terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sucesso! A dívida da Petrobrás vai aumentar!

E viva o pré-sal! Aplausos! Maravilha! Vendemos a melhor parte da riqueza do pré-sal a um único ofertante e pelo preço mínimo do leilão. Ou seja, não houve leilão! Não houve disputa porque ninguém mais se interessou. Nem a gigante British Petroleum, nem a ExxonMobil, nem a Chevron, nem mesmo a mexicana Pemex ou a norueguesa Statoil se interessaram. Mesmo assim, Dilma comemorou a formação do "maior consórcio do mundo". Tinha que ser alguma coisa "maior do mundo". Menos que isso não atinge os objetivos marqueteiros e populistas do governo.
O "sucesso" foi também comemorado pelo ministro da Justiça e pela diretora da ANP, Magda Chambriard, que disse que um "sucesso maior que esse era difícil de imaginar".
Realmente. Imaginemos se houvesse dois ou mais consórcios concorrentes, disputando a tapa o campo de Libra. Que horror! Que falta de civilidade! O bom mesmo é fazer leilão com um só interessado.  Assim não há briga e todos saem satisfeitos comemorando.
Apesar desse "sucesso" todo, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, não quis dar declarações. Talvez esteja preocupada com os 6 bilhões que a Petrobrás vai ter que pagar pela sua participação no consórcio, mas é uma bobagem se preocupar com isso.
Para quem já deve 176 bilhões (a maior dívida de empresa de capital aberto do mundo!), o que são mais 6 bilhões, menos 6 bilhões?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Neo-liberalismo da Dllma

Estou apostando que quem vai ganhar a privatização do campo de Libra do pré-sal hoje (se o leilão puder ser realizado, apesar das liminares e dos protestos) será uma empresa... chinesa e, obviamente, estatal.
Os motivos são vários, mas chego a essa conclusão, principalmente, porque a China é o país que detm as melhores condições de poder bancar o pesado investimento que essa atividade exigirá de imediato. De quebra, entregará 15 bilhões de reais para o governo Dilma cobrir os rombos das contas públicas em 2013.
Melhor é impossível para a gerentona, que entrará em 2014 em plena campanha eleitoral buzinando aos quatro ventos as maravilhas da sua condução econômica, temporariamente "saneada".
E o seus partidos PDT/PT que tanto berravam contra o "entreguismo" das riquezas brasileiras ao capital estrangeiro, ficarão caladinhos, fingindo-se de mortos.
É claro que, para eles, "entregar" para a China não é o mesmo que "entregar" para os Estados Unidos ou para a nação britânica. Nisso, os brios e as coceiras nacionalistas petitas e pedetistas ainda mantém a mesma posição ideológica. Afinal a China, pelo menos na forma, é ainda um país comunista. Imperialismo e neo-colonialismo, para eles, é só aquele patrocinado pelo hemisfério norte de olhos azuis! Para os demais, como os "comunistas" chineses, isso deve ter um outro nome: talvez "cooperação estratégica" ou "parceira terceiro-mundista".

Após 5 anos das bravatas lulistas sobre o pré-sal, lá vamos nós ao primeiro leilão com a nossa estatal do petróleo quebrada. Sua dívida passou de 49 bilhões (em 2007) para os 176 bilhões atuais, mesmo tendo havido a tal megacapitalização. Ou seja, em cinco anos o PT quebrou a Petrobrás. A sociedade brasileira não pode deixar que os recursos do pré-sal sejam desperdiçados da mesma maneira. 
O discurso é um, mas a prática é outra. Por isso assistiremos hoje ao espetáculo tragicômico do petismo fazendo todos os malabarismos para justificar suas ações neo-liberais! 
Como no caso das biografias, na hora "H",  a ideologia que conta mesmo para eles é a que garante o vil metal.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Biografias manchadas

Censura é coisa de ditadura. Ponto. Não há como argumentar. Em democracia ou você tem liberdade de expressão, para dizer o que quiser (e depois responder pelos eventuais excessos), ou não é democracia.
Houve uma polêmica recente que ilustra essa questão. Trata-se da "Marcha da Maconha" como uma livre manifestação do pensamento. Aqueles que queriam a proibição da "Marcha" diziam que era incitação ao crime. Os que a defendiam diziam que era livre expressão do pensamento, o que acabou confirmado por decisão do Supremo.
Gostemos ou não do que as pessoas dizem, elas tem o direito de dizê-lo. Esse é um bem democrático absoluto e inegociável. Não há como relativizar! Não dá para argumentar com o direito à privacidade, até porque os direitos tem uma hierarquia entre si. Há direitos que tem precedência sobre os outros, como por exemplo, o direito à vida, à liberdade, que não podem estar no mesmo nível do direito ao sossego e à privacidade.
A censura restringe um dos direitos fundamentais do Homem, que é a liberdade de expressão. Os biografados que me desculpem, mas ao aceitarem os bônus decorrentes de uma vida pública, tem que aceitar também os ônus que vem junto. A moeda tem duas faces e não dá para querer ficar só com uma delas.
O mais estranho ainda é dizer que as biografias escritas por jornalistas não autorizados, contra as quais eles se insurgem, podem ser liberadas se o biografado (ou herdeiros) receber royalties por elas! Ou seja, a questão que está sendo conduzida como uma defesa da privacidade, muda completamente quando aparece o fator "grana".
Francamente, aí já fica muito parecido com uma espécide de prostituição. A intimidade de alguém pode ser acessada, desde que se pague por isso.
E ver exercendo desse papel de censor, pessoas como Chico Buarque de Holanda é penoso para quem o admira e que viveu todo aquele horror dos anos de chumbo. A posição do Caetano e do Gil não me espanta muito, até porque nos anos 60 e 70, a gente reclamava que eles eram muito "alienados", como se dizia na época. Não faziam música "engajada". Enquanto o pau comia nos DOPS, eles curtiam um auto-exílio dourado em Londres e preferiam fazer "um iê-iê-iê romântico" e procurar "flying saucers in the sky" (1971). Não mudaram nada. 
Mas, o Chico, apesar da incoerência de morar na ilha de S.Louis, um dos lugares mais exclusivos e caros de Paris e ainda assim defender o regime cubano (pros outros, é claro!), por ter sido um dos artistas mais censurados durante a ditadura militar não poderia, ou melhor, não deveria deixar seu nome associado a esse movimento retrógrado de censura. Isso sim é que mancha uma biografia.

Bagunça econômica

A presidenta está se superando na bagunça em que lançou a economia brasileira. O PIB, já sabemos, não cresce de modo algum. A inflação real (não a fictícia produzida pelo Mantega) já chega aos dois dígitos, assim como os juros básicos (taxa Selic) que já estão em 9,5%. A taxa de desemprego recomeça a subir e o dólar atinge os píncaros, obrigando a intervenções gigantescas do Banco Central. O rombo das contas externas bate recorde atrás de recorde, e a dívida pública alcança 60% do PIB, já colocando o Brasil em posição de risco.
Não é à toa que o Investimento Estrangeiro Direto (ED) também caiu. O IED é aquele dinheiro que vem de fora para ser aplicado na produção, portanto muito mais barato que o dinheiro de empréstimo, e que é usado para cobrir esses rombos. Pois bem, o investimento estrangeiro caiu cerca de 8% em relação ao mesmo período de 2012. E caiu porque os estrangeiros andam muito, mas muito, desconfiados com o intervencionismo da gerentona. Caiu porque o Brasil se torna, cada vez mais, um lugar hostil aos negócios. Caiu porque todos estão esperando um descontrole ainda maior na economia sendo 2014 um ano eleitoral. Todos sabemos que a reeleição do poste vai ser extremamente difícil e por consequência haverá uma derrama de dinheiro na praça e o descontrole econômico só tende a aumentar.
De todos os índices, o mais preocupante é a dívida pública, que, chegando aos 60% do PIB, toca em um ponto historicamente sensível. Quando a dívida ultrapassa os 60% do PIB o descontrole da economia assume proporções de catástrofe. Foi o que aconteceu com Portugal, Grécia e Espanha.
Nesse andar da carruagem, torrando dinheiro público em campanha eleitoral disfarçada de ações de governo, em 2014 as contas públicas brasileiras vão estourar. É óbvio que a gerenta vai tentar segurar as consequências do estouro até as eleições. Depois será o "Deus-nos-acuda".
Exemplo simples: ela está disposta a quebrar a Petrobrás para garantir a sua reeleição. Abertas as urnas e contados os votos, virá a ressaca. A primeira coisa que vai acontecer será um aumento brutal no preço dos combustíveis, de uma só vez, mas evidentemente só depois da eleição...
Ela é suficientemente burra e irresponsável para conduzir a economia desse jeito. Já deu mostras que não sabe onde pisa, nem onde põe o nariz, mas pensa que sabe tudo e que é a dona da verdade. Esse é o seu pior defeito!  Além disso tem uma capacidade enorme de inventar números fantasiosos para encobrir uma realidade ruim. Se não, onde estão as 6.000 creches? Onde estão os 800 novos aeroportos? As 5 refinarias? Onde está o resultado espetacular do leilão do pré-sal? A transposição do S.Francisco? E o trem-bala? E a fábrica chinesa de iPads, a Foxxcon que viria para o Brasil?
Na hora em que o ambiente esquenta ela vai à televisão e solta mais uns factóides: plebiscito, reforma política, "Mais Médicos", qualquer coisa que o marqueteiro lhe diga para enganar a patuléia. Com isso engabela o povo mais um pouco e o Brasil vai caminhando cada vez mais rapidamente para o brejo. Êta, caveira de burro!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Os aeroportos da Dilma

Um cidadão sai de casa de manhã cedo no Canindé, com o assum preto cantando na sua janela, arreia o jegue, monta nele e vai pro aeroporto. Não, não me enganei! Vai pro aeroporto do Canindé mesmo!  
Chegando lá, amarra o jegue no estacionamento e pega seu voo para Quixeramobim. Faz o que tinha de fazer, vai ao mercado, ao banco, pita um cigarro de palha na pracinha com os amigos e de tarde volta para o Canindé, desamarra o jegue no estacionamento do aeroporto (o vigia do estacionamento já deu água e capim pro jegue durante o dia) e ruma feliz para casa, com todos os seus negócios em ordem.
Esse é o cenário que deve ter povoado os devaneios da presidenta, nas horas mortas do Palácio da Alvorada, quando a titia e a mamãe estavam jogando canastra ao invés de conversar com ela e o assessor não estava lá para ajudá-la a matar o tédio com umas voltinhas de moto.
Sim, porque há um ano e meio ela, a presidenta, em viagem à França, nos prometeu, sem que pedíssemos, que até o final de seu governo (espero que seja o atual primeiro e único) iria construir 800 (oi-to-cen-tos!)  aeroportos pelo país. Acho bastante razoável que Canindé e Quixeramobim sejam dois dos municípios beneficiados com esse grande investimento, não? As respectivas economias municipais hão de avançar séculos em dias e milênios em anos.
Mas se não forem esses dois municípios hão de ser outros mais ou menos equivalentes (Nova Lima e Raposos; São Sepé e Formigueiro; ou Pedra Branca do Amapari e Pracuúba), trocando-se apenas os jegues por mulas, ou burros, que continuarão a servir de mote aos devaneios presidenciais.
Ah... e nunca-antes-na-história-deste-país uma presidenta ou um presidento, terá construído 800 aeroportos em um mandato, nem mesmo em 10 mandatos! Isso seria um fato extraordinário e único que nem a oposição mais empedernida poderia negar, caso ainda houvesse tempo, dinheiro e vontade para essa bravata se concretizar. 
Na hora da entrevista, na França, o executivo-chefe da IATA (*), Tony Tyler, perplexo e boquiaberto, perguntou: "Oitocentos aeroportos? Isso não é demais, não?" Jornalistas brasileiros, presentes, acostumados com as mentiras deslavadas, sequer se deram ao trabalho de responder.
A presidenta mente com uma irresponsabilidade e um descaramento total. Sabe que pode dizer qualquer coisa que depois o povo esquece. Isso mostra o seu total desprezo pelo povo de seu país, que lhe serve apenas de massa eleitoral.

(*) Associação Internacional de Transporte Aéreo

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Agronegócio e Sustentabilidade

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Não é mérito de nenhum governo. O mérito é dos produtores rurais que, a despeito do próprio governo, do sol e da chuva, ou da falta deles, arriscam seu capital e seu trabalho na preparação da terra, plantio, colheita e criação de animais. Não sendo produtor rural tenho para mim que essa atividade exige muito de teimosia, obstinação e um pouco de loucura, ou vício, porque fazendo as contas, qualquer outra aplicação daria um retorno, se não melhor, ao menos mais seguro.
Mas é o agronegócio que hoje sustenta o PIB, até porque nessa área, estando a economia bem ou mal, os investimentos não podem ser adiados. Eles dependem do tempo e do clima, portanto, ou você está no agronegócio por inteiro ou está fora fora dele.
Entretanto, hoje, para uma parcela dos brasileiros, o agronegócio é mal visto. Os produtores rurais são considerados vilões destruidores do meio ambiente e exploradores de mão-de-obra. Ainda persiste a imagem do velho coronel fazendeiro, de chicote na mão, exercendo uma autoridade incontestável em seus domínios. Não se percebe que esses velhos coronéis, hoje, preferem exercer seu mando e garantir seus privilégios, não mais à frente de um latifúndio, mas sentados nos gabinetes de Brasília, de onde continuam a mandar nos governos e a definir o futuro da nação, garantindo a permanência do atraso e impedindo que a modernidade chegue até nós. São esses os coronéis Sarney, Collor, Renan e outros, a quem o PT pede a benção todos os dias.
O produtor rural, que vive de seu agronegócio, está, como outros empresários do país, é lutando para sobreviver e dar conta de pagar as taxas e impostos que lhe são impingidos pelos coronéis de Brasília e seus feitores.

Por outro lado, o agronegócio se modernizou. A produção rural conta hoje com o melhor da tecnologia para garantir melhor qualidade e mais produtividade, sem as quais já teria ido à bancarrota. O gado é selecionado, a inseminação artificial melhora a genética do plantel. A manipulação genética, os adubos e corretivos de solo e os pesticidas garantem um aumento exponencial de produção por metro quadrado, tornando as leis de Malthus(*) obsoletas. Se não houvesse esse aumento espetacular de produtividade, seria necessário uma área cultivada muito maior para garantir a mesma produção. Portanto essa tecnologia envolvida na produção rural é um dos fatores a garantir a sustentabilidade e a preservção ambiental, ao contrário do que quer fazer crer a propaganda enganosa do ecofanatismo.

As florestas tem que ser preservadas? Sim, mas as pessoas tem que ser alimentadas em primeiro lugar. Somos 7 bilhões de bocas que deveriam fazer 3 refeições por dia. Se todo mundo comesse o que precisa, a humanidade hoje consumiria mais de 10 milhões de toneladas de alimentos POR DIA! Mas a verdade é que 1 bilhão de pessoas passam fome cronicamente e, segundo a FAO, o mundo terá que aumentar a área agricultável em 144 milhões de hectares até 2050, quando seremos 9 bilhões de pessoas.

A maior causa de desequilíbrio ecológico é portanto a própria humanidade como um todo. Se continuarmos a aumentar em número, em algum momento o planeta não nos sustentará mais. Antes de toda essa elaboração de protocolos internacionais e discussões sobre aquecimento global, etc. o que está urgentemente clamando por uma solução conjunta dos governos é o aumento populacional!
Temos que interromper já esse processo. Ou então assistiremos à calamidade da fome e da sede fazer por mal o que não conseguirmos fazer por bem. E. nesse caso, os maiores sacrificados serão os de sempre: os pobres!

(*) Teoria desenvolvida por Thomas Malthus em que previa um crescimento geométrico da população, devido às melhorias das condições de vida, enquanto a produção de alimentos só cresceria aritméticamente, o que fatalmente levaria a um grande desequelíbrio e à fome.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

A culpa é do dito-cujo

A culpa. afinal, não é da Dilma. Embora seu governo seja um dos piores que já tivemos, sem planejamento, com ações pontuais e erráticas, vai numa direção, muda para outra, volta atrás! Apesar de tudo isso a culpa afinal não é dela.
Quem é ou quem foi a Dilma administradora? Um zero total. Foi dona de uma loja de bugigangas que faliu. No mais, só foi "administradora" em funções político-partidárias. Aí é fácil! Não tem que apresentar resultados e nem dar satisfações a ninguém, como acontece de modo geral na administração pública brasileira! 
Sua penúltima encarnação foi como ministra das Minas e Energia, antes de se encarnar na Casa Civil. O que fez nesse ministério? Começou a acabar com a Petrobrás. Promoveu alguns apagões elétricos por conta da obsolescência das linhas de transmissão. E quase desestruturou todo o setor de produção de energia elétrica no país ao querer mudar as regras do jogo com as concessionárias.
Essa mulher não sabe nada. Além de bater na mesa e falar grosso não consegue concatenar um pensamento lógico com começo, meio e fim. É uma enganadora, só isso e cuja popularidade se mantém à custa de marketing.
Mas a culpa não é dela. A culpa é de quem a inventou, o inefável, o grande mentecapto, o molusco de nove dedos. Foi ele quem buscou no fundo do baú do seu partido uma pessoa sabidamente incompetente para esquentar-lhe o troninho, de modo que ele pudesse voltar glorioso em 2014. 
O objetivo de escolher uma incompetente ficou claro. Em primeiro lugar era para evitar que alguém lhe pudesse fazer sombra. O complexo de inferioridade de Lula exige que ele esteja sempre na proa, na posição de proeminência, que seja o maior, o único, o mais isso e o mais aquilo, como nunca-antes-neste-país. Daí a eterna dor de cotovelo com FHC, porque no fundo Lula sabe que, por mais que faça, por mais títulos de doutor "honoris causa" que receba, nunca, jamais chegará perto da capacidade intelectual de Fernando Henrique Cardoso, inegavelmente reconhecida por todos, apesar de todas as restrições que possa haver ao seu governo.
Lula, ao escolher o poste incompetente, garantia para si a manutenção da lenda e do mito. Dilma poderia ser tudo, menos maior que o seu mentor. Além disso a incompetência dela na área política daria a Lula, como deu,  o papel informal de coordenador e tutor político de sua afilhada. Esse é o papel que Lula mais gosta de exercer. Continua presidente, sem a chateação de assinar papelada, presidir reuniões administrativas, enfim governar.
Não é à toa que ontem convocou uma reunião de ministros. Convocou e foi atendido. Até o Guido Mantega foi convocado e compareceu ao Instituto Cidadania em S.Paulo. Para quê? Para redefinir a estratégia da eleição em 2014 em face de a Marina ter se aliado ao governador Eduardo Campos.
E quando começaram as manifestações de rua em junho, pegando todo o governo de surpresa, Dilma correu para se socorrer com quem? Com seu padrinho, chefe e mentor.
Diante de tudo isso, o péssimo governo que Dilma está conduzindo, aos trancos e barrancos, deve ser debitado na conta política do dito-cujo. Ele afinal foi quem nos pôs nessa situação.

sábado, 5 de outubro de 2013

Buaá!

A Petrobrás ganhou como presente de aniversário de 60 anos o rebaixamento de sua classificação de risco de A3 para Baa1. É quase Buááá! porque temos é que chorar o descalabro a que os 10 anos de administração petista levaram a ex-maior empresa do Brasil.
Antes de chegarem ao poder, a Petrobrás era uma referência para o petismo e exemplo de como o Estado podia gerir bem uma empresa. O que eles queriam era estatizar mais algumas áreas e vociferavam contra as privatizações do governo FHC, como se fossem uma traição ao povo brasileiro, que, afinal, era o dono de todo aquele patrimônio.
E agora, povo brasileiro? O que fizeram com o seu patrimônio que não foi privatizado por FHC? Cadê a minha parte?
A derrocada da Petrobrás começou com a invasão das refinarias na Bolívia por Evo Morales, que se apropriou, com armas na mão como um assaltante, de um patrimônio do nosso povo. Esse fato, muito mais grave que a tão esbravejada espionagem americana, não mereceu nenhuma reação do governo brasileiro. Ao contrário, o governo Lula e Dilma só tem atenções e gentilezas para com o falso índio cocaleiro.
Em seguida, na gestão de Dilma, como ministra das Minas e Energia e presidenta do Conselho de Administração da Petrobrás, comprou-se uma refinaria em Pasadena, por 1,2 bilhão de dólares. Hoje não se consegue vendê-la nem por 200 mil. Tamanho do prejuízo: 1 bilhão de dólares!
Com o conto-de-fadas do pré-sal, Lula, segundo ele mesmo, teria comandado a maior capitalização de uma empresa na história do mundo! Conseguiu 120 bilhões e o valor de mercado da empresa (conforme informações da própria Petrobrás em seu site) ficou em 223 bilhões de dólares.
Pois passados menos de 3 anos, a empresa perdeu 50 bilhões de dólares em valor de mercado e a dívida, que tinha caído para 17% do capital, agora atinge mais de 50%. Essa é a razão da desclassificação.
E tem mais. Outro presente no sexagésimo ano é a informação do TCU que o atraso no Complexo Petroquímico de Itaboraí pode gerar ainda um outro prejuízo de 1,4 bilhões. Esse atraso se deve à incompetência de uma empresa (MPE) contratada para a instalação das tubulações. Querem apostar que ainda vamos ter mais notícias "interessantes" dessa empresa? Por ora, já se sabe que venceu as concorrentes na licitação mesmo com preço mais alto que as demais. Deve ter vencido, como direi, "por critérios técnicos"!


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Para discutir com a esquerda

Outro dia um intelectualóide esquerdopata, porque estava puto com quem não concordava com suas idéias, sapecou no facebook: Vá estudar política!
É assim que eles reagem e nem sequer percebem o quanto de elitismo está contido nessa reação. Então quer dizer que só pode discutir política quem está devidamente "qualificado"! Ou seja, quem recebeu o banho ideológico e a lavagem cerebral das instituições acadêmicas! O resto é resto e que se cale, porque não sabe o suficiente para discutir com "suas excelências". 
Isso é mais ou menos como os inquisidores da Igreja se dirigiam aos pobres coitados que caiam em suas garras. Só eles, inquisidores, tinham a capacidade de discernir qual era a doutrina "certa". É evidente o quanto de atraso religioso está contido nesse fanatismo "muderno" adotado pela esquerda latino-americana. Tudo se resume ao lado certo (o deles) e o errado (o dos que não concordam com eles).
Na argumentação do esquerdopata, a quase totalidade da população brasileira não poderia nem votar. Se não estão capacitados sequer para discutir com "Sua Sapiência", como poderiam escolher candidatos e dar-lhes um mandato de representação?
Fico espantado com essa "elite" intelectual brasileira. Esfregaram a bunda num banco de escola por 4 ou 5 anos e já saem vomitando sabedoria e certezas inabaláveis.  Essa mesma elite é a que tem o projeto de transformar o Brasil numa grande fazenda soviética, garantindo a si, evidentemente, e antes de mais nada, os privilégios da "nomenklatura" bolchevista.
Já passamos dessa fase! O socialismo, na "real politik" já mostrou que só sabe fabricar miséria. Parafraseando um grande filósofo carioca eu diria que "o socialismo é bom, mas é ruim, enquanto o capitalismo é ruim, mas é bom". A benção, Tom Jobim!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Tiririca errou

Tiririca errou. Na política brasileira tudo pode sempre piorar. Ou não estamos pior agora, com os embargos infringentes jogando para o dia de São Nunca a finalização do julgamento do mensalão? Ou não estamos pior, com a inflação galopante, os juros subindo de novo (a única coisa que conseguimos mandar para a estratosfera), o pib mantendo-se em estado de dormência, as contas públicas absolutamente deficitárias,  a Petrobrás, maior empresa do Brasil, em situação lastimável e vexatória, as empresas de Eike Batista financiadas com o nosso dinheiro por meio do BNDES, dando calote na praça? E tem mais, os leilões de privatização não tem interessados. A presidenta, depois de esbravejar na ONU, foi de pires na mão pedir aos empresários americanos que invistam no Brasil. Ela, que reclamava há somente 2 anos de um tsunami de dólares, agora bate às portas da Wall Street para mendigar! Que pancada no orgulho esquerdista nacional! Claro que ninguém fala nada. Não se ouve um pio nas redes sociais chapa-branca. Só falam de "regulamentação" da internet, como se isso fosse realmente o nosso problema mais importante.
Acabou por aí? Ledo engano! Agora, meio que na surdina, vai o governo aprovando a medida provisória 621 que na prática acaba com o exame Revalida e passa por cima dos Conselhos para aprovar "na marra" o registro de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior (leia-se Cuba!).
Se alguém tinha dúvidas sobre o caráter autoritário da bruxa governanta, pode cair na realidade desde já.
Como dizia Mário Henrique Simonsen, relembrado nesta semana por Arnaldo Jabor (aqui), o Brasil é um paciente que está sempre sob "anestesia, mas sem cirurgia". Estamos sempre a um passo da solução, mas a evitamos a todo custo. A questão da saúde não seria diferente. O que é diferente é a truculência, a imposição a ferro e fogo, característica de um governo que se julga onipotente e onisciente. Tiririca errou daquela vez, mas será que agora já chegamos ao fundo do poço, ou ainda há margem para piorar um pouquinho mais?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Haja alfabeto!

Quantos partidos existem no Brasil? Pouca gente tem essa informação na ponta da língua. Menos ainda sabemos o que são esses partidos, qual a sua ideologia e seu programa. Essa é uma das aberrações do sistema político brasileiro. Afinal partidos políticos foram inventados para representar uma parcela da população que, com esse partido, comungasse de algumas idéias. Votaríamos então no partido que mais se assemelhasse com o que pensamos, ou que defendesse as mesmas bandeiras em que acreditamos, ou que, pelo seu programa, fosse aquele que, no modo de entender do eleitor, trouxesse maiores benefícios à nação.
Isso pode valer em outras plagas, mas não ao sul do equador. No Brasil temos essa cornucópia de partidos, todos garantidos pela Constituição cidadã que vai fazer só 25 anos, mas já está desdentada, cheia de rugas e de cabelos brancos. E essa multiplicidade de siglas partidárias quer dizer exatamente...nada! 
Então me expliquem qual a diferença entre o PTB, PTdoB, PDT, PTC, PRTB, PTN e o PT se se dizem todos trabalhistas! Ou entre o PR, PRB, PRP, PROS, se são todos republicanos (o que quer que isso signifique)! 
Quando se trata de socialismo, marxismo e comunismo então, ao menos no nome, temos o PSB, PPS, PCB, PCdoB, PSOL, PPL, PCO, e o PSTU. A social-democracia (de centro, esquerda e direita!) está também representada por várias siglas: PSDB, PSDC, DEM, PSC, PSD e PSL.  
Para que ninguém reclame, temos dois partidos ecológicos, o PV e o PEN, sem contar com a Rede da Marina, se vier a ser registrado. Da solidariedade também temos dois: o próprio Solidariedade do Paulinho da Força e o PHS, partido humanista da solidariedade. Não é uma graça?.
Não podemos nos esquecer, obviamente, da jóia da coroa, daquele partido que por si só é a encarnação do perfeito balaio-de-gatos, o famigerado PMDB e junto dele o nanico PMN, partido da mobilização nacional.
Não bastasse, ainda pedem registro um tal de Libertários e um Partido Pirata do Brasil! Acho que vou votar nesse.

domingo, 29 de setembro de 2013

Relativismos

Já que a moda na Academia é relativizar, relativizemos; tomemos um mote:"até que a ditadura militar não foi tão ruim assim!" 
O país cresceu, modernizou-se, a infraestrutura de telecomunicações, rodoviária e aeroportuária foi implantada (depois deixaram ir tudo por brejo, mas aí é outra história). As estatais eram grandes empresas que comandavam a economia. A Vale e a Petrobrás eram orgulhos do país. É verdade que havia censura à imprensa (mas só das notícias ruins), sindicatos eram manietados, os inimigos políticos perseguidos, mas isso tudo era um preço que se pagava ela estabilidade social e política. As eleições também eram  indiretas, mas todos sabemos, pela amostra do Congresso atual, que o povo não sabe votar. E havia até oposição! Em 78 a oposição ganhou de lambuja nos candidatos do governo em todos os Estados.
Ah, a questão da tortura é um caso imperdoável, mas a ditadura militar nunca apoiou a tortura e até um general de exército foi exonerado por causa disso.

Certo? Errado! Não mudei de ideia, não estou, nem estarei, defendendo o regime militar. Escrevi isso acima para mostrar o que é o raciocínio relativizador. A que absurdos pode nos levar. Pois é isso o que fazem os nossos acadêmicos!
Quando graduandos, pós-graduandos, pós-pós-graduandos e professores adotam uma falsa neutralidade, uma falsa isenção, sem deixar explícitas suas preferências ideológicas pessoais; quando, enfim, relativizam os erros e os absurdos que o petismo está fazendo contra a nação brasileira, apresentando argumentos a favor desse descalabro sob o manto de sua "autoridade" e de sua formação profissional, estão cometendo uma desonestidade intelectual contra os demais concidadãos. 
Esses cidadãos, que não contam com a mesma bagagem de conhecimento e não tem o necessário treinamento mental, podem ser levados a crer que os argumentos professorais com que esses "intelequituais" promovem a sua ideologia, seriam argumentos científicos e históricos, quando na verdade não passam de um modismo esquerdista europeu que vicejou principalmente no ambiente universitário parisiense na segunda metade do século XX.
Esse "pensamento" derivou de uma consciência culpada perante as ex-colônias européias e foi um modo que essa academia encontrou de poder continuar comendo seus queijos e bebendo seus vinhos com a consciência pacificada, enquanto vociferavam a favor de um socialismo que destroçava seus semelhantes logo ali ao lado.
Nós, daqui do terceiro mundo, que vivíamos sob uma ditadura, só pudemos nos dar ao luxo de ler esses autores e discutí-los no ambiente universitário vinte anos depois, quando a própria Europa já se desfazia do socialismo real.

Os nossos acadêmicos tupiniquins podem até se converter a esse socialismo tardio, se quiserem, o que acho que eles não tem o direito de fazer é retirar qualquer possibilidade de crítica a essa posição, em primeiro lugar não explicitando sua posição política pessoal, em segundo apresentando-a a seus alunos como matéria de consenso da intelectualidade, o que está longe de ser verdade, e em terceiro, criando no ambiente universitário uma patrulha ideológica que reprime toda e qualquer manifestação em contrário. Ou alguém pensa que sairia impune de um debate com a Marilena Chauí (aquela que odeia a classe média) se discordasse dela, ou apresentasse argumentos "direitistas".

Seria realmente muito mais ético se esses "mestres" abrissem o jogo e explicitassem a seus alunos qual é sua opção política partidária. Ficaria claro que em muitos casos eles estarão apenas traduzindo uma opinião pessoal e não um consenso acadêmico. Mas acabaria então o efeito da propaganda.

Em outras palavras, cada um tem o direito de ter a opinião política que quiser. 
O que não se pode, e não se deveria fazer, é injetar essa opinião em teses acadêmicas sem que fique claro aos leitores a motivação do autor. Por isso, o raciocínio relativista a respeito da ditadura militar. Em teoria todo em qualquer assunto pode ser relativizado.

O que não pode nunca ser relativizado é o desrespeito à ética.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

I will spy

Eu espiono, tu espionas, ele espiona, nós espionamos, vós espionais, eles espionam. Nos espionam! Verificam nossos e-mails! nossas conversas mesmo criptografadas! Cadê a Abin que não toma providências? General José Elito! 

Depois de dar o chilique terceiro-mundista na ONU (agora é que o Brasil não leva mesmo o assento no Conselho de Segurança) proferindo um discurso eleitoreiro como se estivesse em cima de um caminhão na porta de uma fábrica do ABC, a nossa presidAnta sai fazendo de conta que deixou os poderosos do planeta a tremer de medo e que convenceu todo mundo a concordar com sua proposta escalafobética de criar um marco regulatório (êta, conceito desgastado) internacional para a internet. 
Então tá então! O Putin vai deixar de espionar a Europa e os Estados Unidos, os países europeus vão deixar de espionar uns aos outros, a Rússia e o Oriente Médio. Os Estados Unidos vão deixar de espionar todo mundo. O Irã jura que não vai mais nem tentar espionar Israel e vice-versa. Até a Cristina Kirchner vai abrir mão de seus arapongas portenhos e dormir tranquila com Itaipu logo ali ao norte.

Será que a Dilma e seus assessores nunca viram nem filme de 007? Ou são perfeitos idiotas, ou então são inteligentíssimos e tem um plano mirabolante que vai pegar todo mundo de surpresa! Quanto amadorismo! 
E o Itamaraty, cuja história já foi tão elegante e inteligente,  tendo que aceitar fazer um papel ridículo desses! Pior só o Lula achando que poderia intermediar um acordo de paz no Oriente Médio!

Eu espionarei. Tu espionarás. Ele espionará... Se a Dilma não sabe conjugar o verbo, vanos ensiná-la. Quem sabe fica melhor em inglês: I will spy, you will spy, he, she, it will spy...

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ressaca de um país sem lei

Ainda não saí da ressaca moral decorrente do julgamento do Mensalão. Estou bastante pessimista. Sei que nada vai mudar no meu país. A nossa história anda em círculos e não sai do lugar. Parece que estamos condenados a um inferno dantesco em que somos forçados a repetir os mesmos erros indefinidamente. Não aprendemos, nem com o passado, nem com a experiência de outros povos. E lá se vão quinhentos anos!
Desde que a primeira caravela aqui aportou estamos fazendo as mesmas coisas, repetindo as mesmas mazelas, estratagemas de burlar a lei, compadrio, privatização do Estado. 
No Brasil-colônia jogavam-se os excrementos na rua, mas ainda hoje se vê muita gente, nas grandes cidades,  jogando o lixo pela janela dos carros sem o menor constrangimento. Joga-se lixo, restos de comida, latas de bebidas, garrafas, papel, cigarro, etc. Tudo o que naquele momento não interessa ao cidadão motorizado sai pela janela desse mesmo cidadão que, após estacionar o carro, vai, a pé, passar por monturos fedorentos de lixos atirados por outros concidadãos, tão ou mais mal-educados do que ele.
As filas são feitas para serem furadas, claro! E reparem a cara de quem fura. Faz uma cara fechada, enraivecida, de quem está recuperando um direito perdido, ou então uma cara displicente e tranquila porque conta com a hipótese, bastante provável, que ninguém irá reclamar.
Há também os que ficam à espreita das oportunidades de levar vantagem e se acham inteligentes, espertos, malandros.
Em um clube, ou hotel, na piscina, não se pode afastar um minuto e deixar os objetos desassitidos, senão será roubado, não importa o nível social do clube ou quantas estrelas tenha o hotel. O roubo não é por necessidade, é por hábito!
Infelizmente estou concluindo que somos um país que deu errado. Há aqueles que dão certo e os que dão errado. Fazer o quê? Tudo aqui, todo o arcabouço institucional foi construído sobre a mesma premissa, a que oferece mil portas de escape para os fora-da-lei. É por isso que vimos o poder judiciário, por conta de um legalismo castrador, tomar uma decisão que vai protelar para as calendas gregas o término desse julgamento, uma decisão que na prática cancela a justiça. Pois o fato que não se pode contestar é que se não há punição para quem descumpre a lei, não há lei.  Um aforismo que os amantes do juridiquês adoram repetir é: "Nulla poena, sine lege", que quer dizer "Não há pena, sem lei [que a comine]". Esse mesmo ditado pode ser lido ao inverso: "Nulla lege, sine poena"...Se não há punição, não há lei. 
Estamos conversados.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Para quê servem os juízes?

Em um mundo ideal, teórico, uma sociedade criaria as regras de convivência, as leis, que, uma vez aprovadas por consenso da maioria, seriam obervadas por todos indistintamente. Equivale a dizer que não haveriam crimes, nem criminosos. 
Não é o que ocorre no mundo real, todos sabemos. No mundo real, para que as leis sejam obervadas, isto é, tenham eficácia, é preciso que haja punição para quem não as observe. Simples assim!
Voltando ao mundo ideal, existindo as leis e existindo a punição para quem não as respeite, ainda assim a aplicabilidade dessas leis seria automática. Uma vez definido o que pode e o que não pode ser feito, bastaria haver a transgressão que a punição já estaria prévia e automaticamente estabelecida.
No mundo real, mais uma vez, não é assim. É preciso, primeiro, que se identifique com provas quem transgrediu a lei. Depois como foi dada a transgressão, quais seriam os atenuantes e/ou os agravantes circunstanciais que dariam causa ao aumento ou diminuição da pena. 
Ainda assim, não necessitaríamos, teoricamente, de juízes, pois um simples algoritmo, um programa de computador, uma vez, digitados os dados do culpado e das transgressões, esse software calcularia  a pena, com muito mais eficiência e rapidez que os nossos grandes ministros togados.
Na verdade, precisamos de juízes porque nem a lei, nem os que policiam o seu cumprimento, nem os que a transgridem, são autômatos. Há muito mais a ser visto e analisado. A lei precisa de um intérprete!
Um software, pelo menos nas condições atuais de desenvolvimento da informática, não teria a capacidade de absorver ou reproduzir as nuances psicológicas de um juiz humano ao analisar cada caso. Em outras palavras, é preciso introduzir no processo uma margem de imponderabilidade, de erro mesmo. Não fosse assim, um software daria conta do recado.
No mundo digitalizado, a pergunta que cabe, observando o que fazem os juízes na vida real, é: ainda precisamos deles? Se um drone voa sozinho e pode até tomar decisões de disparar ou não um míssel contra populações indefesas, por que num assento de tribunal temos que ter um ser humano, sujeito as todas as falhas de projeto que um ser humano tem?
Essa pergunta me vem à mente ao observar o voto de ontem do ministro Celso de Mello. O que ele fez foi imitar um drone. Ele simplesmente observou a tecnicalidade da lei e a aplicou, sem se importar com o caso em si, com as consequências para a nação, sem se importar com a opinião pública, como ele mesmo disse. Julgou conforme a letra da lei, cuja letra de "per se" é bastante questionável (cairam ou não cairam os embargos infringentes?). Se o ministro o fez porque assim estava escrito segundo seu entendimento, se não exerceu a prerrogativa maior do juiz que é interpretar, pergunto eu: para quê precisamos de juízes? Passemos logo o tribunal aos drones. Fica mais barato!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Bye, bye, Brasil

Acabou! O ministro Celso de Mello acabou de enterrar na mais profunda lama o Supremo Tribunal Federal e as nossas esperanças de uma nação melhor. Agora nada mais segura essa gente. Já dominam a suprema corte do país e vão fazer o que quiserem. Logo, logo, seremos uma outra Venezuela. Vamos passar por mais um período negro da nossa história.
Delúbio Soares disse que um dia essa história seria contada como piada de salão. Vejam a que ponto chegamos: Delúbio é o nosso profeta! Bye, bye, Brasil.

domingo, 15 de setembro de 2013

O buraco da fechadura é mais embaixo.

Dilma está de mal com Obama. Fez beicinho, bateu o pé e agora vai cancelar a visita aos States. Bem feito, Obama, quem mandou espionar os emails dela! Agora ela não brinca mais.

Até parece que a novata não sabia que na política internacional a espionagem é uma ferramenta de trabalho. Aliás, espionar é uma das atividades humanas mais praticadas desde que se inventou o buraco da fechadura.
Todo mundo espiona todo mundo. Só a Dilma, novata que é, repito, no mundo da grande política, pensava estar imune a isso. Ou fingia pensar.
O que não se entende é o grau exagerado de indignação. Uma nota diplomática de repúdio bastaria para encerrar o assunto, não? Será preciso transformar esse fato num caso de Estado, a ponto de cancelar a visita presidencial? Quando o governo Evo Morales mandou inspecionar o avião onde estava o chanceler brasileiro não se viu um pio nem da presidenta, nem do Itamaraty e isso parece ser um problema muito mais grave que a tal espionagem da NSA pela internet, que acontece todos os dias, no mundo inteiro e todos sabem disso.
Além de ser uma criação de caso desproporcional, essa atitude não levará a efeito prático algum, pois os Estados Unidos e outros países vão continuar a fazer o que sempre fizeram.  O buraco dessa fechadura é muito mais em baixo do que pensa esse governo calouro do Brasil.
O efeito prático que poderá ter o cancelamento da visita é até contrário aos nossos interesses, ou alguém, em sã consciência pensa que romper relações com os Estados Unidos é bom para o Brasil?
O que se vê nesse triste governo Dilma é que a cada passo, caímos mais no terceiro-mundismo ressentido e com complexo de vira-latas. Quem muito tem que reafirmar sua autonomia e soberania é porque no fundo, no fundo, não acredita nelas. Quando é que o Brasil vai crescer?

sábado, 14 de setembro de 2013

Que responsabilidade!

Marco Aurélio, um filósofo estóico, virtuoso, ético,  é considerado um dos melhores imperadores que Roma já teve. Ontem o ministro Marco Aurélio também foi brilhante. Talvez nos seus 34 anos de judicatura não lhe tenha sido dado um momento histórico mais relevante que aquele. No final de seu voto, que não levou por escrito e que sustentou oralmente sem nem consultar seu computador, fechou-o com chave de ouro ao dizer que "o Supremo cresceu em um momento de descrédito das instituições e está agora também a um passo, a um voto, do descrédito. Que responsabilidade, hein, ministro Celso de Mello! "
Não foi preciso dizer mais nada. Com essa frase, o nosso Marco Aurélio sintetizou o que estará nas mãos, no coração e na mente do ministro Celso de Mello. Seu voto, decisivo, dirá ao Brasil em que direção vamos caminhar, se em direção ao futuro, começando por terminar de vez com o assalto ao Estado, ou em direção ao passado, do qual tentamos, mas não conseguimos, nos afastar. Um passado que é de atraso, de coronelismo, de apropriação indevida do Estado por uma elite arcaica, de falta de cidadania, de falta de liberdades democráticas. Estamos vivendo nesse passado desde os tempos da colônia. Tivemos alguns espasmos de modernidade que foram logo sufocados por uma elite que só pensa na manutenção dos seus privilégios. É essa a elite que está, mais uma vez, encastoada no poder com o beneplácito de quem dizia lutar contra ela. É a elite contra a qual Lula vociferava, mas da qual se aproximou como um cãozinho abanando o rabo tão logo teve a oportunidade de receber uns afagos. É essa elite, representada por José Sarney e  sua filha Roseana, por Renan Calheiros, por Fernando Collor, por Paulo Maluf, e por muitos outros que nem convém nomear, que sairá vitoriosa, dependendo do voto do ministro Celso de Mello.
Esse ministro já deu votos memoráveis e históricos, no decorrer do julgamento do mensalão. Não creio que nos decepcionará.
E o ministro Marco Aurélio, teve a chance da grandeza e não a desperdiçou, ao contrário, soube se valer do momento para entrar definitivamente para a história do Supremo e da nação brasileira. 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Vaca Sagrada

Uma nova religião foi criada no Brasil. É baseada na crença e na adoração a uma deusa representada por uma Vaca Sagrada. Os sacerdotes dessa religião são membros de uma casta de militantes de um certo partido político e usam a cor vermelha nos seus trajes para distingui-los dos vis mortai e como símbolo de sua religião. 
É uma religião que faz muito proselitismo e acha que tem por missão catequizar todos os povos ignorantes, que ainda não receberam a Revelação. Essa catequese se faz nas universidades, nas repartições públicas, nas redes sociais, na mídia comprada a peso de ouro, enfim por qualquer meio de divulgação da mensagem sagrada.
Essa mensagem não pode ser contestada ou sequer discutida. Membros dessa religião que ousaram contestar os métodos empregados pelos altos sacerdotes foram sumariamente excomungados e alguns até mortos em circunstâncias nunca esclarecidas.
Os altos sacerdotes julgam se inimputáveis. Estão acima das leis e podem fazer o que quiserem.
Os jovens são cooptados a se filiar a esse partido. Lá eles fazem um curso intensivo para aprender como tirar leite dessa vaca. Lá, a  eles é ensinado que o leite dessa vaca (um leite dourado, sólido, metálico) é infinito. Esse leite não acaba enquanto houver oferendas e se fizerenm sacrifícios à deusa.
Claro que essa deusa exige sempre cada vez mais sacrifícios e oferendas. Essas oferendas, chamadas de impostos, contribuições, taxas e emolumentos são feitas pela população ignara e pelas empresas, mesmo que nenhuma delas pertença a essa religião. O objetivo é manter a Vaca Sagrada satisfeita e com as tetas cheias para alimentar os seus adeptos.
As tetas dessa Vaca estão por toda parte e tem nomes diversos: BNDES, Bolsa-isso e Bolsa-aquilo, Petrobrás, Banco do Brasil, e por aí vai. Quem quiser mamar tem apenas que aderir de corpo e alma a essa religião e mostrar serviço adorando e defendendo com unhas e dentes o seu guru máximo, seu sumo pontífice, Lula da Silva e os demais membros da Cúria: suas eminências, José Dirceu, José Genoíno, João Paulo, Delúbio Soares e outros sacerdotes de menor casta. Ah, essa nova religião, "muderna" que é, tem também sacerdotisas importantes tais como Dilma Roussef, Erenice Guerra, Rosemary Póvoa e outras mais.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Biquinhos da Dilma

Dilma faz biquinho e bate o coturno com força no chão, ameaçando Obama e os Estados Unidos, se até sexta-feira, 13, o governo americano não explicar a ela bem explicadinho essa história de espionagem. Então tá, Dilma! Vamos fingir que todo mundo acredita nessa sua brabeza de onça tupiniquim. É melhor ficar quietinha e deixar o assunto morrer porque se esse "causo" for aprofundado mesmo e se a Agência americana deixar vazar tudo que os ianques sabem sobre seu governo e o de Lula, a coisa pode piorar bastante.
Basta uma revelação um pouco mais robusta sobre o rosegate, que, aliás, corre estranhamente em segredo de justiça. Segredo de justiça por quê, cara pálida? Não é assunto de interesse nacional? Não envolve ações possivelmente escusas de uma secretária especial da Presidência da República, que viajava clandestinamente em missões oficiais ao exterior do seu chefe, patrão e "otras cositas más"?
Nesse país é enternecedor de se ver o cuidado, o desvelo, a candura (como diria o min. Lewandowski) com que se tratam as vítimas, quero dizer, os criminosos de colarinho branco, especialmente quandose dedicam à nobre arte da política!  Fossem ladrões de galinha o pau já tinha cantado em seus lombos e já haviam sido atirados em uma masmorra qualquer, mas como são gente especial, cidadãos abaixo de qualquer suspeita, tudo lhes é dado, todas as possíveis garantias lhes são oferecidas e ainda reclamam, atacam seus juízes e vociferam dizendo-se vítimas de perseguição. Pois dona Rose está na mesma posição. Já tem 40 advogados pressurosos, correndo em sua defesa. Como arcará com essa despesa não se sabe, uma vez que alguns desses causídicos pertencem ao clã mais coroado do bacharelado nacional. O problema deles é que se a Polícia Federal com toda a sua "competência" só conseguiu grampear parte das conversas da Rose, os arapongas americanos gravaram tudo e sabem de tudo. Por isso o nervosismo e o mutismo de Lula sobre esse assnto assumem proporções avassaladoras. Já fazem 290 dias desde que o escândalo estourou, que Lula não disse rigorosamente na-da sobre esse assunto. 
Mas voltando ao chilique da presidenta, ela diz que vai "exigir medidas concretas que afastem em definitivo a possibilidade de espionagem ofensiva aos direitos humanos, a nossa soberania e aos nossos interesses econômicos." 
Fico curioso em saber: se o governo americano deixar extinguir o prazo do ultimato e não se abalar, o que é que Dilma vai fazer? Declarar guerra aos Estados Unidos? 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Democracia é alternância

Um país como o Brasil, desacostumado com a democracia, tem muito que aprender ainda. Por termos vivido democracias imperfeitas no passado entremeada por ditaduras, mais ou menos fechadas, mais ou menos autoritárias até bem recentemente, ainda não sabemos exercer a nossa cidadania plenamente, nem sequer exigir os nossos direitos como cidadãos, eleitores e pagadores de impostos.
É disso, dessa ignorância,  que os políticos se aproveitam. Sabem que não serão cobrados, sabem que o voto de cabresto os reconduzirá aos cargos, os quais jamais deveriam ter ocupado. Continuam, portanto, a fazer os mesmos truques, a demagogia, a falta com a verdade nos pronunciamentos, as promessas vãs.
Em 2014 teremos uma oportunidade histórica, a de apear do poder uma facção que dele se apoderou e tudo está fazendo para dele não abrir mão. 
Mas a essência da democracia está apoiada em dois pilares: a existência de uma oposição forte e legitima e a alternância do poder. Sem a alternância, pode-se até ter eleições, mas o regime será apenas um simulacro de democracia. Foi assim no período do regime militar no Brasil. É assim em Cuba, no Irã, na própria Rússia, sem mencionar a nossa vizinha Venezuela.
O Brasil não pode permitir que isso se instale aqui, que sejamos reféns de qualquer partido, muito menos desse que está destruindo as nossas instituições. Em  2014 temos que mudar essa história, temos que impedir a mexicanizacão do Brasil. Portanto em 2014 devemos fazer um grande e nacional #ForaDilma!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Intelectualidade Fajuta

Esse assunto já está ficando até cansativo, mas não posso deixar passar em
branco o excelente texto do Pondé publicado hoje na Folha (leiam aqui).

Em toda essa argumentação falaciosa o que mais me indigna não é a demagogia
governamental, nem mesmo a campanha sórdida que o PT está fazendo contra
uma das classes mais brilhantes e sofridas desse país: a classe dos
médicos. Sim, porque se há médicos ruins, egoístas, insensíveis e
indiferentes ao sofrimento e os há, eles não são em maior número do que
engenheiros, professores, juristas, advogados, enfermeiros,
fisioterapeutas, administradores, sociólogos e economistas ruins, aéticos,
insensíveis e indiferentes ao sofrimento dos demais. Portanto, apresentar
os médicos à sociedade como bodes expiatórios, é uma atitude anti-ética,
mentirosa e fascista.
Mas como dizia não é isso o que mais me indigna,  mas, sim, pessoas que
deveriam exercer uma função critica na sociedade, devido à sua formação
intelectual, passarem a ecoar esses slogans partidários como se fossem uma
verdade incontestável. E ainda tentam produzir argumentos como se fossem
alta pesquisa acadêmica. Me pergunto, qual é a motivação dessas pessoas?
Algumas dependem do serviço publico para si e para sua família, filhos,
etc. É compreensível que não queiram desagradar o seu empregador e como o
PT confunde-se com o Estado, esses empregados não querem se indispor contra
o PT. Outras se rendem à patrulha intelectual, ou seja, como vivemos há
ainda pouco tempo uma ditadura militares direita,  os intelectuais
politicamente corretos tinham que ser de esquerda. E ser de esquerda, para
certos grupos,  é sinônimo de ser petista, mesmo que o PT na prática tenha
demonstrado que há muito abandonou os ideais de esquerda, se é que já os
teve um dia.
De qualquer modo, só posso ver uma desonestidade intelectual nessas
atitudes. Torcer uma realidade para caber dentro de uma construção
ideológica já é um absurdo. Ainda mais quando esse  contorcionismo
prejudica toda uma classe profissional e cria preconceitos, dos quais a
nossa sociedade já anda cheia nesses tempos obscuros, além de colaborar com a conversão das classes mais pobres em massa de manobra política. Ou seja, o mesmo e velho coronelismo de sempre.


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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Casa de Tolerância

Parafraseando Obama: "As mudanças não vêm de Brasília, elas vão (das ruas|) para Brasília!".
Ontem a Câmara deu mais um exemplo de quanto baixou de nível, de desprezo à opinião pública, à ética, às intituições e a si mesma. Por votação secreta (já por si um absurdo) manteve o cargo de um ladrão de dinheiro público condenado em primeira instância e no Supremo. Não repetirei o nome desse ladrão, presidiário da Papuda, aqui.
Agora seremos o primeiro país do mundo a ter um presidiário membro do Congresso. Somos realmente um país inclusivo. Parabéns aos senhores deputados por mais esse exemplo de tolerância. Vossas Excelências estão tão acostumadas a conviver com criminosos que um a mais, um a menos, não faz diferença. Transformaram a Casa do Povo em Casa de Tolerância.
E quando esse povo indignado subiu as rampas do Congresso, V. Excias, apavoradas, se trancaram dentro de suas salas e do plenário e pediram reforço policial, condenando aquela "barbárie" e aquele "vandalismo". Só que vandalismo é o que Vossas Excelências fazem quase todos os dias com o povo burro que os elegeu.
O Supremo tem também sua quota de responsabilidade nessa vergonha nacional. Devia ter cassado logo os direitos políticos desse larápio, mas preferiu ceder às pressões e mandar o assunto para os nobres deputados decidirem. Fez o mesmo no caso Battisti. Lavou as mãos, como Pilatos e deixou o Executivo e o Legislativo se esbaldarem.
É assim que se monta uma ditadura. O executivo vai só aumentando seu poder e sua faixa de atuação, contando com um Parlamento cúmplice e subserviente e com um Judiciário omisso.
Que Deus nos livre ou que o povo saia às ruas mais uma vez para dizer um basta. Está demonstrado, pelas pirotecnias que se desenvolveram após os protestos de junho, que a classe política só anda a ferroadas. Não há outro jeito. É a voz rouca das ruas que vai fazê-los agir como devem. Essa voz é que tem que provocar as mudanças, como disse Obama, e fazer o poder se submeter a elas. Essa voz é que deve levar a Brasília o que Brasília não tem.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Já dá para entender!

Não precisa explicar, estou começando a entender! Fingindo ceder às pressões o governo traz agora só 4000 "médicos" cubanos, mas daqui a pouco trará mais alguns para completar a quota de 10.000 "médicos" que foi a meta estabelecida na estratégia eleitoral.
Suponhamos que traga os 10 mil,  o governo pagará ao dono deles o valor de 10.000 reais por mês, portanto o governo cubano vai embolsar a quantia de 100 milhões mensais. Daqui até a eleição, são 14 meses. Até lá o governo brasileiro mandará para Cuba a fabulosa quantia de 1 bilhão e 400 milhões.
Continuando a nossa suposição inocente, se (e somente se) por mágicas contábeis, o governo de Cuba retornar a metade desse dinheirinho para o partido, como parece que já fez no passado, a próxima campanha eleitoral vai ser espetacular!
Não vai precisar de Fundo de Participação Partidária, nem de doações de empresários, que serão bemvindas se vierem, claro. Nesse partido ninguém rasga dinheiro. Mas a campanha e o marqueteiro já estão garantidos.
Daí o motivo da pressa, a campanha tem data marcada e quanto menos tempo houver até lá, menor será a "contribuição" para o caixa da eleição. Urge portanto trazer esses "médicos" logo e enfiá-los em alguma grota. Não reclamarão. Não pedirão asilo. Sua família está lá em Cuba, como refém. É a garantia que eles cumprirão perfeitamente o seu papel, sem chiar e sem "pular fora".
O Brasil não pode permitir esse crime contra os brasileiros e contra os cidadãos de Cuba. E é preciso que o Ministério Público entre nesse caso preventivamente.

domingo, 25 de agosto de 2013

Massa de manobra

Com a demonização dos médicos e a imputação a eles de serem a causa de todos os problemas da saúde no país, o governo conseguiu enganar a muita gente. Já se esperava que os pobres, a classe que mais sofre com a falta de atendimento adequado às suas necessidades, engolissem essa mentira governamental. Aliada à pobreza encontra-se a ignorância e a incapacidade de exercer adequadamente a cidadania. E o PT faz o tutoramente dessa classe muito bem feito.
O que não se podia esperar - e, para mim isso foi uma surpresa - é que além dos pobres desinformados, haveria ainda muita gente, supostamente bem-pensante, que receberia as mentiras oficiais como verdades e defenderiam a posição do governo de que: 1) a saúde está precária porque faltam médicos no país; 2) a importação de médicos estrangeiros vai resolver o problema. E, para justificar esse raciocínio torto, apresentam dados estatísticos de tudo quanto é pesquisa.
É claro que pessoas desse nível - universitários, professores, etc - não se deixam enganar tão facilmente por slogans e frases bonitinhas. É, portanto, forçoso concluir que aí há uma intenção, que essa posição foi tomada de caso pensado. Ou seja, o que está falando não é a razão, mas a ideologia.
É triste ver que pessoas que poderiam usar seu conhecimento e sua capacidade intelectual para ajudar a construir um país melhor e mais justo, se prestam a fazer o papel de apoiadores de um sistema cuja máscara já caiu há muito tempo e que está destruindo o país no afã de se manter no poder.
Essas pessoas não sabem, ou não acreditam, que quando esse partido se vir em condições de manter o poder incontestavelmente, quando conseguirem amordaçar a imprensa e submeter o arcabouço legal aos seus desígnios (com reformas constitucionais e plebiscitos controlados), como fez Hugo Chávez na Venezuela, eles, intelectuais, também serão transformados em inimigos do regime, ou melhor, "inimigos do povo"! Basta olharem para os fatos históricos,. Basta verem o que aconteceu com os intelectuais no regime soviético ou na China de hoje, para saber qual será o seu destino.
Nenhum regime totalitário suporta pensadores livres.
O que estão fazendo, ao dar apoio a mais essa manobra do PT, orquestrada no Foro de S.Paulo, é cavar a própria sepultura. Essa importação de "médicos" cubanos, nada mais é que a importação de agentes castritas para fazer a doutrinação das classes mais pobres e mais necessitadas do país. Mais uma vez, o PT usa o povo como massa de manobra.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A grande doença do Brasil

Há momentos em que dá vontade de desistir desse país. O que se está a fazer contra a população brasileira por meio desse demagógico programa "Mais Médicos", com a importação de médicos cubanos para trabalho similar ao de trabalho escravo e sem a devida qualificação profissional é um dos maiores absurdos que esse malfadado governo petista já cometeu.
Decidido unilateralmente, sem discutir com a sociedade, sem ouvir as associações de classe, o governo impõe a sua vontade, desrespeita as leis criando regras de exceção, tudo isso para satisfazer um compromisso ideológico: ajudar o governo cubano a realocar essa mão-de-obra e ainda receber uns trocados. 
O problema da saúde no Brasil é antigo e não é só a falta de médicos a sua causa. Faltam médicos no interior, sim. O que um governo honesto deveria fazer é um programa de interiorização que estimulasse os profissionais de saúde (e não somente os médicos) a migrar para esses locais, além de obviamente cuidar de outros aspectos da saúde, principalmente o saneamento básico (água tratada e esgotos). Se não conseguimos sequer extirpar a dengue e a leishmaniose nem mesmo nos grandes centros urbanos, sem falar na febre amarela, na malária e na doença de Chagas, endêmicas em largas áreas do país, o que um médico sozinho vai fazer em um grotão?
O problema da saúde no Brasil está relacionado com todos os nossos  demais problemas e deriva da falta de compromisso dos homens públicos com o bem estar da população que os elege e que, supostamente representam. Está relacionado com a incúria administrativa e obviamente com a corrupção também endêmica e o desvio de recursos do Estado para os bolsos particulares. Essa é a grande doença do Brasil.
Sem resolvermos esses problemas, podemos importar médicos, curandeiros, xamãs, o escambau, que  a saúde do nosso povo continuará de mal a pior.
A fórmula mágica para a demagogia petista é simples; inventa-se um programa qualquer  e dá-se-lhe um nome de apelo popular e o problema está resolvido. Agora é o "Mais Médicos", mas o Mercadante já anuncia o "Mais Professores". E por aí vai.
Se era assim tão simples, por que o governo maravilhoso do PT esperou 10 anos para começar a resolver os problemas básicos do país?

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O crime compensa? Depende...

O ministro Lewandowski não se envergonha de defender os réus com veemência como se fosse um advogado deles. Ele poderia até achar isso ou aquilo, poderia rever seu próprio voto, poderia querer absolver todos os réus, mas, como juiz da Suprema Corte deveria, a meu ver, fazê-lo de modo sereno e não com indignação, como se o Tribunal estivesse a cometer as maiores injustiças ou fosse uma corte de exceção. "Isso aqui é uma casa de justiça" - diz ele, descobrindo a pólvora.
Sim, o Supremo deve ser uma casa de justiça e não de perdão ou de misericórdia. Os que ali estão sendo julgados perpetraram crimes continuados contra a nação. Isso foi mais que provado e comprovado. Esse julgamento demorou sete anos. Há mais de três anos está na Suprema Corte. Todos tiveram tempo suficiente para ler e reler todas as provas dos autos. 
É inacreditável que a essa hora, o ministro-revisor venha descobrir novidades que alterem as decisões já tão arduamente tomadas. O ministro Dias Tófoli também achou uma brecha para mudar sua posição. O réu, no caso, é o Sr. Carlos Alberto Rodrigues Pinto, peixe pequeno nesse aquário. Mas o que interessa é que ambos, agora com a ajuda do min. Marco Aurélio, estão preparando terreno para outras batalhas, em favor de peixes muito mais graúdos, como Dirceu e Genoíno. Esse é o ponto principal dessa questão. Quais serão os malabarismos que se farão para diminuir as penas desses "próceres da República"? Se conseguirem escapar do regime fechado será para eles uma grande vitória.
E ao país será dada uma mensagem que, dependendo de quem o comete, no Brasil o crime compensa.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Estrago eleitoral

Não precisávamos disso. Já temos um PIB que se recusa a crescer, uma inflação que se recusa diminuir, uma taxa de desemprego que começou a se mover para o lado ruim, uma gestão errática na economia e agora o dólar nas alturas!
Há pouco tempo, a presidenta, em visita a Washington, disse que iria acabar com o tsunami de dólares que supervalorizavam o real. Promessa cumprida!
E agora, Roussef? A festa acabou, o povo foi à ruas, a base começa a debandar, Lula quer voltar. E agora, Roussef?
E agora, nada. Dilma não sabe o que fazer. Nunca soube. É uma pessoa absolutamente despreparada para o cargo, nunca havia exercido uma função executiva antes, quando o irresponsável a impôs como candidata ao partido do qual ele é o dono e senhor. E o partido esperneou um pouco, como de praxe, mas obedeceu, como sempre. Moveu a máquina e, com a colaboração eficaz de uma oposição incompetente, ganhou a eleição.
Quem perdeu foi a nação brasileira que terá ainda que agüentar, no mínimo,  mais um ano e meio de incompetência governamental a devastar o que restava de reponsabilidade administrativa e credibilidade.
O que fará, D.Dilma nesses dezesseis meses que ainda faltam para ela entregar o cargo ou se prolongar nele? Se a segunda hipótese prevalecer, que Deus nos acuda. Mas, pelo andar da carruagem acho que ela não se reelege. Nem ela, nem ninguém do PT.
Entretanto teremos que aguentar mais esses dezesseis meses. Vai ser duro. Depois de cultivar a imagem de durona, grosseirona, que não conversa com político, agora está se transformando, por conselhos marqueteiros, na Dilminha-paz-e-amor. E lá se vai o resto de responsabilidade com os cofres públicos. Dinheiro começa a jorrar às pamparras. Segundo reportagem da Folha hoje (ver aqui), o governo liberou em emendas parlamentares ao orçamento, só nos primeiros 9 dias de agosto, 1,2 bilhão; quase igual ao total já liberado nos sete meses anteriores que foi 1,4 bilhão.
Os cofres estão abertos e o Congresso vazio novamente. Tudo voltou à calma de antes e os políticos, cansados de atender às demandas populares, podem agora descansar tranquilos. O governo vai fazer tudo o que for necessário para reeleger a Dilma, não importa o tamanho do estrago que fará na economia e nas instituições. Isso é assunto para 2015|! Por enquanto a pauta são as eleições de 2014.

domingo, 18 de agosto de 2013

Promotora de eventos

É impressionante a facilidade com que a Petrobrás entrega dinheiro (público e dos acionistas) a ONGs, comunidades e a qualquer coisa semelhante. Agora, com o caso do Fora do Eixo em evidência, fica muito clara essa vocação para jogar dinheiro pela janela.
A Petrobrás já doou mais de 600 mil reais (nas palavras do próprio dono do negócio, Pablo Capilé) a essa entidade. A Sabesp, idem. Não consigo entender qual seria o interesse de uma empresa de saneamento em patrocinar uma entidade "promotora" de eventos.
Já a participação da Petrobrás não me surpreende, parece que no governo petista a Petrobrás descobriu um novo objetivo social. Ao invés de prospectar petróleo e fazer lucro para remunerar os seus acionistas, incluindo o Estado brasileiro, ela prefere torrar dinheiro com ONGs  outras comunidades que "fazem" um "trabalho social".
A principal característica dessas ONGs e comunidades é que a contabilidade delas é uma coisa esotérica. O dinheiro que sai de uma Petrobrás e vai parar ali, não pode mais ser rastreado, ninguém mais vai saber onde vão parar esses recursos. Se esse mecanismo já tivesse sido descoberto antes, não haveria julgamento do Mensalão, porque realmente não haveriam provas.
E a facilidade com que um Capilé qualquer, desde que com bons contatos no PT, consegue extrair recursos dessas organizações é de espantar.  E a ligação entre o PT e os cofres públicos é sempre uma constante.
Já é hora de o MP se debruçar sobre essas empresas "patrocinadas" especialmente pela Petrobrás nos últimos anos. Acho que vai encontrar muita coisa interessante.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A virtude do ministro

A cada intervenção do ministro Joaquim Barbosa, sinto me de alma lavada. Pois ele diz, com todas as vogais e consoantes, o que pensa e o que vê. Não dá a menor bola para os rapapés e maneirismos da corte, mas vai ao cerne da questão.
Precisamos disso. Nesse país estamos cansados de ver e ouvir contorcionismos, eufemismos e mentiras pura e simples para esconder e camuflar a verdade.
Quando então alguém, especialmente um ministro, presidente da Suprema Corte, diz abertamente que um outro ministro (no caso, o min. Lewandowski) está a fazer chicana e que é o que ele realmente está a fazer, muita gente se espanta: "Não! Mesmo que seja verdade, o presidente do STF não pode dizer isso de seu colega!". Pergunto eu: Por que não?
Se o que o ministro Lewandowski fez até agora, em todo o julgamento do Mensalão, foi apenas isso, chicana, por que o presidente da Corte não pode dizê-lo? Até demorou, até teve paciência demais. O ministro Lewandowski parece querer é isso mesmo. Ele provoca e estica  e repisa a argumentação de assuntos já decididos e ultrapassados, usa um palavrório sem sentido, chegando até a ler em plenário recortes de jornais. O que ele quer com isso? Estender o julgamento até onde for possível, para ver se a prescrição alcança os réus? Parece que sim. E se não é isso, qual é então o seu eu objetivo?

Lewandowski é conhecido como o ministro da dona Marisa, pois, dizem que foi ela quem interveio junto ao Lula pela nomeação do filho de uma amiga sua. Bem,  ministro Lewandowski, a gratidão é uma virtude, mas não precisava exagerar tanto!


terça-feira, 13 de agosto de 2013

A piscadela alemã

Finalmente alguém piscou. Todos sabemos, ou melhor suspeitamos, das tramoias,  maracutaias e negociatas que se fazem pelo país afora, nos negócios públicos, naqueles negócios que envolvem o nosso dinheiro administrado pelo governo. Em qualquer obra de qualquer prefeitura do interior sabemos, suspeitamos, imaginamos a formação de cartéis, os superfaturamentos e os propinodutos abertos desviando o dinheiro dos cofres públicos para os bolsos dos nossos "honrados" políticos.
Isso ocorre, pelo menos, desde os governos militares, nas rodovias Norte-Sul, na Transamazônica, em Itaipu e Ponte Rio-Niterói, etc. Está ainda entre nós, um senador da República que bem serviu aos militares e sabe bem dessas tramoias. Se quisesse podia contar muita coisa o Sr. José Sarney.
Agora, finalmente alguém piscou. A empresa alemã Siemens se dispôs a confessar o que sabe desse submundo, desse elegante e rico crime organizado. Tomara que conte tudo, diga toda a verdade porque esse país está farto de ser roubado, pelo PT, pelo PSDB, ou por qualquer outro P. Quantas pessoas perderam a vida, assassinadas ou porque deixaram de ter atendimento médico decente, por causa  da leniência e incompetência dos governos, do crime organizado impune,  da corrupção policial! Quantas crianças foram abandonadas pelo sistema à própria sorte, vivendo nas ruas de esmolas e de pequenos, médios e grandes delitos, sem escola, sem futuro, condenadas, mais cedo ou mais tarde, ao crime e/ou ao crack! Quantas mortes e quantos deficientes foram produzidos nas rodovias por falta de manutenção e de sinalização adequadas! Quanto já se gastou no SUS, na recuperação de pessoas acidentadas, no pagamento de pensões por invalidez.
Quanto dinheiro público já foi desperdiçado nas obras superfaturadas, nas execuções fajutas, nas medições fraudadas, nos pagamentos por serviços não executados!
Esse crime continuado contra o Brasil nunca foi devidamente investigado ou esclarecido e, pior, mesmo nos poucos casos em que um funcionário público recebeu alguma punição, nunca se viu um corruptor no banco dos réus, exceto recentemente no caso do mensalão e da Delta, mas nem o Cachoeira está preso, nem os corruptores banqueiros do mensalão estão. Talvez nunca estejam.
Esse caso da Siemens, que confessou a culpa, não pode ficar impune, mesmo que ela tenha feito um acordo, porque o acordo vale para esse caso, mas não há de se estender a todos os outros, nem as demais participantes podem se livrar disso impunemente. O povo já saiu as ruas, já disse que não quer mais aturar esse comportamento. Se for necessário voltaremos às ruas e dessa vez é para invadirmos os palácios, sim, e retirar deles, a tapa, aqueles venais, aqueles bandidos, que nos traem todos os dias.

País sério?

Façamos de conta que vivemos em um país sério. Uma revista de grande circulação, talvez a de maior tiragem do país, faz uma denúncia, não contra um João-Ninguém, mas contra, nem mais nem menos, um Ministro da Suprema Corte, vice-presidente dessa Corte, e que será o próximo presidente pelo sistema de rodízio adotado por ela. 
Dirão alguns críticos que essa revista é de direita, como se isso a desqualificasse de fazer reportagens ou denúncias. Precisamos, sim, numa democracia, de veículos e formadores de opinião de todas as tendências e correntes, portanto, perfeitamente legítimo que um órgão da mídioa, sejua de direita, de esquerda ou de centro.
Voltando ao tema: a revista faz uma denúncia que, se comprovada, vai manchar totalmente a reputação de um dos supremos juízes do país. Se comprovada, esse juiz teria que ser afastado de suas funções e receber a punição legal compatível com o tamanho da falta de decoro de sua atitude. Menos que isso é a desmoralização de todo um sistema. 
Portanto, depois da denúncia o que os agentes do Estado tem que fazer? Não resta outra coisa: apurar!
Se a denúncia não for comprovada, que se aja contra a revista e que ela receba a justa reprimenda pelo mal que terá causado à reputação de uma pessoa idônea. Caso contrário, a ação tem que ser contra esse juiz que exorbitou de suas funções e agiu contra o interesse do Estado e traiu o povo.
Isso tudo seria válido se fôssemos um país sério. Se não for levada adiante a apuração desses fatos e as consequências não se fizerem sentir, então podemos jogar a toalha de uma vez e dizer: o último que sair apague a luz do aeroporto!

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A credibilidade no beleléu

Primeiro foi o endividamento, irresponsávelmente estimulado pelo governo Lula para melhorar o ânimo da população e garantir a eleição do poste. Esse endividamento da classe média veio a ter reflexos agora e, nas manifestações de rua de junho, ficou claro o mau-humor.
Depois veio o dragão da inflação devorando parte dos ganhos salariais; e agora é o desemprego a maior ameaça à tranquilidade e bem estar dos brasileiros.
A taxa de desemprego de junho alcançou 5,8%, mas nos setores de comércio e serviços, que representam mais de 70% do PIB no Brasil e mais de 75% dos empregos formais, o desemprego foi o mais alto desde a recessão de 2009. Mau sinal!
As famílias, já endividadas, ainda terão que enfrentar o desemprego. Não é um cenário otimista embora seja um cenário esperado desde quando, no final do governo Lula, toda a cautela e bom senso foram abandonados em nome da manutenção do partido no poder. Sacrificou-se, masi uma vez, o futuro por causa de interesses particulares.
E agora temos que nos submeter, até 2014,  a uma espécie de vaca louca no comando da economia, que atira a esmo medidas radicais sem nenhum plano diretor. Aliás, tudo indica que Dilma confunde planejamento com intervenção.
Não há planejamento, mas a mão pesada da gestora intervém abruptamente na economia a seu bel prazer. Manda baixar os juros na marra, mada subir os juros na marra. Manda intervir no câmbio porque a nossa moeda estaria supervalorizada, manda o BC intervir no câmbio porque está assustada com a desvalorização da moeda. Durma-se com um barulho desses!

A Ciência Econômica já não é uma ciência exata; e os fatores psicológicos, tais como a confiança do mercado e a credibilidade dos gestores, determinam muitos de seus resultados. Com esse exdrúxulo e arbitrário comando, a confiança no governo e sua credibilidade já foram para o beleléu há muito tempo. Isso está demonstrado pelo baixíssimo índice de investimentos no país. 
Agora, a outra ponta se junta. Com investimentos decrescentes, decresce a oferta de emprego, decresce a massa salarial e caem as vendas do comércio e de serviços ajudando a perpertuar o ciclo vivioso. Preparemo-nos!

Leia mais em:
http://www.valor.com.br/brasil/3226120/desemprego-em-servicos-e-o-mais-alto-desde-2009#ixzz2blSwRD1x

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Capitalismo sem risco

A Dilma lhe perguntou se você quer o trem-bala? Nem a mim. Imagino que nem a ninguém. Esse projeto megalomaníaco, que vai consumir 60 bilhões de reais, foi decidido por quem? Houve alguma discussão com a sociedade em algum dos foruns adequados para isso? Se houve, eu não vi.
Ao invés de torrar 60 bilhões em um transporte caro, elitista e que vai no máximo atender a 100 mil pessoas por dia, com 25 bilhões se resolveria a questão da mobilidade  urbana de 3 milhões de pessoas por dia  na região de Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo, Rio, Goiânia, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, tudo junto.
Ainda sobrariam 35 bilhões para serem investidos em outra obras de infra-estrutura absolutamente necessárias, como os transportes ferroviários de carga e os terminais portuários.
O governo ainda quer "vender" a ilusão que esse investimento no trem-bala é privado. Sim, é privado como tantos outros que se fazem nesse país. É privado como os do Eike Batista, ou seja, 70% do investimento vai sair do BNDES e o governo vai entrar diretamente com mais 10%.
Se você quiser ficar sócio terá que investir só 20% do volume do negócio. É muito bom ser sócio do governo porque além de todos os benefícios diretos e indiretos ainda não se corre risco algum. Ou alguém imagina que quando a realidade prevalecer, quando os prazos estourarem, o orçamento idem e o trem-bala começar a rodar já fazendo prejuízo atrás de prejuízo quem vai pagar a conta será o investidor privado alemão ou francês!
Quem acredita nisso acredita também nos contos da carochinha. Sabemos muito bem onde vai estourar essa conta, nos bolsos de uma população que já tem que trabalhar 4 meses por ano só para pagar os impostos.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Força de trabalho desperdiçada

Acho que nunca-antes-neste-país se viu tanta incompetência aliada a tanta má-fé. É o pior dos mundos possíveis. Esses anos Dilma (pior ainda que os anos Lula) estão jogando fora uma oportunidade única de um salto de desenvolvimento do país, a oportunidade de usar o bônus demográfico, que dentro de 10/15 anos terá passado. É uma pena!
O que é o bonus demográfico? É aquela situação em que a maior parte da população não está nos extremos, mas no meio. Ou seja, a quantidade de jovens ainda improdutivos e a quantidade de velhos é menor que a quantidade de gente na idade produtiva, com plena capacidade. Isso não ocorre sempre, nem muito facilmente. Na Europa, assim como no Japão, a preponderância é de uma população idosa, que tem que ser mantida e que produz muito pouco ou nada. Isso é uma consequência do próprio desenvolvimento desses países. A longevidade aumentou e a taxa de natalidade caiu. Questão puramente matemática.
Em países não desenvolvidos o que se vê é o contrário: um grande contingente de crianças e jovens e um baixo contingente de velhos, devido à expectativa de vida mais baixa e grandes taxas de natalidade. Nesse caso a capacidade de produção é também baixa devido à preponderância de pessoas em fase de aprendizado e treinamento.
O Brasil está agora, no meio termo. A taxa de natalidade caiu bastante nas últimas décadas e a longevidade aumentou. Isso é bom. Na verdade isso é ótimo, se realmente aproveitarmos o momento, porque vai passar. O bônus demográfico não dura para sempre. Estamos caminhando para uma situação semelhante à da Europa. A diferença é que a Europa já construiu as bases de sua riqueza, a população é instruída, a produtividade é alta.
Aqui, infelizmente, temos um enorme deficit de educação e a nossa produtividade é baixa.Temos ainda que construir a nossa riqueza para o futuro e estamos perdendo tempo, com a economia patinando e a população envelhecendo sem melhorar o nível educacional. Portanto, ao caminharmos para o envelhecimento da população, estamos condenando a nós mesmos à velhice pobre e desassistida, como já podemos ver por aí em vários exemplos.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Perplexidade

Desde Freud sabemos que nem sempre o comportamento humanho obedece a uma lógica racional. Mesmo assim, fica difícil aceitar toda essa história do assassinato de uma família, seguida de suicídio, por um menino de 13 anos, que nunca havia demonstrado um comportamento anormal ou estranho, ou sequer agressivo.
Se isso é possível, ou seja, se, do nada, uma pessoa pode sair matando as outras, mesmo as mais queridas e mais próximas, como o pai, a mâe, a avó e tia, então não dá mesmo para confiar na espécie humana. 
Ou então, mesmo nós, os céticos mais emperdenidos, temos que admitir a possibilidade de ver ali uma manifestação do Mal em si, do Mal em estado puro. Pode ser.
Pode ser também que apelar para qualquer explicação metafísica seja apenas uma solução inventada para suprir a nossa deficiência de entendimento.
Precisamos entender a razão e a causa de tudo isso. Não pode ser apenas um ...aconteceu e pronto! 
Casos de pessoas que saem atirando a esmo não são incomuns, especialmente nas terras do grande irmão do norte, mas em todos esses casos, como até mesmo o da Noruega, há uma explicação: ou é doença mental, ou é paranóia político-religiosa, ou os dois ao mesmo tempo. Em todos esses casos o perpetrador da violência tem um histórico, algo na sua vida não ia bem, mesmo que pudesse ser disfarçado, mesmo que não fosse publico e notório.
Não parece ser o caso desse menino, Marcelo. Era um garoto aparentemente normal, convivia bem com os pais, não manifestava nenhum comportamento aberrante ou violento, a família parece que era bem estruturada. O que houve então? Onde está a falha? Sim, porque houve uma falha comportamental, houve uma falha biológica. Na natureza, filhos podem até matar os pais, por fome, por disputas de território, fora isso não é o que se vê. No caso da espécie humana, com sua inteligência, consciência e autoconhecimento, isso fica ainda mais difícil de ser aceito.
O que levou esse garoto a fazer isso? Precisamos entender não só para nos aceitarmos como uma espécie viável, mas também para sabermos como corrigir a falha, como prevenir ações aparentemente absurdas como essa. Senão, ficaremos como os gregos, inteiramente à mercê da loucura e do capricho dos deuses.

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