado de Oliveira e Silva, segundo ele mesmo confessou ao juiz Sérgio Moro. De repente, passou a receber 30 mil reais todo mês, pagos pelo lobista Pascowitch, amigo de seu irmão, e ele nunca soube ou procurou saber a origem do dinheiro, nem o motivo desses pagamentos serem feitos.
É muita cara-de-pau, um marmanjão desses, um homem velho e calejado, querendo posar de virgem vestal na frente de um juiz! É um tapa da cara de todos os brasileiros que levantam cedo e vão pegar no batente para pagar os impostos que sustentam essa turma que nunca fez nada, que nunca trabalhou!
O que fez Dirceu na vida além de politicagem e conchavos? O que ele produziu de bom e útil para o seu país, tendo ocupado os cargos que ocupou? Quando ministro da Casa Civil a única coisa que sabemos que ele fez foi criar e costurar essa quadrilha, essa organização criminosa para assaltar os cofres públicos.
No Brasil deveríamos ter pena de prisão perpétua e aplicar uma pena dessas na figura abjeta do Zé. Ele deveria ser jogado na cela e lá mofar até o fim dos seus dias, junto com seu comparsa que ainda está solto. Não por muito tempo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Intelequituais

É triste perceber que os ídolos da nossa juventude (toda juventude tem ídolos) envelheceram. Aliás, eu me corrijo, envelheceram não, passaram do ponto, ficaram obsoletos. 
Envelhecer é bonito, é agregar sabedoria, é tornar-se uma pessoa melhor, mais tolerante, mais paciente  e até mesmo mais otimista, pois sabe que o que nos parece trágico quando somos joves, pode se tornar patético ou ridículo quando ficamos mais velhos.
Os nossos ídolos passaram do ponto. Um exemplo é a figura patética do Fidel, ainda liderando, junto com o irmão, uma das ditaduras mais longevas do planeta. A figura do Che, que estampava camisetas rebeldes, já vai se tornando um símbolo esquecido, empoeirado, como daqui a pouco a foice e o martelo já não dirão mais nada aos joves de vinte e poucos anos.
Junto com esses emblemas de um passado que passou, acabou, restam figuras como a do Veríssimo, Luiz Carlos Barreto, Fernando Moraes e José de Abreu. Alguém aí de menos de trinta sabe quem é, ou melhor, quem foi Luiz Carlos Barreto?
Já na minha juventude se dizia que "não se pode confiar em ninguém com mais de trinta anos". É claro! As coisas mudam rápido em quando não se atualiza fica-se obsoleto muito cedo. Obsoleto e ultrapassado!
Foi o que ocorreu com esses senhores, chamados de "intelequituais" pela imprensa. Queria eu saber quem é que confere esse título a alguém? Com certeza não é a Academia de Ciências de Estocolmo.

Voltando ao assunto, a constatação dessa obsolescência fica mais clara quando se confrontam as opiniões desses "sábios" sobre a prisão do chefe Zé Dirceu. Disse o Barretão: "José Dirceu não é um bandido. Ele lutou e arriscou a vida dele pela democracia, conduziu um partido ao poder e estabeleceu um projeto"
E emendou Fernando Moraes: "Na verdade, não é nem o Dirceu nem a Dilma que querem, mas o Lula. O problema é 2018. Eu acho que ele acabou sendo vitimado por isso". Completando a série mais um zumbi falou, dessa vez o Veríssimo: "pelo que o José Dirceu significa, mesmo que sua prisão não fosse politica, seria política"

É vergonhoso para um país ter intelectuais dessa estirpe. O que estão dizendo é que pessoas como Dirceu estão acima da lei e que, pelo fato de que um dia teriam lutado contra uma ditadura militar (embora a favor de outra ditadura), agora podem fazer o que quiserem. Estão imunes! Fora do alcance da lei!

Esses chamados intelectuais deviam é aproveitar a ocasião e ajudar a melhorar os nossos padrões éticos, estabelecendo que pessoas como José Dirceu teriam que ser os primeiros dar os exemplos de conduta ética e política correta.
E ainda o Barretão, useiro e vezeiro de dinheiro público fácil e barato via Lei Rouanet, finge se esquecer que Dirceu não lutou por democracia alguma.
E o Fernando Moraes, um caso perdido de deformação ideológica, insiste em inventar um grupo fictício, "eles", que teria interesse em trancafiar Lula por causa de uma simples disputa de poder em 2018. É pensar pequeno demais. Tudo se resume a uma disputa eleitoral. No Brasil não podem existir cidadãos éticos e corajosos como o juiz Sérgio Moro, não. Na visão tacanha e reducionista desse pretenso escritor, as pessoas só podem pensar no próprio umbigo. Talvez ele esteja contaminado por algum vírus transmitido pela convivência estreita com os ditadores da ilha caribenha.
Outro que está contaminado, mas é pelo vírus da Dilma, é o Veríssimo. Como a gente vai deixar a meta aberta e quando atingí-la a gente vai duplicar, o Verissimo pensa que qualquer prisão do Zé é política, mesmo que não seja. Então tá, então.

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